sábado, 18 de dezembro de 2021

Edição nº 573

«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 573 – 19 de dezembro de 2021

 

4º Domingo do Advento
roxo – 1ª classe.

 

Na noite do sábado anterior ao IV. Domingo do Advento faziam-se antigamente as ordenações dos ministros de Deus. Como mais tarde estas cerimônias fossem realizadas já no sábado de manhã, fez-se para o IV Domingo uma Missa própria, composta, em sua maior parte, das Missas das Têmporas do Advento. São, portanto, estes dois pensamentos: Ordenação e Advento, que dominam na Missa deste domingo.

A Epístola fala-nos dos ministros do Cristo, que por seu ofício e sua vida devem preparar os fiéis para a vinda do Senhor. Com o profeta Isaías, desejamos esta vinda (Intróito). No Evangelho mostra­nos o Precursor o que devemos fazer: encher os vales e arrasar os montes, isto é, arrepender-nos dos pecados e humilhar-nos. No Ofertório é Nossa Senhora quem nos conduz para oferecermos no altar as nossas dádivas e a nossa boa vontade. Na Comunhão nos tornamos, semelhantes a ela pela visita que Jesus faz ao nosso coração.

 


Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Ev.

sábado, 11 de dezembro de 2021

Edição nº 572

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 572 – 12 de dezembro de 2021

 

3º Domingo do Advento
roxo – 1ª classe.

 

A terceira semana do Advento, desde antigos tempos, é a dos escrutínios, dos ordenandos e dos jejuns que precedem às ordenações.

Reunidos no túmulo de São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos (Státio), imploramos a sua proteção e lhe damos parte em nossa alegria pela próxima vinda do Senhor.

«O Senhor está perto». O Introito e a Epístola o afirmam, e com instância suspiramos por sua vinda, pois só Ele poderá salvar-nos e dissipar as nossas trevas pela graça de sua visita (Oração, Gradual).

Alegremo-nos, porque está mais perto do que pensamos. São João o assevera, no Evangelho: Já está entre vós. E de fato, unindo-nos ao Senhor, no Santo Sacrifício da Missa, já O encontramos em nosso meio, Ele que afastou por sua primeira vinda o nosso cativeiro e nos remiu de nossa iniquidade (Ofertório). Na Comunhão virá o Salvador fortalecer a todos os que d'Ele se aproximam.

  


«Regozijai-vos! Ainda uma vez vos digo: regozijai-vos... O Senhor está perto!»

Edição nº 571

 «Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 571 – 5 de dezembro de 2021

 

2º Domingo do Advento
roxo – 1ª classe.

 

Reunimo-nos na igreja de «Santa Cruz de Jerusalém». Ela representa para nós a verdadeira Jerusalém, a Igreja de Deus, na terra e no céu. Felizes somos por pertencermos ao número de seus membros.

«O Senhor vem à Jerusalém.» Em sua primeira vinda, apareceu na Jerusalém da Terra Santa. Hoje virá à Jerusalém de nossas almas e na festa de Natal virá à Jerusalém do Novo Testamento, que é a sua santa Igreja (Introito). Nesta Igreja acharão todos a salvação: os judeus pela promessa que lhes foi  feita,  os pagãos, porém, pela misericórdia de Deus. E reinará a alegria e a paz pela vinda do Salvador (Epístola e Cânticos: Introito, Gradual, Ofertório e Communio). No Evangelho, prova-nos S. João, de maneira engenhosa, que o Cristo é o Messias, e que é Ele quem cura todas as doenças de nossa fraqueza e a nossa cegueira, nos ressuscita da  morte  e  nos  comunica  a  vida  da  graça. Vê, pois, alma cristã, o gozo que te virá de teu Deus (Communio).

 

«Vinde, adoremos o Rei, o Senhor que está para chegar...» (BR.)

sábado, 27 de novembro de 2021

Edição nº 570

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 570 – 28 de novembro de 2021

 

1º Domingo do Advento
roxo – 1ª classe.

 

A terra abençoada, de que nos fala a Communio, é Maria Santíssima. Ela nos deu o fruto abençoado de suas entranhas. Por isso estamos reunidos, ao menos em espírito, em sua igreja (Statio).

Compenetrados das palavras do Evangelho: «Erguei as vossas cabeças, porque se aproxima a vossa Redenção...  Sabei que perto está o Reino de Deus»,  voltamo-nos no  começo do Ano eclesiástico para Deus,  com  toda a  alma (Introito).  Nossa Redenção é obra da bondade de Deus (Oração), mas também o é de nossa cooperação, conforme nos diz Santo Agostinho: «Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti». Esta cooperação consiste em «levantarmo-nos do sono, renunciarmos às trevas e revestirmo-nos do Senhor Jesus Cristo» (Epístola). Unindo, no Ofertório, estas resoluções ao sacrifício de Jesus Cristo, receberemos na Comunhão a bênção de Deus e tornar-nos-emos uma terra abençoada, que há de produzir abundantes frutos para a vida cristã.

 

 


«Vinde, adoremos o Rei, o Senhor que está para chegar...» (BR.)

sábado, 20 de novembro de 2021

Edição nº 569

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 569 – 21 de novembro de 2021

 

 26º Domingo depois de Pentecostes
Último Domingo depois de Pentecostes

verde – 2a. classe.

 

O Evangelho deste domingo, último sempre do Ano eclesiástico, contém o dogma do juízo final. A Epístola nos ensina como devemos dignamente viver. É o último Sacrifício que neste ano oferecemos ao Criador. E, ao mesmo tempo, o último sermão que a Igreja nos dirige. O quadro gigantesco do juízo universal desperta os sonolentos (Oração) e suscita nos bons maior fervor no serviço de Deus (Epístola). Mas os Cânticos que repetimos desde o XXIII domingo, neste ainda mais estão em seu lugar apropriado. Confortam-nos e animam-nos. Fortalecem a nossa esperança. Deus é um Deus de paz, Ele nos fez dignos de participar da herança de seus Santos na luz da glória celeste.

 


«Porque, haverá grande aflição, qual nunca houve desde o princípio do mundo até agora». Ev.

sábado, 13 de novembro de 2021

Edição nº 568

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 568 – 14 de novembro de 2021

 

 25º Domingo depois de Pentecostes
(6º Domingo depois da Epifania transferido)
verde – 2a. classe.

 

Contemplamos hoje o crescimento rápido e maravilhoso do Reino de Deus. O Evangelho é um resumo da história da Igreja, que cresceu como um grão de mostarda. Na Epístola, vemos um exemplo significativo, um trecho dessa propagação do Reino de Deus. Na Oração, pedimos a graça de um crescimento rápido e total desse Reino em nossa alma. Meditar o que é razoável e dizer e fazer o que for do agrado de Nosso Senhor, eis o Reino de Deus dentro de nós.

 

 

sábado, 6 de novembro de 2021

Edição nº 567

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 567 – 07 de novembro de 2021

 

 24º Domingo depois de Pentecostes
Solenidade de Todos os Santos
branco – 1a. classe.

 

A Missa e a festa de hoje animam-nos a seguir os exemplos de todos os Santos, e ao mesmo tempo, imploram a sua intercessão para que também cheguemos a realizar este ideal.

Alegremo-nos nesta solenidade, porque os Santos são irmãos nossos que já atingiram o seu fim. Alegremo-nos porque, sendo membros da mesma família, podemos esperar cantar com eles e os santos Anjos o louvor do Filho de Deus (Intróito). Este mesmo Filho de Deus nos traça no Evangelho as normas da vida e no Gradual nos convida a que O sigamos. Alegremo-nos, sim, porque a nossa recompensa será grande no céu (Evangelho).

 

«Se estes e aqueles [foram santos], porque não eu?» (Santo Agostinho).

Edição nº 566

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 566 – 31 de outubro de 2021


Último Domingo de Outubro
Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei
branco – 1a. classe.


Para concluir solenemente o ano jubilar de 1925, o Santo Padre Pio XI instituiu a nova Festa de «Cristo Rei». Seria esta solenidade uma insistente admoestação para a humanidade inteira reconhecer a Jesus Cristo, o Filho de Deus, como Rei universal do mundo. A Ele se sujeitam os Reis e os Príncipes, os Magistrados e Juízes, as artes e as leis (Hino das Vésperas). Cristo deve reinar no espírito dos homens pela fé, na sua vontade pela obediência às leis de Deus e da Igreja, seu Reino visível; nos corações pelo amor e ainda nos próprios corpos para que sejam santos para Deus (Encíclica). É preciso que o povo seja constantemente instruído a respeito desta verdade. «Uma solenidade anual terá mais eficácia para realizá-lo do que todos os documentos, mesmo os mais graves, do magistério eclesiástico». Os textos do Ofício divino, como os da Santa Missa, nos falam vivamente desta doutrina. Particularmente reparemos o fruto do Reinado de Cristo sobre os homens: Ele é o Rei, cujo império trará união e paz para a humanidade (Oração, Prefácio, Secreta e Communio).

 

Neste homem de mãos atadas, adoremos o Senhor todo-poderoso, Rei do Céu e da Terra.

sábado, 23 de outubro de 2021

Edição nº 565

«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 565 – 24 de outubro de 2021

 

22º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.

 

Irrepreensíveis, deve encontrar-nos o Cristo no dia do juízo. O espírito de humildade e penitência (Intróito, Ofertório e Communio) é, portanto, muito necessário neste tempo, assim como uma consciência nítida de nossos deveres. Quais são esses deveres, vemos na Epístola, pelo próprio exemplo que nos dá o Apóstolo S. Paulo: vemos ainda no Gradual, que é um louvor da caridade fraterna. Finalmente, no Evangelho, Jesus Cristo nos ensina as nossas obrigações para com a autoridade civil, e antes de tudo, o dever que temos de entregar, sem reservas, a nossa alma a Deus.


«Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» Ev.

Edição nº 564

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 564 – 17 de outubro de 2021

 

21º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.

 

       Profunda confiança na proteção de Deus nos inspiram os Cânticos do Intróito e da Communio. sem essa confiança não poderíamos subsistir e muito menos, vencer. Ardentemente desejamos no domingo passado a pátria celeste, mas não nos será fácil alcançá-la. O Evangelho fala-nos de responsabilidade das contas que temos a dar no último juízo. A Epístola mostra-nos a luta: tentações do inimigo, dias maus. Devemos estar armados para o combate. Anima-nos um exemplo: o paciente Jó, que apesar de sua vida levada no temor de Deus, foi gravemente tentado, mas obteve por sua perseverança a felicidade temporal e a eterna (Ofertório). A fé e a confiança em Deus hão de fazer-nos triunfar nas lutas desta vida.

«retirou-se e fez com que o metessem na prisão, até pagar a dívida».

sábado, 16 de outubro de 2021

Edição nº 563

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 563 – 10 de outubro de 2021

 

20º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.

 

Como o povo de Deus, assentado junto aos rios de Babilônia, suspirava pelo monte Sião, assim nós outros devemos suspirar por nossa pátria eterna (Ofertório). Em espírito de humildade e penitência, cumpre-nos suportar o exílio deste mundo (Intróito), e aproveitar o tempo para conhecer a vontade de Deus (Epístola). Os Cânticos anelam pela vinda do Senhor.  No Evangelho devemos fazer nossas as palavras do régulo: Vinde, Senhor, curar-nos, auxiliar-nos. Vinde, Senhor, aos nossos corações pela graça do Santo Sacrifício. Vinde enriquecer-nos por vossa presença sacramental na santa Comunhão. E vinde também, Senhor, buscar-nos um dia, para a nossa pátria celestial.


«Vieram-lhe ao encontro seus criados e deram-lhe a notícia de que o seu filho vivia.»

sábado, 2 de outubro de 2021

Edição nº 562

«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 562 – 3 de outubro de 2021

 

19º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.

 

Deus mesmo se oferece como salvação de seu povo (Intróito). «Quando por mim em qualquer tribulação clamarem, eu os ouvirei». Consola-nos este pensamento, principalmente agora que o fim do ano se aproxima. Mais austeros se devem tornar os nossos pensamentos. O Apóstolo concita-nos a revestirmo-nos do homem novo (Epístola). No Evangelho vemos que o banquete já está preparado. Sejamos também nós prontos para ouvir e cumprir os mandamentos de Deus (Intróito, Communio  e  Postcommunio), pois  é  assim  que possuímos a veste nupcial – a graça santificante. Somos convivas do banquete nupcial, e, a cada momento, pode entrar o Rei para ver os seus hóspedes. Não desanimemos. Tenhamos confiança em Deus. Ele socorrer-nos-á no combate e no sofrimento (Intróito, Oração e Communio).

  


«Amarrai-o de mãos e pés, e lançai-o nas trevas exteriores.»

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Edição nº 561

«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 561 – 26 de setembro de 2021

 

18º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.

 

«Maranatha – Vinde, Senhor Jesus». Com este domingo principia a segunda parte do Tempo depois de Pentecostes, a expectativa da vinda do Juiz dos vivos e dos mortos. A Igreja suspira, em meio das angústias da vida presente, para que o Salvador venha buscá-la e conduzi-la para o Reino da luz e da vida.

Os Cânticos desta Missa são tirados de uma antiga Missa de Dedicação de uma igreja. A igreja é o símbolo da Jerusalém celeste. A cura do paralítico, no Evangelho, lembra a nossa própria cura pelo Batismo, e pelo Sacramento da Penitência. Nestes dois Sacramentos nos concede Jesus Cristo pela santa Igreja a paz que imploramos no Introito. Na Epístola exorta-nos o Apóstolo, a mostrar-nos gratos, porque fomos enriquecidos com a graça e a doutrina por Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem devemos guardar fidelidade por uma vida sem pecado. Se o sacrifício de Moisés, apenas uma sombra e figura do Sacrifício do Cristo (Ofertório), foi agradável aos olhos de Deus, quanto mais precioso será o Sacrifício que Jesus, em união com o seu Corpo místico, vai agora oferecer no altar. Por isso dirige-se a todos os fiéis, que formam um sacerdócio real, o Versículo da Communio: Trazei as vossas hóstias e entrai em seus átrios; adorai o Senhor na  glória de seu santo templo.

 


«Levanta-te, toma o teu leito, e vai para a tua casa.»

sábado, 18 de setembro de 2021

Edição nº 560

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 560 – 19 de setembro de 2021

 

17º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.

 

«Ut sint unum: para que eles sejam um só», pediu Jesus na última Ceia.  Desde aquele momento, não cessa em cada uma das santas Missas de querer esta união entre os fiéis.  De um modo particular, Ele o faz na Missa deste domingo. Pela boca do Apóstolo, na Epístola, recomenda-nos esta união. Ele próprio a ordena no Evangelho. Em virtude de sua divindade e sendo Ele o Medianeiro entre Deus e os homens, compete-Lhe o direito de ordenar. Como outrora, no cativeiro de Babilônia, Daniel implorou o perdão para o povo penitente (Ofertório), assim Jesus Cristo se sacrifica por nossos pecados, implora perdão no Santo Sacrifício e destrói o que possa perturbar a paz e a união da Igreja.

Mestre, qual é o mandamento da lei? Ev

sábado, 11 de setembro de 2021

Edição nº 559

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 559 – 12 de setembro de 2021

 

16º Domingo depois de Pentecostes

verde – 2a. classe.

 

Doente é a alma humana, porém ela achou o seu Médico. O hidrópico do Evangelho é a imagem da alma humana, que, como aquele, encontra o seu médico em Jesus Cristo, em seu poder e em seu amor misericordioso. A Missa de hoje é uma repetição deste milagre e um penhor de nossa perseverança no bem. Os Cânticos e Orações pedem para nós o auxílio de Deus para o futuro, e louvam a sua bondade pelas graças e favores já recebidos.

 

«Então, Jesus tocou no homem, curou-o e mandou-o embora.» Ev.

sábado, 4 de setembro de 2021

Edição nº 558

«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 558 – 05 de setembro de 2021

 

 15º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2ª classe

 

Escravos do pecado e de satanás, estávamos mortos para Deus quando veio o Filho de Deus restituir-nos a vida (Evangelho). Justo é, pois, o louvor que Lhe damos nos Cânticos do Gradual e do Ofertório. Este mesmo Salvador nosso, não pode, porém, deixar de exigir também de nossa parte que não nos afastemos mais da vida, pelo pecado. Vivemos pelo Espírito, pelo Espírito também devemos andar. E se é difícil e custoso à natureza humana, façamos nossas as palavras do Intróito e da Oração de hoje. A Secreta, a Communio e a Postcomunio nos conduzem à fonte da vida e da graça, que nasce ao pé da Cruz e para cada um de nós no santo Sacrifício da Missa.

 

 


«E o que estava morto se sentou, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe.» Ev.

sábado, 28 de agosto de 2021

Edição nº 557

«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 557 – 29 de agosto de 2021

 

† 14º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2ª classe

 

Dois senhores disputam-se o domínio do homem: o espírito e a carne. O espírito do mundo e o Espírito de Deus. Dois senhores querem mandar. E categoricamente diz o Evangelho: Ninguém pode servir a dois senhores. A Epístola nos aponta estes dois senhores, como eles se chamam e o que querem. A religião cristã não nega que exista este dualismo; é ela porém, e ela só, que é capaz de reprimir em seus justos limites os desejos da matéria e da carne. Muito custa ao homem por em ordem todo o seu aspirar, o seu desejar e o seu amar, porém a religião mostra-lhe os meios e o caminho. «Procurai primeiro o Reino de Deus e o resto ser-vos-á dado por acréscimo». Eis a norma para vencer todas as lutas no indivíduo, assim como para resolver as várias questões sociais. Procurar o reino de Deus é convencer-se de que Deus é o nosso Protetor, e desejar as mansões celestiais (Intróito).

 


«Vede as aves do céu, observai os lírios do campo», – confiai no vosso Pai do Céu.

domingo, 22 de agosto de 2021

Edição nº 556

«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 556 – 22 de agosto de 2021

 

† 13º Domingo depois de Pentecostes
Verde – 2a. classe.

 

Três pensamentos preparam-nos para a santa Missa de hoje: 1. A necessidade que temos do auxílio de Deus. 2. A prontidão do auxílio divino. 3. A prova de que Deus nos auxilia. No Introito pedimos o auxilio em geral; na Oração, um aumento de fé, esperança e caridade, virtudes que, como sementes, foram pelo Batismo depostas em nossa alma, e que não se desenvolvem em nós sem a graça de Deus. Nossa súplica é baseada na Epístola que fala na fidelidade de Deus em suas promessas. Abraão é um exemplo de fé, esperança e caridade. A ele e seus descendentes dirigem-se as promessas de Deus. No Evangelho vemos como o Salvador prometido se desempenha de sua missão. E na santa Missa sabemos que Ele a continua no Sacrifício e no Sacramento, como nos mostram a Secreta, a Communio e a Postcommunio.

 


«Jesus, Mestre, tende piedade de nós!»  Ev.

sábado, 14 de agosto de 2021

Edição nº 555

«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 555 – 15 de agosto de 2021

 

† 12º Domingo depois de Pentecostes

 Solenidade da Assunção
branco – 1a. classe.

 

Celebramos hoje a maior festa em honra de Nossa Senhora. É a comemoração da morte e da gloriosa Assunção de Maria Santíssima ao céu. 

Alegremo-nos com a sua entrada triunfal e coroação como Rainha dos Anjos e dos Santos. Estes diferentes aspectos da festa inspiraram os vários textos de que se compõe a Missa de hoje. O Evangelho talvez fosse unicamente escolhido por causa das últimas palavras, que tão bem se podem aplicar a Nossa Senhora: «Maria escolheu a melhor parte». Reuniu em si mesma como Esposa, Mãe e Virgem, as virtudes de Marta e Maria. Humilde serva de Deus, ela é o mais perfeito exemplo de vida ativa e contemplativa.

No dia 1º de novembro de 1950, Pio XII definia o dogma da Assunção. Proclamava assim solenemente que a crença segundo a qual a Santíssima Virgem Maria ao terminar a sua vida terrestre, foi elevada em corpo e alma para a glória do Céu, faz realmente parte do depósito da fé recebida dos Apóstolos. «Bendita entre todas as mulheres» em razão da sua maternidade divina, a Virgem imaculada que tivera desde a sua Conceição o privilégio de ser isenta do pecado original, não devia jamais conhecer a corrupção do túmulo.



«Tu és a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do nosso povo». Epist.

sábado, 7 de agosto de 2021

Edição nº 554

 «Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 554 – 08 de agosto de 2021

 

† 11º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.

 

Da graça e da bondade de Nosso Senhor, trata a Missa de hoje. Na Epístola fala S. Paulo da graça que ele próprio recebeu como último dos Apóstolos e que, pelo Batismo, a nós também foi comunicada. No Evangelho é o próprio Jesus Cristo quem cura, na pessoa do surdo-mudo, a humanidade inteira. Ephpheta: ainda hoje é ação simbólica na administração do Batismo.  Nos Cânticos agradecemos estas graças, mas na Oração imploramos novas, porquanto precisamos aumentar a graça em nós. É o que melhor alcançamos pela Eucaristia. Certos estejamos que se honramos a Deus com todos os nossos haveres (no Sacrifício Eucarístico), teremos  abundância  de  trigo  e vinho (no Sacramento Eucarístico); e assim é aumentada em nós a graça de Deus (Communio).

 


«Ephpheta!» Abre-te boca muda! Abre-te boca cristã para proclamar a tua fé!