sábado, 20 de abril de 2024

Edição nº 711

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 711 – 21 de abril de 2024

 

 3º Domingo depois da Páscoa
branco – 2ª classe

 

O Domingo da Ressurreição e os dois imediatos são completamente dominados pelo pensamento da Ressurreição. Os domingos seguintes nos preparam para a despedida: a Ascensão de Nosso Senhor e a Missão do Divino Espírito Santo. Fala-nos o domingo de hoje da despedida de Jesus deste mundo, e assim nos lembra que também somos estrangeiros e viajantes.  S. Pedro nos delineia o modo de proceder de Cristo no mundo: obediência à autoridade, cumprimento dos deveres de estado (Epístola). Na Oração, imploramos força para não errar no caminho, para que sejamos dignos do nome de Cristãos, isto é, cidadãos do céu. O Evangelho afirma que, querendo andar como Cristãos, teremos que sofrer e chorar enquanto o mundo se alegra. A nossa tristeza será breve, no entanto, e mudada será em alegria que ninguém nos há de tirar.

 


«Ainda um pouco de tempo, e já não me vereis.» Ev.

 

Avisos Paroquiais

 

Atenção para os horários das Santas Missas neste Domingo:

 

– às 7h, 9h e 19h em nossa igreja matriz;

– às 10h no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em Calheiros, Domingo em Família.

Serão transmitidas pelas redes sociais a Santa Missa das 7h (via Facebook, YouTube, e Rádio Bom Jesus 89.3 FM) e a das 19h (via Facebook e YouTube).

 

Redes Sociais:

 

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Intróito / Iubiláte Deo Salmo 65. 1-3

Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.

Iubiláte Deo, omnis terra, allelúia: psalmum dícite nómini eius, allelúia: date glóriam laudi eius, allelúia, allelúia, allelúia. Ps. Dícite Deo, quam terribília sunt ópera tua, Dómine! in multitúdine virtútis tuæ mentiéntur tibi inimíci tui. . Glória Patri.

Celebrai a Deus, toda a terra, aleluia. Cantai salmos em honra de seu Nome, aleluia. Tributai-lhe os vossos louvores, aleluia, aleluia, aleluia. Sl. Dizei a Deus: Como são terríveis as vossas obras, Senhor! Por vosso grande poder, até os vossos inimigos Vos tributam louvores. . Glória ao Pai.

Oração (Colecta)

Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.

Aderindo firmemente à sua fé e ao batismo, o cristão rejeita todo o compromisso com o erro e com o pecado.

Deus, qui errántibus, ut in viam possint redíre iustítiæ, veritátis tuæ lumen osténdis: da cunctis, qui christiána professióne censéntur, et illa respúere, quæ huic inimíca sunt nómini; et ea, quæ sunt apta, sectári. Per Dominum nostrum Iesum Christum.

Ó Deus, que com a Luz de Vossa verdade esclareceis os que estão em erro, para que possam voltar ao caminho da justiça, concedei a todos os que professam a fé cristã, que desprezem tudo que se opõe à santidade deste Nome, e sigam tudo o que lhe é favorável. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola de São Pedro Apóstolo I. 2. 11-19

Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.

Agradamos a Deus, vivendo a nossa existência de homens, com liberdade soberana; à força de cumprir, sem desfalecimentos, os nossos deveres, atrairemos irresistivelmente a estima daqueles que conhecem as nossas convicções cristãs.

Caríssimi: Obsecro vos tamquam ádvenas et peregrínos abstinére vos a carnálibus desidériis, quæ mílitant advérsus ánimam, conversatiónem vestram inter gentes habéntes bonam: ut in eo, quod detréctant de vobis tamquam de malefactóribus, ex bonis opéribus vos considerántes, gloríficent Deum in die visitatiónis. Subiécti ígitur estóte omni humánæ creatúræ propter Deum: sive regi, quasi præcellénti: sive dúcibus, tamquam ab eo missis ad vindíctam malefactórum, laudem vero bonórum: quia sic est volúntas Dei, ut benefaciéntes obmutéscere faciátis imprudéntium hóminum ignorántiam: quasi líberi, et non quasi velámen habéntes malítiæ libertátem, sed sicut servi Dei. Omnes honoráte: fraternitátem dilígite: Deum timéte: regem honorificáte. Servi, súbditi estóte in omni timóre dóminis, non tantum bonis et modéstis, sed étiam dýscolis. Hæc est enim grátia: in Christo Iesu, Dómino nostro.

Caríssimos: 11Rogo-vos, como estrangeiros e peregrinos1 que sois [neste mundo] que renuncieis aos desejos carnais que combatem contra a alma. 12Tende um bom procedimento entre os pagãos, para que, em vez de detratarem de vós como de malfeitores, vendo as vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia de sua visita213Sede, pois, submissos a toda instituição humana, por amor de Deus; seja ao rei, como soberano, 14seja aos governadores, como enviados seus, para castigo dos malfeitores e para louvor dos bons. 15Porque esta é a vontade de Deus, que, praticando o bem, façais emudecer a ignorância dos homens insensatos. 16Vivei como homens livres, mas não como fazendo da liberdade um véu da malícia, e sim como servos de Deus. 17Honrai a todos; amai a vossos irmãos; temei a Deus; respeitai o rei. 18Servos, sede obedientes com todo o temor a vossos senhores, não somente aos bons e moderados, como também aos geniosos. 19Porque isto é uma graça no Cristo Jesus, Senhor Nosso.

1. A verdadeira pátria dos cristãos é o Céu.
2. No juízo final ou então, no dia em que a graça for concedida aos incrédulos.

Aleluia / Salmo110. 9; Lucas 24. 46

Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.

Allelúia, allelúia. . Redemptiónem misit Dóminus pópulo suo: Allelúia. . Oportebat pati Christum, et resúrgere a mórtuis: et ita intráre in glóriam suam. Allelúia.

Aleluia, aleluia. . O Senhor enviou a Redenção a seu povo. Aleluia. . Era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos e assim entrasse em sua glória. Aleluia.

Evangelho segundo São João 16. 16-22

Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.

O regresso de Cristo é, ao mesmo tempo, a sua presença na vida do fiel e da Igreja, e a sua vinda gloriosa no fim dos tempos. A segunda vinda não está longe, adverte S. Agostinho. «A espera parece longa, porque se passa neste mundo; mas quando terminar, veremos como foi curto» (matinas).

In illo témpore: Dixit Iesus discípulis suis: Módicum, et iam non vidébitis me: et íterum módicum, et vidébitis me: quia vado ad Patrem. Dixérunt ergo ex discípulis eius ad ínvicem: Quid est hoc, quod dicit nobis: Módicum, et non vidébitis me: et íterum módicum, et vidébitis me, et quia vado ad Patrem? Dicébant ergo: Quid est hoc, quod dicit: Módicum? nescímus, quid lóquitur. Cognóvit autem Iesus, quia volébant eum interrogáre, et dixit eis: De hoc quǽritis inter vos, quia dixi: Módicum, et non vidébitis me: et íterum módicum, et vidébitis me. Amen, amen, dico vobis: quia plorábitis et flébitis vos, mundus autem gaudébit: vos autem contristabímini, sed tristítia vestra vertétur in gáudium. Múlier cum parit, tristítiam habet, quia venit hora eius: cum autem pepérerit púerum, iam non méminit pressúræ propter gáudium, quia natus est homo in mundum. Et vos igitur nunc quidem tristítiam habétis, íterum autem vidébo vos, et gaudébit cor vestrum: et gáudium vestrum nemo tollet a vobis.

Naquele tempo, 16disse Jesus a seus discípulos: «Ainda um pouco de tempo, e já não me vereis; mais um pouco de tempo e me tornareis a ver, porque vou ao Pai.» 17Disseram, então, alguns dos seus discípulos entre si: «Que é isto, que Ele nos diz: Ainda um pouco de tempo e não me vereis; mais um pouco de tempo e me tornareis a ver, porque vou ao Pai?»18Diziam, pois: «Que quer dizer com isso: «Um pouco de tempo?» Não sabemos o que Ele quer dizer.» 19Conheceu, porém, Jesus que eles O queriam interrogar, e disse-lhes: Sobre isso discutis entre vós, porque eu disse: Ainda um pouco de tempo e não me vereis; mais um pouco de tempo e me tornareis a ver. 20Em verdade, em verdade, eu vos digo: Haveis de chorar e vos lamentar, enquanto o mundo há-de se alegrar; vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em gozo. 21Uma mulher, quando dá à luz, tem tristeza, porque veio a sua hora, mas logo que a criança nasce, já não se lembra da aflição, pela alegria por haver nascido ao mundo um homem.  22Assim vós outros, agora estais tristes, mas outra vez vos verei; então alegrar-se-á o vosso coração; e ninguém vos há de tirar a vossa alegria.

 

CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.

Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

 

Ofertório Salmo 145. 2

Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.

Lauda, ánima mea, Dóminum: laudábo Dóminum in vita mea: psallam Deo meo, quámdiu ero, allelúia.

Louva a minha alma, ao Senhor. Louvarei ao Senhor durante toda a minha vida. A meu Deus eu cantarei salmos enquanto viver, aleluia.

Secreta

É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.

His nobis, Dómine, mystériis conferátur, quo, terréna desidéria mitigántes, discámus amáre cæléstia. Per Dominum nostrum Iesum Christum.

Concedei-nos, Senhor, que por estes mistérios, nos seja dado mitigar os desejos terrenos, e aprendamos a amar as coisas celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Communio / João 16. 16

Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.

Módicum, et non vidébitis me, allelúia: íterum módicum, et vidébitis me, quia vado ad Patrem, allelúia, allelúia.

Ainda um pouco de tempo, e não me vereis, aleluia. Mais um pouco de tempo e me tornareis a ver, porque vou ao Pai. Aleluia.

Postcommunio

Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.

Sacraménta quæ súmpsimus, quǽsumus, Dómine: et spirituálibus nos instáurent aliméntis, et corporálibus tueántur auxíliis. Per Dominum nostrum Iesum Christum.

Nós vos pedimos, Senhor, que estes Sacramentos que recebemos como alimento para as nossas almas nos renovem, e nos protejam como auxilio para os nossos corpos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.


Meditação


Peregrinos de Deus

Fazei, ó Senhor, que as coisas terrenas não prendam o meu coração e não o impeçam de aspirar ao céu.

 

1 – A liturgia de hoje começa a orientar o nosso pensamento para a próxima Ascensão de Jesus ao Céu. «Um pouco e já não me vereis... porque vou para o Pai». O Evangelho do dia (Jo. 16, 16-22), que relata esta passagem, é tirado do discurso que o Senhor fez aos Apóstolos na tarde da última ceia, com o fim de os preparar para a Sua partida, antes de ir para a Paixão, mas a Igreja gosta de no-lo apresentar hoje como o discurso de despedida de Jesus antes da Sua Ascensão. Uma vez cumprida a Sua missão, Ele deve regressar ao Pai que O enviou. Um dia acontecer-nos-á o mesmo a nós: a terra não é a nossa morada estável, mas só o lugar da nossa peregrinação. E Jesus disse: «Um pouco e já não me vereis; e outra vez um pouco e ver-me-eis». Estas palavras, obscuras para os Apóstolos que não as compreenderam, são hoje muito mais claras para nós. «Um pouco» quer dizer, o tempo da nossa vida – que em comparação com a eternidade é de fato muito pouco – e chegará também para nós o momento de deixarmos a terra para seguirmos Jesus até ao céu, onde O veremos na glória. E então, como disse o Senhor, «o nosso coração se alegrará, ninguém nos tirará a nossa alegria». Mas antes de chegar a este feliz fim, é preciso passar pelas adversidades, lutas e sofrimentos da vida terrena. Ainda que tudo isto seja «pouco» comparado ao «desmesurado peso de glória que nos espera» (cfr. II Cor. 4, 17), o Senhor sabe que, para nós, presos como estamos pelas vicissitudes da vida terrena, é «muito» e penoso, e por isso nos põe de sobreaviso para que não nos escandalizemos: «Vós haveis de chorar e de gemer e o mundo se há de alegrar». O mundo goza e quer gozar a todo custo, totalmente imerso nos prazeres da vida presente, sem qualquer pensamento sobre o que o espera para além. E se não pode fugir aos inevitáveis sofrimentos da vida, procura abafar a dor no prazer, esforçando-se por tirar de cada instante fugitivo o maior gozo possível. Não age assim o cristão que se impõe uma vida de sacrifícios e de renúncia em vista de uma felicidade ultraterrena: «haveis de estar tristes – diz Jesus – mas a vossa tristeza há de converter-se em alegria».

2 – A Epístola (I Ped. 2, 11-19), exorta-nos igualmente a viver na terra com os olhos voltados para o céu: «Caríssimos – diz S. Pedro – rogo-vos que, como estrangeiros e peregrinos, vos abstenhais dos desejos carnais que combatem contra a alma». O peregrino não pode demorar-se a gozar dos alívios e alegrias que encontra no seu caminho sem comprometer o bom êxito da sua viagem e ainda sem correr o risco de não alcançar a meta. Do mesmo modo o cristão, peregrino de Deus, não pode parar nos bens terrenos; poderá sem dúvida servir-se e até gozar deles se a Providência os puser no seu caminho, mas com um coração desprendido que imediatamente os ultrapassa; nada pode embaraçar o seu passo porque tem pressa de chegar ao fim. A vida do cristão é a vida do viandante em terra estrangeira que nunca para porque está ansioso por chegar à pátria. Muito a propósito, a Secreta da Missa põe hoje nos nossos lábios a seguinte oração: «Por estes mistérios, concedei-nos, Senhor, que desprezando os desejos terrenos, aprendamos a amar as coisas celestiais». Oração de que temos muita necessidade, porque as satisfações e os bens presentes, com o seu caráter concreto, podem sempre apoderar-se dos nossos sentimentos e do nosso coração, diminuindo a nossa ânsia do céu e fazendo-nos esquecer um pouco a caducidade do que é terreno.

Outra característica do peregrino é não estar satisfeito enquanto não chegar à pátria, o que lança sobre a sua vida um véu de tristeza. Também o cristão, peregrino de Deus, não pode estar plenamente satisfeito enquanto não chegar ao céu e possuir Deus. Corre suspirando por Ele, apressando o passo, confortado pela esperança de O encontrar um dia «face a face», mas essa esperança inclui um sentimento de tristeza porque espera o que não possui ainda. É a tristeza santa daqueles que procuram a Deus. Agradeçamos ao Senhor se no-la fizer experimentar: é bom sinal, é sinal de que o nosso coração está preso pelo Seu amor e de que as coisas terrenas já não podem saciá-lo. Recordemos por isso, ainda uma vez, a consoladora promessa de Jesus: «a vossa tristeza há de converter-se em alegria».

               MADALENA, Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 628-630.

sábado, 13 de abril de 2024

Edição nº 710

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 710 – 14 de abril de 2024

 2º Domingo depois da Páscoa
Domingo do Bom Pastor
branco – 2ª classe.

Tão perto da Páscoa, este domingo é como que uma síntese de tudo quanto de bom, de belo e de consolador há neste Tempo. Visão suavíssima! Jesus, o Bom Pastor, no meio de suas ovelhas, pelas quais havia dado a sua vida! Os primeiros Cristãos gostavam de demorar-se nesta contemplação, como provam os desenhos nas catacumbas de Roma.  Confiantes, nós nos aproximamos hoje da Igreja. É o Bom Pastor mesmo quem nos recebe e nos fala (Evangelho). Lembrando-nos de tudo que fez por nós, cantamos jubilosos no Intróito: Da misericórdia do Senhor está cheia a terra.  S. Pedro, que em si próprio experimentou todo o amor misericordioso do Pastor, mostra-nos na Epistola a extensão e as finezas desse amor.  E assim esclarecidos, temos a certeza de que o Bom Pastor nos conhece, isto é, que nos vem instruir, fortalecer e iluminar no santo Sacrifício da Missa (Communio).

 


«Ego sum Pastor Bonus!» Ev.

sábado, 6 de abril de 2024

Edição nº 709

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 709 – 7 de abril de 2024

 

Domingo In Albis, Oitava da Páscoa
Domingo da Divina Misericórdia
branco – 1ª classe

 

Os cinco domingos que se seguem, celebram o Salvador ressuscitado. Mostram seu amor para com as almas remidas por seu preciosíssimo Sangue.

Neste domingo, Nosso Senhor fortalece a fé do Apóstolo S. Tomé e como a deste Santo, também a nossa. No II domingo, Jesus manifesta-se como «Bom Pastor» que cuida de suas ovelhas, até o fim dos séculos. Os últimos três domingos preparam a sua despedida e a missão do Espírito Santo.

Ontem depuseram os neófitos as suas túnicas brancas para retomarem hoje as suas vestimentas comuns. Embora S. Pedro os convide com palavras de ternura «como meninos recém-nascidos, desejai sinceramente o leite espiritual» (Intróito), a Missa de hoje prepara-os todavia, para a luta na arena da vida.  A vitória que vence o mundo é a nossa fé. Da necessidade desta fé nos falam a Epístola e o Evangelho: Bem-aventurados os que não viram e contudo creram.

A essa fé nos exorta a própria igreja onde antigamente se reuniam os fiéis em, Roma, a basílica de S. Pancrácio. Mártir pela fé aos quatorze anos de idade, este Santo é um exemplo glorioso de fidelidade às suas promessas batismais, para os que militam nas fileiras de Jesus Cristo.

 


«Meu Senhor e meu Deus!» Ev.

sábado, 30 de março de 2024

Edição nº 708

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 708 – 31 de março de 2024

 

Domingo da Ressureição de N. S. Jesus Cristo
branco – 1ª classe

 

A Comunidade religiosa celebra o dia de hoje com Maria Santíssima, que, depois dos tormentosos dias da Paixão, tem mais direito ainda às alegrias da Ressurreição.

Com Jesus agradeçamos ao Pai Eterno a vitória da Redenção pela qual também nós ressuscitamos para uma vida nova (Intróito). O Cordeiro Pascal, imolado e ressuscitado, novamente se imola e ressuscita para nós no santo Sacrifício da Missa (Consagração e Comunhão). A Epístola, a Sequência e o Evangelho nos preparam a termos as devidas disposições.

Seja a celebração da santa Missa no dia de hoje, que é a Solenidade das Solenidades, a expressão sincera de nossa alegria e gratidão, porque Jesus, ressurgindo, nos deu a vida, uma vida nova na graça.



«Ressuscitou, não está aqui; eis o lugar onde O depositaram.» Ev.

sábado, 23 de março de 2024

Edição nº 707

 «Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 707 – 24 de março de 2024

 

2º Domingo da Paixão

Domingo de Ramos
roxo – 1ª classe

 

É o domingo que precede à festa da Páscoa e dá início à Semana Santa. Domingo de Ramos, Domingo das Palmas, Páscoa florida, assim chamado porque antes da Missa principal se realiza a bênção dos Ramos com a procissão.

Desta bênção e desta procissão, já encontramos vestígios claros no século V.

Se deveras queremos compreender a liturgia deste domingo, cumpre colocarmo-nos bem no meio do cenário onde se vai desenrolar o doloroso drama, e, para que possamos atingir esse objetivo, útil será recordarmos os acontecimentos dos últimos dias da vida do Divino Salvador aqui na terra.

Jesus, à frente de uma romaria, vai de Jericó a Betânia, onde se hospeda com seus amigos Lázaro, Maria e Marta, que, para O homenagearem, dão um banquete. É nessa ocasião que Maria unge com arômatas a cabeça de Jesus.   Indignado com esse desperdício Judas rompe com seu Mestre. Muita gente vem a Betânia para ver a Jesus e a Lázaro ressuscitado. Com estas multidões parte Jesus no dia seguinte em direção a Jerusalém, passando pelo monte das Oliveiras. Festiva é a sua entrada, como narra o Evangelho. O povo aclama o Messias.   Honras dignas de um Rei são-Lhe tributadas, enquanto os fariseus cada vez mais se enraivecem. Contemplando a cidade, Jesus chora, lastimando lhe a infidelidade e a sorte triste que a espera. Entra solenemente no templo, mas nessa mesma tarde regressa a Betânia. Esses, os principais fatos históricos em que se firma a liturgia deste domingo, que consta de duas partes bem distintas:

1ª Bênção e procissão dos Ramos – Alegre e triunfal. Porque nela aclamamos o Cristo, Rei e Vencedor.

2ª A Santa Missa – Profundamente triste. Porque nela contemplamos o Homem das dores.

 


«Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei vem a ti, cheio de mansidão,

montado sobre uma jumenta e um jumentinho, filho da que leva o jugo.»