sábado, 28 de maio de 2022

Edição nº 598

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 598 – 29 de maio de 2022


Domingo depois da Ascensão
Solenidade da Ascenção do Senhor

branco – 2ª classe.

 

A festa da Ascensão, diz S. Bernardo, «é a consumação, a coroa das outras solenidades e o termo glorioso da jornada terrestre do Filho de Deus».

Durante quarenta dias, permanecera Jesus no mundo, para fortalecer os seus discípulos na fé e os preparar para a vinda do Espírito Santo. Mas soou enfim a hora de se despedir daqueles que tanto amava. Ainda que de despedida, essa hora era contudo de grande alegria para o Mestre e os seus discípulos, e para a humanidade inteira. Alegria porque Jesus triunfou. Terminaram as humilhações, os sofrimentos. A coroa de espinhos e opróbrios se converte em coroa de honra, a Cruz ignominiosa, em trono de glória. Alegremo–nos porque o Salvador subiu ao céu para ali preparar–nos um lugar. Porque junto do trono de seu Pai, Jesus continua a interceder por nós e a cumprir a sua missão de Mediador entre Deus e os homens. Alegremo–nos ainda porque a sua subida é o penhor da descida do Espírito Santo.  «Se eu não for, o Espírito Santo não virá a vós». Alegremo–nos, finalmente, porque este mesmo Jesus que hoje se esconde aos nossos olhares, descerá um dia, em toda a sua Majestade e todo o seu poder, para julgar os vivos e os mortos, e então os nossos olhos contemplarão extasiados sua santa Humanidade, sem o receio, para sempre afastado, de uma nova separação.

Enquanto a Epístola e o Evangelho narram sucintamente o fato histórico, ouvimos nos Cânticos perpassar estas melodias de júbilo. Cremos firmemente que o Nosso Redentor subiu ao céu e nesta convicção Lhe dirigimos uma súplica, para que também nós tenhamos em espírito a nossa morada no céu (Oração).

 


«homens da Galileia por que estais olhando para o céu?» Ep.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Edição nº 597

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 597 – 22 de maio de 2022

 

5º Domingo depois da Páscoa
branco – 2ª classe.

 

«Eu saí do Pai, e vim ao mundo; deixo outra vez o mundo, e vou ao Pai».

Nestas linhas está sintetizado o pensamento principal da santa Missa de hoje. Os textos, ao mesmo tempo que nos lembram as alegrias pascais, nos prenunciam o próximo desaparecimento do Salvador. Enquanto a Epístola nos fala do Cristianismo prático, o Evangelho, aludindo à próxima Ascensão de Jesus Cristo, nos ensina como podemos e devemos confiar-Lhe os nossos cuidados e as nossas preocupações, antes de Jesus nos deixar e ir para junto de seu Pai. Estejamos certos de que seremos atendidos, porque se amamos o Filho, também o Pai nos ama.

 


«Pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa.» Ev.

sábado, 14 de maio de 2022

Edição nº 596

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 596 – 15 de maio de 2022

 

4º Domingo depois da Páscoa
branco – 2ª classe.

 

A Missa de hoje nos mostra o nexo íntimo que há entre o desaparecimento de Jesus e a descida do Divino Espírito Santo, e nos esclarece de um modo particular sobre a missão do Divino Espírito Santo, que é tríplice: no mundo, na Igreja e nas almas.  Ao mundo cumpre conhecer o seu pecado, a justeza da causa da Igreja e o juízo iminente. Na Igreja o Divino Espírito Santo continuará a Missão de Jesus Cristo, conservando-a infalível depositária de sua doutrina. Na alma, Ele continuará a iluminá-la e a conduzi-la sempre mais e mais, para a verdade e para a luz. Ele vos ensinará toda a verdade (Evangelho). Empenhemo-nos desde já em preparar a nossa alma para a tornar digna de receber a luz da verdade.

 


«porque se eu não for, não virá a vós o Consolador.» Ev

sábado, 7 de maio de 2022

Edição nº 595

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 595 – 8 de maio de 2022


 3º Domingo depois da Páscoa
branco – 2ª classe.

 

O Domingo da Ressurreição e os dois imediatos são completamente dominados pelo pensamento da Ressurreição. Os domingos seguintes nos preparam para a despedida: a Ascensão de Nosso Senhor e a Missão do Divino Espírito Santo. Fala-nos o domingo de hoje da despedida de Jesus deste mundo, e assim nos lembra que também somos estrangeiros e viajantes.  S. Pedro nos delineia o modo de proceder do Cristão no mundo: obediência à autoridade, cumprimento dos deveres de estado (Epístola). Na Oração, imploramos força para não errar no caminho, para que sejamos dignos do nome de Cristãos, isto é, cidadãos do céu. O Evangelho afirma que, querendo andar como Cristãos, teremos que sofrer e chorar enquanto o mundo se alegra. A nossa tristeza será breve, no entanto, e mudada será em alegria que ninguém nos há de tirar.

 

«mais um pouco de tempo e me tornareis a ver, porque vou ao Pai.» Ev.