«Liturgia Dominical»
Ano
10 – nº 535 – 28 de março de 2021
†
2º Domingo da Paixão
Domingo
de Ramos
roxo – 1ª classe
É o domingo que precede à festa da Páscoa e dá
início à Semana Santa. Domingo de Ramos, Domingo das Palmas, Páscoa florida,
assim chamado porque antes da Missa principal se realiza a bênção dos Ramos com
a procissão.
Desta
bênção e desta procissão, já encontramos vestígios claros no século V.
Se
deveras queremos compreender a liturgia deste domingo, cumpre colocarmo-nos bem
no meio do cenário onde se vai desenrolar o doloroso drama, e, para que
possamos atingir esse objetivo, útil será recordarmos os acontecimentos dos
últimos dias da vida do Divino Salvador aqui na terra.
Jesus,
à frente de uma romaria, vai de Jericó a Betânia, onde se hospeda com
seus amigos Lázaro, Maria e Marta, que, para O homenagearem, dão um banquete. É nessa ocasião que Maria unge com
arômatas a cabeça de Jesus. Indignado
com esse desperdício Judas rompe com seu Mestre. Muita gente vem a Betânia para
ver a Jesus e a Lázaro ressuscitado. Com estas multidões parte Jesus no dia seguinte
em direção a Jerusalém, passando pelo monte das Oliveiras.
Festiva
é sua entrada, como narra o Evangelho. O povo aclama o Messias. Honras dignas de um Rei são Lhe tributadas,
enquanto os fariseus cada vez mais se enraivecem. Contemplando a cidade, Jesus
chora, lastimando lhe a infidelidade e a sorte triste que a espera. Entra solenemente
no templo, mas nessa mesma tarde regressa a Betânia. Esses, os principais fatos
históricos em que se firma a liturgia deste domingo, que consta de duas partes
bem distintas:
1ª
Bênção e procissão dos Ramos – Alegre e triunfal. Porque nela aclamamos o
Cristo, Rei e Vencedor.
2ª
A Santa Missa – Profundamente triste. Porque nela contemplamos o Homem das
dores.
«Dizei
à filha de Sião: Eis que o teu Rei vem a ti, cheio de mansidão,
montado sobre uma jumenta e um jumentinho, filho da que leva o jugo.»