sábado, 30 de janeiro de 2021

Edição nº 527

 «Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 527 – 31 de janeiro de 2021

Domingo da Septuagésima
roxo – 2ª classe.


Neste e nos dois domingos seguintes, a Igreja nos reúne nas basílicas dos três padroeiros de Roma. Hoje, em S. Lourenço, padroeiro dos catecúmenos. isto é, dos que se preparavam para receber o Batismo na noite do Sábado que precede ao Domingo da Ressurreição.

O Papa celebrava outrora a Missa. Provavelmente, estas Missas têm a sua origem no tempo das grandes invasões dos bárbaros na Itália.

Quer na boca do Mártir S. Lourenço (Statio), quer na dos romanos daquele tempo, as palavras do Introito traduzem também os nossos sentimentos neste tempo de preparação para a Quaresma.

Justamente aflitos por nossos pecados nos sentimos, neste tempo (Oração). O pecado, o perigo do mesmo e suas tentações, a necessidade de combatê-lo e o penoso deste combate são gemidos de morte, dores de inferno até para a alma remida. Mas a nossa tristeza não é sem esperança. Deus, embora castigue o pecado enquanto vivemos, é um Deus misericordioso; é o nosso refúgio e o nosso Libertador (Introito). Recorrendo a Ele, livrar-nos-á misericordiosamente (Oração). Mas devemos procurá-Lo pelo desejo e pela Oração, e mais ainda pela ação. pelo esforço, pela penitência.  É o que nos ensinam a Epístola e o Evangelho.

«Vindo, depois, os primeiros, julgaram que haviam de receber mais; receberam, porém, um dinheiro cada um.» Ev.

sábado, 23 de janeiro de 2021

Edição nº 526

«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 526 – 24 de janeiro de 2021

3º Domingo depois da Epifania

verde – 2ª classe.

Neste domingo continua a manifestação do caráter real de Jesus e de seu poder misterioso. Ele domina sobre as doenças. Estendendo a mão poderosa de sua Majestade (Oração), a lepra desaparece e o servo fica curado. Ora, nós éramos doentes como o leproso e o servo. No Batismo e no Sacramento da Penitência, Jesus estendeu a mão e operou a cura milagrosa de nossa alma. Com os miraculados do Evangelho, podemos cantar no Ofertório: Não morrerei, mas viverei. Entretanto, este júbilo só terá valor, se a nossa gratidão se manifestar também pela vida moldada no ideal que nos propõe a Epístola. Eis a verdadeira vida dos batizados, dos curados da lepra do pecado.

 

«Em verdade, eu vos digo que não encontrei tamanha fé em Israel» Ev.

sábado, 16 de janeiro de 2021

Edição nº 525

«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 525 – 17 de janeiro de 2021

2º Domingo depois da Epifania
verde – 2ª classe.

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Intróito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), praticar o primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade.  É justo, pois, que digamos no Ofertório: «Vede quanto bem Deus fez à minha alma».

 

«Fazei tudo quanto Ele vos disser.» Ev.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Edição nº 524

«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 524 – 10 de janeiro de 2021

1º Domingo depois da Epifania
Festa da Sagrada Família
branco – 2ª classe.

Com a Igreja, fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe, cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.

 

O humilde aprendiz de Nazaré é, apesar de tudo, rei do Céu e da Terra; uma coroa invisível cinge a sua fronte divina.

Edição nº 523

 «Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 523 – 3 de janeiro de 2021

Solenidade da Epifania de Nosso Senhor
branco – 1ª classe.
Festa do Santíssimo Nome de Jesus – 2a. classe

Epifania, como dizem os gregos, ou aparição, é a segunda solenidade no ciclo de Natal. Jubilosos celebramos com a santa Igreja a entrada solene do Cristo-Rei no mundo, na humanidade, na alma de cada um de nós. Aquele que nascera no silêncio da santa noite de Natal, manifesta-se agora aos olhos do mundo. O Rei da eterna glória entra em sua cidade, a nova Jerusalém, a santa Igreja.

Os Ofícios litúrgicos, e especialmente o da madrugada, Laudes, falam de uma tríplice manifestação de Jesus. Diz a Antífona: «Hoje o Esposo celestial se uniu à Igreja, porque o Cristo lavou no Jordão os crimes de sua Esposa». No batismo de Jesus, o Padre Eterno deu testemunho a seu Filho: «Este é o meu Filho, a Ele deveis ouvir». – «Os Magos se apressam para as núpcias do Rei, com as suas dádivas» (Evangelho). Com os Magos, somos também nós convidados a apresentar no Ofertório a nossa dádiva: o  dom  de  nós  mesmos. E finalmente conclui a Antífona: «E a água se transforma em vinho e os convidados se alegram. Aleluia». Nas bodas de Caná, manifestou-se pela vez primeira o poder divino-real de Jesus Cristo. Assim como os convidados se alegram, nós nos alegramos pela transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Salvador, que nos é proposto no banquete nupcial da Eucaristia.

A basílica de S. Pedro foi escolhida para a celebração da Missa, neste dia, porque a Epifania, desde os tempos mais remotos, é uma das maiores solenidades.

Oferecemo-nos com o Cristo (Secreta) e recebemos o Cristo (Post­ communio). A vida interior do Cristão é uma reprodução da vida do Cristo. O fim da Igreja, celebrando o Ano eclesiástico, é este: assim como Jesus se manifestou aos Magos, pedimos que se manifeste a cada Cristão pela luz da fé.

«Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos com presentes adorar o Senhor». Comm.