sábado, 13 de abril de 2024

Edição nº 710

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 710 – 14 de abril de 2024

 2º Domingo depois da Páscoa
Domingo do Bom Pastor
branco – 2ª classe.

Tão perto da Páscoa, este domingo é como que uma síntese de tudo quanto de bom, de belo e de consolador há neste Tempo. Visão suavíssima! Jesus, o Bom Pastor, no meio de suas ovelhas, pelas quais havia dado a sua vida! Os primeiros Cristãos gostavam de demorar-se nesta contemplação, como provam os desenhos nas catacumbas de Roma.  Confiantes, nós nos aproximamos hoje da Igreja. É o Bom Pastor mesmo quem nos recebe e nos fala (Evangelho). Lembrando-nos de tudo que fez por nós, cantamos jubilosos no Intróito: Da misericórdia do Senhor está cheia a terra.  S. Pedro, que em si próprio experimentou todo o amor misericordioso do Pastor, mostra-nos na Epistola a extensão e as finezas desse amor.  E assim esclarecidos, temos a certeza de que o Bom Pastor nos conhece, isto é, que nos vem instruir, fortalecer e iluminar no santo Sacrifício da Missa (Communio).

 


«Ego sum Pastor Bonus!» Ev.

 

Avisos Paroquiais

        
        Hoje é o dia da Entrega do dízimo.

Atenção para os horários das Santas Missas neste Domingo:

 

        – às 7h, 9h e 19h em nossa igreja matriz;

        – às 10h na Capela de São Brás, em Sesmaria;

        – às 18h na Capela de Santo Antônio, em Córrego Seco e

        – às 19h na Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Santa Maria de Campos.

Serão transmitidas pelas redes sociais a Santa Missa das 7h (via Facebook, YouTube, e Rádio Bom Jesus 89.3 FM) e a das 19h (via Facebook e YouTube).


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Intróito / MISERICORDIA DOMINI – Salmo 32. 5-6, 1

Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.

Misericórdia Dómini plena est terra, allelúia: verbo Dómini cæli firmáti sunt, allelúia, allelúia. Ps. Exsultáte, iusti, in Dómino: rectos decet collaudátio. . Glória Patri.

Da misericórdia do Senhor está cheia a terra, aleluia. Pela palavra do Senhor foram criados os céus, aleluia, aleluia. Sl. Exultai, ó Justos, no Senhor. Os retos de coração devem louvá-Lo. . Glória ao Pai.

Oração (Colecta)

Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.

A humilhação do Filho de Deus eleva o mundo. Dando a vida pela salvação daqueles que o Pai lhe confiara, Jesus revelou-se o autêntico Pastor, que Deus prometera ao seu povo.

Deus, qui in Fílii tui humilitáte iacéntem mundum erexísti: fidélibus tuis perpétuam concéde lætítiam; ut, quos perpétuæ mortis eripuísti cásibus, gaudiis fácias pérfrui sempitérnis. Per eundem Dominum nostrum Iesum Christum.

Ó Deus, que pela humilhação de vosso Filho levantastes o mundo do abatimento em que jazia, concedei a vossos fiéis a alegria perpétua, e, assim como os livrastes do perigo da morte eterna, fazei-os gozar as alegrias eternas. Pelo mesmo Jesus Cristo.

Epístola de São Pedro Apóstolo I 2. 21-25

Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.

S. Pedro aplica a Jesus, «em cujas feridas fomos curados», a profecia de Isaías, sobre o Messias sofredor.

Caríssimi: Christus passus est pro nobis, vobis relínquens exémplum, ut sequámini vestígia eius. Qui peccátum non fecit, nec invéntus est dolus in ore eius: qui cum male dicerétur, non maledicébat: cum paterétur, non comminabátur: tradébat autem iudicánti se iniúste: qui peccáta nostra ipse pértulit in córpore suo super lignum: ut, peccátis mórtui, iustítiæ vivámus: cuius livóre sanáti estis. Erátis enim sicut oves errántes, sed convérsi estis nunc ad pastórem et epíscopum animárum vestrárum.

Caríssimos: 21O Cristo padeceu por nós, e deixou-vos o exemplo, para que sigais as suas pegadas, 22Ele não cometeu pecado, nem engano foi achado em sua boca123Quando O injuriavam, a ninguém injuriava; e quando maltratado, não ameaçava, mas entregava-se a quem injustamente O julgava. 24Foi Ele mesmo quem levou os nossos pecados em seu Corpo, sobre o madeiro [da cruz] para que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Por suas chagas fostes curados225pois, vós éreis como ovelhas desgarradas; agora, porém, já vos convertestes ao Pastor e Bispo de vossas almas.

1 Isaías 53. 9
2 Isaías 53. 4-5

Alelúia / Lucas 24. 35; João 10. 14

Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.

Allelúia, alleluia. . Cognovérunt discípuli Dóminum Iesum in fractióne panis. Allelúia. . Ego sum pastor bonus: et cognósco oves meas, et cognóscunt me meæ. Allelúia.

Aleluia, aleluia. . Os discípulos conheceram o Senhor Jesus na fração do pão. Aleluia. . Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. Aleluia.

Evangelho segundo São João 10. 11-16

Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.

«Conheço as minhas ovelhas»; isto é, Jesus ama-as, precisa S. Gregório. «E as minhas ovelhas conhencem-Me» – amam-Me e seguem-Me!  Vede lá, irmãos, se sois, de fato, do número das suas ovelhas, se O amais, se O seguis! (Homilia de matinas).

In illo témpore: Dixit Iesus pharisǽis: Ego sum pastor bonus. Bonus pastor ánimam suam dat pro óvibus suis. Mercennárius autem et qui non est pastor, cuius non sunt oves própriæ, videt lupum veniéntem, et dimíttit oves et fugit: et lupus rapit et dispérgit oves: mercennárius autem fugit, quia mercennárius est et non pértinet ad eum de óvibus. Ego sum pastor bonus: et cognósco meas et cognóscunt me meæ. Sicut novit me Pater, et ego agnósco Patrem, et ánimam meam pono pro óvibus meis. Et álias oves hábeo, quæ non sunt ex hoc ovíli: et illas opórtet me addúcere, et vocem meam áudient, et fiet unum ovíle et unus pastor.

Naquele tempo, 11disse Jesus aos fariseus: Eu sou o bom Pastor3. O Bom Pastor dá a sua vida por suas ovelhas. 12O mercenário, porém, o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas, vendo chegar o lobo, deixa as ovelhas e foge; e o lobo rouba e dispersa as ovelhas. 13O mercenário foge, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. 14Eu sou o Bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem.  15Assim como o Pai me conhece, e eu conheço o Pai, eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas. 16Outras ovelhas tenho eu ainda que não são deste aprisco. É preciso que eu as chame também, e ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.

3. Ou melhor: «o verdadeiro e perfeito Pastor».

 

CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.

Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

 

Ofertório / Salmo 62. 2, 5

Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.

Deus, Deus meus, ad te de luce vígilo: et in nómine tuo levábo manus meas, allelúia.

Ó Deus, meu Deus, eu velo a invocar-Vos desde a aurora; e em vosso Nome levantarei as minhas mãos, aleluia.

Secreta

É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.

Benedictiónem nobis, Dómine, cónferat salutárem sacra semper oblátio: ut, quod agit mystério, virtúte perfíciat. Per Dominum nostrum Iesum Christum.

Fazei, Senhor, que esta sagrada Oblação nos obtenha sempre a vossa bênção salutar, para que produza por sua força o que representa no Mistério. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Communio / S. Joao 10. 14

Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.

Ego sum pastor bonus, allelúia: et cognósco oves meas, et cognóscunt me meæ, allelúia, allelúia.

Eu sou o bom Pastor, aleluia. E conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem, aleluia, aleluia.

Postcommunio

Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.

Præsta nobis, quǽsumus, omnípotens Deus: ut, vivificatiónis tuæ grátiam consequéntes, in tuo semper múnere gloriémur. Per Dominum nostrum Iesum Christum.

Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, tendo alcançado a graça de uma vida nova, sempre nos gloriemos em vossas dádivas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.


Meditação

 

O Bom Pastor


Venho a Vós, ó Jesus, meu bom Pastor, conduzi-me às pastagens da vida eterna.

 

1 – Na doce figura do Bom Pastor, a liturgia de hoje resume tudo o que Jesus fez pelas nossas almas.

O Pastor é tudo para as suas ovelhas: a sua vida, o seu alimento, a sua guarda, estão inteiramente nas suas mãos e se o pastor é bom, sob a sua proteção nada tem a temer e nada lhes faltará.

Jesus é o Bom Pastor por excelência: Ele não só ama, alimenta e guarda as suas ovelhas, mas dá-lhes a sua própria vida e dá-lha à custa da Sua. Mediante a encarnação, o Filho de Deus veio à terra em busca dos homens que, semelhantes a ovelhas perdidas, se afastaram do redil e se perderam no vale tenebroso do pecado. Vem como pastor amantíssimo que, para melhor socorrer o Seu rebanho, não hesita em partilhar a sua sorte. A Epístola do dia (I Ped. 2, 21-25), apresenta-no-Lo assim, carregando os nossos pecados para nos curar pela Sua Paixão.   «Foi Ele mesmo que levou os nossos pecados em Seu corpo, sobre o madeiro da cruz a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; éreis como ovelhas desgarradas, mas agora vos convertestes ao Pastor e bispo das vossas almas». «Eu sou o Bom Pastor – disse Jesus – e dou a vida pelas minhas ovelhas». No ofício do tempo pascal a Igreja canta repetidas vezes: «Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ovelhas e se dignou morrer pelo seu rebanho». Como poderia sintetizar-se melhor toda a obra da redenção? Esta surge ainda mais grandiosa quando da boca de Jesus ouvimos dizer: «Eu vim para que elas tenham vida e estejam na abundância» (Jo. 10, 10). Na verdade, Ele podia repetir a cada um de nós: «que coisa poderia Eu fazer por ti que não tivesse feito?» (cfr. Is. 5, 4). Oh! se a nossa generosidade em nos darmos a Ele não tivesse limites, como não teve a Sua ao dar-Se a nós!

2 – Jesus diz ainda: «Eu conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai» (Jo. 10, 11-16). Ainda que não se trate de igualdade, mas de simples semelhança, quão reconfortante e quão glorioso é para nós ver como Jesus gosta de comparar as suas relações conosco às Suas relações com o Pai! Na última ceia também disse: «Como o Pai me amou, assim eu vos amei», e ainda: «Como tu, Pai o és em mim e eu em Ti, que também eles sejam um em nós» (Jo. 15, 9; 17, 21). Isto mostra-nos como, entre nós – as ovelhas – e Jesus – o Bom Pastor – não existe só uma relação de conhecimento, mas também de amor, de comunidade de vida, semelhante à que existe entre o Pai e o Filho. Chegamos a estas relações com o nosso Deus – tão profundas que nos fazem participar da Sua própria vida íntima – mediante a graça, a fé e a caridade que o Bom Pastor nos mereceu, dando a Sua vida por nós.

Entre o Bom Pastor e as Suas ovelhas estabelece-se assim uma íntima relação de conhecimento amoroso, tão íntima, que o Pastor conhece uma a uma as Suas ovelhas e as chama pelo nome e elas conhecem a Sua voz e seguem-No docilmente. Cada alma pode dizer: Jesus conhece-me e ama-me, não de um modo genérico e abstrato, mas concreto, nas minhas necessidades, nos meus desejos, na minha vida. Para Ele, conhecer-me significa fazer-me bem, envolver-me cada vez mais com a Sua graça, santificar-me. Porque me ama, Jesus chama-me pelo meu nome. Chama-me quando, na oração, me abre novos horizontes de vida espiritual, ou me faz conhecer melhor os meus defeitos, a minha miséria. Chama-me quando me repreende ou me purifica por meio da aridez e quando me consola e encoraja, infundindo-me novo fervor. Chama-me, quando me faz sentir a necessidade de maior generosidade, quando me pede sacrifícios ou me concede alegrias e, mais ainda, quando desperta em mim um amor mais profundo por Ele. Perante os seus apelos, a minha atitude deve ser a da ovelha dedicada que reconhece a voz do seu Pastor e O segue sempre.

               MADALENA, Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 601-603.

 

ORAÇÃO DO DIZIMISTA

Recebei, Senhor, a minha oferta!

Não é uma esmola, porque não sois mendigo.

Não é uma contribuição a Vós, porque não precisais.

Não é o resto que me sobra que vos ofereço.

Esta importância representa, Senhor,

MEU RECONHECIMENTO, MEU AMOR,

Pois, se tenho, é porque me destes. Amém.

sábado, 6 de abril de 2024

Edição nº 709

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 709 – 7 de abril de 2024

 

Domingo In Albis, Oitava da Páscoa
Domingo da Divina Misericórdia
branco – 1ª classe

 

Os cinco domingos que se seguem, celebram o Salvador ressuscitado. Mostram seu amor para com as almas remidas por seu preciosíssimo Sangue.

Neste domingo, Nosso Senhor fortalece a fé do Apóstolo S. Tomé e como a deste Santo, também a nossa. No II domingo, Jesus manifesta-se como «Bom Pastor» que cuida de suas ovelhas, até o fim dos séculos. Os últimos três domingos preparam a sua despedida e a missão do Espírito Santo.

Ontem depuseram os neófitos as suas túnicas brancas para retomarem hoje as suas vestimentas comuns. Embora S. Pedro os convide com palavras de ternura «como meninos recém-nascidos, desejai sinceramente o leite espiritual» (Intróito), a Missa de hoje prepara-os todavia, para a luta na arena da vida.  A vitória que vence o mundo é a nossa fé. Da necessidade desta fé nos falam a Epístola e o Evangelho: Bem-aventurados os que não viram e contudo creram.

A essa fé nos exorta a própria igreja onde antigamente se reuniam os fiéis em, Roma, a basílica de S. Pancrácio. Mártir pela fé aos quatorze anos de idade, este Santo é um exemplo glorioso de fidelidade às suas promessas batismais, para os que militam nas fileiras de Jesus Cristo.

 


«Meu Senhor e meu Deus!» Ev.

sábado, 30 de março de 2024

Edição nº 708

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 708 – 31 de março de 2024

 

Domingo da Ressureição de N. S. Jesus Cristo
branco – 1ª classe

 

A Comunidade religiosa celebra o dia de hoje com Maria Santíssima, que, depois dos tormentosos dias da Paixão, tem mais direito ainda às alegrias da Ressurreição.

Com Jesus agradeçamos ao Pai Eterno a vitória da Redenção pela qual também nós ressuscitamos para uma vida nova (Intróito). O Cordeiro Pascal, imolado e ressuscitado, novamente se imola e ressuscita para nós no santo Sacrifício da Missa (Consagração e Comunhão). A Epístola, a Sequência e o Evangelho nos preparam a termos as devidas disposições.

Seja a celebração da santa Missa no dia de hoje, que é a Solenidade das Solenidades, a expressão sincera de nossa alegria e gratidão, porque Jesus, ressurgindo, nos deu a vida, uma vida nova na graça.



«Ressuscitou, não está aqui; eis o lugar onde O depositaram.» Ev.