sábado, 25 de fevereiro de 2023

Edição nº 642

 «Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 642 – 26 de fevereiro de 2023

 

1º Domingo da Quaresma
roxo – 1ª classe.

 

Na basílica do SSmo. Salvador são iniciados os jejuns quaresmais, pois neste dia começava outrora a Quaresma (Secreta). É um dos dias mais importantes do Ano eclesiástico.

Com os catecúmenos reunimo-nos nesta igreja, na qual 40 dias depois receberemos a comunicação da vida divina. Para renovarmos em nós esta vida, ouvimos na Missa de hoje salutares ensinamentos.

No domingo da Quinquagésima, predisse Jesus a sua paixão. Aproximando-se de Jerusalém, Tomé convida os outros Apóstolos: Vamos e morramos com Ele. Este convite também nos é dirigido. Morrer ao velho homem é a tarefa de toda a nossa vida, e mais especialmente devemos procurar fazê-lo durante a Quaresma.

Morrer a nós mesmos é vencer o mal que está em nós e o que nos vem de fora. As Leituras, Epístola e Evangelho, nos ensinam que a mortificação e a abstinência são meios poderosíssimos para alcançarmos a vitória. Sendo difícil a tarefa, pedimos o auxílio de Deus (Oração). E que confiamos nesse auxílio, nós o atestamos, fazendo nossas as palavras do Intróito, Gradual, Trato, Ofertório e Communio.

Deus mesmo nos ouve, nos libertará e nos dará a glória. No princípio da Quaresma nos é prometida a Páscoa.


«Jesus respondeu-lhe: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.» Ev.

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Edição nº 641

 «Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 641 – 19 de fevereiro de 2023

 

Domingo da Quinquagésima
roxo – 2ª classe.

 

Em espírito, nós nos reunimos com toda a santa Igreja junto ao sepulcro do Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro. Como ele, devemo-nos curar da cegueira espiritual e nos convencer de que os sofrimentos do Cristo e também os nossos são necessários para conseguirmos a verdadeira vida.

Este domingo é uma preparação próxima para a Quaresma. Por amor da humanidade cega, toma o Salvador sobre Si os sofrimen­tos dela (Evangelho). Por amor de Deus – a Epístola nos ensina qual o verdadeiro – devemos expiar as nossas faltas, fazendo da santa Missa o nosso Calvário, e unindo os nossos sofrimentos aos do Filho de Deus. E se na Oração pedimos que o Senhor nos livre de toda adversidade, queremos apenas a isenção dos males que prejudicam a nossa salvação, sabendo que, aos que amam a Deus, todas as coisas cooperam para o seu bem (Rom. 8, 28).

 

 


«Que queres que te faça? Ele respondeu: Senhor, que eu veja.» Ev.

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Edição nº 640

 «Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 640 – 12 de fevereiro de 2023

 

Domingo da Sexagésima
roxo – 2ª classe.

 

Reunidos na basílica de S. Paulo, representada por nossa Igreja, vemos o magnífico exemplo do grande Apóstolo (Epístola).

Com o Cristo devemos morrer, para com Ele ressuscitarmos. Este é o sentido da Quaresma e para isso nos preparamos nos três domingos precedentes. Ele é o Semeador (Evangelho). Preparemos nossos corações, afastando os obstáculos, que são: a indiferença – o caminho; a inconstância – as pedras; as paixões – os espinhos. Custe embora à natureza humana, a Igreja o confessa no Introito. Mas não desanimaremos; contra as adversidades podemos contar com a proteção do Doutor das gentes (Oração).

 


«A semente é a palavra de Deus.» Ev.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Edição nº 639

«Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 639 – 5 de fevereiro de 2023

 

Domingo da Septuagésima
roxo – 2ª classe.

 

Neste e nos dois domingos seguintes, a Igreja nos reúne nas basílicas dos três padroeiros de Roma. Hoje, em S. Lourenço, padroeiro dos catecúmenos, isto é, dos que se preparavam para receber o Batismo na noite do Sábado que precede ao Domingo da Ressurreição.

O Papa celebrava outrora a Missa. Provavelmente, estas Missas têm a sua origem no tempo das grandes invasões dos bárbaros na Itália.

Quer na boca do Mártir S. Lourenço (Statio), quer na dos romanos daquele tempo, as palavras do Intróito traduzem também os nossos sentimentos neste tempo de preparação para a Quaresma.

Justamente aflitos por nossos pecados nos sentimos, neste tempo (Oração). O pecado, o perigo do mesmo e suas tentações, a necessidade de combatê-lo e o penoso deste combate são gemidos de morte, dores de inferno até para a alma remida. Mas a nossa tristeza não é sem esperança. Deus, embora castigue o pecado enquanto vivemos, é um Deus misericordioso; é o nosso refúgio e o nosso Libertador (Intróito). Recorrendo a Ele, livrar-nos-á misericordiosamente (Oração). Mas devemos procurá-Lo pelo desejo e pela Oração, e mais ainda pela ação, pelo esforço, pela penitência.  É o que nos ensinam a Epístola e o Evangelho.

 

 


«Receberam, porém, um dinheiro cada um.» Ev.