«Liturgia
Dominical»
Ano 12 – nº 635 – 8 de janeiro
de 2023
† 1º Domingo depois
da Epifania
Festa da Sagrada Família
Solenidade da Epifania
branco – 2ª classe.
Epifania, como dizem os gregos, ou aparição, é a
segunda solenidade no ciclo de Natal. Jubilosos celebramos com a santa Igreja a
entrada solene do Cristo-Rei no mundo, na humanidade, na alma de cada um de
nós. Aquele que nascera no silêncio da santa noite de Natal, manifesta-se agora
aos olhos do mundo. O Rei da eterna glória entra em sua cidade, a nova
Jerusalém, a santa Igreja.
Os Ofícios litúrgicos, e especialmente o da
madrugada, Laudes, falam de uma tríplice manifestação de Jesus. Diz a Antífona:
«Hoje o Esposo celestial se uniu à Igreja, porque o Cristo lavou no Jordão os
crimes de sua Esposa». No batismo de Jesus, o Padre Eterno deu testemunho a seu
Filho: «Este é o meu Filho, a Ele deveis ouvir». – «Os Magos se apressam para
as núpcias do Rei, com as suas dádivas» (Evangelho). Com os Magos, somos também
nós convidados a apresentar no Ofertório a nossa dádiva: o dom de nós mesmos. E
finalmente conclui a Antífona: «E a água se transforma em vinho e os convidados
se alegram. Aleluia». Nas bodas de Caná, manifestou-se pela vez primeira o
poder divino-real de Jesus Cristo. Assim como os convidados se alegram, nós nos
alegramos pela transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do
Salvador, que nos é proposto no banquete nupcial da Eucaristia.
A basílica de S. Pedro foi escolhida para a
celebração da Missa, neste dia, porque a Epifania, desde os tempos mais
remotos, é uma das maiores solenidades.
Oferecemo-nos com o Cristo (Secreta) e recebemos o Cristo
(Post communio). A vida interior do Cristão é uma reprodução da vida do
Cristo. O fim da Igreja, celebrando o Ano eclesiástico, é este: assim como Jesus
se manifestou aos Magos, pedimos que se manifeste a cada Cristão, pela luz da
fé.
«Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos com presentes adorar o
Senhor». Comm.