«Liturgia
Dominical»
Ano 12 – nº 638 – 29 de janeiro
de 2023
† 4º Domingo depois
da Epifania
verde – 2ª classe.
Mais uma Epifania do poder divino de Jesus. Hoje
Ele impera ao mar e aos ventos. Este milagre é um símbolo da salvação do mundo,
da tempestade do pecado, e uma garantia de proteção contínua sobre a barca de
S. Pedro, nas ondas do século. Confiantes neste auxílio divino e consciente de
nossa própria fraqueza, pedimos a mesma grande bonança para a nossa vida
(Oração).
«Senhor, salvai-nos, que perecemos.» Ev.
Avisos Paroquiais
Atenção para os horários
das Santas Missas neste Domingo:
-
às 7h, 9h e 19h em nossa
igreja matriz;
-
às 10h na Capela de São
Brás, em Sesmaria,
- às 17h na Capela de Santo Antônio, em Córrego Seco.
Serão transmitidas pelas redes sociais a Santa Missa das 7h (via Facebook, YouTube, Instagram e Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook, YouTube e Instagram).
Dia 2 de fevereiro, Festa da Purificação de Nossa Senhora, haverá a Bênção das Velas. Adquira com antecedência suas velas na Secretaria Paroquial.
Dia 3 de fevereiro, Festa de São Brás, haverá a Benção das Gargantas.
Redes Sociais:
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
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(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
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(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / ADORÁTE DEUM – Salmo 96. 7-8, 1
Canto
solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou
solenidade do dia.
Adoráte Deum, omnes Angeli eius:
audívit, et lætáta est Sion: et exsultavérunt fíliæ Iudæ. Ps. Dóminus regnávit,
exsúltet terra: læténtur ínsulæ multæ. ℣. Glória
Patri.
Adorai a Deus1, vós todos os seus Anjos. Sião ouve e se alegra.
Exultam as filhas de Judá. Sl. O Senhor é Rei: exulte a terra e alegrem-se as
muitas ilhas. ℣. Glória ao Pai.
1. A epístola aos Hebreus (1.6) interpreta estas palavras como ordem, dada aos anjos, de adorar o Verbo Encarnado – afirmação da transcendência divina de Jesus.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Deus, qui nos, in tantis perículis
constitútos, pro humána scis fragilitáte non posse subsístere: da nobis salútem
mentis et córporis; ut ea, quæ pro peccátis nostris pátimur, te adiuvánte
vincámus. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, que conheceis a nossa fragilidade que nos
torna incapazes de subsistir em meio de tantos perigos, dai-nos a saúde da alma
e do corpo, para que vençamos com o vosso auxílio os males que padecemos por
nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos
13. 8-10
Leitura
ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.
Ter-se-á em mente que o próximo pode ser qualquer um, mesmo um estranho,
mesmo um inimigo. A ele se deverá amar e respeitar.
Fratres: Némini quidquam debeátis,
nisi ut ínvicem diligátis: qui enim díligit próximum, legem implévit. Nam: Non
adulterábis, Non occídes, Non furáberis, Non falsum testimónium dices, Non
concupísces: et si quod est áliud mandátum, in hoc verbo instaurátur: Díliges
próximum tuum sicut teípsum. Diléctio próximi malum non operátur. Plenitúdo
ergo legis est diléctio.
Irmãos: 8A ninguém devais
coisa alguma a não ser o amor mútuo; pois, quem ama o próximo, cumpriu a Lei. 9Com efeito, os mandamentos: Não cometerás
adultério, não matarás, não furtarás, não levantarás falso testemunho, não
cobiçarás2, e se há algum outro mandamento,
todos eles se resumem nesta palavra: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo3. 10O
amor do próximo não faz o mal. Logo, a caridade é o complemento da Lei.
2. Êxodo 20. 13-17
3. Levítico 19. 18.
Gradual / Salmo 101. 16-17
Gradual e
Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que
traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou
sugeridos pelo Mistério do dia.
Timébunt gentes nomen tuum, Dómine, et
omnes reges terræ glóriam tuam. ℣. Quóniam
ædificávit Dóminus Sion, et vidébitur in maiestáte sua.
As nações temem o vosso Nome, Senhor, e todos os
reis da terra, a vossa glória. ℣.
Porque o Senhor edificou Sião, e se manifesta em sua Majestade.
Aleluia / Salmo 96. 1
Allelúia, allelúia. ℣. Dóminus regnávit, exsúltet terra: læténtur ínsulæ multæ. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. O Senhor é Rei; exulte a terra; e alegrem-se as
muitas ilhas. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 8. 23-27
Proclamação
solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a
leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para
com ele, exige seja escutado de pé.
S. Jeronimo compara este milagre àquele de Jonas, em que o profeta nos
aparece dormindo tranquilamente, enquanto os outros se julgam perdidos.
«Acordam-no; o homem de Deus dá ordens, e o seu sacrifício, símbolo do de
Cristo, liberta do perigo os que o despertaram.»
In illo témpore: Ascendénte Iesu in
navículam, secúti sunt eum discípuli eius: et ecce, motus magnus factus est in
mari, ita ut navícula operirétur flúctibus, ipse vero dormiébat. Et accessérunt
ad eum discípuli eius, et suscitavérunt eum, dicéntes: Dómine, salva nos,
perímus. Et dicit eis Iesus: Quid tímidi estis, módicæ fídei? Tunc surgens,
imperávit ventis et mari, et facta est tranquíllitas magna. Porro hómines
miráti sunt, dicéntes: Qualis est hic, quia venti et mare obœ́diunt ei?
Naquele tempo, 23tendo
Jesus subido a uma barca, seus discípulos O seguiram. 24De repente, levantou-se no mar uma grande
tempestade, de modo que as ondas cobriam a barca. Ele, porém, dormia 25e seus discípulos O acordaram, dizendo: Senhor,
salvai-nos, que perecemos. 26Respondeu-lhes
Jesus: Por que temeis, homens de pouca fé? Ao mesmo tempo, pôs-se Ele de pé e
ordenou aos ventos e ao mar, seguindo-se uma grande bonança. 27Os homens, deveras admirados, diziam: Quem é Este,
a quem os ventos e o mar obedecem?
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa
profissão de fé.
Breve
compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja,
afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 117. 16-17
Com o
Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Déxtera Dómini fecit virtutem, déxtera
Dómini exaltávit me: non móriar, sed vivam, et narrábo ópera Dómini.
A Destra do Senhor mostra o seu poder; a Destra do
Senhor me exalta; não morrerei, mas viverei e cantarei as obras do Senhor.
Secreta
É a
antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Concéde, quǽsumus, omnípotens Deus: ut
huius sacrifícii munus oblátum fragilitátem nostram ab omni malo purget semper
et múniat. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Humildemente Vos pedimos, ó Deus onipotente, que a
oferta deste Sacrifício purifique de todo o mal a nossa fragilidade e sempre a
proteja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Lucas 4. 22
Alternando
com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão
dos fiéis.
Mirabántur omnes de his, quæ
procedébant de ore Dei.
Todos se admiravam das palavras que saíam da boca de
Deus.
Postcommunio
Súplica a
Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Múnera tua nos, Deus, a
delectatiónibus terrenis expédiant: et cæléstibus semper instáurent aliméntis. Per
Dominum nostrum Iesum Christum.
Vossos Dons, ó Deus, nos desembaracem de todas as
seduções da Terra, e nos fortaleçam constantemente com o celeste Alimento. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A tempestade acalmada
Eu Vos adoro, Senhor, escondido na barquinha da minha alma: se
estiverdes comigo, nada temerei.
1 – Na liturgia de hoje, e
particularmente no Evangelho (Mt. 8, 23-27), Jesus aparece como o dominador dos elementos, o
vencedor de todas as tempestades.
«E eis que se levantou no mar uma
grande tempestade, de modo que as ondas alagavam a barca». Podemos pensar nas
perseguições que, desde há séculos, têm caído sobre a barca de Pedro, a Igreja,
ou também nas provas que Deus permite a cada alma. Em todo o caso, o espírito
de fé diz-nos que qualquer luta ou tempestade da vida é sempre querida,
permitida ou pelo menos não impedida por Deus: «tudo é graça» (T. M. J. NV. 5-VI), tudo é fruto do Seu amor infinito.
Deus não é um tirano que nos esmaga, mas um Pai que nos prova unicamente porque
nos ama: se permite a dor, as tempestades interiores ou exteriores, individuais
ou sociais, é só para tirar delas um maior bem. A virtude e o bem fortalecem-se
nas dificuldades; o esforço feito para reagir leva-nos a ultrapassarmo-nos, o
que não aconteceria em tempo de plena calma.
Jesus dorme tranquilamente no fundo
da barca e os discípulos assustados acordam-nO, gritando: «Senhor, salva-nos,
que perecemos!» e Ele responde-lhes em tom de censura: «Por que temeis, homens
de pouca fé?»
Quando no meio das provações, nos assustamos
e desanimamos, no fundo é sempre por falta de fé. Ainda quando Deus Se esconde
e tudo parece ruir e nos sentimos horrivelmente sós, é absolutamente certo que
Ele jamais nos abandona, se não formos nós os primeiros a abandoná-lO. Em vez
de perder a paciência ou de cair no desespero, é o momento de intensificar a
nossa fé, de fazer atos enérgicos desta virtude: «Conto com Ele – dizia Sta.
Teresa do Menino Jesus –. Poderá o sofrimento atingir as barreiras da
capacidade humana, mas tenho a certeza de que o Senhor nunca me há de largar da
Sua mão». (H.).
2 – Os Apóstolos só foram salvos
quando recorreram a Jesus: enquanto lutaram e se cansaram sós, nada
conseguiram. Muitas vezes, não chegamos a poder dominar certas lutas interiores
precisamente porque trabalhamos sós, mas o Senhor quer fazer-nos experimentar
que o nosso esforço não é suficiente sem a Sua intervenção e por isso deixa-nos
na tempestade até que recorramos a Ele com plena confiança. Deus quer
certamente os nossos esforços, mas não quer que fundemos neles toda a nossa
esperança. Eis a causa de tantas faltas de progresso no caminho da santidade:
contar excessivamente com os nossos recursos pessoais e pouco com a ajuda de
Deus. É preciso estarmos bem convencidos de que «a nossa capacidade vem de
Deus» (II Cor. 3, 5); devemos ter menos confiança em nós
mesmos e mais confiança em Deus. Jesus pode tudo e a confiança faz milagres. «A
alma alcança dEle tanto quanto espera» (J. C. N. II, 21, 8).
Mas podemos ainda considerar outro
gênero de tempestades: as provocadas pelas dificuldades que muitas vezes
encontramos na convivência com o próximo. O remédio é-nos dado por S. Paulo na
Epístola (Rom. 13, 8-10): «A ninguém devais coisa alguma, a
não ser o amor mútuo». O amor tudo vence: o amor de Deus vence as tempestades
interiores; o amor do próximo que ama os irmãos por amor de Deus, vence as
tempestades que nascem de divisões, incompreensões, choques de temperamentos. Se de certas pessoas não recebemos mais que amarguras e ofensas, sigamos o precioso
conselho de São João da Cruz: «aonde não há amor, ponha amor e tirará amor»
(Cart. 22).
MADALENA,
Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 247-249.
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