«Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 645 – 19 de março
de 2023
† 4º Domingo da
Quaresma
Domingo Lætáre
róseo ou roxo – 1ª classe.
Na antiguidade cristã, o dia de hoje era o «dia
das rosas». Os Cristãos se presenteavam mutuamente com as primeiras rosas do
verão.
Ainda hoje o Santo Padre benze, neste dia, uma rosa
de ouro e a oferece a uma pessoa em sinal de particular atenção. A santa
Igreja, como o faz no Advento, interrompe também na Quaresma a sua penitência.
Demonstra alegria pelo toque do órgão, pelo enfeite dos altares e pelo róseo
dos paramentos. Toda a Missa respira alegria e júbilo. E por que assim?
Lembremo-nos que antigamente, faziam os catecúmenos, neste dia, um juramento
solene e eram recebidos no seio da Igreja, representada pela igreja da «Santa Cruz
em Jerusalém».
Mãe dedicada e amorosa, alegra-se a santa Igreja,
ao receber os que serão lavados nas águas batismais (Intróito, Epístola). E não
menos se alegram os próprios catecúmenos (Gradual, Ofertório e Communio). A
maravilhosa multiplicação dos pães, que se repete na santa Missa, nos garante a
todos nós, a glória futura. Louvemos e agradeçamos a bondade de Deus (Ofertório).
«mas que é isto para tanta gente?» Ev.
Avisos Paroquiais
Atenção para os horários
das Santas Missas neste Domingo:
- às 7h, 9h e 19h em nossa
igreja matriz;
- às 10h na Quadra do
Bairro Bela Vista
(neste bairro será erguida a Capela de Santa Edwiges);
- às 10h na Capela de São
Brás, em Sesmaria;
- às 18h na Capela de
Santo Antônio, em Córrego Seco.
Serão transmitidas pelas
redes sociais a Santa Missa das 7h (via Facebook, YouTube, Rádio Bom Jesus AM
1170 e FM 89.3) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Redes Sociais:
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa
Missa 7h e 19h)
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(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / LӔTARE, IERÚSALEM – Isaías
66. 10,11; Salmo
121. 1
Canto
solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade
do dia.
Lætáre, Ierúsalem: et convéntum
fácite, omnes qui dilígitis eam: gaudéte cum lætítia, qui in tristítia fuístis:
ut exsultétis, et satiémini ab ubéribus consolatiónis vestræ. Ps. Lætátus sum in his, quæ
dicta sunt mihi: in domum Dómini íbimus. ℣. Glória
Patri.
Alegra-te Jerusalém! Reuni-vos, todos os que a
amais; entregai-vos à alegria, vós que estivestes na tristeza para que exulteis
e vos sacieis da abundância de vossa consolação. Sl. Alegrei-me com o que me
foi dito: iremos à casa do Senhor. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Concéde, quǽsumus, omnípotens Deus:
ut, qui ex merito nostræ actiónis afflígimur, tuæ grátiæ consolatióne
respirémus. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Concedei, Vos rogamos, ó Deus onipotente, aos que
somos justamente castigados por nossas más ações, respiremos aliviados pela
consolação de vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo
Apóstolo aos Gálatas 4. 22-31
Leitura
ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.
Em linguagem alegórica, em que Agar prefigura a Sinagoga, e Sara, a
Igreja, S. Paulo dá-nos a interpretação duma cena célebre do Gênesis (16; 21.1-21), demonstrando que, na economia da salvação, tudo
depende do dom de Deus – «a Promessa». Os herdeiros desta promessa são os que
crêem em Jesus, que é a sua realização.
Fratres: Scriptum est: Quóniam Abraham
duos fílios habuit: unum de ancílla, et unum de líbera. Sed qui de ancílla,
secúndum carnem natus est: qui autem de líbera, per repromissiónem: quæ sunt
per allegóriam dicta. Hæc enim sunt duo testaménta. Unum quidem in monte Sina,
in servitútem génerans: quæ est Agar: Sina enim mons est in Arábia, qui
coniúnctus est ei, quæ nunc est Ierúsalem, et servit cum fíliis suis. Illa
autem, quæ sursum est Ierúsalem, líbera est, quæ est mater nostra. Scriptum est
enim: Lætáre, stérilis, quæ non paris: erúmpe, et clama, quæ non párturis: quia
multi fílii desértæ, magis quam eius, quæ habet virum. Nos autem, fratres,
secúndum Isaac promissiónis fílii sumus. Sed quómodo tunc is, qui secúndum
carnem natus fúerat, persequebátur eum, qui secúndum spíritum: ita et nunc. Sed
quid dicit Scriptura? Eiice ancillam et fílium eius: non enim heres erit fílius
ancíllæ cum fílio líberæ. Itaque, fratres, non sumus ancíllæ fílii, sed líberæ:
qua libertáte Christus nos liberávit.
Irmãos: 22Está
escrito que Abraão teve dois filhos: um da escrava, e outro da mulher livre. 23Mas o da escrava nasceu segundo a
carne, enquanto o da livre nasceu em virtude da promessa. 24Isto é dito em sentido alegórico para significar as
duas alianças. Uma vem do monte Sinai, gerando para a servidão: e é Agar. 25Pois, Sinai é monte da Arábia que corresponde a
Jerusalém atual, a qual é escrava com os seus filhos. 26Mas [a outra] que é a Jerusalém do alto, é livre e
esta é a nossa mãe. 27Porque está escrito: Alegra-te, ó
estéril, que não dás à luz; exulta e clama, tu que não geras, pois são mais
numerosos os filhos da abandonada [Sara], que os da que tem marido1. 28Nós,
porém, irmãos, somos como Isaac, filhos da promessa. 29E como, então, aquele que nascera segundo a carne
perseguia o que nascera segundo o espírito, assim também agora. 30Mas, que diz a Escritura? Expulsa a escrava e seu
filho; porque o filho da escrava não será herdeiro como o filho da livre2. 31Assim
também, nós, meus irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre, pela liberdade
pela qual o Cristo nos resgatou.
1. Isaías 54. 1.
2 .Genesis 21. 10.
Gradual / Salmo 121. 1, 7
Gradual e
Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que
traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou
sugeridos pelo Mistério do dia.
Lætátus sum in his, quæ dicta sunt mihi: in domum
Dómini íbimus. ℣. Fiat
pax in virtúte tua: et abundántia in túrribus tuis.
Alegrei-me com o que me foi dito: iremos à casa do
Senhor. ℣. Reina a paz nas tuas muralhas e
prosperidade em tuas fortalezas.
Tracto / Salmo 124. 1-2
No Tempo
da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto.
Qui confídunt
in Dómino, sicut mons Sion: non commovébitur in ætérnum, qui hábitat in
Ierúsalem. ℣. Montes
in circúitu eius: et Dóminus in circúitu pópuli sui, ex hoc nunc et usque in
saeculum.
Os que confiam no Senhor estão firmes como o monte
de Sião; jamais será abalado o que habita em Jerusalém. ℣. Como há montes em redor de Jerusalém,
assim está o Senhor em redor do seu povo, agora e para sempre.
Evangelho segundo
São João 6. 1-15
Proclamação
solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a
leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para
com ele, exige seja escutado de pé.
A multiplicação dos pães é anúncio e símbolo da Eucaristia, que é, por
excelência, o sacramento pascal, prometido aos batizados. «Os vossos pais
comeram o maná, no deserto, e morreram. Eu sou o pão vivo, descido do céu; todo
aquele que comer deste pão, viverá eternamente. E o pão, que Eu darei, é a
minha carne, para a vida ao mundo.»
In illo témpore: Abiit Iesus trans
mare Galilaeæ, quod est Tiberíadis: et sequebátur eum multitúdo magna, quia
vidébant signa, quæ faciébat super his, qui infirmabántur. Súbiit ergo in
montem Iesus: et ibi sedébat cum discípulis suis. Erat autem próximum Pascha,
dies festus Iudæórum. Cum sublevásset ergo óculos Iesus et vidísset, quia
multitúdo máxima venit ad eum, dixit ad Philíppum: Unde emémus panes, ut
mandúcent hi? Hoc autem dicebat tentans eum: ipse enim sciébat, quid esset
factúrus. Respóndit ei Philíppus: Ducentórum denariórum panes non suffíciunt
eis, ut unusquísque módicum quid accípiat. Dicit ei unus ex discípulis eius,
Andréas, frater Simónis Petri: Est puer unus hic, qui habet quinque panes
hordeáceos et duos pisces: sed hæc quid sunt inter tantos? Dixit ergo Iesus:
Fácite hómines discúmbere. Erat autem fænum multum in loco. Discubuérunt ergo
viri, número quasi quinque mília. Accépit ergo Iesus panes, et cum grátias
egísset, distríbuit discumbéntibus: simíliter et ex píscibus, quantum volébant.
Ut autem impléti sunt, dixit discípulis suis: Collígite quæ superavérunt
fragménta, ne péreant. Collegérunt ergo, et implevérunt duódecim cóphinos
fragmentórum ex quinque pánibus hordeáceis, quæ superfuérunt his, qui
manducáverant. Illi ergo hómines cum vidíssent, quod Iesus fécerat signum,
dicébant: Quia hic est vere Prophéta, qui ventúrus est in mundum. Iesus ergo
cum cognovísset, quia ventúri essent, ut ráperent eum et fácerent eum regem,
fugit íterum in montem ipse solus.
Naquele tempo, 1passou Jesus à outra margem do mar da Galiléia, que
é o de Tiberíade, 2seguindo-O grande multidão, porque
via as maravilhas que Ele fazia aos que eram enfermos. 3Subiu, então, Jesus ao monte e sentou-se ali com os
seus discípulos. 4Ora, estava próxima3 a Páscoa, a festa dos judeus. 5Erguendo Jesus os olhos e vendo que uma grande
multidão vinha a Ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para dar de comer a
toda essa gente? 6Dizia isso, porém, para o
experimentar, porque Ele bem sabia o que havia de fazer. 7Respondeu-Lhe Filipe: Duzentos dinheiros de pão não
bastariam para que cada um deles recebesse uma pequena porção. 8Disse a Jesus um dos seus discípulos, André, irmão
de Simão Pedro: 9Está aqui um moço que tem cinco pães
de cevada e dois peixes, mas que é isto para tanta gente? 10Disse-Lhe Jesus: Fazei assentar os homens. Havia no
lugar muita relva. Assentaram-se, pois, os homens, em número de quase cinco
mil. 11Tomou, então, Jesus os pães, e
havendo dado graças, distribuiu-os aos que estavam sentados; e igualmente
distribuiu os peixes, quanto eles quiseram. 12Quando já estavam fartos, disse Ele a seus
discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que se não percam. 13Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de
pedaços de pão de cevada, que sobraram aos que comeram. 14Vendo, então, aqueles homens o milagre que Jesus
fizera, diziam: Este é verdadeiramente o Profeta que deve vir ao mundo. 15Mas Jesus, sabendo que o viriam buscar à força,
para O fazerem rei, afastou-se, indo a um monte para estar sozinho.
3. Esta citação cronológica tem por fim
dar a perceber que Jesus vai anunciar a instituição da verdadeira Páscoa.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa
profissão de fé.
Breve
compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja,
afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 134. 3,6
Com o Ofertório,
começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Laudáte Dóminum, quia benígnus est:
psállite nómini eius, quóniam suávis est: ómnia, quæcúmque vóluit, fecit in cælo
et in terra.
Louvai o Senhor, porque Ele é bom; cantai salmos a
seu Nome, porque é suave. No céu e na terra, fez tudo quanto quis.
Secreta
É a
antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Sacrifíciis præséntibus, Dómine,
quǽsumus, inténde placátus: ut et devotióni nostræ profíciant et salúti. Per Dominum
nostrum Iesum Christum.
Rogamos, Senhor, que atendais propício aos
sacrifícios presentes, a fim de que aproveitem à nossa submissão e à nossa
salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 121. 3-4
Alternando
com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão
dos fiéis.
Ierúsalem, quæ ædificátur ut cívitas,
cuius participátio eius in idípsum: illuc enim ascendérunt tribus, tribus
Dómini, ad confiténdum nómini tuo. Dómine.
Jerusalém é cidade bem edificada, formando suas
partes um todo admirável; para lá se dirigem as tribos, as tribos do Senhor,
para louvar o vosso Nome, ó Senhor.
Postcommunio
Súplica a
Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Da nobis, quǽsumus, miséricors Deus:
ut sancta tua, quibus incessánter explémur, sincéris tractémus obséquiis, et
fidéli semper mente sumámus. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Nós Vos rogamos, ó Deus de misericórdia,
concedei-nos a graça de aproximar-nos com piedade sincera de vossos sagrados
Mistérios, com que somos incessantemente saciados e de os recebermos sempre com
espírito de fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A Multiplicação dos Pães
Ó Jesus, verdadeiro pão de vida eterna, saciai a minha fome.
1 – O Domingo de hoje é uma pausa de
santa alegria, de alívio espiritual que a Igreja, como uma boa mãe, nos oferece
no meio das austeras práticas quaresmais, como para nos refazer as forças. «Alegra-te
Jerusalém – canta o Introito da Missa – juntai-vos em grande festa, vós todos
os que a amais. Rejubilai de alegria, vós que estivestes em dor. Exultai e
saciai-vos da abundância do seu gozo». E quais são estes gozos? O Evangelho do
dia (Jo. 6, 1-15), responde-nos com a narração da
multiplicação dos pães, o grande milagre mediante o qual Jesus quer preparar a
multidão para o anúncio de um milagre muito mais estrondoso, a instituição da
Eucaristia, em que Ele, o Mestre, Se tornará nosso pão, «pão descido do céu»
(Jo. 6, 41)
para alimento das nossas almas. Eis o motivo da nossa alegria, eis a fonte das
nossas delícias: Jesus é o pão da vida, sempre à nossa disposição, sempre
pronto para nos saciar a fome.
Mas Jesus, embora apreciando melhor
do que nós os valores espirituais, não esquece nem despreza as necessidades materiais
do homem. O Evangelho de hoje apresenta-no-lO rodeado por uma multidão que O
tinha seguido para ouvir os Seus ensinamentos; Jesus pensa na fome daquela
gente, e, para prover a essa fome, realiza um dos mais ruidosos milagres: cinco
pães e dois peixes, abençoados por Ele, chegam para saciar cinco mil homens,
sobrando ainda doze cestos.
Jesus sabe que quando o homem está
atormentado pela fome, pelas necessidades materiais, é incapaz de atender às
coisas do espírito. A caridade exige-nos também esta compreensão das
necessidades materiais do próximo, compreensão efetiva que se traduz em ação
eficaz. «Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem do alimento
quotidiano e algum de vós lhe disser: ‘ide em paz...’ porém não lhes der as
coisas necessárias ao corpo, de que lhes aproveitará?» (Tgo. 2, 15 e 16).
Os apóstolos tinham proposto ao Mestre
que despedisse a multidão «para que, indo às aldeias, comprasse de comer» (Mt.
14, 15). Jesus não aceitou a proposta e
quis providenciar pessoalmente. Procura também tu, tanto quanto puderes, nunca
despedir o próximo necessitado sem lhe ter prestado a tua ajuda.
2 – Antes de fazer o milagre, Jesus
pergunta a Filipe: «Onde compraremos nós pão para dar de comer a esta gente?»,
e observa o Evangelista: «Dizia, porém, isto, para o experimentar, porque sabia
o que havia de fazer». Não há circunstância difícil na nossa vida cuja solução
Deus não conheça; desde a eternidade previu todos os casos, mesmo os mais
complicados, e tem pronto o remédio. Todavia, em circunstâncias difíceis,
talvez nos pareça que Deus nos deixa sós como se a solução dependesse de nós,
mas fá-lo unicamente para nos provar. Ele quer que, medindo a sós as nossas
forças perante as dificuldades, tenhamos plena consciência da nossa impotência
e insuficiência, e por outro lado, quer que nos exercitemos na fé, na confiança
nEle. Na realidade, o Senhor nunca nos abandona se não somos nós os primeiros a
deixá-lO; apenas Se esconde, escondendo também a Sua ação: é então o momento de
crer, crer fortemente e esperar com humilde paciência, com plena confiança.
Os apóstolos avisam Jesus de que um
rapaz tem cinco pães e dois peixes: bem pouca coisa, mesmo nada, para saciar a
fome de cinco mil homens; mas o Senhor pede aquele nada e serve-Se dele para
operar o grande milagre. É sempre assim: Deus onipotente que tudo pode fazer e
criar do nada, quando Se encontra diante da Sua criatura livre, não quer agir
sem o seu concurso. É bem pouco o que o homem pode fazer, mas aquele pouco Deus
o quer, pede e exige como condição da Sua intervenção. Somente o Senhor te pode
santificar, como só Ele podia multiplicar as poucas provisões do rapaz e, no
entanto, pede a tua cooperação. Também tu, como o rapaz do Evangelho, dá-Lhe
tudo quanto possuis, ou seja, apresenta-Lhe todos os dias os teus propósitos
sempre renovados, com constância e amor e Ele também operará para ti um grande
milagre, o milagre da tua santificação.
MADALENA, Padre Gabriel de Santa
Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto:
Edições Carmelitanas, 1967, p. 462-464.