domingo, 31 de dezembro de 2023

Edição nº 693

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 692 – 1 de janeiro de 2024

 

Oitava do Natal de Nosso Senhor
Santa Maria Mãe de Deus
branco – 1ª classe.

 

O Menino-Deus derrama as primeiras gotas de Sangue, e recebe o nome de Jesus, que indica a sua missão de Salvador. Assim, neste dia, a Cruz saúda o berço do Recém-nascido.

Intimamente unida a seu Filho, é Maria Santíssima objeto de particular devoção por parte do povo católico. Por isso dela nos lembramos hoje nas Orações e na “estação”.

 


«Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado...». Ev.

sábado, 30 de dezembro de 2023

Edição nº 692

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 692 – 31 de dezembro de 2023

 

Domingo dentro da oitava do Natal
branco – 2ª classe.

 

«Quando tudo repousava em profundo silêncio», na santa noite de Natal, apareceu o Cristo-Rei, sob a forma de uma Criancinha (Introito). Pedimos que Ele nos submeta a seu poder, fazendo-nos praticar as boas obras (Oração), depois de nos ter libertado da escravidão e de nos ter elevado à dignidade de filhos de Deus (Epístola). Sejam nossos exemplos de vida cristã: S. José, Nossa Senhora, Simeão e Ana (Evangelho). Ainda tão próximos do presepe, quedamos, no entanto, surpresos. O mesmo Evangelho nos deixa entrever a Redenção pela Paixão. A Criancinha será o Homem das dores; a Virgem-Mãe, a Mater dolorosa. O altar, neste dia, é para nós presepe e cruz ao mesmo tempo. Conforta-nos, entretanto, o pensamento de que na Comunhão podemos «tomar o Menino» com a sua Mãe, e com eles caminhar para a vida eterna.



«Este menino está destinado para ser ruína e ressurreição de muitos em Israel.» Ev.


Hoje, último dia do ano civil, concede-se a Indulgência Plenária a todas as pessoas que, em comunidade, nas igrejas e oratórios públicos ou semipúblicos, rezarem ou cantarem o Te Deum em ação de graças.

Amanhã, primeiro dia do ano civil, concede-se também a Indulgência Plenária a todas as pessoas que, em comunidade, na igrejas e oratórios públicos ou semipúblicos, rezarem o cantarem o Veni Creator implorando a proteção divina para todo o ano (conf. Enchir. Indulg. n. 60 e 61).


 Intróito / DUM MÉDIUM – Sabedoria 18. 14-15; Salmo 92. 1.

Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.

Dum médium siléntium tenérent ómnia, et nox in suo cursu médium iter háberet, omnípotens Sermo tuus, Dómine, de cælis a regálibus sédibus venit. Ps. Dóminus regnávit, decórem indútus est: indútus est Dóminus fortitúdinem, et præcínxit se.. Glória Patri.

Quando tudo repousava em profundo silêncio e a noite ia no meio de seu curso, baixou, Senhor, dos céus, do trono real, vosso Verbo onipotente. Sl. O Senhor é Rei, envolto em magnificência; revestiu-se o Senhor de força e cingiu-se. . Glória ao Pai.

Oração (Colecta)

Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.

Omnípotens sempitérne Deus, dírige actus nostros in beneplácito tuo: ut in nómine dilécti Fílii tui mereámur bonis opéribus abundáre: Qui tecum vivit et regnat.

Dirigi, ó Deus onipotente e eterno, as nossas ações segundo o vosso beneplácito, a fim de que mereçamos enriquecer-nos de boas obras, em o Nome de vosso Filho muito amado, que, sendo Deus, convosco vive e reina.

Leitura epístola de São Paulo Apóstolo aos Gálatas 4. 1-7

Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.

A vinda de Cristo transformou totalmente a condição dos homens com relação a Deus. Tornados filhos d’Ele, como tais se lhe dirigem, certos de serem escutados e acolhidos pelo Pai celeste. S. Paulo que fala a Judeus convertidos, compara-lhes a antiga situação à de herdeiros de menor idade, tutelados até à maioridade legal. Com a vinda de Jesus, o povo de Deus atinge maioridade e entra na posse e usufruto da herança prometida.

Fratres: Quanto témpore heres párvulus est, nihil differt a servo, cum sit dóminus ómnium: sed sub tutóribus et actóribus est usque ad præfinítum tempus a patre: ita et nos, cum essémus párvuli, sub eleméntis mundi erámus serviéntes. At ubi venit plenitúdo témporis, misit Deus Fílium suum, factum ex mulíere, factum sub lege, ut eos, qui sub lege erant, redímeret, ut adoptiónem filiórum reciperémus. Quóniam autem estis fílii, misit Deus Spíritum Fílii sui in corda vestra, clamántem: Abba, Pater. Itaque iam non est servus, sed fílius: quod si fílius, et heres per Deum

Irmãos: 1Enquanto o herdeiro é menino, em nada difere do servo, ainda que de tudo seja senhor; 2mas está sujeito a tutores e curadores até o tempo determinado pelo pai. 3Assim também nós, quando éramos meninos, éramos sujeitos às leis do mundo. 4Quando, porém, se cumpriu a plenitude do tempo, enviou Deus o seu Filho, nascido de uma mulher, sujeito à lei, 5a fim de remir os que à lei estavam sujeitos e para que recebêssemos a adoção de filhos. 6E porque sois filhos, enviou Deus a vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Abba, Pai. 7Portanto, já nenhum de vós é servo, mas filho; e se é filho, também é herdeiro por Deus.

Gradual / Salmo 44. 3 e 2

Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.

Speciósus forma præ filiis hóminum: diffúsa est gratia in lábiis tuis. . Eructávit cor meum verbum bonum, dico ego ópera mea Regi: lingua mea cálamus scribæ, velóciter scribéntis.

Ultrapassais em formosura os filhos dos homens; a graça derramou-se em vossos lábios. . Exulta o meu coração em alegre canto: ao Rei dedico as minhas obras. Minha língua é como a pena do escriba, que escreve velozmente.

Aleluia / Salmo 92. 1

Allelúia, allelúia. . Dóminus regnávit, decórem índuit: índuit Dóminus fortitúdinem, et præcínxit se virtúte. Allelúia.

Aleluia, aleluia.. O Senhor é Rei, envolto em magnificência; revestiu-se o Senhor de força e cingiu-se de poder. Aleluia.

Evangelho segundo São Lucas 2. 33-40

Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.

Dois anciãos, iluminados pelo Espírito Santo – Simeão e a profetisa Ana – reconhecem em Jesus o Messias, e imediatamente se proclama a grande discriminação que terá de fazer-se entre os homens: a atitude que tomarem com Ele revelará o fundo dos corações e fixará o destino eterno de cada qual.

In illo témpore: Erat Ioseph et María Mater Iesu, mirántes super his quæ dicebántur de illo. Et benedíxit illis Símeon, et dixit ad Maríam Matrem eius: Ecce, pósitus est hic in ruínam et in resurrectiónem multórum in Israël: et in signum, cui contradicétur: et tuam ipsíus ánimam pertransíbit gládius, ut reveléntur ex multis córdibus cogitatiónes. Et erat Anna prophetíssa, fília Phánuel, de tribu Aser: hæc procésserat in diébus multis, et víxerat cum viro suo annis septem a virginitáte sua. Et hæc vídua usque ad annos octogínta quátuor: quæ non discedébat de templo, ieiúniis et obsecratiónibus sérviens nocte ac die. Et hæc, ipsa hora supervéniens, confitebátur Dómino, et loquebátur de illo ómnibus, qui exspectábant redemptiónem Israël. Et ut perfecérunt ómnia secúndum legem Dómini, revérsi sunt in Galilǽam in civitátem suam Názareth. Puer autem crescébat, et confortabátur, plenus sapiéntia: et grátia Dei erat in illo.

Naquele tempo, 33José e Maria, Mãe de Jesus, maravilhavam-se das coisas que se diziam d’Ele. 34E Simeão abençoou-os, e disse a Maria, Mãe de Jesus: Eis que este menino está destinado para ser ruína e ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. 35E uma espada traspassará a tua alma, para que se manifestem os pensamentos dos corações de muitos. 36E estava também ali Ana, profetisa, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual já era muito idosa; 37e depois de sua virgindade vivera 7 anos com seu marido. E agora, sendo viúva de quase oitenta e quatro anos, não se afastava do templo, servindo a Deus com jejuns e orações, de dia e de noite. 38Tendo ela chegado àquela mesma hora, louvava ao Senhor e falava do Menino a todos os que esperavam a redenção de Israel. 39E quando cumpriram todas as coisas segundo a lei do Senhor, voltaram [José e Maria] para a Galiléia, para a sua cidade de Nazaré. 40E o menino crescia e se fortalecia, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com Ele.

 

CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.

Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

 

Ofertório / Salmo 92. 1-2

Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.

Deus firmávit orbem terræ, qui non commovébitur: paráta sedes tua, Deus, ex tunc, a sǽculo tu es.

O Senhor firmou o orbe da terra, que não será abalado. Vosso trono está preparado desde então, ó Deus; Vós sois desde toda a eternidade.

Secreta

É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.

Concéde, quǽsumus, omnípotens Deus: ut óculis tuæ maiestátis munus oblátum, et grátiam nobis piæ devotiónis obtineat, et efféctum beátæ perennitátis acquírat. Per Dominum nostrum Iesum Christum.

Concedei, Vos rogamos, ó Deus onipotente, que a dádiva oferecida ante os olhos de Vossa Majestade nos alcance a graça de um devotado espírito de sacrifício e a posse da eterna felicidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Communio / São Mateus 2. 20

Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.

Tolle Púerum et Matrem eius, et vade in terram Israël: defúncti sunt enim, qui quærébant ánimam Púeri.

Toma o Menino e sua Mãe, e vai para a terra de Israel, porque já são mortos os que procuravam tirar a vida do Menino.

Postcommunio

Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.

Per huius, Dómine, operatiónem mystérii, et vitia nostra purgéntur, et iusta desidéria compleántur. Per Dominum nostrum Iesum Christum.

Fazei, Senhor, que, pela força deste Mistério, sejamos purificados de nossos vícios, e se cumpram os nossos justos desejos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Meditação

 

Sinal de Contradição

 

Perante Jesus o mundo divide-se: amigos e inimigos. Ó Senhor, que eu seja dos primeiros e dos mais amantes!

 

1 – A Missa de hoje é um eco do Natal; mas, enquanto recorda a sua suavidade e alegria, reveste-se também de uma nota de profunda tristeza. O Evangelho (Lc. 2. 33-40) transporta-nos de repente a quarenta dias depois do nascimento de Jesus, quando Ele é apresentado no templo, e refere-nos a profecia de Simeão: «Eis que este Menino está posto para ruína e para ressurreição de muitos em Israel e para ser alvo de contradição».

O Filho de Deus faz-Se homem para todos os homens, traz e oferece a todos a salvação; muitos, porém, não O receberão. É o grande mistério da liberdade humana. Deus põe diante de Si a criatura inteligente e livre; oferece-lhe todos os tesouros de salvação e de santidade encerrados nos méritos infinitos de Jesus Cristo; o homem é livre para os aceitar ou recusar. Eis a nossa tremenda responsabilidade. Jesus veio para nos salvar, para nos santificar, para Se dar todo às nossas almas: está pronto a fazê-lo, deseja fazê-lo e todavia não o fará se nós não aceitarmos livremente o Seu dom infinito, se não correspondermos às Suas solicitações amorosas com o dom insignificante mas livre da nossa vontade. «Deus não força a nossa vontade, toma o que Lhe damos, mas não Se dá de todo até que de todos nos demos a Ele» (T.J. Cam. 28,12).

A profecia de Simeão dirige-se depois diretamente à Virgem Mãe: «Uma espada traspassará a tua alma». A visão sangrenta do Calvário cruza-se, de súbito, com a visão do natal, lembrando-nos que o terno Menino de Belém é o Cordeiro divino que deve ser imolado para a salvação do mundo.

2 – Entre todos os que se achavam no templo quando o Menino Jesus aí foi apresentado só duas pessoas reconheceram o Salvador: o velho Simeão e a profetiza Ana. De Simeão foi dito que «era justo e temente [a Deus] e esperava a consolação de Israel e o Espírito Santo encontrava-se nele» (Lc. 2, 25); de Ana que «não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia com jejuns e orações». Estas são as características das almas bem dispostas a aceitar a obra redentora de Jesus: retidão de espírito e de vontade, desejo sincero de Deus, recolhimento, oração, mortificação. Quanto mais profundas forem estas disposições, mais aberta estará a alma à ação divina; a luz do Espírito Santo faz-lhe reconhecer em Jesus o seu salvador, o seu santificador, e Jesus pode cumprir plenamente nela a Sua obra. A estas almas se aplicam, dum modo particular, as magníficas palavras de S. Paulo na Epístola de hoje (Gal. 4, 1-7): «e porque vós sois filhos, Deus mandou aos vossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama; Abba, Pai».

A cada cristão, a cada um dos remidos com o Sangue de Jesus, diz o Apóstolo: «Já não és servo mas filho; e, se és filho, também és herdeiro por Deus»; infelizmente nem todos os cristãos vivem como verdadeiros filhos de Deus: no batismo receberam a «adoção de filhos», mas não sabem corresponder com as obras a este imenso dom gratuito, fruto dos méritos de Jesus.

Quando, pelo contrário, a alma secunda generosamente a ação divina, esta ação invade-a e o Espírito Santo, o Espírito de Jesus, grita do fundo do seu coração: «Abba, Pai»!

MADALENA, Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 144-146.

sábado, 23 de dezembro de 2023

Edição nº 691

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 691 – 24 de dezembro de 2023

 

  Vigília do Natal
roxo – 1ª classe

 

Coincidindo a Vigília com o IV domingo do Advento, diz-se a Missa da Vigília e faz-se a comemoração do domingo.

«Hoje sabereis que o Senhor virá, e amanhã vereis a sua glória.»

Nos tempos antigos, preparavam-se os fiéis para as grandes solenidades, passando a noite anterior, ou parte dela, em oração e cânticos, jejuando e fazendo penitência. Chamaram-se vigílias a essas reuniões noturnas e esse nome foi conservado, quando, mais tarde, essas práticas de penitência foram feitas durante o dia que precede à festa. Na medida de nossas condições pessoais e, por conseguinte, da participação a essas penitências, colheremos também frutos mais ou menos abundantes destas solenidades.

Maria Santíssima guiou os nossos passos durante o tempo do Advento. É justo que reunidos em nossa igreja (Statio), junto ao presépio, esperemos com ela o Salvador.

Entre todas as vigílias, as de Natal e Páscoa tem sido sempre as mais caras ao espírito cristão, por serem as mais significativas para a vida religiosa e espiritual. Eis o motivo porque os fiéis, nestes dias, não devem perder o ensejo de assistir ao santo Sacrifício da Missa.

Com as palavras com que Moisés anunciou ao povo, no deserto, a chuva do maná (pão, que era uma figura da Eucaristia), anuncia-nos a Igreja, no Intróito, a vinda do Senhor.

Este Senhor é o verdadeiro Maná, verdadeiro Deus e verdadeiro homem (Epístola) nascido da Virgem Maria por virtude do Espírito Santo (Evangelho). No Ofertório da santa Missa vamos ao encontro do Rei da Glória e Ele se revelará a todos os corações na santa Comunhão. E se assim, de ano em ano, O esperamos com alegria como Redentor, também poderemos esperá-Lo com muita confiança como Juiz que há de vir. É o que pedimos na Oração.

 


E ela dará à luz um Filho, ao qual tu darás o nome de Jesus. Ev.

Edição nº 690

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 690 – 17 de dezembro de 2023

 

3º Domingo do Advento
roxo – 1ª classe

 

A terceira semana do Advento, desde antigos tempos, é a dos escrutínios, dos ordenandos e dos jejuns que precedem às ordenações.

Reunidos no túmulo de São Pedro, o Príncipe dos Apóstolos (Státio), imploramos a sua proteção e lhe damos parte em nossa alegria pela próxima vinda do Senhor.

«O Senhor está perto». O Intróito e a Epístola o afirmam, e com instância suspiramos por sua vinda, pois só Ele poderá salvar-nos e dissipar as nossas trevas pela graça de sua visita (Oração, Gradual). Alegremo-nos, porque está mais perto do que pensamos. São João o assevera, no Evangelho: Já está entre vós. E de fato, unindo-nos ao Senhor, no Santo Sacrifício da Missa, já O encontramos em nosso meio, Ele que afastou por sua primeira vinda o nosso cativeiro e nos remiu de nossa iniquidade (Ofertório). Na Comunhão virá o Salvador fortalecer a todos os que d'Ele se aproximam.

 


«Regozijai-vos! Ainda uma vez vos digo: regozijai-vos... O Senhor está perto!»

sábado, 9 de dezembro de 2023

Edição nº 689

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 689 – 10 de dezembro de 2023

 

2º Domingo do Advento
roxo – 1ª classe.

 

Reunimo-nos na igreja de «Santa Cruz de Jerusalém». Ela representa para nós a verdadeira Jerusalém, a Igreja de Deus, na terra e no céu. Felizes somos por pertencermos ao número de seus membros.

«O Senhor vem a Jerusalém.» Em sua primeira vinda, apareceu na Jerusalém da Terra Santa. Hoje virá à Jerusalém de nossas almas e na festa de Natal virá à Jerusalém do Novo Testamento, que é a sua santa Igreja (Intróito). Nesta Igreja acharão todos a salvação: os judeus pela promessa que lhes foi feita, os pagãos, porém, pela misericórdia de Deus. E reinará a alegria e a paz pela vinda do Salvador (Epístola e Cânticos: Intróito, Gradual, Ofertório e Communio). No Evangelho, prova-nos S. João, de maneira engenhosa, que o Cristo é o Messias, e que é Ele quem cura todas as doenças de nossa fraqueza e a nossa cegueira, nos ressuscita da morte e nos comunica a vida da graça. Vê, pois, alma cristã, o gozo que te virá de teu Deus (Communio).

 


«Vinde, adoremos o Rei, o Senhor que está para chegar...» (BR.)

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Edição nº 688

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 688 – 8 de dezembro de 2023

 

Imaculada Conceição de Nossa Senhora
branco – 1ª classe.

 

A santa Missa de hoje, em todas as suas partes, anuncia jubilosamente o grande privilégio da Imaculada. Maria Santíssima nunca teve pecado original, nem mesmo no primeiro instante de sua existência; é isto uma verdade divinamente revelada, acreditada pela Igreja desde os princípios do Cristianismo, e, em 1854, solenemente definida como dogma.

Cheia de júbilo, entoa Maria, no Introito, um hino em ação de graças diante do trono de Deus. Seu privilégio singular, fruto antecipado da Redenção, é decretado pela mesma Sabedoria divina que determinou a Incarnação do Verbo divino (Epístola). No Evangelho e no Ofertório alegramo-nos ao ouvir a saudação do Anjo: Cheia de graça. É o resumo da festa de hoje.  No Gradual dirigimos a Maria, e com razão, as palavras com que outrora celebrou o povo de Israel a sua libertadora, a corajosa Judite.

Pedimos neste dia a Deus que, assim como a graça preservou a santa Mãe do Salvador ao ponto de por sua Conceição Imaculada ficar imune do comum contágio do pecado, também nós sejamos curados e livres de nossas faltas.

 


“Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo.” Ev.

Edição nº 687

«Liturgia da Santa Missa»
Ano 13 – nº 687 – 3 de dezembro de 2023

 

1º Domingo do Advento
roxo – 1ª classe.

 

A terra abençoada, de que nos fala a Communio, é Maria Santíssima. Ela nos deu o fruto abençoado de suas entranhas. Por isso estamos reunidos, ao menos em espírito, em sua igreja (Statio).

Compenetrados das palavras do Evangelho: «Erguei as vossas cabeças, porque se aproxima a vossa Redenção...  Sabei que perto está o Reino de Deus»,  voltamo-nos no  começo do Ano eclesiástico para Deus,  com  toda a  alma (Introito).  Nossa Redenção é obra da bondade de Deus (Oração), mas também o é de nossa cooperação, conforme nos diz Santo Agostinho: «Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti». Esta cooperação consiste em «levantarmo-nos do sono, renunciarmos às trevas e revestirmo-nos do Senhor Jesus Cristo» (Epístola). Unindo, no Ofertório, estas resoluções ao sacrifício de Jesus Cristo, receberemos na Comunhão a bênção de Deus e tornar-nos-emos uma terra abençoada, que há de produzir abundantes frutos para a vida cristã.

 


«Vinde, adoremos o Rei, o Senhor que está para chegar...» (BR.)