sábado, 26 de fevereiro de 2022

Edição nº 584

«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 584 – 27 de fevereiro de 2022

† Domingo da Quinquagésima
roxo – 2ª classe.


Em espírito, nós nos reunimos com toda a santa Igreja junto ao sepulcro do Príncipe dos Apóstolos, S. Pedro. Como ele, devemo-nos curar da cegueira espiritual e nos convencer de que os sofrimentos do Cristo e também os nossos são necessários para conseguirmos a verdadeira vida.

Este domingo é uma preparação próxima para a Quaresma. Por amor da humanidade cega, toma o Salvador sobre Si os sofrimen­tos dela (Evangelho). Por amor de Deus – a Epístola nos ensina qual o verdadeiro – devemos expiar as nossas faltas, fazendo da santa Missa o nosso Calvário, e unindo os nossos sofrimentos aos do Filho de Deus. E se na Oração pedimos que o Senhor nos livre de toda adversidade, queremos apenas a isenção dos males que prejudicam a nossa salvação, sabendo que, aos que amam a Deus, todas as coisas cooperam para o seu bem (Rom. 8, 28).


 


«Que queres que te faça? Ele respondeu: Senhor, que eu veja.» Ev.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Edição nº 583

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 583 – 20 de fevereiro de 2022


Domingo da Sexagésima
roxo – 2ª classe.


Reunidos na basílica de S. Paulo, representada por nossa Igreja, vemos o magnífico exemplo do grande Apóstolo (Epístola).

Com o Cristo devemos morrer, para com Ele ressuscitarmos. Este é o sentido da Quaresma e para isso nos preparamos nos três domingos precedentes. Ele é o Semeador (Evangelho). Preparemos nossos corações, afastando os obstáculos, que são: a indiferença – o caminho; a inconstância – as pedras; as paixões – os espinhos. Custe embora à natureza humana, a Igreja o confessa no Introito. Mas não desanimaremos; contra as adversidades podemos contar com a proteção do Doutor das gentes (Oração).

 

 


«parte da semente semeada caiu junto ao caminho e foi pisada, e as aves do céu a comeram.» Ev.

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Edição nº 582

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 582 – 13 de fevereiro de 2022

 

Domingo da Septuagésima
roxo – 2ª classe.

 

Neste e nos dois domingos seguintes, a Igreja nos reúne nas basílicas dos três padroeiros de Roma. Hoje, em S. Lourenço, padroeiro dos catecúmenos. isto é, dos que se preparavam para receber o Batismo na noite do Sábado que precede ao Domingo da Ressurreição.

O Papa celebrava outrora a Missa. Provavelmente, estas Missas têm a sua origem no tempo das grandes invasões dos bárbaros na Itália.

Quer na boca do Mártir S. Lourenço (Statio), quer na dos romanos daquele tempo, as palavras do Introito traduzem também os nossos sentimentos neste tempo de preparação para a Quaresma.

Justamente aflitos por nossos pecados nos sentimos, neste tempo (Oração). O pecado, o perigo do mesmo e suas tentações, a necessidade de combatê-lo e o penoso deste combate são gemidos de morte, dores de inferno até para a alma remida. Mas a nossa tristeza não é sem esperança. Deus, embora castigue o pecado enquanto vivemos, é um Deus misericordioso; é o nosso refúgio e o nosso Libertador (Introito). Recorrendo a Ele, livrar-nos-á misericordiosamente (Oração). Mas devemos procurá-Lo pelo desejo e pela Oração, e mais ainda pela ação. pelo esforço, pela penitência.  É o que nos ensinam a Epístola e o Evangelho.

  


«Receberam, porém, um dinheiro cada um.» Ev.

Edição nº 581

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 581 – 06 de fevereiro de 2022

 

5º Domingo depois da Epifania
verde – 2ª classe.

 


«Enquanto, porém, os homens dormiam, veio o seu inimigo...» Ev.

Edição nº 580

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 580 – 30 de janeiro de 2022

4º Domingo depois da Epifania
verde – 2ª classe.

 


«Senhor, salvai-nos, que perecemos.» Ev.

Edição nº 579

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 579 – 23 de janeiro de 2022


3º Domingo depois da Epifania
verde – 2ª classe.

 

Neste domingo continua a manifestação do caráter real de Jesus e de seu poder misterioso. Ele domina sobre as doenças. Estendendo a mão poderosa de sua Majestade (Oração), a lepra desaparece e o servo fica curado. Ora, nós éramos doentes como o leproso e o servo. No Batismo e no Sacramento da Penitência, Jesus estendeu a mão e operou a cura milagrosa de nossa alma. Com os miraculados do Evangelho, podemos cantar no Ofertório: Não morrerei, mas viverei. Entretanto, este júbilo só terá valor, se a nossa gratidão se manifestar também pela vida moldada no ideal que nos propõe a Epístola. Eis a verdadeira vida dos batizados, dos curados da lepra do pecado.

 


«Em verdade, eu vos digo que não encontrei tamanha fé em Israel» Ev.

Edição nº 578

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 578 – 16 de janeiro de 2022


2º Domingo depois da Epifania
verde – 2ª classe.

 

Jesus Cristo é o Rei da criação, e por isso, toda a terra O deve adorar e louvar como a seu Redentor (Intróito, Gradual). Por seu nascimento tornou-se nosso Irmão e por sua morte recebeu-nos em herança. Pela Eucaristia continua a comunicar-nos os frutos de seu nascimento, de sua vida e de sua morte. Vemo-Lo hoje, nas bodas de Caná (Evangelho), praticar o primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Aqui converte o vinho em seu Preciosíssimo Sangue, a fim de, por meio deste milagre, repetido através dos séculos, comunicar aos homens a sua divindade.  É justo, pois, que digamos no Ofertório: «Vede quanto bem Deus fez à minha alma».

 

 


«Fazei tudo quanto Ele vos disser.» Ev.

Edição nº 577

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 577 – 09 de janeiro de 2022

1º Domingo depois da Epifania
Festa da Sagrada Família

branco – 2ª classe.


Com a Igreja, fazemos hoje uma visita à casa de Nazaré. A Sagrada Família é um exemplo para a família cristã. Sigam os filhos o exemplo de Jesus, que era submisso a seus pais. O pai imite a S. José e a mãe veja em Maria Santíssima um modelo de esposa e mãe, cujas virtudes encontramos na Epístola e no Evangelho. Para a execução de nossos propósitos, imploramos nas Orações as graças do Alto, e assim, também em nossas casas reinará a paz de Jesus Cristo.

 

 


«Então desceu com eles e veio para Nazaré; e era-lhes submisso.». Ev.

Edição nº 576

«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 576 – 02 de janeiro de 2022

 

Solenidade da Epifania de Nosso Senhor
branco – 1ª classe.

Festa do Santíssimo Nome de Jesus

 

Epifania, como dizem os gregos, ou aparição, é a segunda solenidade no ciclo de Natal. Jubilosos celebramos com a santa Igreja a entrada solene do Cristo-Rei no mundo, na humanidade, na alma de cada um de nós. Aquele que nascera no silêncio da santa noite de Natal, manifesta-se agora aos olhos do mundo. O Rei da eterna glória entra em sua cidade, a nova Jerusalém, a santa Igreja.

Os Ofícios litúrgicos, e especialmente o da madrugada, Laudes, falam de uma tríplice manifestação de Jesus. Diz a Antífona: «Hoje o Esposo celestial se uniu à Igreja, porque o Cristo lavou no Jordão os crimes de sua Esposa». No batismo de Jesus, o Padre Eterno deu testemunho a seu Filho: «Este é o meu Filho, a Ele deveis ouvir». – «Os Magos se apressam para as núpcias do Rei, com as suas dádivas» (Evangelho). Com os Magos, somos também nós convidados a apresentar no Ofertório a nossa dádiva: o  dom  de  nós  mesmos. E finalmente conclui a Antífona: «E a água se transforma em vinho e os convidados se alegram. Aleluia». Nas bodas de Caná, manifestou-se pela vez primeira o poder divino-real de Jesus Cristo. Assim como os convidados se alegram, nós nos alegramos pela transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Salvador, que nos é proposto no banquete nupcial da Eucaristia.

A basílica de S. Pedro foi escolhida para a celebração da Missa, neste dia, porque a Epifania, desde os tempos mais remotos, é uma das maiores solenidades.

Oferecemo-nos com o Cristo (Secreta) e recebemos o Cristo (Post­ communio). A vida interior do Cristão é uma reprodução da vida do Cristo. O fim da Igreja, celebrando o Ano eclesiástico, é este: assim como Jesus se manifestou aos Magos, pedimos que se manifeste a cada Cristão pela luz da fé.

 

«Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos com presentes adorar o Senhor». Comm.

Edição nº 575

«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 575 – 26 de dezembro de 2021

 

Domingo dentro da oitava do Natal
branco – 2ª classe.

 

«Quando tudo repousava em profundo silêncio», na santa noite de Natal, apareceu o Cristo-Rei, sob a forma de uma Criancinha (Introito). Pedimos que Ele nos submeta a seu poder, fazendo-nos praticar as boas obras (Oração), depois de nos ter libertado da escravidão e de nos ter elevado à dignidade de filhos de Deus (Epístola). Sejam nossos exemplos de vida cristã: S. José, Nossa Senhora, Simeão e Ana (Evangelho). Ainda tão próximos do presepe, quedamos, no entanto, surpresos. O mesmo Evangelho nos deixa entrever a Redenção pela Paixão. A Criancinha será o Homem das dores; a Virgem-Mãe, a Mater dolorosa. O altar, neste dia, é para nós presepe e cruz ao mesmo tempo. Conforta-nos, entretanto, o pensamento de que na Comunhão podemos «tomar o Menino» com a sua Mãe, e com eles caminhar para a vida eterna.

 


«Eis que este menino está destinado para ser ruína e ressurreição de muitos em Israel.» Ev.

Edição nº 574

 «Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 574 – 25 de dezembro de 2021

 

Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo
branco – 1ª classe.


Três vezes oferece hoje a Igreja o Santo Sacrifício. A primeira, à meia noite, na cripta de S.ta Maria Maior, onde se guardam os restos do presepe.  O lugar e a hora lembram o acontecimento magno da história da humanidade: a vinda  do  Filho  de  Deus a este mundo.

Com Maria e José, diante do presepe, ouçamos o primeiro canto do Menino Jesus, no qual Ele revela a sua filiação divina e eterna. Entrando no mundo, Ele nos lembra que  existe  antes  do mundo num hoje  eterno  com  o  Pai celeste. E logo manifesta pelo Apóstolo o seu programa: remir o mundo da iniquidade e formar um povo escolhido, cheio de zelo pelas boas obras. Diante deste Menino-Rei tão poderoso, os céus e a· terra exultam (Ofertório) e convidam  nossa alma à adoração, para  tomarmos  parte  pela Comunhão nos esplendores  da  filiação divina.

 


Nasceu para nós um Pequenino; um Filho nos foi dado. (Intróito)