sábado, 29 de abril de 2023

Edição nº 653

«Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 653 – 30 de abril de 2023

 

 3º Domingo depois da Páscoa
branco – 2ª classe.

 

O Domingo da Ressurreição e os dois imediatos são completamente dominados pelo pensamento da Ressurreição. Os domingos seguintes nos preparam para a despedida: a Ascensão de Nosso Senhor e a Missão do Divino Espírito Santo. Fala-nos o domingo de hoje da despedida de Jesus deste mundo, e assim nos lembra que também somos estrangeiros e viajantes.  S. Pedro nos delineia o modo de proceder de Cristo no mundo: obediência à autoridade, cumprimento dos deveres de estado (Epístola). Na Oração, imploramos força para não errar no caminho, para que sejamos dignos do nome de Cristãos, isto é, cidadãos do céu. O Evangelho afirma que, querendo andar como Cristãos, teremos que sofrer e chorar enquanto o mundo se alegra. A nossa tristeza será breve, no entanto, e mudada será em alegria que ninguém nos há de tirar.

 


«Ainda um pouco de tempo, e já não me vereis.» Ev.

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Edição nº 652

«Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 652 – 23 de abril de 2023

 

 2º Domingo depois da Páscoa
Domingo do Bom Pastor
branco – 2ª classe.

 

`          Tão perto da Páscoa, este domingo é como que uma síntese de tudo quanto de bom, de belo e de consolador há neste Tempo. Visão suavíssima! Jesus, o Bom Pastor, no meio de suas ovelhas, pelas quais havia dado a sua vida! Os primeiros Cristãos gostavam de demorar-se nesta contemplação, como provam os desenhos nas catacumbas de Roma.  Confiantes, nós nos aproximamos hoje da Igreja. É o Bom Pastor mesmo quem nos recebe e nos fala (Evangelho). Lembrando-nos de tudo que fez por nós, cantamos jubilosos no Intróito: Da misericórdia do Senhor está cheia a terra.  S. Pedro, que em si próprio experimentou todo o amor misericordioso do Pastor, mostra-nos na Epistola a extensão e as finezas desse amor.  E assim esclarecidos, temos a certeza de que o Bom Pastor nos conhece, isto é, que nos vem instruir, fortalecer e iluminar no santo Sacrifício da Missa (Communio).

 

 

 


«Ego sum Pastor Bonus!» Ev.

sábado, 15 de abril de 2023

Edição nº 651

 «Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 651 – 16 de abril de 2023

 

Domingo In Albis, Oitava da Páscoa
Domingo da Divina Misericórdia
branco – 1ª classe.

 

Os cinco domingos que se seguem, celebram o Salvador ressuscitado. Mostram seu amor para com as almas remidas por seu preciosíssimo Sangue.

Neste domingo, Nosso Senhor fortalece a fé do Apóstolo S. Tomé e como a deste Santo, também a nossa. No II domingo, Jesus manifesta-se como «Bom Pastor» que cuida de suas ovelhas, até o fim dos séculos. Os últimos três domingos preparam a sua despedida e a missão do Espírito Santo.

Ontem depuseram os neófitos as suas túnicas brancas para retomarem hoje as suas vestimentas comuns. Embora S. Pedro os convide com palavras de ternura «como meninos recém-nascidos, desejai sinceramente o leite espiritual» (Intróito), a Missa de hoje prepara-os todavia, para a luta na arena da vida.  A vitória que vence o mundo é a nossa fé. Da necessidade desta fé nos falam a Epístola e o Evangelho: Bem-aventurados os que não viram e contudo creram.

A essa fé nos exorta a própria igreja onde antigamente se reuniam os fiéis em, Roma, a basílica de S. Pancrácio. Mártir pela fé aos quatorze anos de idade, este Santo é um exemplo glorioso de fidelidade às suas promessas batismais, para os que militam nas fileiras de Jesus Cristo.

sábado, 8 de abril de 2023

Edição nº 650

 «Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 650 – 9 de abril de 2023

 

Domingo da Ressureição
branco – 1ª classe.

 

A Comunidade religiosa celebra o dia de hoje com Maria Santíssima, que, depois dos tormentosos dias da Paixão, tem mais direito ainda às alegrias da Ressurreição.

Com Jesus agradeçamos ao Pai Eterno a vitória da Redenção pela qual também nós ressuscitamos para uma vida nova (Intróito). O Cordeiro Pascal, imolado e ressuscitado, novamente se imola e ressuscita para nós no santo Sacrifício da Missa (Consagração e Comunhão). A Epístola, a Sequência e o Evangelho nos preparam a termos as devidas disposições.

Seja a celebração da santa Missa no dia de hoje, que é a Solenidade das Solenidades, a expressão sincera de nossa alegria e gratidão, porque Jesus, ressurgindo, nos deu a vida, uma vida nova na graça.

 


«Ressuscitou, não está aqui; eis o lugar onde O depositaram.» Ev.

sábado, 1 de abril de 2023

Edição nº 649

«Liturgia Dominical»
Ano 12 – nº 649 – 2 de abril de 2023

 

2º Domingo da Paixão
Domingo de Ramos
roxo – 1ª classe.

 

É o domingo que precede à festa da Páscoa e dá início à Semana Santa. Domingo de Ramos, Domingo das Palmas, Páscoa florida, assim chamado porque antes da Missa principal se realiza a bênção dos Ramos com a procissão.

Desta bênção e desta procissão, já encontramos vestígios claros no século V.

Se deveras queremos compreender a liturgia deste domingo, cumpre colocarmo-nos bem no meio do cenário onde se vai desenrolar o doloroso drama, e, para que possamos atingir esse objetivo, útil será recordarmos os acontecimentos dos últimos dias da vida do Divino Salvador aqui na terra.

Jesus, à frente de uma romaria, vai de Jericó a Betânia, onde se hospeda com seus amigos Lázaro, Maria e Marta, que, para O homenagearem, dão um banquete. É nessa ocasião que Maria unge com arômatas a cabeça de Jesus.   Indignado com esse desperdício Judas rompe com seu Mestre. Muita gente vem a Betânia para ver a Jesus e a Lázaro ressuscitado. Com estas multidões parte Jesus no dia seguinte em direção a Jerusalém, passando pelo monte das Oliveiras. Festiva é a sua entrada, como narra o Evangelho. O povo aclama o Messias.   Honras dignas de um Rei são Lhe tributadas, enquanto os fariseus cada vez mais se enraivecem. Contemplando a cidade, Jesus chora, lastimando lhe a infidelidade e a sorte triste que a espera. Entra solenemente no templo, mas nessa mesma tarde regressa a Betânia. Esses, os principais fatos históricos em que se firma a liturgia deste domingo, que consta de duas partes bem distintas:

1ª Bênção e procissão dos Ramos – Alegre e triunfal. Porque nela aclamamos o Cristo, Rei e Vencedor.

2ª A Santa Missa – Profundamente triste. Porque nela contemplamos o Homem das dores.

 


«Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei vem a ti, cheio de mansidão,
montado sobre uma jumenta e um jumentinho, filho da que leva o jugo.»