«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 569 – 21 de
novembro de 2021
† 26º Domingo depois
de Pentecostes
Último Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.
O Evangelho deste
domingo, último sempre do Ano eclesiástico, contém o dogma do juízo final. A
Epístola nos ensina como devemos dignamente viver. É o último Sacrifício que
neste ano oferecemos ao Criador. E, ao mesmo tempo, o último sermão que a
Igreja nos dirige. O quadro gigantesco do juízo universal desperta os
sonolentos (Oração) e suscita nos bons maior fervor no serviço de Deus
(Epístola). Mas os Cânticos que repetimos desde o XXIII domingo, neste ainda
mais estão em seu lugar apropriado. Confortam-nos e animam-nos. Fortalecem a
nossa esperança. Deus é um Deus de paz, Ele nos fez dignos de participar da
herança de seus Santos na luz da glória celeste.
«Porque, haverá grande aflição, qual nunca houve
desde o princípio do mundo até agora». Ev.
Avisos Paroquiais
Atenção para os horários
das Santas Missas neste Domingo: às 6h, 8h, 16h e 19h em nossa igreja matriz;
às 9h na Capela de Santa Isabel, em Usina Santa Isabel, às 16h30min na Capela
de Santo Antônio, em Córrego Seco e às 19h Capela de Santa Rita de Cássia, em
Mutum
Serão transmitidas pelas
redes sociais a Santa Missa das 8h (via Facebook, YouTube e Rádio Bom
Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Redes Sociais:
Site – http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 8h e 19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 8h e 19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / DICIT DÓMINUS – Jeremias
29. 11-14; Salmo
84. 2
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
O profeta Jeremias anuncia o fim dum cativeiro, de que o de Babilônia
foi apenas figura.
Dicit Dóminus: Ego cógito cogitatiónes pacis, et non
afflictiónis: invocábitis me, et ego exáudiam vos: et redúcam captivitátem
vestram de cunctis locis. Ps. Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem
Jacob. ℣.
Glória Patri.
Assim diz o Senhor: Meus pensamentos são de paz, e
não de aflição. Clamai por mim e eu vos ouvirei. Reconduzir-vos-ei de vosso
cativeiro, de todos os lugares. Sl. Abençoastes, Senhor, a vossa terra;
livrastes Jacó do cativeiro. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa
salvação.
Deus tem apenas um objetivo: conduzir-nos para Si. Quanto mais
zelosamente correspondermos a este desejo divino, tanto mais o Senhor reforçará
em nós a ação da sua graça.
Excita, quǽsumus, Dómine, tuórum fidélium
voluntátes: ut, divíni óperis fructum propénsius exsequéntes; pietátis tuæ
remédia majóra percípiant. Per Dominum nostrum Jesum Christum.
Excitai, Senhor, nós Vos suplicamos, as vontades de
vossos fiéis, a fim de que, procurando com mais fervor o fruto das obras
divinas, mereçam de vossa misericórdia maiores remédios. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Epístola de São Paulo Apóstolo
aos Colossences I. 9-14
«Tornados dignos de participar da luminosa herança dos santos», devemos
levar, na terra, uma vida digna da nossa sublime vocação.
Fratres: Non cessámus pro vobis orántes et
postulántes, ut impleámini agnitióne voluntátis Dei, in omni sapiéntia et
intelléctu spiritáli: ut ambulétis digne Deo per ómnia placéntes: in omni ópere
bono fructificántes, et crescéntes in scientia Dei: in omni virtúte confortáti
secúndum poténtiam claritátis ejus in omni patiéntia, et longanimitáte cum
gáudio, grátias agentes Deo Patri, qui dignos nos fecit in partem sortis
sanctórum in lúmine: qui erípuit nos de potestáte tenebrárum, et tránstulit in
regnum Fílii dilectiónis suæ, in quo habémus redemptiónem per sánguinem ejus,
remissiónem peccatórum.
Irmãos: 9Não
cessemos de orar a Deus por vós, e de pedir que tenhais pleno conhecimento de
sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; 10para que possais andar de uma maneira digna de
Deus, agradar-Lhe em tudo, frutificar em toda boa obra, e crescer no
conhecimento de Deus; 11fortalecidos em toda a virtude pelo
poder de sua glória; em toda a paciência, longanimidade e alegria; 12rendendo graças a Deus Pai, que nos tornou dignos
de participar da herança dos Santos na luz. 13Ele
nos tirou do poder das trevas1 e nos transportou ao Reino do seu Filho amado, 14por cujo Sangue temos a redenção dos pecados.
1. Do Demônio.
Gradual / Salmo 43. 8-9
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados
dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da
Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Liberásti nos, Dómine, ex affligéntibus nos: et eos,
qui nos odérunt, confudísti. ℣. In Deo
laudábimur tota die, et in nómine tuo confitébimur in sæcula.
Vós nos livrastes, Senhor, dos que nos afligiam e
confundistes os que nos odiavam. ℣. Em Deus nos gloriamos todo dia, e
louvamos eternamente o vosso Nome.
Aleluia / Salmo 129. 1-2
Allelúia, allelúia. ℣. De profúndis clamávi ad te,
Dómine: Dómine, exáudi oratiónem meam. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Das profundezas do abismo clamei a
Vós, Senhor! Senhor, atendei à minha oração. Aleluia.
Evangelho segundo
São Mateus 24. 15-35
O evangelho do fim dos tempos não deve perturbar-nos. É a passagem
necessária do tempo à eternidade. Aqueles que acolherem Jesus Cristo sobre a
terra serão por Ele introduzidos no Céu. Os que O rejeitaram, serão rejeitados.
Imagem das desgraças que hão-de assinalar o fim do mundo, a ruína de Jerusalém,
anunciada por Jesus, realizou-se menos de quarenta anos depois. Não sabemos
quando chegará o fim do mundo, mas é certo que há-de vir e não há melhor
maneira de para ele nos prepararmos que depor toda a nossa confiança em Jesus
Cristo e viver dignamente a nossa vida de batizados.
In illo témpore: Dixit Jesus discípulis suis: Cum
vidéritis abominatiónem desolatiónis, quæ dicta est a Daniéle Prophéta, stantem
in loco sancto: qui legit, intélligat: tunc qui in Judǽa sunt, fúgiant ad
montes: et qui in tecto, non descéndat tóllere áliquid de domo sua: et qui in
agro, non revertátur tóllere túnicam suam. Væ autem prægnántibus et
nutriéntibus in illis diébus. Oráte autem, ut non fiat fuga vestra in híeme vel
sábbato. Erit enim tunc tribulátio magna, qualis non fuit ab inítio mundi usque
modo, neque fiet. Et nisi breviáti fuíssent dies illi, non fíeret salva omnis
caro: sed propter eléctos breviabúntur dies illi. Tunc si quis vobis díxerit:
Ecce, hic est Christus, aut illic: nolíte crédere. Surgent enim pseudochrísti
et pseudoprophétæ, et dabunt signa magna et prodígia, ita ut in errórem
inducántur - si fíeri potest - étiam elécti. Ecce, prædíxi vobis. Si ergo
díxerint vobis: Ecce, in desérto est, nolíte exíre: ecce, in penetrálibus,
nolíte crédere. Sicut enim fulgur exit ab
Oriénte et paret usque in Occidéntem: ita erit et advéntus Fílii hóminis.
Ubicúmque fúerit corpus, illic congregabúntur et áquilæ. Statim autem post
tribulatiónem diérum illórum sol obscurábitur, et luna non dabit lumen suum, et
stellæ cadent de cælo, et virtútes cælórum commovebúntur: et tunc parébit
signum Fílii hóminis in cælo: et tunc plangent omnes tribus terræ: et vidébunt
Fílium hóminis veniéntem in núbibus cæli cum virtúte multa et majestáte. Et mittet Angelos suos cum tuba et
voce magna: et congregábunt eléctos ejus a quátuor ventis, a summis cælórum
usque ad términos eórum. Ab árbore autem fici díscite parábolam: Cum jam ramus
ejus tener fúerit et fólia nata, scitis, quia prope est æstas: ita et vos cum
vidéritis hæc ómnia, scitóte, quia prope est in jánuis. Amen, dico vobis, quia
non præteríbit generátio hæc, donec ómnia hæc fiant. Cælum et terra transíbunt,
verba autem mea non præteríbunt.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 15«Quando virdes no lugar santo os horrores da
desolação, que foi predita pelo profeta Daniel, quem ler, entenda. 16Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os
montes; 17e o que se achar no terraço, não
desça para ir buscar coisa alguma de sua casa; 18e o que estiver no campo, não volte para tomar a
sua túnica. 19Ai, porém, das mães e dos seus
filhinhos naqueles dias! 20Rogai, pois, que a vossa fuga não
seja nem no inverno, nem em dia de sábado. 21Porque,
haverá grande aflição2, qual nunca houve desde o princípio
do mundo até agora, nem jamais haverá. 22E
se esses dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas, por causa dos
Eleitos, serão abreviados esses dias. 23Então,
se alguém vos disser: Aqui está o Cristo, ou Ele está ali, não lhe deis crédito.
24Porque, se levantarão falsos Cristos e falsos
profetas, e farão tão grandes prodígios e milagres, que, (se possível fora) até
aos Eleitos enganariam. 25Vede que já vo-lo predisse. 26Se, pois, vos disserem: Ei-lo, está no deserto, não
saiais. Ei-lo, aqui, no interior da casa, não lhes deis crédito. 27Porque, como o raio parte do Oriente e é visível
até o Ocidente, assim, será a vinda do Filho do homem. 28Onde quer que esteja o cadáver, aí se ajuntarão as
águias. 29Logo após a tribulação daqueles dias,
o sol se escurecerá, a lua não dará mais a sua luz, as estrelas cairão do céu,
e as forças do céu serão abaladas. 30Então,
aparecerá no céu o sinal do Filho do homem3 vindo sobre as nuvens do céu, com grande poder e
glória. 31E enviará seus Anjos com forte clangor
de trombetas e reunirão os eleitos, dos quatro ventos, de uma à outra
extremidade dos céus. 32Da figueira aprendei, pois, uma
comparação. Quando seus ramos já estão tenros e as folhas brotam, sabeis que já
está próximo o verão; 33assim, também, quando virdes todas
estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, às portas. 34Em verdade vos digo que não passará esta geração
sem que todas estas coisas se cumpram. 35Passará
o céu e terra, mas as minhas palavras não passarão».
2. Esta grande
aflição consiste no complexo de males que hão-de preceder, acompanhar e seguir
a destruição de Jerusalém, donde insensivelmente se passa, na perspectiva
profética, para a descrição apocalíptica da segunda vinda gloriosa de Cristo
Juiz.
3. Talvez a cruz
da Redenção.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa
profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Salmo
129. 1-2
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das
oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
De profúndis clamávi ad te, Dómine: Dómine, exáudi
oratiónem meam: de profúndis clamávi ad te, Dómine.
Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor!
Senhor, atendei à minha oração. Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós,
Senhor.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Propítius esto, Dómine, supplicatiónibus nostris:
et, pópuli tui oblatiónibus precibúsque suscéptis, ómnium nostrum ad te corda
convérte; ut, a terrenis cupiditátibus liberáti, ad cæléstia desidéria
transeámus. Per Dominum nostrum Jesum Christum.
Senhor, sede propício às nossas súplicas e,
recebendo as ofertas e orações de vosso povo, convertei a Vós os nossos
corações, para que, livres dos gozos terrestres nos elevemos aos desejos do
Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Marcos 11. 24
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar)
a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Amen, dico vobis, quidquid orántes pétitis, crédite,
quia accipiétis, et fiet vobis.
Em verdade vos digo: tudo o que pedirdes em vossa
oração, crede que o recebereis, e vos será feito.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Concéde nobis, quǽsumus, Dómine: ut per hæc
sacraménta quæ súmpsimus, quidquid in nostra mente vitiósum est, ipsorum
medicatiónis dono curétur. Per Dominum nostrum Jesum Christum.
Concedei, Senhor, Vos rogamos, que estes santos
Sacramentos que recebemos, por sua força salutar curem quanto houver de vicioso
em nossas almas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Fim dos Tempos
Meu Deus, Vós que no fim da vida me julgareis sobre o amor, tornai-me
capaz de crescer nele cada dia.
1 – A Missa de hoje, último Domingo
do ano litúrgico, é uma oração de agradecimento pelo ano findo, uma prece de
propiciação pelo que vai começar, um aviso sobre a fugacidade da vida presente
e um convite a prepararmo-nos para o último passo que nos há-de introduzir na
vida eterna.
Na Epístola (Col. 1, 9-14) S. Paulo ora e dá graças em nome de
toda a cristandade: «Não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios
do conhecimento da Sua vontade... para que andeis de um modo digno de Deus,
agradando-Lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra». Eis uma bela síntese
de todo o trabalho que durante o ano inteiro a alma de vida interior se
esforçou por realizar para se adaptar e conformar cada vez mais com a santa
vontade de Deus, para se unir totalmente a ela, e assim, movida em tudo pela
divina vontade, agir de modo a agradar em tudo ao Senhor. Louvemos a Deus se,
com a Sua ajuda, conseguimos dar algum passo em frente neste caminho que, do
modo mais seguro, nos guia à santidade; fazendo nossos os sentimentos do
Apóstolo, rendamos graças «a Deus Pai, que nos tornou dignos de ter parte na
herança dos santos»: a herança dos santos, a herança dos que tendem à
santidade, é a união de amor com Deus, cá na Terra pela fé, e no Céu pela
glória. Esta herança é nossa, porque Jesus no-la mereceu com o Seu Sangue, é
nossa, porque em Jesus «temos a Redenção e a Remissão dos pecados», de tal
forma que, purificados da culpa e revestidos da graça, pelos Seus méritos
infinitos, podemos elevar-nos ao estado altíssimo e bem-aventurado da união com
Deus.
Mas se com o auxílio divino
conseguimos algum progresso, outros e maiores nos ficam ainda por realizar; por
isso a Igreja, na Colecta do dia, faz por nós esta súplica: «Excitai, Senhor, a
vontade dos Vossos fiéis, a fim de que, esforçando-se com maior ardor por fazer
frutificar a obra divina, alcancem da Vossa bondade remédios mais eficazes». É
exatamente assim: quanto mais correspondermos à graça, maiores graças o Senhor
nos concederá, e quanto mais apressarmos o passo para Ele, mais Ele nos atrairá
a Si, até que deste encadeamento dos auxílios divinos e da nossa
correspondência, resulte a santificação de cada um de nós.
2 – O Evangelho, (Mt. 24, 15-35) com a descrição do fim do mundo e
da vinda de Cristo para julgar os vivos e os mortos, lembra-nos que assim como
passa e acaba o ano litúrgico, também passa e acaba a vida do homem sobre a
Terra. Tudo terá fim e, no fim de tudo, virá o majestoso epílogo: «Então
aparecerá no céu o sinal [isto é, a cruz] do Filho do Homem; todas as tribos da
Terra chorarão e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu com grande
poder e majestade». Jesus, que veio outrora à Terra na pobreza, no escondimento
e na dor para nos ensinar o caminho do Céu e remir as nossas almas, tem todo o
direito de voltar glorioso no fim dos tempos, para recolher os frutos da Sua
obra e do Seu Sangue. Será então o nosso juiz e como Ele próprio disse,
julgar-nos-á sobre o amor: «Vinde, benditos de meu Pai, possuí o reino...
Porque tive fome e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber... Todas
as vezes que vós fizestes isto a um dos meus irmãos menores, a mim o fizestes»
(Mt. 25, 34-40). O seu doce preceito de amor, amor de Deus e amor
do próximo, será o código segundo o qual seremos examinados. Felizes de nós se
tivermos amado e amado muito! «São-lhe perdoados muitos pecados porque muito
amou» (Lc. 7, 47),
disse Jesus à mulher pecadora. Quanto maior e mais profundo for o nosso amor,
tanto mais será capaz de satisfazer por todos os nossos pecados, por todas as nossas
misérias e por todas as faltas em que, a despeito da nossa boa vontade,
recaímos todos os dias.
«Por isso é um grande negócio para a
alma – diz São João da Cruz – exercitar-se nesta vida em atos de amor, para
que, consumando-se em breve, não se detenha muito cá nem lá sem ver a Deus»
(CV. 1, 34).
O Santo faz alusão à alma inflamada em amor divino que suspira ansiosamente
pelo Céu para ver o seu Deus face a face e poder amá-Lo melhor. De qualquer
modo, será sempre verdade que só um imenso exercício de amor pode conduzir à
união com Deus, quer na Terra quer na eternidade bem-aventurada. Feliz a alma
que, no fim da vida, tendo-se exercitado muito no amor, puder ser imediatamente
admitida à união beatífica do Céu! Nada terá a recear do julgamento de Jesus,
pelo contrário, este julgamento será a sua alegria e o seu gozo por toda a
eternidade.
MADALENA,
Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 1406-1409.
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