«Liturgia Dominical»
Ano 11 – nº 568 – 14 de
novembro de 2021
† 25º Domingo depois
de Pentecostes
(6º Domingo depois da Epifania transferido)
verde – 2a. classe.
Contemplamos hoje o crescimento rápido e
maravilhoso do Reino de Deus. O Evangelho é um resumo da história da Igreja,
que cresceu como um grão de mostarda. Na Epístola, vemos um exemplo
significativo, um trecho dessa propagação do Reino de Deus. Na Oração, pedimos
a graça de um crescimento rápido e total desse Reino em nossa alma. Meditar o
que é razoável e dizer e fazer o que for do agrado de Nosso Senhor, eis o Reino
de Deus dentro de nós.
Atenção para os horários
das Santas Missas neste Domingo: às 6h, 8h, 16h e 19h em nossa igreja matriz;
às 10h na Quadra do Bairro Bela Vista (neste bairro será erguida a Capela de
Santa Edwiges), às 17h na Capela de Santo Antônio, em Córrego Seco e às 19h na
Capela de São Pio de Pietrelcina e Santo Antônio, em Carabuçu.
Serão transmitidas pelas
redes sociais a Santa Missa das 8h (via Facebook, YouTube e Rádio Bom
Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Redes Sociais:
Site – http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 8h e 19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 8h e 19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / DICIT DÓMINUS – Jeremias 29. 11-14; Salmo 84. 2;
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
O profeta Jeremias anuncia o fim dum cativeiro, de que o de Babilônia
foi apenas figura.
Dicit Dóminus: Ego cógito cogitatiónes pacis, et non
afflictiónis: invocábitis me, et ego exáudiam vos: et redúcam captivitátem
vestram de cunctis locis. Ps. Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti
captivitátem Jacob. ℣. Glória Patri.
Assim diz o Senhor: Meus
pensamentos são de paz e não de aflição. Clamai por mim e eu vos ouvirei.
Reconduzir-vos-ei de vosso cativeiro, de todos os lugares. Sl. Abençoastes,
Senhor, a vossa terra; livrastes Jacó do cativeiro. ℣. Glória ao
Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa
salvação.
Tenhamos confiança na palavra divina e acolhamo-la na nossa vida; dará
nela frutos abundantes.
Præsta, quǽsumus, omnípotens Deus: ut, semper
rationabília meditántes, quæ tibi sunt plácita, et dictis exsequámur et factis.
Per Dominum nostrum Jesum Christum.
Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, meditando sem
cessar o que é espiritual, executemos sempre em palavras e obras o que é de
vosso agrado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola S. Paulo Apóstolo aos Tessalonicessences I. 1. 2-10
O termos sido objeto do chamamento divino, deve encher-nos de alegria e
duma tranquila segurança, na expectativa da última vinda de Cristo.
Fratres: Grátias ágimus Deo semper pro ómnibus
vobis, memóriam vestri faciéntes in oratiónibus nostris sine intermissióne, mémores
óperis fídei vestræ, et labóris, et caritátis, et sustinéntiæ spei Dómini
nostri Jesu Christi, ante Deum et Patrem nostrum: sciéntes, fratres, dilécti a
Deo. electiónem vestram: quia Evangélium nostrum non fuit ad vos in sermóne
tantum, sed et in virtúte, et in Spíritu Sancto, et in plenitúdine multa, sicut
scitis quales fuérimus in vobis propter vos. Et vos imitatóres nostri facti
estis, et Dómini, excipiéntes verbum in tribulatióne multa, cum gáudio Spíritus
Sancti: ita ut facti sitis forma ómnibus credéntibus in Macedónia et in Achája.
A vobis enim diffamátus est sermo Dómini, non solum in Macedónia et in Achája,
sed et in omni loco fides vestra, quæ est ad Deum, profécta est, ita ut non sit
nobis necésse quidquam loqui. Ipsi enim de nobis annúntiant, qualem intróitum
habuérimus ad vos: et quómodo convérsi estis ad Deum a simulácris, servíre Deo
vivo et vero, et exspectáre Fílium ejus de cælis quem suscitávit ex mórtuis
Jesum, qui erípuit nos ab ira ventúra.
Irmãos: 2Damos
sempre graças a Deus por todos vós, fazendo continuamente menção de vós em
nossas orações. 3Lembramo-nos diante de Deus, nosso
Pai, da obra de vossa fé, dos trabalhos de vossa caridade e da firmeza de vossa
esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo. 4Sabemos,
irmãos amados por Deus, que fostes escolhidos, 5porquanto o nosso Evangelho não vos foi pregado
somente em palavras, mas na força do Espírito Santo e em grande plenitude, como
sabeis que estivemos entre vós para o vosso bem. 6E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor,
recebendo a palavra no meio de muitas tribulações com a alegria do Espírito
Santo, 7a tal ponto que servistes de modelo
para todos os crentes, na Macedônia e na Acaia. 8Porque entre vós, não só a palavra do Senhor se
divulgou na Macedônia e na Acaia, como ainda a vossa fé em Deus correu por toda
a parte, de modo que não nos é necessário dizer coisa alguma, 9uma vez que eles mesmos contam qual o acolhimento
que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos para Deus, para
servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10e
para esperardes do Céu o seu Filho Jesus (a quem ressuscitou dentre os mortos)
que nos livrou da ira futura.
Gradual / Salmo 43. 8-9
Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos
afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério
do dia.
Liberásti nos, Dómine, ex affligéntibus nos: et eos,
qui nos odérunt, confudísti. ℣. In Deo laudábimur tota die, et in nómine
tuo confitébimur in saecula
Vós nos livrastes, Senhor, dos que nos afligiam e
confundistes os que nos odiavam. ℣. Em Deus nos gloriamos todo o dia; e
louvamos eternamente o vosso Nome.
Aleluia / Salmo 129. 1-2
«Aleluia» é um grito de júbilo, que significa: «louvai ao Senhor».
Allelúia, allelúia. ℣. De profúndis clamávi ad te,
Dómine: Dómine, exáudi oratiónem meam. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Das profundezas do abismo, eu clamo
a Vós, Senhor! Senhor atendei à minha oração. Aleluia.
Evangelho segundo
São Mateus 13. 31-35
Entre as parábolas do reino, a do grão de mostarda e a do fermento
anunciam o maravilhoso progresso da Igreja, até ao fim dos tempos.
In illo témpore: Dixit Jesus turbis parábolam hanc:
Símile est regnum cælórum grano sinápis, quod accípiens homo seminávit in agro
suo: quod mínimum quidem est ómnibus semínibus: cum autem créverit, majus est
ómnibus oléribus, et fit arbor, ita ut vólucres cæli véniant et hábitent in
ramis ejus. Aliam parábolam locútus est eis: Símile est regnum cælórum
ferménto, quod accéptum múlier abscóndit in farínæ satis tribus, donec
fermentátum est totum. Hæc ómnia locútus est Jesus in parábolis ad turbas: et
sine parábolis non loquebátur eis: ut implerétur quod dictum erat per Prophétam
dicéntem: Apériam in parábolis os meum, eructábo abscóndita a constitutióne
mundi.
Naquele tempo, 31propôs
Jesus ao povo esta parábola: «O Reino dos Céus é semelhante a um grão de
mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. 32Este grão é, em verdade, a menor de todas as
sementes, mas depois de crescida, é a maior de todas as hortaliças e chega a
tornar-se uma árvore, de maneira que as aves do Céu se vêm aninhar entre os
seus ramos». 33Disse-lhes ainda outra parábola: «O
Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas
de farinha, até que toda ela fique levedada». 34Todas estas coisas disse Jesus ao povo em
parábolas; e não lhe falava senão em parábolas, 35para que se cumprisse o que estava escrito pelo
Profeta: «Abrirei em parábolas os meus lábios e publicarei coisas ocultas desde
a criação do mundo».
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Salmo 129. 1-2
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas,
canto de procissão, oração sobre as oblatas.
De profúndis clamávi ad te, Dómine: Dómine, exáudi
oratiónem meam: de profúndis clamávi ad te, Dómine.
Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor!
Senhor, atendei à minha oração. Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós,
Senhor.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Hæc nos oblátio, Deus, mundet, quǽsumus, et rénovet,
gubérnet et prótegat. Per Dominum nostrum Jesum Christum.
Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta oferta nos
purifique, renove, governe e proteja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Marcos 11. 24
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode
acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Amen, dico vobis, quidquid orántes pétitis, crédite,
quia accipiétis, et fiet vobis.
Em verdade, vos digo: tudo o que pedirdes em vossa
oração, crede que o recebereis, e vos será feito.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Cæléstibus, Dómine, pasti delíciis: quǽsumus; ut
semper éadem, per quæ veráciter vívimus, appétimus. Per Dominum nostrum Jesum
Christum.
Nutridos, Senhor, com as celestes delícias, nós Vos
pedimos que sempre desejemos o que em verdade nos comunica a Vida. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Grão de Mostarda
Ó Senhor, que o Vosso reino venha a toda a terra e ao meu coração.
1 – Entre os textos da Missa de hoje,
sobressai a parábola do grão de mostarda, tão breve, mas tão rica de
significado: «O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem
tomou e semeou no seu campo; é a menor das sementes, mas depois de ter
crescido, a maior de todas as hortaliças e faz-se árvore de sorte que as aves
do céu vêm repousar sob os seus ramos» (Mt. 13, 31-32). Nada de menor e de mais humilde que o «Reino dos
Céus», isto é, a Igreja nas suas origens; Jesus, sua Cabeça e seu Fundador,
nasce numa gruta de animais, vive durante trinta anos na oficina de um
carpinteiro; e, apenas por três anos desenvolve a Sua atividade no meio de
gente humilde, pregando uma doutrina tão simples que todos, mesmo os
ignorantes, podem entender. Quando Jesus deixou a Terra, a Igreja era
constituída por um exíguo grupo de doze homens, reunidos à volta de uma humilde
mulher, Maria; mas este primeiro núcleo tem uma força tão vital e poderosa, que
em poucos anos se difunde por todos os povos do vasto Império Romano.
Progressivamente, através dos séculos, a Igreja, de minúsculo grão de mostarda
semeado no coração de uma Virgem-Mãe e de uns pobres pescadores, transforma-se
em árvore gigantesca que estende os seus ramos por todas as regiões do globo e
a cuja sombra se acolhem gentes de todas as línguas e de todas as nações.
A Igreja não é só uma sociedade de
homens, mas de homens que têm Jesus, o Filho de Deus, por Cabeça; a Igreja é o
Cristo total, quer dizer, Jesus e os fiéis incorporados nEle e formando com Ele
um só corpo; a Igreja é o Corpo místico de Cristo de que cada batizado é um
membro. Amar a Igreja é amar Jesus; trabalhar pela difusão da Igreja é
trabalhar pelo incremento do Corpo místico de Cristo, a fim de que seja
completo o número dos seus membros e que cada membro coopere para o seu
esplendor. A breve invocação: «adveniat regnum tuum» tudo isto resume e
solicita do Pai celeste.
Será pouco o que podemos fazer pela
difusão da Igreja? Façamo-lo ao menos com todo o coração, cooperemos também nós
com o nosso pobre trabalho, verdadeiro grão de mostarda, para o desenvolvimento
desta maravilhosa árvore na qual todos os homens devem encontrar salvação e
repouso.
2 – A parábola do grão de mostarda
leva-nos a pensar não só na expansão do reino de Deus no mundo, mas também no
seu desenvolvimento no nosso coração. Porventura não disse Jesus: «O Reino de
Deus está dentro de vós»? (Lc. 17, 21).
Também em nós, este reino maravilhoso teve o seu início numa pequeníssima
semente, a semente da graça: graça santificante que de um modo oculto e
misterioso Deus semeou em nós no santo Batismo; graça atual das boas
inspirações e da palavra divina – «semen est verbum Dei» (Lc. 8, 11) – que Jesus, Semeador celeste, espalhou às mãos
cheias nas nossas almas. Pouco a pouco, esta pequena semente germinou, lançou
raízes cada vez mais profundas, e cresceu penetrando progressivamente em todo o
nosso espírito, até que, tendo-nos conquistado inteiramente para Deus, sentimos
a necessidade de exclamar: «Senhor tudo quanto tenho e sou, é Vosso; dou-me
todo a Vós quero ser Vosso Reino». Ser totalmente reino de Deus, de modo que
Ele seja o único Soberano e Dominador do nosso coração e nada exista em nós que
não Lhe pertença ou não esteja sujeito ao Seu império, é o ideal da alma que
ama a Deus com um amor total. Mas como conseguir o pleno desenvolvimento deste
reino de Deus em nós? A segunda parábola que lemos no Evangelho de hoje, dá-nos
a resposta: «O reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e
mistura em três medidas de farinha, até que o todo fica fermentado». Eis uma
outra imagem belíssima do trabalho que a graça realiza na nossa alma: a graça
foi posta em nós como um fermento que crescerá pouco a pouco até impregnar toda
a nossa personalidade divinizando-a inteiramente. A graça, fermento divino,
foi-nos dada para sarar, elevar, santificar o nosso ser com todas as suas
potências e faculdades; só quando tiver completado este trabalho, seremos
totalmente Reino de Deus.
Reflitamos uma vez mais sobre o
grande problema da nossa correspondência à graça. Esta semente divina, este
fermento sobrenatural está em nós; quem o poderá impedir de se tornar uma
árvore gigantesca, capaz de abrigar outras almas? Quem o poderá impedir de
levedar toda a massa, se removermos todos os obstáculos que se opõem ao seu
desenvolvimento e secundarmos os seus impulsos e exigências?
«Adveniat regnum tuum!» Sim, peçamos
a vinda total do reino de Deus também aos nossos corações.
MADALENA,
Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 1379-1381.
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