quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sexta-feira - Meditação diária

ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

  "Meu Deus, arrependo-me de todo o coração de vos ter ofendido; concedei-me a graça de compreender bem as verdades que vou meditar e abrasai-me no vosso amor. Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus, meu Anjo da Guarda e todos os Santos do Céu, rogai por mim".

SEXTA FEIRA: A ETERNIDADE DAS PENAS

I. Considere, meu filho, que se você for para o inferno, será para sempre. Onde se sofrem todas as penas eternamente. Passarão cem anos desde que você caiu no inferno, passarão mil e o inferno estará ainda em seu começo; passarão cem mil, cem milhões, passarão mil milhões de séculos e o inferno terá apenas iniciado.
Se um anjo levasse aos condenados a notícia de que Deus os libertaria do inferno depois de passados tantos milhões de séculos, essa notícia lhes causaria a maior satisfação. É verdade, diriam, que devem passar ainda tantos séculos, mas um dia hão de acabar. Pelo contrário, passarão todos esses séculos e todos os tempos que se possam imaginar e o inferno estará sempre no princípio. Todos os condenados fariam de boa vontade com Deus o seguinte pacto: "Senhor, aumentai este meu suplício; deixai-me nestes tormentos por quanto tempo quiserdes, contanto que me deis a esperança de que um dia isso acabe”. Infelizmente esta esperança não existe, o fim dos tormentos nunca chegará.
II. Se ao menos o pobre condenado pudesse enganar a si mesmo e se iludir dizendo: "Quem sabe, um dia Deus terá piedade de mim e me arrancará desse abismo”. Mas sempre verá escrita diante de si a sentença de sua eternidade infeliz. Sempre verá, escrito naquelas chamas que queimam; naqueles demônios que o atormentam; naquelas portas eternamente fechadas. Oh! Abismo sem fundo! Mar sem praias! Caverna sem saída! Quem não tremerá ao pensar nisso? Maldito pecado! Nunca mais, nunca mais quero pecar durante a minha vida.
III. Mas o que deve encher de pavor é pensar que aquela horrível fornalha está sempre aberta debaixo de seus pés e que é suficiente um só pecado mortal para fazê-lo cair. Compreende bem, meu filho, o que está lendo? Uma pena eterna por um só pecado mortal que comete com tanta facilidade. Uma blasfêmia, uma profanação dos dias santos, um furto, um ódio, uma palavra, um ato, um pensamento obsceno basta para você ser condenado às penas do inferno.
Meu filho, escute o meu conselho: Se a consciência o acusa de algum pecado, vá depressa se confessar para recomeçar uma vida nova. Coloque em prática todos os meios que lhe indicar o confessor. Se for necessário, faça uma confissão geral. Prometa que há de fugir das ocasiões perigosas, dos maus companheiros e se Deus indicar que você deve deixar o mundo, siga logo a sua voz. Tudo que se fizer para evitar uma eternidade de tormentos, é pouco, é nada: Nulla nímia secúritas, ubi periclitátur ætérnitas (São Bernardo).
Quantos na flor da idade abandonaram o mundo, a pátria, os parentes, e foram viver isolados nas cavernas, nos desertos, alimentando-se somente de pão e água e, às vezes, só de raízes e tudo isso para evitar o inferno! E você, que faz, depois de tantas vezes que mereceu o inferno com o pecado? Que faz? Lance-se aos pés de Deus e diz:

     "Senhor, estou pronto a fazer o que Vós quiserdes: nunca mais hei de pecar em minha vida; já por demais vos tenho ofendido; mandai-me todos os sofrimentos que quiserdes durante esta vida, contanto que possa salvar a minha alma”.

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