segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sexta-feira - Meditação diária

SEXTA-FEIRA

Meditação diária

1.                  Reaviva, ó minha alma, tua fé: põe-te na presença de Deus e adora-o profundamente.
2.                  Humilha-te aos pés de Deus e pede-lhe sinceramente perdão.
3.                  Solicita a luz de Deus por amor de Jesus Cristo; recomenda-te a Maria Santíssima e aos Santos com uma Ave Maria e Glória ao Pai.
              Lê a meditação bem devagar. Após todos os pontos medita na máxima eterna. Terminada a consideração, toma o propósito de remover tal e tal vício.

A ETERNIDADE DAS PENAS

1.          Considera, ó alma, que se caíres no inferno, nunca mais dele sairás. Lá se sofrem todas as penas e todos os tormentos. Terão passados cem anos desde que caíste no inferno, terão passados mil, e o inferno estará ainda em seu começo; passarão ainda cem mil, passarão milhões de séculos, e o inferno será como em começos. Se um anjo levasse aos condenados a notícia que Deus os iria libertar do inferno depois de passados tantos milhões de séculos quantas são as gotas de água do mar, as folhas das árvores, os grãos de areia da terra, essa notícia lhes causaria indizível satisfação. É verdade, diriam, que devem passar ainda séculos, mas um dia hão de acabar. Pelo contrário, passarão todos estes séculos e todos os tempos que se possam imaginar e o inferno será como se então começasse. Todos os condenados fariam de boa vontade com Deus o seguinte pacto: Senhor, aumentai quando quiserdes os meus suplícios; deixai-me nestes tormentos por quantos séculos quiserdes, contanto que eu possa ter a esperança de um dia ser salvo destes tormentos. Mas nada: essa esperança, esse termo nunca chegará.
2.          Se ao menos o pobre condenado pudesse enganar-se a si mesmo e iludir-se dizendo: “Quem sabe um dia talvez Deus se compadecerá de mim e me arrancará deste abismo!” Mas não, nem isso! Verá sempre escrito diante de si a sentença de sua eterna infelicidade. Pois então, irá ele dizendo: todas estas penas, este fogo, estes gritos, nunca mais hão de acabar para mim? Não! - lhe será respondido - Não! Jamais! E durarão sempre? Sempre, por toda a eternidade! Oh, eternidade! Oh, abismo sem fundo! Oh, mar sem praias! Oh, caverna sem saída! Quem pode ficar sem tremer, pensando em ti?
3.          O que te deve encher de pavor, alma cristã, é que aquela horrível fornalha está sempre aberta debaixo de teus pés, e que é suficiente um só pecado mortal para lá te fazer cair. Compreendes bem o que estás lendo? Uma pena eterna, pode ser o fruto de um só pecado mortal, que cometes com tanta facilidade. Uma blasfêmia, uma profanação dos dias santos, um furto, um ódio, uma palavra, um ato, um pensamento obsceno, pode ser bastante para mereceres a condenação às penas do inferno. Escuta pois, ó cristão, o meu conselho: Se a consciência te acusa de algum pecado, vai depressa confessar-te; e trata de começar uma vida boa. Põe em prática todos os meios que te indicar o confessor. Se for necessário, faze uma confissão geral. Promete que há de fugir das ocasiões perigosas, e se Deus te inspirasse até para deixar o mundo, segue logo a sua voz. Tudo o que fizeres para evitar uma eternidade de tormentos é pouco, é nada. Lança-te aos pés do teu Deus e dize-lhe: “Senhor, estou pronto a fazer o que vós quiserdes; nunca mais hei de pecar em minha vida; já por demais vos tenho ofendido; mandai-me todos os sofrimentos que quiserdes durante esta vida, contanto que eu possa conseguir a salvação.”

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