quinta-feira, 1 de maio de 2014

Terça-feira - Meditação diária

ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

"Meu Deus, arrependo-me de todo o coração de vos ter ofendido; concedei-me a graça de compreender bem as verdades que vou meditar e abrasai-me no vosso amor. Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus, meu Anjo da Guarda e todos os Santos do Céu, rogai por mim".

TERÇA-FEIRA: A MORTE

I. A morte é a separação da alma do corpo. Considere, portanto, meu filho, que a sua alma deverá se separar do corpo; mas você não sabe quando se dará essa separação. Não sabe se a morte assaltará na cama, durante o trabalho, na rua ou em outra parte, a ruptura de uma veia, uma hemorragia, uma febre, uma úlcera, uma queda, um terremoto, um raio bastam para tirar-lhe a vida. Isso pode acontecer daqui a um ano, daqui a um mês, daqui a uma semana, daqui uma hora e talvez, ao terminar a leitura dessa consideração. Quantos se deitaram à noite cheios de saúde e pela manhã foram encontrados mortos! Quantos acometidos de algum ataque morreram de repente! E depois para onde foram? Se estavam na graça de Deus felizes deles! Se pelo contrário, achavam-se em pecado mortal, estão condenados para sempre. Diga-me, filho, se tivesse que morrer neste instante, que seria de sua alma? Ai de você, se não se mantém sempre preparado! Quem não está pronto para bem morrer, corre grande perigo de morrer mal.
II. Embora seja incerto o lugar e a hora de sua morte, porém é muito certo que ela virá. Desejo que a última hora de sua vida não venha repentinamente ou de modo violento e sim aos poucos, para que você possa se preparar. Há de chegar um dia em que, estendido numa cama, estará prestes a passar para a eternidade, assistido por um sacerdote que encomendará sua alma, tendo um crucifixo ao lado, uma vela acesa do outro e ao redor os parentes que choram. Terá a cabeça dolorida, os olhos embaçados, a língua ressequida, a garganta presa, a respiração ofegante, o sangue a arrefecer, o corpo exausto e o coração oprimido. E assim que a alma expirar, o seu corpo vestido de poucos andrajos será lançado e apodrecerá em uma sepultura. Ratos e vermes consumirão sua carne e de você restarão apenas alguns ossos descarnados e um pouco pó repugnante. Abra um sepulcro e veja a que ficou reduzido aquele jovem rico, aquele ambicioso ou aquele soberbo. Medite com atenção essas linhas, meu filho, lembre-se de que elas se aplicam também a você, igualmente como a todos os demais homens. Agora o demônio, para induzi-lo a pecar, procura arrancá-lo desse pensamento e levá-lo a escusar as culpas, dizendo-lhe que aquele prazer, que aquela desobediência, que aquela omissão na Missa não podem lhe trazer grandes males. Mas na hora da morte descobrirá a gravidade desses e de outros pecados postos diante de você. Então o que poderá fazer no momento do julgamento eterno? Ai de quem se achar fora da graça Deus nesse instante!
III. Considere que do instante da morte depende a sua salvação ou perdição eterna. Nas proximidades norte quantas coisas se hão de lembrar!
Duas vezes temos diante de nós uma vela acesa: quando somos batizados e na hora da morte; na primeira vez, para conhecer os preceitos da lei divina que devemos guardar; na segunda, para que vejamos se os cumprimos. Por isso, meu filho, perante a luz dessa vela verá se amou Deus ou se o desprezou; se honrou o seu santo nome ou se blasfemou; lembrará dos dias santos profanados, das omissões na assistência das Missas, das desobediências aos superiores, dos maus exemplos dados aos companheiros; conhecerá toda soberba e todo orgulho que o lisonjeava; oh! Meu Deus! Tudo verá naquele momento, no qual se abrirá diante de você o caminho da eternidade. Oh! Grande e terrível momento, do qual depende uma eternidade de glória ou de tormentos! Compreende bem o que lhe digo? Quero dizer que naquele momento será a decisão de ir para o Céu ou para o inferno; ser para sempre feliz ou para sempre infeliz; para sempre filho de Deus ou para sempre escravo do demônio; para sempre gozar com os Anjos e com os Santos ou gemer e arder para sempre com os condenados no inferno!
Tema grandemente pela sua alma e pense que do viver bem depende uma boa morte e uma eternidade de glória. Por isso, não defira por mais tempo e se prepare desde já para fazer uma boa Confissão e dispor bem as coisas da sua consciência, prometendo a Nosso Senhor perdoar aos seus inimigos, reparar os escândalos dados, santificar os dias de guarda, cumprir os deveres do seu estado.
     E agora, coloque-se na presença de Deus e abra o coração: "Meu Deus, desde este momento eu me converto a Vós; amo-vos e quero vos servir até a morte. Virgem Santíssima, minha Mãe, ajudai-me naquele terrível momento. Jesus, José e Maria, expire em paz entre vós a minha alma".

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