« Liturgia Dominical
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Ano 6 – nº 281 – 25 de
setembro de 2016
† 19º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES
verde – 2a. classe.
« Então, disse o rei aos servidores: Amarrai-o de mãos e pés, e
lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes. »
- Hoje, é o Dia da Bíblia.
- Dia 29, Quinta-feira é dia de São Miguel Arcanjo.
Intróito / Salmo 77. 1
O Intróito como que enuncia o tema
geral da Missa ou solenidade do dia.
É Deus quem salva o seu povo. O homem entregue a si mesmo, é incapaz de
se salvar.
Eu sou a Salvação do povo, diz o Senhor; quando por mim em qualquer
tribulação clamarem, eu os ouvirei. E serei perpetuamente o seu Senhor. Sl.
Povo meu, escuta a minha lei; inclina os teus ouvidos às palavras de minha
boca. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa
salvação.
Ajudado por Deus, o homem responde ao seu apelo e consagra-se ao seu
serviço.
Ó Deus onipotente e misericordioso, afastai benignamente de nós todas as
adversidades, a fim de que, desembaraçados de alma e corpo, com liberdade de
espírito possamos dedicar-nos a vosso serviço. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Leitura epístola de São Paulo Apóstolo
aos Efésios 4. 23-28
A vida nova, recebida no batismo, implica para o homem um comportamento
novo.
Irmãos: 23Renovai-vos no
íntimo de vossa alma 24e revesti-vos do homem novo1,
que foi criado à semelhança de Deus, na verdadeira justiça e santidade. 25Por isso renunciai
à mentira, e fale cada qual, com seu próximo, a verdade, porque, somos todos
membros uns dos outros. 26Se vos irardes, que seja sem pecar, e
não se ponha o sol sobre a vossa ira. 27Não deis lugar ao demônio. 28Aquele que furtava,
não torne a furtar, mas trabalhe, fazendo por suas mãos alguma coisa boa, de
onde tenha com que socorrer o que sofre necessidade.
1. O homem renovado pelo batismo e pela presença do Espírito
Santo.
Gradual / Salmo 140. 2
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados
dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da
Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Eleve-se, ó Senhor, a minha oração como incenso à vossa presença. ℣. Seja-Vos agradável o elevar de minhas mãos como o
sacrifício vespertino.
Aleluia / Salmo 104. 1
Aleluia, aleluia. ℣. Louvai o Senhor e invocai o seu Nome.
Anunciai as suas obras entre as nações. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 22. 1-14
Da parábola dos convidados ao festim deve, sem dúvida, salientar-se a
condenação do infeliz, que foi expulso por culpa sua, e ainda mais o apelo
lançado aos mais miseráveis.
Naquele tempo, 1falava Jesus aos príncipes dos
sacerdotes e aos fariseus em parábolas, dizendo: 2O Reino dos céus é
semelhante a um rei que quis celebrar as núpcias de seu filho. 3E mandou seus
servos a chamar os convidados para as bodas; estes, porém, não quiseram vir. 4Novamente enviou
outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu
banquete; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto: vinde às
bodas. 5Eles, porém, não
fazendo caso, foram-se, um para sua casa de campo e outro para seu negócio; 6e ainda outros
prenderam-lhe os servos, e depois de os terem ultrajado, mataram-nos. 7Tendo conhecimento
disto, o rei encolerizou-se, mandou seus exércitos, e exterminou aqueles
homicidas, pondo fogo à sua cidade. 8Então, disse a seus servos: As bodas
estão preparadas, mas os convidados não foram dignos. 9Ide, pois, às
encruzilhadas dos caminhos, e a quantos encontrardes, chamai para as núpcias. 10Saindo os servos
pelas ruas, reuniram todos os que encontraram, bons e maus. E a sala do festim
ficou cheia de convidados. 11Então entrou o rei para ver os que
estavam à mesa, e viu ali um homem que não trazia a vestimenta nupcial. 12E disse-lhe: Amigo,
como entraste aqui, não tendo a vestimenta nupcial? Ele nada respondeu. 13Então, disse o rei
aos servidores: Amarrai-o de mãos e pés, e lançai-o nas trevas exteriores. Ali
haverá choro e ranger de dentes. 14Porque, muitos são os chamados, mas,
poucos são os eleitos.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a
Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Salmo 137. 7
Com o
Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das
oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Se eu andar no meio da tribulação, Vós me vivificareis, Senhor, contra a
ira de meus inimigos; estendereis a vossa mão, e vossa Destra me salvará.
Secreta
É a antiga “oração sobre as oblatas”, ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Nós Vos suplicamos, Senhor, permiti que estas ofertas que apresentamos
aos olhos de vossa Majestade, sejam úteis para nossa salvação. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Communio / Salmo 118. 4-5
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode
acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Vós ordenastes que vossos mandamentos fossem fielmente guardados; fazei
que todos os meus passos se encaminhem à observância de vossas justas ordens.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Fazei, Senhor, que a ação salutar de vossa graça, por vossa clemência nos
livre de nossas iniquidades, e nos faça cumprir sempre os vossos preceitos. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Convite Divino
Concedei-me, ó Deus, a grande graça de corresponder generosamente a
todos os Vossos convites.
1 — O Evangelho de hoje (Mt. 22, 1-14) esboça a história dolorosa —
infelizmente sempre atual — da ingratidão humana que rejeita a misericórdia
divina, desprezando os Seus dons e os Seus convites.
« O reino dos céus é semelhante a um rei que fez as núpcias de seu
filho. E mandou os seus servos chamar os convidados para as núpcias e não
quiseram vir ». O rei é Deus Pai, o filho é o Verbo eterno que, ao encarnar,
desposou a natureza humana para a remir e santificar. Deus convida todos os
homens para o grande banquete destas núpcias divinas, onde encontrarão a sua
salvação; imersos, porém, no materialismo das coisas terrenas, rejeitam tanto o
convite como os emissários. « Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e
apedrejas os que te são enviados » (Mt. 23, 37), é a queixa que um dia o Filho
de Deus pronunciará, denunciando ao mundo não só a obstinada resistência do
povo eleito, mas ainda a de todas as almas que, com tanta teimosia e
ingratidão, rejeitam o Seu amor e a Sua graça. Os profetas, o Baptista, os
Apóstolos, são os « servos », os mensageiros enviados por Deus para chamarem os
homens ao banquete da Redenção, mas todos foram presos e mortos. « Lançaram mão
dos servos — diz o Evangelho — e depois de os terem ultrajado, mataram-nos ». A
parábola de hoje nada mais acrescenta, mas infelizmente a ingratidão humana vai
muito além: não só os servos e os mensageiros foram mortos, mas o próprio Filho
de Deus. No entanto a misericórdia de Deus é tão grande que não Se dá por
vencida, e continua a convidar para o Seu banquete. Neste, oferece como
alimento a carne imaculada do Seu divino Filho, a quem os homens mataram. O
banquete está preparado; Jesus, o Cordeiro divino, foi imolado para a redenção
da humanidade e se muitos não corresponderam ao convite, outros serão
convidados: « As núpcias estão preparadas, mas os que tinham sido convidados não
foram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas das ruas e a quantos encontrardes
convidai-os para as núpcias ».
Também nós fomos convidados; mas como correspondemos ao convite? Não
mostramos nós também mais interesse e diligência pelos negócios terrenos do que
pelas coisas de Deus? Não fomos semelhantes aos homens da parábola que « desprezaram
[o convite] e foram-se um para sua casa e outro para o seu negócio »?
2 — A parábola de hoje simboliza, em primeiro lugar, o convite à vida
cristã; convite que, rejeitado pelo povo judeu, foi dirigido a todos os povos.
Mas também podemos ver nela o convite a uma vocação particular: vocação ao
sacerdócio, à consagração a Deus no claustro ou no mundo, ao apostolado, a uma
missão especial. Para corresponder à vocação, não basta uma aceitação qualquer,
é necessária uma adesão sincera e profunda que comprometa toda a alma. A
parábola fala-nos de um homem que não recusou o convite, mas que lhe
correspondeu de um modo indigno, apresentando-se no banquete sem a veste
nupcial. É a imagem dos que respondem materialmente ao chamamento do Senhor,
mas não se preocupam com aderir a ele com o espírito, com as obras, não
cuidando de viver de maneira digna da sua vocação; estas almas põem em perigo a
sua salvação, pois com Deus não se brinca. Deus não Se deixa enganar pelas
aparências; não há uniformes nem insígnias externas que Lhe possam encobrir o
verdadeiro estado de uma alma. Ele distingue muito melhor do que o rei da
parábola, os que não têm a veste nupcial, a veste da graça e das virtudes
requeridas pela vocação recebida; mais cedo ou mais tarde, virá o dia em que
pronunciará sobre eles as terríveis palavras: « Atai-o de pés e mãos e lançai-o
nas trevas exteriores ».
Todavia, mesmo sem chegar a tais extremos, pode-se ficar muito aquém da
correspondência plena ao chamamento divino. É bom recordar a este propósito que
o problema da correspondência à vocação não é um problema que se resolva de uma
vez para sempre no dia em que se abraça um estado particular de vida, mas é um
problema de todos os dias, porque a vocação exige cada dia uma nova resposta,
uma nova adaptação às circunstâncias e à graça do momento. A vocação alcança a
sua plena realização através da fidelidade constante aos convites divinos que,
sucedendo-se ininterruptamente, abrem à alma atenta, horizontes sempre novos,
apresentando-lhe novos deveres, novos aspectos de generosidade, novas
modalidades de perfeição e de doação. A parábola termina com esta grave
sentença: « São muitos os chamados e poucos os escolhidos ». Por que são poucos
os escolhidos? Porque são poucos os que sabem corresponder, dia a dia, à graça
da vocação, aceitar todas as consequências e exigências do chamamento divino,
dizer sempre sim aos convites da graça.
Extraído do Livro
Intimidade Divina — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição
(Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.
19º Domingo depois
de Pentecostes
« Desponsório
místico de Cristo e da sua Igreja, nova aliança no sangue do Esposo — união
fecunda donde o cristão nasce para vida da graça, que será coroada no banquete
celeste ».
Textos da Santa
Missa e Meditação.
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