« Liturgia Dominical »
Ano 5 – nº 280 – 18 de setembro de 2016
† 18º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES
verde – 2a. classe.
Ano 5 – nº 280 – 18 de setembro de 2016
† 18º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES
verde – 2a. classe.
Eu te absolvo dos teus pecados ”. — Pela boca do sacerdote, detentor do poder das chaves, é o próprio Cristo, palavra viva do Pai, que nos perdoa.
Começa na próxima terça-feira (20), a Novena a São Miguel Arcanjo (20 à 28 de setembro).
Intróito / Eclesiástico 36.18; Salmo121. 1
O
Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de
entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do
dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por
inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Dai a paz, Senhor,
aos que em Vós confiam, para que se manifeste a fidelidade de vossos Profetas;
ouvi as preces de vosso servo e de Israel, vosso povo. Sl. Alegro-me, porque,
me foi dito: Iremos para a casa do Senhor. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de
que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Tudo em nós é graça, a
começar pela própria possibilidade de agradar a Deus.
Dignai-Vos, Senhor,
dirigir os nossos corações por vossa misericórdia, porque, sem Vós não podemos
Vos agradar. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios I 1. 4-8
Por maior que seja, na
terra, a vocação cristã, o seu objetivo essencial é preparar-nos para viver na
presença de Deus, no além.
Irmãos: 4Sem cessar,
agradeço a meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida pelo
Cristo Jesus. 5Em tudo n’Ele
fostes enriquecidos em toda a palavra e em toda a ciência; 6também, o
testemunho do Cristo foi confirmado em vós, 7de maneira que nenhuma graça vos falta,
a vós, que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo. 8Ele vos confirmará
até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia da vinda de Nosso Senhor Jesus
Cristo1.
1. S. Paulo refere-se à Parusia, isto é, à segunda vinda gloriosa de
Cristo, no fim dos tempos.
Gradual / Salmo 121. 1, 7
Gradual e Aleluia, são
cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os
devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo
Mistério do dia.
Alegro-me porque me
foi dito: Iremos para a casa do Senhor. ℣. Reine a paz em tuas fortificações e a prosperidade em tuas torres.
Aleluia / Salmo 101. 16
Aleluia, aleluia. ℣. Senhor, as nações temerão o vosso
Nome e todos os reis da terra, a vossa glória. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus
9. 1-8
Só Deus pode perdoar os
pecados; Jesus perdoou-os e deu aos sacerdotes o poder de perdoar, também, em
seu nome.
Naquele tempo, 1subiu Jesus a uma
barca, atravessou para o outro lado e foi à sua cidade [Cafarnaum]. 2E eis que Lhe
apresentaram um paralítico, prostrado num leito. Vendo Jesus a fé que eles
tinham, disse ao paralítico: Tem confiança, filho, os teus pecados te são
perdoados. 3Pensaram logo
alguns dos escribas em seu íntimo: Este homem blasfema. 4E Jesus,
penetrando-lhes os pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações? 5Que é mais fácil
dizer: Teus pecados te são perdoados, ou dizer: Levanta-te, e anda? 6Sabereis, pois, que
o Filho do homem tem, na terra, o poder de perdoar pecados. E disse então ao
paralítico: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para a tua casa. 7E ele levantou-se e
foi para a sua casa. 8As multidões, vendo isto, encheram-se
de temor e glorificaram a Deus, que tal poder confiava aos homens.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a
Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das
verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las
publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Êxodo 24. 4-5
Com o Ofertório, começa a
segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa
a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.Três elementos o
constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração
sobre as oblatas.
Moisés consagrou ao
Senhor um altar, sobre o qual ofereceu holocaustos e imolou vítimas; e em
presença dos filhos de Israel ofereceu o sacrifício vespertino em odor de
suavidade, ao Senhor Deus.
Secreta
É a antiga “oração
sobre as oblatas”, ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Ó Deus, que pelo
augusto comércio deste Sacramento nos fazeis participar de vossa soberana e una
Divindade, concedei-nos que assim como conhecemos a vossa verdade, mereçamos
adquiri-la por uma digna conduta. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 95. 8-9
Alternando com o canto
dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se
canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em
que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Trazei vossas
hóstias e entrai em seus átrios; adorai o Senhor na glória de seu santo templo.
Postcommunio
Súplica a Deus para que
nos conceda os frutos do Sacrifício.
Confortados, Senhor,
com o Dom sagrado, graças por ele Vos damos; e imploramos de vossa
misericórdia, nos façais dignos desta participação. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Meditação
O poder e o amor de Jesus
Ó Jesus, fazei que eu
saiba corresponder sempre aos dons do Vosso amor.
1 — Um pobre paralítico
é apresentado ao Senhor. Provavelmente fez-se levar à Sua presença só para
implorar a saúde do corpo, mas perante a pureza e a santidade que emanam da
pessoa de Jesus, lembra-se de que é pecador e fica humilhado e confuso. Jesus
já lera no seu coração e, atendendo à sua fé e humildade, nem sequer espera que
ele fale, mas diz-lhe imediatamente com imensa bondade: « Filho, tem confiança;
são-te perdoados os teus pecados » (Mt. 9, 1-8). O primeiro e o maior milagre é
operado: aquele homem já não é escravo de Satanás, mas filho de Deus. Jesus que
veio salvar as almas, tem todo o direito de curar a alma antes do corpo.
O fato, porém, não
agrada aos escribas que, não acreditando na divindade do Senhor, em seus
corações imediatamente O acusam de blasfemo. Mas o Mestre, assim como leu na
alma do paralítico, lê também nas suas: « Porque pensais mal em vossos
corações? ». Se naqueles corações Jesus visse um pouco de humildade, um pouco
de fé, estaria disposto a curá-los como tinha curado o coração do paralítico;
infelizmente não encontra neles mais do que soberba e obstinação. Apesar de
tudo, quer usar de todos os meios para os convencer e dá-lhes a prova mais
evidente da Sua divindade. « Para que saibais que o Filho do Homem tem poder
sobre a terra de perdoar pecados: ‘Levanta-te — disse ao paralítico — toma o
teu leito e vai para a tua casa’. E ele levantou-se e foi para a sua casa ». O
milagre foi estrondoso, rapidíssimo: a palavra de Jesus operou imediatamente
aquilo que exprimia; só a palavra de Deus pode ter semelhante poder. Mas os
escribas não se deram por vencidos: quando o coração é soberbo e obstinado, nem
a evidência dos fatos é capaz de o abalar.
Nunca digamos que a
nossa fé é fraca por não vermos nem palparmos com a mão as verdades que nos
propõe para crer; digamos antes que é fraca porque o nosso coração não é
suficientemente dócil à graça, nem está de todo livre do orgulho. Se queremos
ter uma grande fé, sejamos humildes e simples como os pequeninos; se queremos
ter parte na graça de santificação obtida pelo paralítico, apresentemo-nos ao
Senhor com um coração contrito e humilhado, profundamente convencidos de que
necessitamos da Sua ajuda e do Seu perdão.
2 — O Evangelho
apresenta-nos Jesus no esplendor da Sua personalidade divina com todos os poderes
próprios de Deus. A Epístola (I Cor. 1, 4-8) mostra-no-Lo, pondo, por assim
dizer, a Sua divindade ao nosso serviço para nos santificar e divinizar. O que
Jesus operou na alma do paralítico continua a operá-lo nas nossas almas, e a
Epístola de hoje é uma bela síntese da Sua ação em nós, ação vasta e completa,
que abrange todo o nosso ser. S. Paulo, ao completar esta ação, prorrompe num
hino de ação de graças: « Dou graças incessantemente ao meu Deus por vós, por
causa da graça de Deus, que vos foi dada em Jesus Cristo; porque em todas as
coisas fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em toda a ciência... de
maneira que nada vos falta em graça alguma ». Sim de Jesus nos vem toda a graça
e todo o dom com que Ele santifica a nossa pessoa e a nossa vida. Pela graça
santificante santifica a nossa alma, pelas virtudes infusas santifica as nossas
potências, pela graça atual santifica a nossa atividade, tornando-nos capazes
de agir sobrenaturalmente. Contudo, isto não satisfaz ainda a Sua liberalidade:
não Se contenta com ter-nos posto em condições de caminhar para Deus,
sobrenaturalizados pela graça e pelas virtudes, mas quer substituir o nosso
modo humano de proceder pelo Seu modo divino, e por isso enriquece-nos com os
dons do Espírito Santo, que nos tornam capazes de ser movidos pelo próprio
Deus. Tudo isto é dom de Jesus, é fruto da Sua Paixão; é também, dom Seu o
Espírito Santo, o Dom por excelência que Ele, morrendo na cruz, nos mereceu e
que, juntamente com o Pai, nos envia continuamente do céu a fim de iluminar e
dirigir as nossas almas.
Quase parece que Jesus,
verdadeiro Filho de Deus, nem é cioso da Sua divindade e das Suas
prerrogativas, mas que procura todos os meios possíveis para nos fazer
participar, pela graça, daquilo que Ele possui por natureza. Como é verdade que
a característica do amor é dar-se e tornar iguais os que se amam!
Abramos o nosso coração
ao reconhecimento, correspondamos ao amor infinito de Jesus e mantenhamo-nos
sempre sob o Seu influxo, porque Ele quer « confirmar-nos até ao fim, para que
sejamos irrepreensíveis no dia da Sua vinda ».
Extraído do
Livro Intimidade Divina — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição
(Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.
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