«Liturgia da Santa Missa»
Ano
12 – nº 666 – 9 de julho de 2023
† 6º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2ª classe.
Este
domingo é uma pequena Páscoa. Na Páscoa, pelo Batismo, nos conferiu Deus a vida
que é alimentada pela Eucaristia. Esta verdade
é lembrada e representada pela Missa de hoje. A Epístola recorda-nos que pelo
Batismo morremos com o Cristo ao velho homem e ressurgimos para uma vida nova.
O Evangelho pelo milagre da multiplicação dos pães, mostra-nos a eficácia da
Eucaristia. Jesus Cristo no santo Sacrifício da Missa (no qual devemos
comungar), se compadece de nós e nos alimenta no deserto da vida, para que não
pereçamos no caminho. Os Cânticos mostram confiança na proteção e na
misericórdia de Deus.
«Já estão comigo há três dias e não têm o que comer.» Ev.
Avisos Paroquiais
Hoje é o dia da Entrega do dízimo.
Atenção para os horários das Santas Missas neste
Domingo:
– às 7h, 9h e 19h em nossa igreja matriz;
– às 10h na Capela de São Brás, em Sesmaria.
Serão transmitidas, direto da nossa igreja matriz,
a Santa Missa das 7h, pela Rádio Bom Jesus FM 89.3, pelo Facebook e YouTube, e
a Santa Missa das 19h, pelo Facebook e YouTube.
Redes Sociais:
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e
19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
Instagram – https://www.instagram.com/bomjesuscrucificado/
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e
19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / DÓMINUS FORTITÚDO – Salmo 27. 8-9, 1
Canto
solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou
solenidade do dia.
Dóminus fortitudo plebis suæ,
et protéctor salutárium Christi sui est: salvum fac pópulum tuum, Dómine, et
benedic hereditáti tuæ, et rege eos usque in sǽculum. Ps. Ad te, Dómine,
clamábo, Deus meus, ne síleas a me: ne quando táceas a me, et assimilábor
descendéntibus in lacum. ℣.
Glória Patri.
O Senhor é a força
de seu povo, e o guarda das bênçãos de seu Unigênito. Salvai o vosso povo,
Senhor, e abençoai a vossa herança; regei-os até a eternidade. Sl. Por Vós,
Senhor, eu clamo; não silencieis para comigo, meu Deus; pois, se não me
responderdes, serei semelhante aos que descem ao túmulo. ℣. Glória
ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
A ação de Deus acompanha o homem em todas as conjunturas da vida.
O bem que nele criou, acrescenta-o; acrescentado, protege-o. É assim a
Providência divina, toda feita de bondade vigilante.
Deus virtútum, cuius est totum
quod est óptimum: ínsere pectóribus nostris amórem tui nóminis, et præsta in
nobis religiónis augméntum; ut, quæ sunt bona, nútrias, ac pietátis stúdio, quæ
sunt nutríta, custódias. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus dos
exércitos, que sois o Autor de tudo o que é bom, infundi em nossos corações o
amor de vosso Nome, e aumentai em nós a vida religiosa, alimentando em nós o
que é bom, e com zelo de amor paternal, conservai o que alimentastes. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 6. 3-11
Leitura
ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.
Unindo-o a Cristo, o batismo transformou o cristão num ser novo, que,
sob pena de apostasia, deve conformar a sua vida com a do próprio Cristo.
Fratres: Quicúmque baptizáti
sumus in Christo Iesu, in morte ipsíus baptizáti sumus. Consepúlti enim sumus
cum illo per baptísmum in mortem: ut, quómodo Christus surréxit a mórtuis per
glóriam Patris, ita et nos in novitáte vitæ ambulémus. Si enim complantáti
facti sumus similitúdini mortis eius: simul et resurrectiónis érimus. Hoc
sciéntes, quia vetus homo noster simul crucifíxus est: ut destruátur corpus
peccáti, et ultra non serviámus peccáto. Qui enim mórtuus est, iustificátus est
a peccáto. Si autem mórtui sumus cum Christo: crédimus, quia simul étiam
vivémus cum Christo: sciéntes, quod Christus resurgens ex mórtuis, iam non
móritur, mors illi ultra non dominábitur. Quod enim mórtuus est peccáto,
mórtuus est semel: quod autem vivit, vivit Deo. Ita et vos existimáte, vos
mórtuos quidem esse peccáto, vivéntes autem Deo, in Christo Iesu, Dómino
nostro.
Irmãos: 3Todos nós que fomos batizados
em Jesus Cristo, batizados fomos em sua morte. 4E assim nós fomos sepultados
com Ele, pelo batismo para a morte1, para que, assim
como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai2, também nós caminhemos em uma
vida nova. 5Realmente se fomos
plantados juntamente com Ele na semelhança de sua morte [pelo Batismo] também o
seremos na semelhança de sua Ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho
homem3 foi
crucificado com Ele, para que seja destruído o corpo do pecado e ao pecado
nunca mais sirvamos. 7O que está morto,
desse modo, justificado está do pecado. 8Ora, se somos mortos com o
Cristo, cremos que com o Cristo também viveremos, 9pois, sabemos que o Cristo,
ressuscitado dentre os mortos, já não morre, nem a morte O dominará mais. 10Porque, a sua
morte foi morte para o pecado uma só vez, mas o que diz respeito à sua vida,
vive para Deus. 11Assim, tende-vos
como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, no Cristo Jesus, Nosso Senhor.
1. Alusão ao rito batismal por imersão. O batismo
une estreitamente à morte de Jesus e comunica-nos todos os benefícios dela.
2. «Pela glória do Pai», que é o seu poder
deslumbrante.
3. Isto é, o homem escravizado pela tirania do
pecado, em oposição ao «homem novo», que é livre.
Gradual / Salmo 89. 13,1
Gradual e
Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que
traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou
sugeridos pelo Mistério do dia.
Convértere, Dómine,
aliquántulum, et deprecáre super servos tuos.
℣. Dómine, refúgium factus es
nobis, a generatióne et progénie.
Voltai-Vos um pouco para nós,
Senhor, e atendei aos rogos de vossos servos. ℣. Senhor, Vós sois o nosso
refúgio, de geração em geração.
Aleluia / Salmo 30. 2-3
Allelúia, allelúia. ℣. In te, Dómine, sperávi, non
confúndar in ætérnum: in iustítia tua líbera me et éripe me: inclína ad me
aurem tuam, accélera, ut erípias me. Allelúia
Aleluia, aleluia. ℣. Em Vós espero, Senhor; não
serei confundido eternamente. Por vossa justiça livrai-me e salvai-me; inclinai
para mim os vossos ouvidos; apressai-Vos em livrar-me. Aleluia.
Evangelho segundo São Marcos 8. 1-9
Proclamação
solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura
ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com
ele, exige seja escutado de pé.
«Elias, fortificado com o alimento, que um anjo lhe ministrou, caminhou
durante quarenta dias...; mas vós, alimentados por Jesus, caminhareis até à
vossa entrada na pátria dos santos» (S. Ambrósio, em matinas).
In illo témpore: Cum turba
multa esset cum Iesu, nec habérent, quod manducárent, convocátis discípulis,
ait illis: Miséreor super turbam: quia ecce iam tríduo sústinent me, nec habent
quod mandúcent: et si dimísero eos ieiúnos in domum suam, defícient in via:
quidam enim ex eis de longe venérunt. Et respondérunt ei discípuli sui: Unde
illos quis póterit hic saturáre pánibus in solitúdine? Et interrogávit eos:
Quot panes habétis? Qui dixérunt: Septem. Et præcépit turbæ discúmbere super
terram. Et accípiens septem panes, grátias agens fregit, et dabat discípulis
suis, ut appónerent, et apposuérunt turbæ. Et habébant piscículos paucos: et
ipsos benedíxit, et iussit appóni. Et manducavérunt, et saturáti sunt, et sustulérunt quod superáverat de
fragméntis, septem sportas. Erant autem qui manducáverant,
quasi quátuor mília: et dimísit eos.
Naquele tempo, 1estava com Jesus uma grande
multidão; e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e lhes
disse: 2Tenho compaixão
deste povo; porque, já estão comigo há três dias e não têm o que comer. 3Se eu os mandar em jejum para
as suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe. 4Seus discípulos
responderam-Lhe: De onde poderá alguém fartá-los de pão, aqui no deserto? 5Perguntou-lhes Jesus: Quantos
pães tendes? Responderam: Sete. 6Então, Ele ordenou à multidão
que se assentasse no chão. E tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e
deu-os a seus discípulos, para que os distribuíssem ao povo. 7Havia, também, alguns
peixinhos, e Ele os abençoou e mandou que os distribuíssem. 8Comeram, pois, e ficaram
fartos, e dos pedaços que tinham sobrado, levaram sete cestos. 9E os que comeram, eram perto
de quatro mil. Depois, Jesus os despediu.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa
profissão de fé.
Breve
compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja,
afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 16. 5-7
Com o
Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Pérfice gressus meos in sémitis
tuis, ut non moveántur vestígia mea: inclína aurem tuam, et exáudi verba mea:
mirífica misericórdias tuas, qui salvos facis sperántes in te, Dómine.
Firmai meus passos em vossas
veredas, para que meus pés não vacilem. Inclinai os vossos ouvidos, e atendei
às minhas palavras. Fazei brilhar as vossas misericórdias, Vós que salvais os
que esperam em Vós, Senhor.
Secreta
É a antiga
«oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Propitiáre, Dómine,
supplicatiónibus nostris, et has pópuli tui oblatiónes benígnus assúme: et, ut
nullíus sit írritum votum, nullíus vácua postulátio, præsta; ut, quod fidéliter
pétimus, efficáciter consequámur. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Senhor, atendei benigno às
nossas súplicas e aceitai com benevolência estas oblações de vosso povo, e para
que nenhum voto resulte estéril, ou vã nenhuma súplica, fazei que realmente
consigamos o que com fé pedimos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 26. 6
Alternando
com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão
dos fiéis.
Circuíbo et immolábo in
tabernáculo eius hóstiam iubilatiónis: cantábo et psalmum dicam Dómino.
Ando em redor de seu altar e
imolo em seu tabernáculo uma hóstia de louvor; canto e digo salmos ao Senhor.
Postcommunio
Súplica a
Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Repléti sumus, Dómine,
munéribus tuis: tríbue, quǽsumus; ut eórum et mundémur efféctu et muniámur
auxílio. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Saciados com os vossos Dons,
concedei, Senhor, Vos pedimos, que por seu efeito sejamos purificados e por seu
poder protegidos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A Compaixão de Jesus
Ó Jesus, meu Senhor e meu Pai, tende compaixão da minha pobre alma e
sustentai-a com a Vossa graça.
1 – Há na liturgia
de hoje um pensamento totalmente predominante; o Senhor é o Pai misericordioso
que tem compaixão de nós e alimenta as nossas almas. A nossa alma está sempre
faminta. Tem sempre necessidade de alimentar e sustentar a sua vida
sobrenatural; só Deus nos pode dar o alimento adequado e por isso
a Igreja convida-nos hoje a dirigir-Lhe esta bela oração: «Deus todo
poderoso, fonte de tudo quanto é perfeito, infundi em nossos corações o amor...
aumentai em nós o espírito de religião... o bem que em nós há, fortalecei-o, e
assim fortalecido, conservai-o» (Colecta). O Pai celeste acolhe benignamente a
nossa súplica e responde-nos encaminhando-nos para o Seu divino Filho, o Seu
Unigênito que enviou ao mundo a fim de que nEle tivéssemos a vida. Na Epístola
(Rom. 6, 3-11), S. Paulo
recorda-nos que «fomos batizados na morte de Cristo» para «vivermos uma vida
nova» e nEle podermos «viver para Deus». Por conseguinte, em Jesus, na Sua
Redenção, encontramos tudo aquilo de que temos necessidade para alimentar a vida
das nossas almas; encontramos a graça, o amor, a fé, o amparo dos nossos bons
propósitos, exatamente como pedimos na Colecta. É uma grande alegria para nós
ouvir repetir que ressuscitamos em Cristo para «uma vida nova»; é um grande
conforto para a nossa fraqueza. Contudo, há ainda um ponto obscuro: mas então,
porque continuamos a cair e nos vemos sempre tão miseráveis? Uma leitura mais
atenta da Epístola permiti-nos-á descobrir o motivo: não estamos totalmente «mortos» com
Cristo, em nós «o homem velho» não foi ainda «crucificado» até ao
ponto de «não servirmos jamais ao pecado». Numa palavra, se queremos viver
plenamente a vida que Cristo nos conquistou com a Sua morte, devemos primeiro
morrer com Ele. E como se trata não da morte material do corpo, mas duma morte
espiritual aos nossos defeitos, às nossas paixões, esta morte deve renovar-se
continuamente: «quotidie morior» (I Cor. 15, 31): todos os dias
morro a mim mesmo. A fraqueza da nossa vida espiritual provém da insuficiência
desta morte.
2 – Ouçamos, no
Evangelho (Mc. 8, 1-9), as palavras bondosas de Jesus: «Tenho
compaixão deste povo». Jesus tem compaixão de nós, das nossas fraquezas, da
nossa debilidade, da indecisão da nossa vontade. Vê as nossas almas cansadas,
famintas, necessitadas de auxílio e, como outrora às turbas que vinham para O ouvir,
repete-nos também a nós: «Tenho compaixão». A compaixão de Jesus volta-se
primeiro para as nossas necessidades espirituais; com a Sua Paixão e Morte já
proveu com liberalidade a essas necessidades, mas deseja continuar a cuidar
delas todos os dias de um modo mais pessoal e direto, oferecendo-Se como
alimento às nossas almas. O Evangelho fala-nos da Segunda multiplicação dos
pães, mas para nós, mais afortunados que as multidões da Palestina, Jesus
reservou um pão infinitamente mais nutritivo e mais precioso: a Eucaristia.
Fascinadas pelas
palavras de Jesus, as turbas haviam-no seguido, esquecendo até as próprias
necessidades: andavam com Ele há três dias e não tinham nada para comer. Que
lição para nós, muitas vezes mais solícitos pelo pão material do que pelo
espiritual! E Jesus, depois de ter provido largamente às necessidades do
espírito, pensa também nas do corpo. Os discípulos, por sua vez, ficam
admirados: «como poderá alguém
saciá-los de pão aqui no deserto?» Já tinham
assistido à primeira multiplicação dos pães, mas agora parece não terem dela a
menor lembrança e ficam desconfiados. Quantas vezes palpamos nós de igual modo
os milagres da graça, os milagres da divina Providência! Porém, não é raro ficarmos
perplexos em face de novos casos difíceis e obscuros, como se puséssemos em
dúvida a onipotência de Deus. Pensemos, por exemplo, na nossa vida espiritual:
existem ainda pontos por vencer, por superar... experimentamo-lo tantas vezes e
talvez agora não tenhamos já coragem para recomeçar de novo. Oh! se tivéssemos
mais fé, se nos lançássemos em Deus com maior confiança! Bastaria talvez um
belo ato de confiança total para conseguir a vitória. Jesus olha-nos e
repete-nos: «Tenho compaixão deste povo»; e a sua compaixão não é estéril. É
ação vital, é auxilio e graça atual para a nossa alma; porque não temos, pois,
mais confiança nEle?
MADALENA,
Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 893-896.
Recebei,
Senhor, a minha oferta!
Não é uma
esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma
contribuição a Vós, porque não precisais.
Não é o
resto que me sobra que vos ofereço.
Esta
importância representa, Senhor,
MEU
RECONHECIMENTO, MEU AMOR,
Pois, se tenho, é porque me
destes. Amém.
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