«Liturgia
Dominical»
Ano 12 – nº 622 – 12 de outubro
de 2022
† Nossa Senhora da
Conceição Aparecida
Padroeira Principal do Brasil
branco – 1ª classe.
Protegei a santa igreja
Mãe terna e compadecida
Protegei a nossa Pátria
Ó, Senhora Aparecida
Intróito / Isaías 61. 10; Salmo 29. 2
Canto
solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou
solenidade do dia.
Gaudens gaudébo in Dómino, et exsultábit ánima mea
in Deo meo: quia índuit me vestiméntis salútis: et induménto iustítiæ
circúmdedit me, quasi sponsam ornátam monílibus suis. Ps. Exaltábo te, Dómine,
quóniam suscepísti me: nec delectásti inimícos meos super me. ℣. Glória Patri.
Cheia de júbilo estou diante do Senhor, e minha alma
exulta em meu Deus, pois, Ele me revestiu com a vestimenta da salvação, e me
cobriu com o manto da justiça, como esposa adornada com suas joias. Sl. Eu Vos
glorifico, Senhor, por que, me protegestes e não consentistes que meus inimigos
se alegrassem à minha custa. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Deus, qui per immaculátam Unigéniti tui Matrem in nos fámulos tuos grátiæ
tuæ dona multíplicas: concéde propítius; ut qui ejúsdem Virgínis laudes
celebrámus in terris, ipsíus matérnis précibus præmia cónsequi mereámur in
cælis. Per eúmdem Dominum.
Ó Deus, que derramastes os dons da vossa graça sobre os vossos
servos por intermédio da imaculada Mãe do vosso Unigênito, concedei propício a
graça de alcançarem os prêmios celestes, coadjuvados pelos rogos maternos,
àqueles que na terra celebram os seus louvores. Pelo mesmo Nosso Senhor.
Epístola extraída do livro do Apocalipse S. João 12. 1, 5, 14-16
Leitura
ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.
Signum magnum appáruit in cælo: Múlier amícta sole, et luna sub pédibus
ejus, et in cápite ejus coróna stellárum duódecim. Et péperit fílium másculum,
qui rectúrus erat omnes gentes in virga férrea: et raptus est fílius ejus ad
Deum, et ad thronum ejus. Et datæ sunt mulíere alæ duæ áquilæ magnæ ut voláret
in desértum in locum suum. Et misit serpens ex ore suo post mulíerem, aquam
tamquam flumen, ut eam fáceret trahi a flúmine. Et adjúvit terra mulíerem, et
apéruit terra os suum, et absórbuit flumen, quod misit draco de ore suo.
1Apareceu um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, que tinha a
lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. 5E deu à luz um filho varão, que havia
de reger todas as gentes com vara de ferro; e seu filho foi arrebatado para
Deus e para o seu trono. 14E foram dadas à mulher duas asas duma
grande águia, para voar com destino ao deserto ao lugar do seu retiro. 15E a serpente lançou da sua boca atrás
da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada da
corrente. 16Porém a terra ajudou a mulher e abriu a sua boca e engoliu o rio que o
dragão tinha vomitado.
Gradual / Judite 13. 23; 15. 10;
Gradual e
Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que
traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou
sugeridos pelo Mistério do dia.
Benedícta es tu. Virgo María, a Dómino, Deo excélso,
præ ómnibus muliéribus super terram. ℣. Tu glória
Ierúsalem, tu lætítia Israël, tu honorificéntia pópuli nostri.
Vós fostes abençoada pelo Senhor, Deus Altíssimo, ó
Virgem Maria, superior a todas as mulheres da terra. ℣. Sois a glória de Jerusalém, a alegria de Israel e a
honra de nosso povo.
Aleluia / Cântico 4. 7
Allelúia, allelúia. ℣. Tota pulchra es, María: et mácula originális non
est in te. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Toda sois formosa, ó Maria, e a mancha original não
existe em vós. Aleluia.
Evangelho segundo
São Lucas 1. 26-28
Proclamação
solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a
leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para
com ele, exige seja escutado de pé.
Da bela perícope de S. Lucas, que refere a Anunciação, escolheu a
Igreja, para hoje, a saudação do anjo, para no-la colocar nos lábios e nos
convidar a meditar-lhe toda a profundidade do sentido.
In illo témpore: Missus est Angelus Gábriël a Deo in
civitátem Galilaeæ, cui nomen Názareth, ad Vírginem desponsátam viro, cui nomen
erat Ioseph, de domo David, et nomen Vírginis María. Et ingréssus Angelus ad
eam, dixit: Ave, grátia plena; Dóminus tecum: benedícta tu in muliéribus.
Naquele tempo, 26foi o Anjo Gabriel enviado por Deus, a uma cidade da
Galileia, chamada Nazaré, 27a
uma Virgem desposada com um varão que se chamava José, da casa de Davi. E o
nome da Virgem era Maria. 28Entrando
o Anjo onde ela estava, disse: Ave, Maria, cheia de graça1, o Senhor é contigo; bendita és tu entre as
mulheres.
1. Literalmente: Tu que hás sido e te conservas objeto das mercês divinas.
CREDO... Concluímos a
Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Lucas 1. 28
Com o
Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Ave, María, grátia plena; Dóminus tecum: benedícta
tu in muliéribus, allelúia.
Ave, Maria cheia de graça, o Senhor é contigo;
bendita és tu entre as mulheres. Aleluia.
Secreta
É a
antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Salutárem hóstiam, quam in sollemnitáte immaculátæ
Conceptiónis beátæ Vírginis Maríæ tibi, Dómine, offérimus, súscipe et præsta:
ut, sicut illam tua grátia præveniénte ab omni labe immúnem profitémur; ita
eius intercessióne a culpis ómnibus liberémur. Per Dominum nostrum Iesum
Christum.
Aceitai, Senhor, a hóstia de salvação que Vos oferecemos
na solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria, e assim
como acreditamos que ela, preservada por vossa graça, foi isenta de toda
mácula, assim também por sua intercessão, concedei sejamos livres de toda
culpa. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio
Alternando
com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão
dos fiéis.
Gloriósa dicta sunt de te, María: quia fecit tibi
magna qui potens est.
Coisas gloriosas se têm dito de vós, ó Maria.
Porque, grandes coisas vos fez o Todo-Poderoso.
Postcommunio
Súplica a
Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Sacraménta quæ súmpsimus, Dómine, Deus noster:
illíus in nobis culpæ vúlnera réparent; a qua immaculátam beátæ Maríæ
Conceptiónem singuláriter præservásti. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Senhor, nosso Deus, fazei que os Sacramentos que
recebemos nos curem as feridas daquele pecado, de que, por um privilégio
especial, preservastes a Bem-aventurada Virgem Maria em sua Conceição
Imaculada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
O
aparecimento da imagem que transformou
A FÉ DE UM
POVO
Foi
em 1717 que uma imagem simples e quebrada transformou a fé de um
povo, até receber o título de Padroeira do Brasil.
Tudo
começou quando os pescadores João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia foram
encarregados de conseguir peixe para o banquete que a Vila de Santo Antônio de
Guaratinguetá iria oferecer a Dom Pedro de Almeida e Portugal, o Conde de
Assumar, que na época também era o Governador da Província de São Paulo e Minas
Gerais, e estava visitando a região, no período de 17 a 30 de outubro de
1717.
Foi
após várias tentativas que os três pescadores tiraram das águas escuras do
Rio Paraíba uma imagem de Nossa Senhora, que veio nas redes em dois pedaços:
primeiro o corpo e, em seguida, rio abaixo, a cabeça.
João
Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia, depois de colocar a imagem
dentro do barco, puderam vivenciar a ação da Mãe de Deus. Os pescadores,
que antes não tinham conseguido pescar nada, encheram as suas redes com uma
quantidade abundante de peixes.
Antes
de levarem os peixes para o banquete, entregaram os pedaços da estátua
a Silvana da Rocha Alves, esposa de Domingos, irmã de Felipe e mãe de
João, que reuniu as duas partes com cera e a colocou num pequeno altar na casa
da família, agradecendo a Nossa Senhora o milagre dos peixes.
Nascia
ali uma devoção, reunindo todos os sábados os moradores da região para rezarem
o terço e cantarem a ladainha.
Um oratório para
receber os devotos da ‘Aparecida’ das águas
Entre
1717 e 1732, a imagem peregrinou pelas regiões de Ribeirão do Sá, Ponte Alta e
Itaguaçu. Em 1732, Felipe Pedroso entregou a imagem a seu
filho Atanásio Pedroso, que construiu o primeiro oratório aberto ao
público.
A primeira igreja foi aprovada em 1743
Em virtude da expansão da devoção à
Nossa Senhora ‘Aparecida’ das águas, o vigário de Guaratinguetá, padre
José Alves Vilela, e
alguns devotos construíram, no ano de 1740, uma pequena capela. Nela acontecia
a reza do terço e o cântico das ladainhas, mas não se celebrava a
Eucaristia.
Em 1743, o Pe.
Vilela fez
um relatório dos milagres e da devoção do povo para com Nossa Senhora Aparecida
e enviou ao Bispo do Rio Janeiro, Dom Frei João da Cruz, para que ele aprovasse o culto e autorizasse a
construção da primeira igreja em louvor à imagem que ficou conhecida como Mãe
Aparecida.
A aprovação aconteceu em 5 de maio em
1743.
A igreja foi construída no Morro
dos Coqueiros, atual colina onde está localizado o centro da cidade de
Aparecida, em terra doada pela viúva Margarida Nunes Rangel, com escritura passada em 6 de maio de 1744.
A inauguração da
igreja ...
que deu também origem ao Santuário,
aconteceu na festa
de Santa Ana, no dia 26 de julho de 1745. Nesta
ocasião foi inaugurado também o povoado com o nome de ‘Capela de
Aparecida’. No dia 25, a imagem foi levada em solene procissão a nova
igreja e colocada no nicho
do altar. No dia 26, aconteceu a benção
da imagem e a celebração da primeira missa. Esse
foi o primeiro Santuário que acolheu multidões. Foi construído
em taipa de pilão e, por isso, não resistiu ao tempo. Em 1844,
apresentou risco de desmoronamento e o setor administrativo da capela resolveu
pela construção de um novo templo.
A igreja inaugurada pelo Pe.
Vilela, anterior à Basílica Velha, já possuía a Sala dos
Milagres em 1745. Nesse período, os objetos de promessas eram poucos e bem
simples. A Sala das Promessas de Aparecida teve diversos nomes e
locais: ‘Casa dos Milagres’, ‘Quarto dos Milagres’, Sala dos Milagres; ocupou
ainda muitos lugares em todos estes anos. Em 1974, a Sala das Promessas
chegou ao subsolo do novo Santuário.
A fé e as
demonstrações de afeto à Nossa Senhora Aparecida
estenderam para além da região onde ela foi
encontrada, surgindo, em 1782, na cidade de Sorocaba (SP), uma capela
dedicada à Mãe Aparecida. Essa foi a primeira de tantas capelas construídas
Brasil afora.
Santuário Nacional Aparecida. História de
Nossa Senhora Aparecida. Disponível:
em https://www.a12.com/santuario/historia-de-nossa-senhora-aparecida-1717.
Acesso em: 8 de out. 2022
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