«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº
514 – 15 de novembro de 2020
† 24º Domingo depois
de Pentecostes
(6ºdepois da Epifania
transferido)
verde – 2a. classe.
Contemplamos hoje o crescimento rápido e
maravilhoso do Reino de Deus. O Evangelho é um resumo da história da Igreja,
que cresceu como um grão de mostarda. Na Epístola, vemos um exemplo
significativo, um trecho dessa propagação do Reino de Deus. Na Oração, pedimos
a graça de um crescimento rápido e total desse Reino em nossa alma. Meditar o
que é razoável e dizer e fazer o que for do agrado de Nosso Senhor, eis o Reino
de Deus dentro de nós.
«Abrirei em parábolas os meus lábios e publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo».
Teremos 6
(seis) Santas Missas para o cumprimento do preceito dominical: sábado às 19h,
Domingo às 6h, 8h, 16h e 19h em nossa Igreja Matriz, Domingo às 18h na Capela
de Santo Antônio em Córrego Seco.
Serão
transmitidas pelas redes sociais, a Santa Missa das 8h (via Facebook, YouTube e
Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Novembro, mês das Almas.
«Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno. E entre os esplendores da luz perpétua, descansem em paz. Amém.»
Divulgação:
Site - http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook - https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 8h e 19h)
YouTube - https://www.youtube.com/channel/UC6xiEWc1vYNzbDqNSUNtsbg?view_as=subscriber
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 8h e 19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / DICIT DÓMINUS – Jeremias 29. 11-14; Salmo 84. 2;
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
O profeta Jeremias anuncia o fim dum cativeiro, de que o de Babilônia
foi apenas figura.
Dicit Dóminus: Ego cógito cogitatiónes pacis, et non
afflictiónis: invocábitis me, et ego exáudiam vos: et redúcam captivitátem
vestram de cunctis locis. Ps. Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti
captivitátem Jacob. ℣. Glória Patri.
Assim diz o Senhor: Meus pensamentos são de paz e não
de aflição. Clamai por mim e eu vos ouvirei. Reconduzir-vos-ei de vosso
cativeiro, de todos os lugares. Sl. Abençoastes, Senhor, a vossa terra;
livrastes Jacó do cativeiro. ℣. Glória ao
Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa
salvação.
Tenhamos confiança na palavra divina e acolhamo-la na nossa vida; dará
nela frutos abundantes.
Præsta, quǽsumus, omnípotens Deus: ut,
semper rationabília meditántes, quæ tibi sunt plácita, et dictis exsequámur et
factis. Per Dominum nostrum Jesum Christum.
Concedei-nos, ó Deus onipotente, que,
meditando sem cessar o que é espiritual, executemos sempre em palavras e obras
o que é de vosso agrado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola S. Paulo Apóstolo aos Tessalonicessences I. 1. 2-10
O termos sido objeto do chamamento divino, deve encher-nos de alegria e
duma tranquila segurança, na expectativa da última vinda de Cristo.
Fratres: Grátias ágimus Deo semper pro
ómnibus vobis, memóriam vestri faciéntes in oratiónibus nostris sine
intermissióne, mémores óperis fídei vestræ, et labóris, et caritátis, et
sustinéntiæ spei Dómini nostri Jesu Christi, ante Deum et Patrem nostrum:
sciéntes, fratres, dilécti a Deo. electiónem vestram: quia Evangélium nostrum
non fuit ad vos in sermóne tantum, sed et in virtúte, et in Spíritu Sancto, et
in plenitúdine multa, sicut scitis quales fuérimus in vobis propter vos. Et vos
imitatóres nostri facti estis, et Dómini, excipiéntes verbum in tribulatióne
multa, cum gáudio Spíritus Sancti: ita ut facti sitis forma ómnibus credéntibus
in Macedónia et in Achája. A vobis enim diffamátus est sermo Dómini, non solum
in Macedónia et in Achája, sed et in omni loco fides vestra, quæ est ad Deum,
profécta est, ita ut non sit nobis necésse quidquam loqui. Ipsi enim de nobis
annúntiant, qualem intróitum habuérimus ad vos: et quómodo convérsi estis ad
Deum a simulácris, servíre Deo vivo et vero, et exspectáre Fílium ejus de cælis
quem suscitávit ex mórtuis Jesum, qui erípuit nos ab ira ventúra.
Irmãos: 2Damos sempre graças a Deus por todos vós, fazendo
continuamente menção de vós em nossas orações. 3Lembramo-nos diante de Deus, nosso Pai, da obra de
vossa fé, dos trabalhos de vossa caridade e da firmeza de vossa esperança em
Nosso Senhor Jesus Cristo. 4Sabemos,
irmãos amados por Deus, que fostes escolhidos, 5porquanto o nosso Evangelho não vos foi pregado
somente em palavras, mas na força do Espírito Santo e em grande plenitude, como
sabeis que estivemos entre vós para o vosso bem. 6E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor,
recebendo a palavra no meio de muitas tribulações com a alegria do Espírito
Santo, 7a tal ponto que servistes de modelo
para todos os crentes, na Macedônia e na Acaia. 8Porque entre vós, não só a palavra do Senhor se
divulgou na Macedônia e na Acaia, como ainda a vossa fé em Deus correu por toda
a parte, de modo que não nos é necessário dizer coisa alguma, 9uma vez que eles mesmos contam qual o acolhimento
que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos para Deus, para
servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10e
para esperardes do Céu o seu Filho Jesus (a quem ressuscitou dentre os mortos)
que nos livrou da ira futura.
Gradual / Salmo 43. 8-9
Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos
afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério
do dia.
Liberásti nos, Dómine, ex
affligéntibus nos: et eos, qui nos odérunt, confudísti. ℣. In Deo laudábimur tota die, et in nómine tuo confitébimur
in saecula.
Vós nos livrastes, Senhor, dos que nos
afligiam e confundistes os que nos odiavam. ℣. Em Deus nos gloriamos todo o dia; e
louvamos eternamente o vosso Nome.
Aleluia / Salmo 129. 1-2
«Aleluia» é um grito de júbilo, que significa: «louvai ao Senhor».
Allelúia, allelúia. De profúndis
clamávi ad te, Dómine: Dómine, exáudi oratiónem meam. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Das profundezas do abismo, eu clamo a
Vós, Senhor! Senhor atendei à minha oração. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 13. 31-35
Entre as parábolas do reino, a do grão de mostarda e a do fermento
anunciam o maravilhoso progresso da Igreja, até ao fim dos tempos.
In illo témpore: Dixit Jesus turbis
parábolam hanc: Símile est regnum cælórum grano sinápis, quod accípiens homo
seminávit in agro suo: quod mínimum quidem est ómnibus semínibus: cum autem
créverit, majus est ómnibus oléribus, et fit arbor, ita ut vólucres cæli
véniant et hábitent in ramis ejus. Aliam parábolam locútus est eis: Símile est
regnum cælórum ferménto, quod accéptum múlier abscóndit in farínæ satis tribus,
donec fermentátum est totum. Hæc ómnia locútus est Jesus in parábolis ad
turbas: et sine parábolis non loquebátur eis: ut implerétur quod dictum erat
per Prophétam dicéntem: Apériam in parábolis os meum, eructábo abscóndita a
constitutióne mundi.
Naquele tempo, 31propôs Jesus ao povo esta parábola: «O Reino dos
Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu
campo. 32Este grão é, em verdade, a menor de
todas as sementes, mas depois de crescida, é a maior de todas as hortaliças e
chega a tornar-se uma árvore, de maneira que as aves do Céu se vêm aninhar
entre os seus ramos». 33Disse-lhes ainda outra parábola: «O
Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três
medidas de farinha, até que toda ela fique levedada». 34Todas estas coisas disse Jesus ao povo em
parábolas; e não lhe falava senão em parábolas, 35para que se cumprisse o que estava escrito pelo
Profeta: «Abrirei em parábolas os meus lábios e publicarei coisas ocultas desde
a criação do mundo».
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Salmo 129. 1-2
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das
oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
De profúndis clamávi ad te, Dómine:
Dómine, exáudi oratiónem meam: de profúndis clamávi ad te, Dómine.
Das profundezas do abismo, eu clamo a
Vós, Senhor! Senhor, atendei à minha oração. Das profundezas do abismo, eu
clamo a Vós, Senhor.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Hæc nos oblátio, Deus, mundet,
quǽsumus, et rénovet, gubérnet et prótegat. Per Dominum nostrum Jesum Christum
Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta
oferta nos purifique, renove, governe e proteja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Marcos 11. 24
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode
acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Amen, dico vobis, quidquid orántes
pétitis, crédite, quia accipiétis, et fiet vobis.
Em verdade, vos digo: tudo o que
pedirdes em vossa oração, crede que o recebereis, e vos será feito.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Cæléstibus, Dómine, pasti delíciis:
quǽsumus; ut semper éadem, per quæ veráciter vívimus, appétimus. Per Dominum
nostrum Jesum Christum.
Nutridos, Senhor, com as celestes
delícias, nós Vos pedimos que sempre desejemos o que em verdade nos comunica a
Vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Grão de Mostarda
Ó Senhor, que o Vosso reino venha a toda a terra e ao meu coração.
1
– Entre os textos da Missa de hoje, sobressai a parábola do grão de mostarda,
tão breve, mas tão rica de significado: «O Reino dos Céus é semelhante a um
grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo; é a menor das
sementes, mas depois de ter crescido, a maior de todas as hortaliças e faz-se
árvore de sorte que as aves do céu vêm repousar sob os seus ramos» (Mt. 13, 31-32). Nada de menor e de mais humilde que o «Reino dos
Céus», isto é, a Igreja nas suas origens; Jesus, sua Cabeça e seu Fundador,
nasce numa gruta de animais, vive durante trinta anos na oficina de um
carpinteiro; e, apenas por três anos desenvolve a Sua atividade no meio de
gente humilde, pregando uma doutrina tão simples que todos, mesmo os
ignorantes, podem entender. Quando Jesus deixou a Terra, a Igreja era
constituída por um exíguo grupo de doze homens, reunidos à volta de uma humilde
mulher, Maria; mas este primeiro núcleo tem uma força tão vital e poderosa, que
em poucos anos se difunde por todos os povos do vasto Império Romano.
Progressivamente, através dos séculos, a Igreja, de minúsculo grão de mostarda
semeado no coração de uma Virgem-Mãe e de uns pobres pescadores, transforma-se
em árvore gigantesca que estende os seus ramos por todas as regiões do globo e
a cuja sombra se acolhem gentes de todas as línguas e de todas as nações.
A
Igreja não é só uma sociedade de homens, mas de homens que têm Jesus, o Filho
de Deus, por Cabeça; a Igreja é o Cristo total, quer dizer, Jesus e os fiéis
incorporados nEle e formando com Ele um só corpo; a Igreja é o Corpo místico de
Cristo de que cada batizado é um membro. Amar a Igreja é amar Jesus; trabalhar
pela difusão da Igreja é trabalhar pelo incremento do Corpo místico de Cristo,
a fim de que seja completo o número dos seus membros e que cada membro coopere
para o seu esplendor. A breve invocação: «adveniat regnum tuum» tudo isto
resume e solicita do Pai celeste.
Será
pouco o que podemos fazer pela difusão da Igreja? Façamo-lo ao menos com todo o
coração, cooperemos também nós com o nosso pobre trabalho, verdadeiro grão de
mostarda, para o desenvolvimento desta maravilhosa árvore na qual todos os
homens devem encontrar salvação e repouso.
2
– A parábola do grão de mostarda leva-nos a pensar não só na expansão do reino
de Deus no mundo, mas também no seu desenvolvimento no nosso coração.
Porventura não disse Jesus: «O Reino de Deus está dentro de vós»? (Lc. 17, 21). Também em nós, este reino maravilhoso teve o seu
início numa pequeníssima semente, a semente da graça: graça santificante que de
um modo oculto e misterioso Deus semeou em nós no santo Batismo; graça atual
das boas inspirações e da palavra divina – «semen est verbum Dei» (Lc. 8, 11) – que Jesus, Semeador celeste, espalhou às mãos
cheias nas nossas almas. Pouco a pouco, esta pequena semente germinou, lançou
raízes cada vez mais profundas, e cresceu penetrando progressivamente em todo o
nosso espírito, até que, tendo-nos conquistado inteiramente para Deus, sentimos
a necessidade de exclamar: «Senhor tudo quanto tenho e sou, é Vosso; dou-me
todo a Vós quero ser Vosso Reino». Ser totalmente reino de Deus, de modo que
Ele seja o único Soberano e Dominador do nosso coração e nada exista em nós que
não Lhe pertença ou não esteja sujeito ao Seu império, é o ideal da alma que
ama a Deus com um amor total. Mas como conseguir o pleno desenvolvimento deste
reino de Deus em nós? A segunda parábola que lemos no Evangelho de hoje, dá-nos
a resposta: «O reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e
mistura em três medidas de farinha, até que o todo fica fermentado». Eis uma outra
imagem belíssima do trabalho que a graça realiza na nossa alma: a graça foi
posta em nós como um fermento que crescerá pouco a pouco até impregnar toda a
nossa personalidade divinizando-a inteiramente. A graça, fermento divino,
foi-nos dada para sarar, elevar, santificar o nosso ser com todas as suas
potências e faculdades; só quando tiver completado este trabalho, seremos
totalmente Reino de Deus.
Reflitamos
uma vez mais sobre o grande problema da nossa correspondência à graça. Esta
semente divina, este fermento sobrenatural está em nós; quem o poderá impedir
de se tornar uma árvore gigantesca, capaz de abrigar outras almas? Quem o
poderá impedir de levedar toda a massa, se removermos todos os obstáculos que
se opõem ao seu desenvolvimento e secundarmos os seus impulsos e exigências?
«Adveniat
regnum tuum!» Sim, peçamos a vinda total do reino de Deus também aos nossos
corações.
Extraído do Livro Intimidade Divina – P. Gabriel
de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) – 1967.
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