sábado, 27 de julho de 2019

Edição nº 440

«Liturgia Dominical»
Ano 9 – nº 440 – 28 de julho de 2019

7º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.
O Introito é um alegre convite de louvor ao Senhor, nosso Deus, que é o Rei supremo, Rex magnus, da terra. Este é o destino de cada homem e mais particularmente o do Cristão. Nem todos, porém, compreendem a sua missão. Vemos o mundo dividido em dois campos e não só no mundo como em cada indivíduo, existe um conflito perene entre o bem e o mal. S. Paulo, na Epístola, fala-nos do escravo do pecado e do escravo de Deus, e o Evangelho não nos deixa em dúvida sobre o que nos importa escolher. Devemos, como as boas árvores, produzir bons frutos. Só com a graça de Deus o conseguiremos. Implorando humildemente esta graça (Oração), alcançá-la-emos pela celebração dos santos Mistérios (Postcommunio).


«Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós sob peles de ovelhas,
mas, por dentro, são lobos vorazes.» Ev.


Divulgação:
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 7h e 19h)
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 7h e 19h)

Aviso Paroquial

NOVENA DO NOSSO PADROEIRO

Neste Domingo, Toda a Paróquia é imensamente grata pela presença do Reverendíssimo Pe. Ivoli Fernando Latrônico, (Pároco da Paróquia Pessoal de Nossa Senhora de Fátima e de Santo Antônio, Pádua), o qual nos dará a honra de abrir a Novena deste ano, na qualidade de Orador Sacro.
O tema de de hoje é Eucaristia é fonte e ápice da vida eclesial! (I Cotinritos 11, 23-29).

Intróito / OMNES GENTES  Salmo 46. 2-3
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Omnes gentes, pláudite mánibus: iubiláte Deo in voce exsultatiónis. Ps. Quóniam Dóminus excélsus, terríbilis: Rex magnus super omnem terram. . Glória Patri.
Vós, povos todos, batei palmas, celebrai a Deus com cânticos de júbilo. Sl. Porque, sublime é o Senhor e grande é o seu poder: Rei supremo sobre toda a terra. . Glória ao Pai.

Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Entreguemo-nos totalmente nas mãos de Deus, que, em sua providência, procura o nosso bem com mais segurança que nós mesmos o poderíamos fazer.
Deus, cuius providéntia in sui dispositióne non fállitur: te súpplices exorámus; ut nóxia cuncta submóveas, et ómnia nobis profutúra concédas. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, cuja Providência não falha em suas disposições, humildemente Vos suplicamos afasteis de nós tudo quanto nos prejudique, e nos concedais quanto possa ser proveitoso para a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 6. 19-23
A liberdade do cristão consiste na libertação da escravatura do pecado, para se dar, sem reserva, à prática do bem. Estava condenado à morte, e agora vai a caminho da vida eterna.
Fratres: Humánum dico, propter infirmitátem carnis vestræ: sicut enim exhibuístis membra vestra servíre immundítiæ et iniquitáti ad iniquitátem, ita nunc exhibéte membra vestra servíre iustítiæ in sanctificatiónem. Cum enim servi essétis peccáti, líberi fuístis iustítiæ. Quem ergo fructum habuístis tunc in illis, in quibus nunc erubéscitis? Nam finis illórum mors est. Nunc vero liberáti a peccáto, servi autem facti Deo, habétis fructum vestrum in sanctificatiónem, finem vero vitam ætérnam. Stipéndia enim peccáti mors. Grátia autem Dei vita ætérna, in Christo Iesu, Dómino nostro.
Irmãos: 19Humanamente falo, atendendo à fraqueza de vossa carne. Como oferecestes os vossos membros para servirem à impureza e à malícia para a iniquidade, assim agora, fazei-os servir à justiça para a vossa santificação. 20Pois, quando éreis escravos do pecado, não servistes à justiça. 21E que frutos tivestes, então, daquelas coisas de que agora vos envergonhais? O fim de tudo aquilo é a morte. 22Agora, porém, livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes por vosso fruto a santidade, e por fim, a vida eterna. 23Porque o soldo do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna no Cristo Jesus, Senhor Nosso.

Gradual / Salmo 33. 12,6
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Veníte, fílii, audíte me: timórem Dómini docébo vos. . Accédite ad eum, et illuminámini: et fácies vestræ non confundéntur.
Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor. . Aproximai-vos d'Ele: irradiai de alegria, e as vossas faces não se cobrirão de confusão.

Aleluia / Salmo 46. 2
Allelúia, allelúia. . Omnes gentes, pláudite mánibus: iubiláte Deo in voce exsultatiónis. Allelúia.
Aleluia, aleluia. . Vós, povos todos, batei palmas: glorificai a Deus com cânticos de júbilo. Aleluia.

Evangelho segundo São Mateus 7. 15-21
Falando dos falsos profetas, da árvore e seus frutos, o ensinamento de Jesus envolve todo um ensinamento bíblico. Deus exige que O sirvam e amem com sinceridade.
In illo témpore: Dixit Iesus discípulis suis: Atténdite a falsis prophétis, qui véniunt ad vos in vestiméntis óvium, intrínsecus autem sunt lupi rapáces: a frúctibus eórum cognoscétis eos. Numquid cólligunt de spinis uvas, aut de tríbulis ficus? Sic omnis arbor bona fructus bonos facit: mala autem arbor malos fructus facit. Non potest arbor bona malos fructus fácere: neque arbor mala bonos fructus fácere. Omnis arbor, quæ non facit fructum bonum, excidétur et in ignem mittétur. Igitur ex frúctibus eórum cognoscétis eos. Non omnis, qui dicit mihi, Dómine, Dómine, intrábit in regnum cælórum: sed qui facit voluntátem Patris mei, qui in cælis est, ipse intrábit in regnum cælórum.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 15Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós sob peles de ovelhas, mas, por dentro, são lobos vorazes. 16Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas, de espinhos, ou figos, de cardos? 17Assim, toda árvore boa dá bons frutos; e a árvore má dá frutos maus. 18Não pode a boa árvore dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. 19Toda árvore que não dá bom fruto, será cortada e lançada ao fogo. 20Portanto, por seus frutos é que conhecereis os homens. 21Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, e sim, o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é o que entrará no Reino dos céus.

CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

Ofertório / Daniel 3. 40
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Sicut in holocáustis aríetum et taurórum, et sicut in mílibus agnórum pínguium: sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie, ut pláceat tibi: quia non est confúsio confidéntibus in te, Dómine.
Aos vossos olhos, Senhor, seja hoje nosso sacrifício como os holocaustos de carneiros e touros, ou os de milhares de gordas ovelhas, para que assim Vos agrade; pois, não há confusão para aqueles que em Vós confiam.

Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Deus, qui legálium differéntiam hostiárum unius sacrifícii perfectione sanxísti: accipe sacrifícium a devótis tibi fámulis, et pari benedictióne, sicut múnera Abel, sanctífica; ut, quod sínguli obtulérunt ad maiestátis tuæ honórem, cunctis profíciat ad salútem. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, que integrastes na perfeição de um só sacrifício as diferentes vítimas da antiga lei, aceitai o Sacrifício que Vos oferecem os vossos devotos servos e santificai-o, como santificastes o de Abel; para que aproveite para a salvação de todos, o que cada um ofereceu em honra de vossa Majestade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Communio / Salmo 30. 3
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Inclína aurem tuam, accélera, ut erípias me.
Inclinai os vosso ouvidos; apressai-Vos em livrar-me.

Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Tua nos, Dómine, medicinális operátio, et a nostris perversitátibus cleménter expédiat, et ad ea, quæ sunt recta, perdúcat. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Fazei, Senhor, que os efeitos salutares de vossa clemência nos afastem de nossas perversidades e nos encaminhem para o que é justo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Meditação

Frutos de vida

Ajudai-me, Senhor, a não me contentar com palavras, mas a produzir frutos de santidade.

1 — Hoje a Epístola (Rom. 6, 19-23) e o Evangelho (Mt. 7, 15-21) falam-nos dos verdadeiros frutos da vida cristã e convidam-nos a examinar quais os frutos que até agora produzimos. Quando «éreis escravos do pecado» — afirma S. Paulo — produzíeis frutos de morte, «mas agora que estais livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes por vosso fruto a santificação». A nossa santificação deve ser o fruto da nossa vida cristã e é sobre este ponto que nos devemos examinar: que progresso fazemos na virtude? Somos fiéis aos nossos propósitos? Cada cristão pode considerar-se uma árvore da vinha do Senhor: o próprio Jesus, Jardineiro divino, a plantou em terra boa, fértil, fecunda, a terra do jardim da Igreja, banhada com a água viva da graça; rodeou-a dos cuidados mais amorosos, podando-lhe os ramos inúteis por meio de provações, curando-a dos males mediante a Sua Paixão e Morte, regando-lhe as raízes com o Seu preciosíssimo Sangue. De tal modo cuidou dela que pode dizer: «Que coisa há que eu devesse fazer mais à minha vinha que lhe não tenha feito?» (Is. 5, 4). Mas depois de tantos cuidados, Jesus passa um dia para ver que frutos produz esta árvore e pelos seus frutos, a julga, porque «não pode uma árvore boa dar maus frutos nem uma árvore má dar bons frutos». Se antes da Redenção a humanidade era semelhante a uma árvore bravia somente capaz de dar frutos de morte, com a Redenção foi enxertada em Cristo e Cristo, que nos alimenta com a Sua própria seiva, tem todo o direito a encontrar em nós frutos de santidade e de vida eterna. Por isso, as palavras e os suspiros não bastam; não basta sequer a fé, pois «a fé, se não tiver obras, é morta» (Tgo. 2, 17); são indispensáveis as obras e a prática da vontade de Deus, porque, «nem todo o que me diz: 'Senhor! Senhor!' entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus».
2 — No Evangelho de hoje, Jesus chama a nossa atenção para os «falsos profetas» que se apresentam «vestidos de ovelhas e por dentro são lobos rapaces». Muitos apresentam-se como mestres de moral ou mestres espirituais, porém são mestres falsos porque as suas obras não correspondem às suas palavras; aliás, é fácil falar bem, mas não é fácil viver bem. Às vezes as doutrinas propostas são falsas em si mesmas, embora à primeira vista o não pareçam, visto que se revestem de certos aspectos de verdade; é falsa a doutrina que, em nome de um princípio evangélico, ofende um outro, por exemplo, que em nome da compaixão para com uma pessoa lesa o bem comum, que em nome da caridade ofende a justiça ou esquece a obediência aos legítimos superiores. É falsa a doutrina que é causa de relaxamento, que perturba a paz e a união, que, sob pretexto de um bem melhor, separa os súditos dos superiores, que não se subordina à voz da autoridade. Jesus quer-nos «simples como as pombas», alheios à crítica e ao juízo severo do próximo, mas quer-nos também «prudentes como as serpentes» (Mt. 10, 16), a fim de nos não deixarmos enganar pelas falsas aparências do bem que escondem perigosas insídias.
Porém, ser mestre não é para todos, nem a todos se exige; mas a todos — sábios e ignorantes, mestres e discípulos — pede o Senhor a prática concreta da vida cristã. De que nos serviria possuir uma doutrina profunda e elevada, se depois não vivêssemos segundo essa doutrina? Portanto, em vez de querermos ser mestres dos outros, procuremos sê-lo de nós mesmos, empenhando-nos em viver integralmente as lições do Evangelho, imitando Jesus que primeiro «começou a fazer e depois a ensinar» (At. 1, 1). O fruto genuíno que há-de comprovar a bondade da nossa doutrina e da nossa vida é sempre o que Jesus nos indicou: o cumprimento da Sua vontade. Cumprimento que significa adesão plena às leis divinas e eclesiásticas, obediência leal aos legítimos superiores, fidelidade aos deveres de estado, e tudo isto em todas as circunstâncias, mesmo quando exige de nós a renúncia à nossa maneira de ver e à nossa vontade.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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