sábado, 6 de julho de 2019

Edição nº 437

«Liturgia Dominical»
Ano 9 – nº 437  7 de julho de 2019

4º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.


«Daqui em diante, Pedro, serás pescador de homens»Pesca miraculosa da Igreja através dos séculos.


«Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Afastai-Vos de mim, Senhor, que sou homem pecador.» Ev.


Divulgação:
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 7h e 19h)
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 7h e 19h)
Aviso Paroquial

- Acontece hoje o Encontro Geral da Juventude.
Os jovens de Bom Jesus estejam a postos às 8h da manhã, no Colégio Maria da Conceição Baptista de Oliveira, onde às 8h30min. haverá a acolhida dos Jovens de toda a Administração Apostólica.
Entrada pelo portão da quadra na Rua Ver. João Rodrigues do Carmo, perto do posto.
Serão recolhidas doações de alimentos não-perecíveis, materiais de higiene e limpeza em colaboração à manutenção do Abrigo dos Idosos José Lima!

- Haverá benção da água após às Santas Missas de 7h, 9h e 19h.

Intróito / DÓMINUS — Salmo 26. 1, 2, 3
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo
Dóminus illuminátio mea et salus mea, quem timebo? Dóminus defensor vitæ meæ, a quo trepidábo? qui tríbulant me inimíci mei, ipsi infirmáti sunt, et cecidérunt. Si consístant advérsum me castra: non timébit cor meum. . Glória Patri.
O Senhor é a minha Luz e a minha Salvação; a quem temerei? O Senhor é o defensor de minha vida; de que tremerei? Os inimigos que me oprimem, caem eles mesmos, sem forças. Sl. Ainda que um exército se levante contra mim, meu coração não temerá.  Glória ao Pai.

Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
A sublime e santa devoção da Igreja teme a guerra e a confusão, pede a Deus que regule todas as coisas e nos dê a paz, necessária às almas para bem servirem.
Da nobis, quǽsumus, Dómine: ut et mundi cursus pacífice nobis tuo órdine dirigátur; et Ecclésia tua tranquílla devotióne lætétur. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Concedei, Senhor, Vos pedimos, que os acontecimentos deste mundo por vossa disposição corram tranquilamente para nós e que a vossa Igreja se alegre em Vos servir em paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 8. 18-23
A aplicação da vitória de Cristo à nossa vida humana opera-se em dois momentos: na Terra, pela adoção batismal; no Céu, pela entrada na glória. Temos agora de suportar a nossa cota-parte de sofrimento. O sofrimento tem valor de redenção e fica muito aquém da glória que nos espera.
Fratres: Exístimo, quod non sunt condígnæ passiónes huius témporis ad futúram glóriam, quæ revelábitur in nobis. Nam exspectátio creatúræ revelatiónem filiórum Dei exspéctat. Vanitáti enim creatúra subiécta est, non volens, sed propter eum, qui subiécit eam in spe: quia et ipsa creatúra liberábitur a servitúte corruptiónis, in libertátem glóriæ filiórum Dei. Scimus enim, quod omnis creatúra ingemíscit et párturit usque adhuc. Non solum autem illa, sed et nos ipsi primítias spíritus habéntes: et ipsi intra nos gémimus, adoptiónem filiórum Dei exspectántes, redemptiónem córporis nostri: in Christo Iesu, Dómino nostro.
Irmãos: 18Tenho por certo que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória vindoura que se manifestará em nós. 19Também a criatura espera ansiosamente pela manifestação dos filhos de Deus. 20Porque a criatura está sujeita a perecer1, não por seu querer, mas pelo d'Aquele que a sujeitou, na esperança, 21porém, de que também a criatura será livre da corrupção e alcançará a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. 22Bem sabemos que todas as criaturas gemem e estão como em dores até agora. 23E não somente elas, mas também nós mesmos, que temos as primícias do Espírito. Também nós gememos dentro de nós mesmos, esperando a adoção de filhos de Deus, e a redenção de nosso corpo, no Cristo Jesus, Senhor Nosso. 
1. Isto é: à desordem derivada do pecado... O sentido geral da perícope resume-se em que a criação é, de algum modo, solidária do homem, a cuja sorte Deus a vinculou, no sofrimento e na glória.

Gradual / Salmo 78. 9,10
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Propítius esto, Dómine, peccátis nostris: ne quando dicant gentes: Ubi est Deus eórum? . Adiuva nos, Deus, salutáris noster: et propter honórem nóminis tui, Dómine, líbera nos.
Perdoai, Senhor, os nossos pecados, para que não digam os pagãos: Onde está o Deus deles?  Ajudai-nos, ó Deus, Salvador nosso, e pela glória de vosso Nome, livrai-nos, Senhor.

Aleluia / Salmo 9. 5, 10
Allelúia, allelúia. . Deus, qui sedes super thronum, et iúdicas æquitátem: esto refúgium páuperum in tribulatióne. Allelúia.
Aleluia, aleluia. Ó Deus, que em trono elevado Vos assentais para julgar com justiça, sede o refúgio dos pobres na tribulação. Aleluia.

Evangelho segundo São Lucas 5. 1-11
Desde a manhã de Pentecostes, a pregação dos Apóstolos ia fazer conversões sem conta. Era a realização da palavra de Jesus a Simão Pedro: «Daqui em diante serás pescador de homens.» Esta promessa continua a verificar-se na Igreja, no decorrer dos séculos.
In illo témpore: Cum turbæ irrúerent in Iesum, ut audírent verbum Dei, et ipse stabat secus stagnum Genésareth. Et vidit duas naves stantes secus stagnum: piscatóres autem descénderant et lavábant rétia. Ascéndens autem in unam navim, quæ erat Simónis, rogávit eum a terra redúcere pusíllum. Et sedens docébat de navícula turbas. Ut cessávit autem loqui, dixit ad Simónem: Duc in altum, et laxáte rétia vestra in captúram. Et respóndens Simon, dixit illi: Præcéptor, per totam noctem laborántes, nihil cépimus: in verbo autem tuo laxábo rete. Et cum hoc fecíssent, conclusérunt píscium multitúdinem copiósam: rumpebátur autem rete eórum. Et annuérunt sóciis, qui erant in ália navi, ut venírent et adiuvárent eos. Et venérunt, et implevérunt ambas navículas, ita ut pæne mergeréntur. Quod cum vidéret Simon Petrus, prócidit ad génua Iesu, dicens: Exi a me, quia homo peccátor sum, Dómine. Stupor enim circumdéderat eum et omnes, qui cum illo erant, in captúra píscium, quam céperant: simíliter autem Iacóbum et Ioánnem, fílios Zebedǽi, qui erant sócii Simónis. Et ait ad Simónem Iesus: Noli timére: ex hoc iam hómines eris cápiens. Et subdúctis ad terram návibus, relictis ómnibus, secuti sunt eum.
Naquele tempo, 1cercado pela multidão que viera ouvir a palavra de Deus, viu Jesus, que estava nas margens do lago de Genesaré, 2duas barcas paradas à borda desse lago. Os pescadores haviam descido e lavavam as redes. 3Entrou [Jesus] em uma daquelas barcas, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Sentou-se, então, e da barca pôs-se a ensinar às turbas. 4Quando cessou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes [disse aos outros] para a pesca. 5Respondendo, Simão disse-Lhe: Mestre, trabalhamos toda a noite, e nada apanhamos; mas por vossa palavra, lançarei a rede. 6Feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que a rede se rompia. 7E acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram [estes] e encheram as duas barcas, de modo que estas submergiam. 8Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Afastai-Vos de mim, Senhor, que sou homem pecador. 9Porque estava atônito, como todos os que com ele se achavam, pela pesca que haviam feito. 10E igualmente o estavam Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; daqui em diante serás pescador de homens. 11E conduzidas as barcas para a terra, eles deixaram tudo e O seguiram.

CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

Ofertório Salmo 12. 4-5
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Illúmina óculos meos, ne umquam obdórmiam in morte: ne quando dicat inimícus meus: Præválui advérsus eum.
Iluminai os meus olhos, para que eu não adormeça na morte; para que o meu inimigo não diga, um dia: Prevaleci contra ele.

Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Oblatiónibus nostris, quǽsumus, Dómine, placáre suscéptis: et ad te nostras étiam rebélles compélle propítius voluntátes. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Nós Vos rogamos, Senhor, aplacai a vossa ira, aceitando as nossas oblações, e fazei, benigno, que por Vós sejam atraídas as nossas vontades rebeldes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Communio / Salmo 17. 3
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Dóminus firmaméntum meum, et refúgium meum, et liberátor meus: Deus meus, adiútor meus.
O Senhor é a minha força, o meu refúgio e o meu libertador. Meu Deus, Vós sois meu auxílio.

Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Mystéria nos, Dómine, quǽsumus, sumpta puríficent: et suo múnere tueántur. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Fazei, Senhor, Vos rogamos, que os Mistérios recebidos nos purifiquem, e com a sua força nos protejam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Meditação

Confiança Inabalável
Ó Senhor, fazei-me compreender que de mim nada sou e nada posso; e o que posso, unicamente o posso em Vós.

1 — Dois pensamentos dominam a liturgia da Missa de hoje: uma grande confiança em Deus e um vivo sentimento da miséria e insuficiência humanas. Dois sentimentos estreitamente unidos entre si, porque a consciência do nosso nada nos leva a pôr em Deus toda a confiança e porque esta confiança cresce em nós na medida em que mais estivermos convencidos da nossa pequenez.
A Missa começa com um grito de inabalável esperança: «O Senhor é a minha Luz e a minha Salvação; a quem temerei?»(Intr.). O Senhor está comigo no Santíssimo Sacramento do altar, o Senhor vem a mim na Sagrada Comunhão: o que me poderá separar dEle? O que me poderá causar temor?
Por outro lado, conheço a minha fraqueza: as minhas quedas, as minhas infidelidades estão-me sempre presentes. Como tenho necessidade, por isso, de repetir humildemente a bela oração do Gradual: «Perdoai, Senhor, os nossos pecados... Ajudai-nos, ó Deus, Salvador nosso, e pela glória de vosso Nome, livrai-nos, Senhor». Sim, apesar dos contínuos socorros da graça divina, das numerosas confissões e comunhões, tenho de constatar todos os dias novas faltas, tenho de recomeçar todos os dias. A luta é árdua e trabalhosa, mas hoje, na Epístola (Rom. 8, 18-23) São Paulo recordar-nos «que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória vindoura». Pensamento consolador, pensamento de esperança e confiança; todavia, isto não me impede de sentir o gemido da natureza que suspira pela libertação, pela total redenção.  Também o Apóstolo o experimentou e disse: «Nós mesmos, que temos as primícias do Espirito, gememos dentro de nós esperando a adoção de filhos de Deus, a redenção do nosso corpo em Jesus Cristo». Quanto mais sofremos por causa da nossa miséria, tanto mais nos lançamos em Cristo com plena confiança na Sua Redenção.
2 — Pode dizer-se que o Evangelho de hoje (Lc. 5, 1-11) é a demonstração prática das palavras de Jesus: «Sem mim nada podeis fazer» (Jo. 15, 5). Simão e os seus companheiros tinham-se fatigado toda a noite sem pescar nada: eis o que conseguiram fazer sozinhos. Se tens um pouco de experiência da vida espiritual, reconhecerás que caíste também muitas vezes. Quantos esforços para te libertares de algum apego, para esqueceres certas ofensas recebidas, para te adaptares ao modo de agir dos outros ou para sujeitares a tua vontade! E depois de te cansares tanto, ficaste com as mãos vazias, tal como Pedro encontrou inexoravelmente vazia a sua rede. Pois bem, não desanimes. Se em lugar de te irritares com o teu insucesso, souberes reconhecê-lo humildemente, ele tornar-se-á o princípio da tua vitória. Assim aconteceu também a Pedro depois de ter confessado em público que não apanhara nada. Santa Teresa do Menino Jesus comenta: «É possível que se ele tivesse apanhado alguns peixinhos, Jesus não tivesse feito o milagre; mas ele não tinha nada, por isso Jesus encheu-lhe muito depressa a rede a ponto de quase se romper. Eis o caráter de Jesus: Ele dá como Deus, mas quer a humildade de coração» (Cart. 140).
Apesar da tua vontade de avançar na virtude, o Senhor não permite que obtenhas algum êxito enquanto não te vir completamente convencido da tua impotência, da tua incapacidade; para te convencer disto, deixa-te, como deixou Pedro, «trabalhar toda a noite sem apanhar nada». Depois, na medida em que te vir bem persuadido da tua indigência e disposto a confessá-la abertamente, virá em teu auxílio. Portanto, deves ter uma grande fé nEle e, sem te deixares desanimar pelos fracassos até agora sofridos, recomeçar de novo cada dia. Confiado «na Sua palavra». Se aprendeste a não confiar nas tuas forças, deves aprender também a ter plena confiança no auxílio divino. Se até hoje não pescaste nada, é porque te faltou esta confiança inabalável e esta falta, além de desagradar a Jesus, paralisa a tua vida espiritual. Repete, pois, com o mesmo ardor de Pedro: «in verbo tuo laxabo rete», Senhor, à Vossa palavra lançarei a rede. Mas repete-o em cada dia, em cada momento, sem nunca te cansares.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967

Benção da Água
Todo primeiro domingo, após a Santa Missa*.
*Traga sua garrafa com água.
Oremos.*
Deus, que operastes pela água os maiores mistérios da salvação dos homens, atendei, propício, às nossas invocações, e derramai sobre este elemento, preparado por várias purificações, a força da vossa bênção  para que esta criatura, servindo aos vossos mistérios, possua a eficácia da graça divina para expulsar os demônios e banir as doenças, e guarde de qualquer impureza e malefício as casas dos fiéis e outros lugares em que ela for aspergida. Não se demorem ali miasmas nem ares insalubres. Afastem-se para longe as ciladas do inimigo escondido, e, se algum perigo ameaça a segurança ou a tranquilidade dos moradores, dissipe-o sem demora a aspersão desta água, protegendo contra qualquer ataque a salubridade conseguida pela invocação do vosso santo nome. Por Cristo, nosso Senhor℟.Amém.
*Uma das orações do Rito para fazer Água Benta.

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