sábado, 20 de maio de 2017

Edição nº 318

« Liturgia Dominical »
Ano 6 – nº 318  21 de maio 2017
† 5º DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA
branco – 2ª classe.

« Pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa. » Ev.
Avisos Paroquiais
                          Hoje, Domingo, é o dia do Congregado Mariano;
                          Procissões (ou preces públicas) das Ladainhas Menores, de 22 a 24 de maio;
                          Festa da Ascensão na 5ª feira, dia 25;
                         Novena de Pentecostes, começa na próxima sexta-feira, dia 26.

Intróito / Vocem Jucunditátis – Isaias 48. 20; Salmo 65. 1-2
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo
Com voz de júbilo anunciai e fazei ouvir: aleluia. Proclamai até os extremos da terra: o Senhor libertou o seu povo, aleluia, aleluia. Sl. Louvai a Deus, ó terra inteira; cantai salmos em honra de seu Nome; dai-lhe glória em seu louvor. .Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
A necessidade absoluta da graça, convida à oração; pensamentos e obras, tudo deve vir de Deus, para ser bom.
Ó Deus, de quem procedem todos os bens, concedei a vossos servos suplicantes que por vossa inspiração conheçamos o que é reto, e por Vós guiados o pratiquemos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Tiago Apóstolo 1. 22-27
O cristão, que se debruça sobre a Lei, pela qual norteia a vida, encontra, em suas obras, a felicidade. De outro modo, a religião é vã.
Caríssimos: 22Sede cumpridores da palavra [de Deus] e não somente ouvintes: do contrário, vós enganais a vós mesmos. 23Porque se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, será semelhante a um homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; 24considerando a si mesmo, foi-se e logo se esqueceu como era. 25Mas quem atentamente fixar a sua vista na lei perfeita da liberdade [o Evangelho] e nela perseverar, não sendo ouvinte esquecediço, senão cumpridor da obra, será bem-aventurado pelo que praticar. 26Se alguém se julga religioso, mas não refreia a sua língua, e ilude o seu próprio coração, sua religião é vã. 27A religião pura e sem mácula diante de Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações e conservar-se puro da corrupção deste mundo.
Alelúia / João 16. 28
Aleluia, aleluia. . O Cristo ressuscitou, fez brilhar sua luz sobre nós e nos remiu com o seu Sangue. Aleluia. . Saí do Pai e vim ao mundo; deixo outra vez o mundo e vou ao Pai. Aleluia.
Evangelho segundo São João 16. 23-30
A união dos discípulos com Jesus é tão estreita, que a prece deles é a sua, e o Pai os ama e ouve, como ama e ouve a seu Filho.
Naquele tempo, 23disse Jesus aos seus discípulos: Em verdade, em verdade, vos digo: Se pedirdes a meu Pai alguma coisa em meu Nome, Ele vo-la dará. 24Até agora nada pedistes em meu Nome. Pedi e recebereis para que a vossa alegria seja completa. 25Estas coisas vos disse em parábolas. Vem a hora em que já não vos falarei em parábolas, mas abertamente vos falarei do Pai.  26Naquele dia pedireis em meu Nome; e não vos digo que hei de rogar por vós ao Pai, 27pois, o próprio Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que eu saí de Deus. 28Saí do Pai e vim ao mundo, deixo outra vez o mundo e vou ao Pai. 29Disseram-Lhe os discípulos: Eis que agora nos falais claramente e não usais nenhuma parábola. 30Agora conhecemos que sabeis tudo, e que não tendes necessidade que alguém Vos interrogue. Por isso cremos que saístes de Deus.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 65. 8-9, 20
     Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Bendizei, nações, ao Senhor, nosso Deus; e ouvi a voz de seu louvor. Ele deu vida à minha alma, e não permitiu que os meus pés resvalassem. Bendito seja o Senhor. Ele não rejeitou a minha oração, nem retirou de mim a sua misericórdia, aleluia.
Secreta
É a antiga « oração sobre as oblatas », ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Recebei, Senhor, as preces de vossos fiéis com as oblações dos presentes sacrifícios para que, por estes fervorosos testemunhos de nossa devoção, mereçamos passar à glória celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 95. 2
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Cantai ao Senhor, aleluia; cantai ao Senhor e bendizei o seu Nome. Anunciai todos os dias a sua salvação, aleluia, aleluia.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Vós nos fortalecestes, Senhor, no Banquete celestial; concedei, pois, que desejemos o que é justo e alcancemos o que aspiramos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A Oração Eficaz
     Ó Jesus, fazei-me compreender que a minha oração é um nada se não se apoia em Vós; que a minha fé é vã se não a traduzo em obras.
1 — Mediante o Evangelho da Missa (Jo. 16, 23-30) — tomado ainda hoje do discurso da última ceia — a Igreja continua a preparar-nos para a Ascensão e para o Pentecostes, « Saí do pai e vim ao mundo — diz Jesus — outra vez deixo o mundo e vou para o Pai »; eis o anúncio da Sua próxima ascensão ao céu. Chegado ao fim da Sua missão entre os homens, Jesus apresenta-a em síntese, como uma grande viagem do Pai ao mundo e do mundo ao Pai. Isto recorda-nos o conceito de « peregrinação » que todo o cristão deve aplicar à sua vida a ponto de a considerar como « uma noite passada em má pousada » (T. J. Cam. 40,9), com o coração voltado para a radiosa manhã da vida eterna.
« Mas vem o tempo em que não vos falarei já por parábolas, mas abertamente vos falarei do Pai ». Eis o anuncio do Pentecostes: Jesus, por meio do Espírito Santo, iluminará os seus apóstolos fazendo-lhes entender claramente os mistérios divinos, e o Pai não será mais um desconhecido para eles. Tudo o que nós podemos estudar e conhecer das coisas de Deus é letra morta enquanto o Espírito Santo não nos abrir a inteligência. Isto é mais um motivo para compreendermos quanto temos necessidade dEle e para desejarmos a Sua vinda.
Mas o Evangelho propõe-nos também outro argumento. Jesus, que por várias vezes tinha instruído os apóstolos sobre a oração e sobre o modo de rezar, ensina-lhes agora o segredo da oração eficaz: « se pedirdes a meu Pai alguma coisa em meu Nome, Ele vo-la dará ». Jesus parte, mas deixa aos apóstolos o meio seguro para encontrar acesso junto do Pai: apresentar-se em seu nome, em nome do Homem Deus que, tendo-Se imolado para glória do Pai e para nossa salvação, merece ser sempre atendido « pro sua reverentia » em razão da Sua piedade (Hebr. 5, 7).
2 — Pedir « em nome de Jesus » significa, na prática, estarmos convencidos de que as nossas ações, como de resto todas as nossas boas obras sem nenhuma exceção, não valem nada se não se apoiam nos méritos infinitos de Jesus. Significa estarmos convencidos de que, por mais que façamos e rezemos, somos sempre « servos inúteis » (Lc. 17, 10), que não temos em nós nenhuma suficiência, mas que toda a nossa suficiência vem do crucificado. A primeira condição, portanto, da oração feita « em nome de Jesus », é a humildade, um sentido cada vez mais profundo e realista do nosso nada. Mas a segunda condição, é uma confiança ilimitada nos méritos infinitos de Jesus, que ultrapassam todas as nossas indigências, misérias, necessidades. Não pediremos nunca demais em Seu nome; nunca seremos demasiado ousados em pedir a plenitude da graça divina sobre as nossas almas, em aspirar à santidade — escondida, sim, mas autêntica — em vista de quanto Ele mereceu por nós. Não existem infidelidades e culpas, tendências más e misérias sinceramente detestadas que o Sangue de Jesus não possa lavar, purificar, perdoar; não há fraqueza que Ele não possa sarar, fortificar, transformar. Não há criatura de boa vontade, ainda que fraca e pequena que, em nome de Jesus, não possa aspirar à santidade.
Mas requer-se uma terceira condição para que a nossa oração seja eficaz: que a nossa vida corresponda à nossa oração, que a nossa fé se traduza em boas obras. « Sede pois fazedores da palavra e não ouvintes somente, enganando-vos a vós mesmos. Porque se alguém é ouvinte da palavra e não fazedor, este será comparado a um homem que contempla num espelho o seu rosto nativo; porque se considerou e, tendo-se retirado, logo esqueceu como era »; esta forte expressão de S. Tiago, tirada da Epístola de hoje (1, 22-27), é um chamamento insistente à concretização da vida cristã. É vã a oração, é vã a confiança em Deus, se não as acompanhamos com os nossos esforços generosos para cumprirmos todos os nossos deveres, para vivermos à altura da nossa vocação. Podemos e devemos esperar tudo do nome de Jesus, mas Ele pede-nos um esforço contínuo para Lhe sermos totalmente fiéis.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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