sábado, 8 de abril de 2017

Edição nº 312

« Liturgia Dominical »
Ano 6 – nº 312   9 de abril de 2017
† 2º Domingo da Paixão
Domingo de Ramos
roxo – 1ª classe.

« Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei vem a ti, cheio de mansidão,
montado sobre uma jumenta e um jumentinho, filho da que leva o jugo. »

7 h – Benção dos Ramos no Convento, Procissão e Santa Missa.
Após a Santa Missa haverá o Café Paroquial não haverá a Santa Missa das 9h.
19 h – Santa Missa
20 h – Via Sacra viva em direção ao convento, dirigida pelos jovens da Paróquia.
Intróito / DÓMINE, NE LONGE — Salmo 21. 20, 22, 2
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Senhor, não afasteis de mim o vosso auxílio; atendei à minha defesa; livrai-me da boca do leão, e do chifre do unicórnio, salvai a minha humildade. Sl. Ó Deus, Deus meu, olhai para mim. Por que me desemparastes? O clamor de meus delitos afasta de mim a salvação. — Senhor, não afasteis.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Onipotente e eterno Deus, que quisestes assumisse o nosso Salvador a nossa carne e sofresse o suplício da Cruz, para que o gênero humano imitasse o exemplo de sua humildade, concedei-nos, propício, pratiquemos as lições de sua paciência e mereçamos participar de sua Ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo Apóstolo aos Filipenses 2. 5-11
« Christus factus obediens... » Numa melodia cheia de gravidade e de beleza, a Igreja há-de repetir, no final do ofício de trevas do tríduo sagrado, este magnífico texto da Epístola aos Filipenses, em que S. Paulo releva, tão energicamente, as humilhações voluntárias de Cristo, condição da sua glória e nossa Redenção.
Irmãos: 5Tende em vós os mesmos sentimentos que teve Jesus Cristo, 6que, sendo Deus por natureza, não reputou usurpação ser igual a Deus. 7E aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens e sendo reconhecido como homem pela aparência. 8Humilhou-se a Si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de Cruz. 9Por isso também Deus O exaltou e Lhe deu um Nome [novo] que está acima de todo nome1 (aqui todos se ajoelham), 10a fim de que ao Nome de Jesus se dobrem os joelhos de todos aqueles que estão nos céus, na terra e nos infernos, 11e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor na Glória de Deus Pai2.
1.  O de « Soberano Senhor ».
2. Texto grego: « que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. »
Gradual / Salmo 72. 24, 1-3
Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Segurais a minha mão direita e segundo a vossa vontade me conduzis e me acolheis com glória. . Como é bom o Deus de Israel para os que são retos de coração! Todavia, quase os meus pés resvalaram; pouco faltou para se transviarem os meus passos; porque tive inveja dos ímpios, vendo a paz dos pecadores.
Tracto / Salmo 21. 2-9, 18-32
Cantos, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto.
Ó Deus, Deus meu, olhai para mim; por que me desamparastes? . O clamor dos meus pecados afasta de mim a salvação. . Meu Deus, clamo de dia e não me respondeis; de noite e não tenho sossego. . Mas Vós, no santuário habitais, Louvor de Israel. . Em Vós esperaram os nossos pais, esperaram e Vós os livrastes. . A Vós clamaram, e foram salvos; em Vós esperaram e não foram confundidos. . Eu, porém, sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e abjeção da plebe. . Todos os que me veem zombam de mim, e, meneando a cabeça, dizem: . Esperou no Senhor, Ele o livre, salve-o agora, pois que o ama. . Eles estão me vendo, e atentam em mim; dividem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam a sorte. . Livrai-me da boca do leão, e dos chifres do unicórnio, salvai minha humildade. . Vós que temeis o Senhor, louvai-O: e vós todos que sois da raça de Jacó, glorificai-O. . Do Senhor se falará à geração vindoura; e os céus anunciarão a sua justiça. . Ao povo que nascerá, e que o Senhor criou.
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Mateus 26. 36-75; 27. 1-60
Outrora, no Sinai, o sangue das vítimas selou a aliança de Deus com o seu povo; agora, na Cruz, o sangue da Vítima sem mácula — Jesus — vai firmar, entre Deus e os homens, a nova aliança, que os profetas anunciaram. A narrativa de S. Mateus salienta a realização das Escrituras; todo o sombrio drama se desenrola conforme o plano divino. Realizam-se as profecias; Jesus é, por conseguinte, o Messias prometido.

No Getsêmani36Então Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse aos discípulos: « Sentai-vos aí enquanto vou até ali para orar ». 37Levando Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38Disse-lhes, então: « Minha alma está triste até a morte. Permanecei aqui e vigiai comigo ». 39E, indo um pouco adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: « Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres ». 40E, ao voltar para junto dos discípulos, encontrou-os adormecendo. E diz a Pedro: « Como assim? Não fostes capazes de vigiar comigo por uma hora! 41Vigiai e orai, para que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca ». 42Afastando-se de novo pela segunda vez, orou: « Meu Pai, se não é possível que esta taça passe sem que eu a beba, seja feita a tua vontade! » 43E ao voltar de novo, encontrou-os dormindo, pois os seus olhos estavam pesados de sono. 44Deixando-os, afastou-se e orou pela terceira vez, dizendo de novo as mesmas palavras. 45Vem, então, para junto dos discípulos e lhes diz: « Dormi agora e repousai: eis que a hora está chegando e o Filho do Homem está sendo entregue às mãos dos pecadores. 46Levantai-vos! Vamos! Eis que meu traidor está chegando ».

Prisão de Jesus 47E enquanto ainda falava, eis que veio Judas, um dos Doze acompanhado de grande multidão com espadas e paus, da parte dos chefes dos sacerdotes e dos anciãos do povo. 48Seu traidor dera-lhes um sinal, dizendo: « É aquele que eu beijar; prendei-o ». 49E logo, aproximando-se de Jesus, disse: « Salve, Rabi! » e o beijou. 50Jesus respondeu-lhe: « Amigo, para que estás aqui? » Então, avançando, deitaram a mão em Jesus e o prenderam. 51E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, desembainhou a espada e, ferindo o servo do Sumo Sacerdote, decepou-lhe a orelha. 52Mas Jesus lhe disse: « Guarda a tua espada no seu lugar, pois todos os que pegam a espada pela espada perecerão. 53Ou pensas tu que eu não poderia apelar para o meu Pai, a fim de que ele pusesse à minha disposição, agora mesmo, mais de doze legiões de anjos? 54E como se cumpririam então as Escrituras, segundo as quais isso deve acontecer? » 55E naquela hora, disse Jesus às multidões: « Como a um ladrão, saístes para prender-me com espadas e paus! Eu sentava no Templo ensinando todos os dias e não me prendestes ». 56Tudo isso, porém, aconteceu para se cumprirem os escritos dos profetas. Então todos os discípulos, abandonando-o, fugiram.

Jesus diante do Sinédrio 57Os que prenderam Jesus levaram-no ao Sumo Sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. 58Pedro seguiu-o de longe até o pátio do Sumo Sacerdote e, penetrando no interior, sentou-se com os servidores para ver o fim. 59Ora, os chefes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um falso testemunho contra Jesus, a fim de matá-lo, 60mas nada encontraram, embora se apresentassem muitas falsas testemunhas. Por fim, se apresentaram duas 61que afirmaram: « Este homem declarou: Posso destruir o Templo de Deus e edificá-lo depois de três dias ». 62Levantando-se então o Sumo Sacerdote, disse-lhe: « Nada respondes? O que testemunham estes contra ti? » 63Jesus, porém, ficou calado. E o Sumo Sacerdote lhe disse: « Eu te conjuro pelo Deus Vivo que nos declares se tu és o Cristo, o Filho de Deus ». 64Jesus respondeu: « Tu o disseste3. Aliás, eu vos digo que, de ora em diante, vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vindo sobre as nuvens do céu. » 65O Sumo Sacerdote então rasgou suas vestes, dizendo: « Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Vede: vós ouvistes neste instante a blasfêmia. 66Que pensais? » Eles responderam: « É réu de morte ». 67E cuspiram-lhe no rosto e o esbofetearam. Outros lhe davam bordoadas, 68dizendo: « Faze-nos uma profecia, Cristo: quem é que te bateu? »
3. Jesus afirma, portanto, a sua divindade.

Negações de Pedro — 69Pedro estava sentado fora, no pátio. Aproximou- se dele uma criada, dizendo: « Também tu estavas com Jesus, o Galileu! » 70Ele, porém, negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. » 71Saindo para o pórtico, outra viu-o e disse aos que ali estavam: « Ele estava com Jesus, o Nazareu ». 72De novo ele negou, jurando que não conhecia o homem. 73Pouco depois, os que lá estavam disseram a Pedro: « De fato, também tu és um deles; pois o teu dialeto te denuncia ». 74Então ele começou a praguejar e a jurar, dizendo: « Não conheço este homem! » E imediatamente o galo cantou. 75E Pedro se lembrou da palavra que Jesus dissera: « Antes que o galo cante, três vezes me negarás ». Saindo dali, chorou amargamente.

27 Jesus é conduzido à presença de Pilatos 1Chegada a manhã, todos os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo convocaram um conselho contra Jesus, a fim de levá-lo à morte. 2Assim, amarrando-o, levaram-no e entregaram-no a Pilatos, o governador.

Morte de Judas 3Então Judas, que o entregara, vendo que Jesus fora condenado, sentiu remorsos e veio devolver aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos as trinta moedas de prata, 4dizendo: « Pequei, entregando sangue inocente ». Mas estes responderam: « Que temos nós com isso? O problema é teu ». 5Ele, atirando as moedas no Templo, retirou-se e foi enforcar-se. 6Os chefes dos sacerdotes, tomando as moedas, disseram: « Não é lícito depositá-las no tesouro do Templo, porque se trata de preço de sangue ». 7Assim, depois de deliberarem em conselho, compraram com elas o campo do Oleiro para o sepultamento dos estrangeiros. 8Eis porque até hoje aquele campo se chama « Campo de Sangue ». 9Com isso se cumpriu o oráculo do profeta Jeremias: E tomaram as trinta moedas de prata, o preço do Precioso, daquele que os filhos de Israel avaliaram, 10e deram-nas pelo campo do Oleiro, conforme o Senhor me ordenara.

Jesus diante de Pilatos 11Jesus foi posto perante o governador e o governador interrogou-o: « És tu o rei dos judeus? » Jesus declarou: « Tu o dizes ». 12E ao ser acusado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos, nada respondeu. 13Então lhe disse Pilatos: « Não ouves de quanta coisa te acusam? » 14Mas ele não lhe respondeu sequer uma palavra, de tal sorte que o governador ficou muito impressionado. 15Por ocasião da Festa, era costume o governador soltar um preso que a multidão desejasse. 16Nessa ocasião, tinham eles um preso famoso, chamado Barrabás. 17Como estivessem reunidos, Pilatos lhes disse: « Quem quereis que vos solte, Barrabás ou Jesus, que chamam Cristo? » 18Ele sabia, com efeito, que eles o haviam entregue por inveja. 19Enquanto estava sentado no tribunal, sua mulher lhe mandou dizer: « Não te envolvas com esse justo, porque muito sofri hoje em sonho por causa dele ». 20Os chefes dos sacerdotes e os anciãos, porém, persuadiram as multidões a que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus perecer. 21O governador respondeu-lhes: « Qual dos dois quereis que vos solte? » Disseram: « Barrabás ». 22Pilatos perguntou: « Que farei de Jesus, que chamam de Cristo? » Todos responderam: « Seja crucificado! » 23Tornou a dizer-lhes: « Mas que mal ele fez? » Eles, porém, gritavam com mais veemência: « Seja crucificado! » 24Vendo Pilatos que nada conseguia, mas, ao contrário, a desordem aumentava, pegou água e, lavando as mãos na presença da multidão, disse: « Estou inocente desse sangue. A responsabilidade é vossa ». 25A isso todo o povo respondeu: « O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos ». 26Então soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois de açoitá-lo, entregou-o para que fosse crucificado.

A coroação de espinhos  — 27Em seguida, os soldados do governador, levando Jesus para o Pretório, reuniram contra ele toda a coorte4. 28Despiram-no e puseram-lhe uma capa escarlate. 29Depois, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lhe na cabeça e um caniço na mão direita. E, ajoelhando-se diante dele, diziam-lhe, caçoando: « Salve, rei dos judeus! » 30E cuspindo nele, tomavam o caniço e batiam-lhe na cabeça. 31Depois de caçoarem dele, despiram-lhe a capa escarlate e tornaram a vesti-lo com as suas próprias vestes, e levaram-no para o crucificar.
4. Uma coorte compreendia 500 a 600 homens. Aqui, porém, não devemos dar realce à palavra « toda ».

A crucifixão 32Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, de nome Simão. E o requisitaram para que carregasse a cruz de Jesus. 33Chegando a um lugar chamado Gólgota, isto é, lugar que chamavam de Caveira, 34deram-lhe de beber vinho misturado com fel5. Ele provou, mas não quis beber. 35E após crucificá-lo, repartiram entre si as suas vestes, lançando a sorte6. 36E, sentando-se, ali montavam-lhe guarda. 37E colocaram acima da sua cabeça, por escrito, o motivo da sua condenação: « Este é Jesus, o Rei dos judeus ». 38Com ele foram crucificados dois ladrões, um à direita, outro à esquerda.
5. Mistura inebriante, dada aos condenados à morte, para lhe suavizar os sofrimentos.
6. Os soldados executores da sentença tinham direito aos despojos.

Jesus na cruz é escarnecido e injuriado 39Os transeuntes injuriavam-no, meneando a cabeça 40e dizendo: « Tu que destróis o Templo e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz! » 41Do mesmo modo, também os chefes dos sacerdotes, juntamente com os escribas e anciãos, caçoavam dele: 42 « A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! Rei de Israel que é, que desça agora da cruz e creremos nele! 43Confiou em Deus: pois que o livre agora, se é que se interessa por ele! Já que ele disse: Eu sou filho de Deus ». 44E até os ladrões, que foram crucificados junto com ele, o insultavam.

A morte de Jesus45Desde a hora sexta até a hora nona, houve treva em toda a terra. 46Por volta da hora nona, Jesus deu um grande grito: « Eli, Eli, lamá sabachtáni7? », isto é: « Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste? » 47Alguns dos que tinham ficado ali, ouvindo-o, disseram: « Está chamando Elias! » 48Imediatamente um deles saiu correndo, pegou uma esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa vara, dava-lhe de beber. 49Mas os outros diziam: « Deixa, vejamos se Elias vem salvá-lo! » 50Jesus, porém, tornando a dar um grande grito, entregou o espírito.
Aqui ajoelha-se e faz-se uma breve pausa.
51Nisso, o véu8 do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam. 52Abriram-se os túmulos e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram. 53E, saindo dos túmulos após a ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e foram vistos por muitos. 54O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, ao verem o terremoto e tudo mais que estava acontecendo, ficaram muito amedrontados e disseram: « De fato, este era filho de Deus! » 55Estavam ali muitas mulheres, olhando de longe. Haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia, a servi-lo. 56Entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
7.  Jesus ora em aramaico, a língua de então, na Palestina.
8.  Grande cortina que separava o « Santo » do « Santo dos Santos ».

O sepultamento 57Chegada a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, o qual também se tornara discípulo de Jesus. 58E dirigindo-se a Pilatos, pediu-lhe o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que lhe fosse entregue. 59José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol limpo 60e o pôs em seu túmulo novo, que talhara na rocha. Em seguida rolando uma grande pedra para a entrada do túmulo, retirou-se.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 68. 21-22
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Meu coração só aguarda impropérios e miséria; esperei que alguém se entristecesse comigo, e ninguém houve; procurei quem me consolasse e não encontrei; por alimento eles me deram fel, e em minha sede, com vinagre me abeberaram.
Secreta
É a antiga « oração sobre as oblatas », ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Concedei, Senhor, Vos pedimos, que o dom oferecido aos olhos de vossa Majestade nos obtenha a graça da submissão e a recompensa de uma feliz eternidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Mateus 26. 42
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Pai, se este cálice não pode passar de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Fazei, Senhor, que pela ação deste Mistério, sejam expiados os nossos vícios e cumpridos os nossos justos desejos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Triunfo de Jesus
Ó Jesus, quero seguir-Vos no Vosso triunfo para Vos acompanhar depois até ao Calvário.
1 — A Semana Santa começa com a lembrança da entrada triunfal do Senhor em Jerusalém, no domingo que precede a Sua Paixão. Jesus, que sempre Se tinha oposto a toda a manifestação pública e que fugira quando as multidões quiseram fazê-lo rei (cfr. Jo. 6,15), deixa-Se hoje levar em triunfo. Só agora, que Se dirige para a morte, aceita ser aclamado publicamente como Messias porque, morrendo sobre a cruz, será de um modo mais pleno, o Messias, o Redentor, o Rei, o Vencedor. Aceita ser reconhecido como Rei, mas um Rei que reinará pela cruz, que triunfará e vencerá por meio da morte de cruz. A mesma multidão exultante que hoje O aclama, O amaldiçoará dentro de poucos dias e O conduzirá ao Calvário; assim, o triunfo de hoje dará mais publicidade e realce à Paixão de amanhã.
Jesus entra triunfalmente na cidade santa, mas é para aí sofrer, para morrer. Isto explica o duplo significado da Procissão dos Ramos: não se trata só de acompanhar Jesus em triunfo, mas de O acompanhar à Paixão, prontos a partilhá-la com Ele, procurando segundo a exortação de S. Paulo (Ep. Fil. 2,5-11), fazer nossos os sentimentos de Jesus, sentimentos de humildade e de imolação total que nos devem conduzir como Ele e com Ele « até à morte e morte de cruz ». As palmas, os ramos de oliveira bentos que hoje nos entrega o sacerdote, não têm só um significado festivo, mas « simbolizam a vitória que Jesus alcançará sobre o príncipe da morte » (MR.). Devem significar também a nossa vitória; também nós devemos merecer a palma da vitória, vencendo primeiro o mal que existe em nós, nas nossas más tendências e depois o mal que está à nossa volta. Quando recebermos o ramo bento renovemos a nossa promessa de querer vencer com Jesus, mas não nos esqueçamos de que Ele venceu sobre a cruz.
2 — Jesus consente em ser levado em triunfo, mas como é humilde e manso no Seu triunfo! Ele sabe que no meio do povo gritando hosanas se escondem os Seus inimigos que, com malignas insinuações, conseguirão converter aqueles « hosanas » em « crucifige »; sabe-o e podia impor-Se-lhes com o poder da Sua divindade, podia desmascará-los publicamente, frustrando os seus planos. Jesus não quer vencer e reinar pela força, mas pelo amor, pela doçura. Muito a propósito nota o Evangelista: « Dizei a filha de Sião: Eis que o Teu rei vem a ti, manso, montado sobre um jumento » (Mt. 21,15). Com esta mesma mansidão, Ele, o inocente, o único verdadeiro Rei e Vencedor, consentirá em aparecer como um réu, condenado e vencido, como um rei de comédia. E assim atrairá tudo a Si, quando for levantado sobre a cruz.
Enquanto o cortejo prossegue triunfante, Jesus vê desenhar-Se a Seus pés o panorama de Jerusalém. E — nota S. Lucas (19, 41-44) — « quando chegou perto, ao ver a cidade, chorou sobre ela, dizendo: 'Se ao menos neste dia tu conhecesses ainda o que te pode trazer a paz!... Os teus inimigos não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visita ». Jesus chora a obstinação da cidade santa que, por não O ter reconhecido como Mestre, por não ter aceitado o Seu Evangelho, será destruída pela raiz.  Jesus é verdadeiro Deus, mas é também verdadeiro homem e, como tal, vibra de comoção e de dor pela triste sorte que Jerusalém preparou para si com a sua obstinada resistência à graça. Ele já caminha para a Paixão e morrerá também pela salvação de Jerusalém; contudo Jerusalém não será salva porque não quis, « porque não conheceu o tempo da Sua visita ». É esta a história de tantas almas que resistem à graça, é este o motivo do sofrimento mais profundo e mais íntimo do coração dulcíssimo de Jesus. Ao menos tu, alma piedosa, dá ao Senhor a alegria de te ver aproveitar plenamente os méritos da Sua dolorosíssima Paixão, de todo o Seu Sangue derramado. Quando resistes aos convites da graça, resistes à Paixão de Jesus e impedes que ela te seja aplicada em toda a Sua plenitude.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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