sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Edição nº 275

« Liturgia Dominical »
Ano 5 – nº 275  14 de agosto de 2016
13º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES
verde – 2a. classe.

« E aconteceu que, enquanto iam, ficaram limpos »


Três pensamentos preparam-nos para a santa Missa de hoje: 1. A necessidade que temos do auxílio de Deus. 2. A prontidão do auxílio divino. 3. A prova de que Deus nos auxilia.


  • 15. segunda-feira – branco – Assunção de Nossa Senhora – 1a. classe.
          13º. Aniversário da Sagração Episcopal do Exmo. Sr. Bispo Titular de Cedamusa e Administrador Apostólico D. Fernando Arêas Rifan.
  • Dia 18, quinta-feira, 14º Aniversário da Sagração Episcopal do Exmo. Sr. Bispo Administrador Apostólico D. Fernando Arêas Rifan.

Intróito / Salmo 73. 19-23, 1
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
No Introito, pedimos o auxílio em geral.
Olhai, propício, Senhor, para vossa aliança; não Vos esqueçais para sempre das almas de vossos pobres. Levantai-Vos, Senhor, e julgai a vossa causa; não Vos esqueçais das vozes dos que Vos invocam. Sl. Ó Deus, por que nos rejeitais para sempre? Acendeu-se vossa ira contra as ovelhas de vosso pasto? . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Na oração, um aumento de fé, esperança e caridade, virtudes que, como sementes, foram pelo Batismo depostas em nossa alma, e que não se desenvolvem em nós sem a graça de Deus.
Ó Deus, onipotente e eterno, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade, e fazei com que amemos o que ordenais, para que mereçamos alcançar o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo Apóstolo aos Gálatas 3. 16-22
Nossa súplica é baseada na Epístola que fala na fidelidade de Deus em suas promessas. Abraão é um exemplo de fé, esperança e caridade. A ele e seus descendentes dirigem-se as promessas de Deus.
Irmãos: 16As promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não foi dito: E às descendências, como se tratando de muitos, mas como de um só: E à tua descendência, que é o Cristo. 17Isto, porém, digo: a lei que veio quatrocentos e trinta anos depois, não anula a aliança confirmada por Deus, de sorte que se tornaria vã a promessa. 18Porque, se da lei viesse a herança, então, já não viria da promessa. Ora, é que Deus pela promessa a deu a Abraão. 19Para que é, então, a lei? Ela foi dada por causa das transgressões, até vir o Descendente ao qual se refere a promessa; promulgada por Anjos passou pela mão de um mediador. 20Ora, não há mediador, quando se trata de um só; e Deus é um. 21Será, portanto, a lei contra as promessas de Deus? De modo algum. Somente, se fosse dada uma lei capaz de comunicar a vida, então, em verdade, a justificação viria da lei. 22Mas, pelo contrário, a Escritura reuniu tudo sob o pecado, a fim de que a promessa fosse dada, pela fé em Jesus Cristo, aos que creem.
Gradual / Salmo 73. 20, 19, 22
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Olhai propício, Senhor, para a vossa aliança e não Vos esqueçais para sempre das almas de vossos pobres. . Levantai-Vos, Senhor, e julgai a vossa causa, lembrai-Vos do opróbrio de vossos servos.
Aleluia / Salmo 89. 1
Aleluia, aleluia. . Ó Senhor, Vós sois o nosso refúgio, de geração em geração. Aleluia.
Evangelho segundo São Lucas 17. 11-19
No Evangelho vemos como o Salvador prometido se desempenha de sua missão.
Dos dez leprosos curados, somente um teve fé em Cristo, fé que o salvou. A cura da lepra é a imagem da cura do pecado.
Naquele tempo, 11indo Jesus a Jerusalém, atravessava a Samaria e a Galiléia. 12E, ao entrar em uma aldeia, saíram-Lhe ao encontro dez homens leprosos. Eles pararam ao longe1, 13e elevaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tende piedade de nós! 14Vendo-os, Jesus disse: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes2. E aconteceu que, enquanto iam, ficaram limpos. 15Um deles, logo que se viu curado, voltou atrás, e glorificou a Deus em alta voz; 16e prostrando-se por terra, aos pés de Jesus, deu-Lhe graças; e este era Samaritano. 17Então, Jesus perguntou: Não foram dez os que ficaram curados? Onde estão, pois, os outros nove? 18Não houve quem voltasse e viesse dar glória a Deus, senão este estrangeiro. 19E disse-lhe: Levanta-te e vai: tua fé te salvou.
1. O leproso devia evitar toda e qualquer relação com os outros homens.
2. O leproso, ritualmente impuro, devia fazer verificar a sua cura por meio de um sacerdote, para ser admitido na sociedade.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 30. 15-16
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Em Vós, Senhor, espero e digo: Vós sois o meu Deus; em vossas mãos estão os meus dias.
Secreta
Na santa Missa sabemos que Ele continua sua missão, no Sacrifício e no Sacramento, como nos mostram a Secreta, a Communio e a Postcommunio.
Senhor, sede propício a vosso povo e aceitai benigno as nossas oferendas, a fim de que, aplacado por esta oblação, nos concedais o perdão e atendais às nossas súplicas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Sabedoria 16. 20
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Senhor, Vós nos destes o Pão do céu que contém todas as delícias e todo o sabor da suavidade.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Nós Vos rogamos, Senhor, que, pela recepção destes Sacramentos celestes, alcancemos aumento da salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Os Dez Leprosos
Ó Jesus Salvador, tenho necessidade de Vós. Curai-me, tende piedade de mim!
1 — No ciclo dos domingos depois do Pentecostes, a Igreja continua a pôr-nos diante dos olhos, ora sob um aspecto ora sob outro, a obra misericordiosa de Jesus para com as nossas almas. Há quinze dias apresentava-no-la figurada na cura do surdo-mudo; no domingo passado, na ação piedosa do samaritano; e hoje, na cena comovedora dos dez leprosos curados pelo Senhor. Deste modo a Igreja tem em vista manter desperta em nós a humilde consideração da nossa miséria, da necessidade imensa que temos continuamente da obra redentora de Jesus e, ao mesmo tempo, quer fazer-nos sentir que esta obra está sempre em atividade e que em cada dia e a cada momento vivemos sob o seu influxo. O trecho evangélico (Lc. 17. 11-19) escolhido para a Missa de hoje, põe particularmente em evidência o aspecto central da Redenção: a cura das nossas almas da lepra do pecado. Já na antiguidade a lepra foi considerada como a figura mais adequada para nos dar idéia da fealdade do pecado e, com efeito, seria difícil imaginar coisa mais horrível e repugnante. Todavia ao passo que a lepra do corpo é tão temida, que indiferença e despreocupação entre os cristãos perante a lepra da alma! Como estamos longe do sentimento profundo e realista que os santos tinham da ofensa a Deus! « Ah! — exclama Sta. Teresa — porque não compreendemos que o pecado é uma guerra aberta de todos os nossos sentidos e potências contra Deus! Quem mais pode, mais traições inventa contra o seu Rei » (Ex. 14, 2). Um dos frutos do Evangelho deste dia é precisamente o de despertar nas nossas almas um arrependimento vivo e eficaz das culpas cometidas, e um sentimento de humildade profunda ao reconhecermos a nossa miséria. Vamos nós também juntamente com os dez leprosos ao encontro do Senhor e gritemos-Lhe: « Jesus, Mestre, tem compaixão de nós! ».
2 — O Evangelho de hoje indica-nos também os remédios contra o pecado. Acima de tudo, a humildade sincera que reconhece a própria miséria; mas a humildade não basta, é preciso que vá acompanhada do recurso confiante a Deus. Os pobres leprosos, conscientes do seu miserável estado, confiaram em Jesus e dirigiram-Lhe a sua súplica cheia de confiança: foi o primeiro passo para a cura. Certas almas choram as suas misérias, afligem-se por causa delas, e contudo não se curam porque não sabem recorrer confiadamente a Jesus, o único médico capaz de as curar. A lembrança das suas culpas retém-nas, quase não se atrevem a aproximar-se dEle, não ousam confiar na Sua misericórdia; estas almas não compreendem que devemos ir a Jesus exatamente porque somos pecadores e que « os sãos não tem necessidade de médico, mas sim os enfermos » (Lc. 5, 31).
O divino Mestre não curou diretamente os pobres leprosos, mas enviou-os aos sacerdotes: « Ide, mostrai-vos aos sacerdotes »; eles obedeceram sem discutir, sem duvidar, « e enquanto iam, ficaram limpos ». Assim procede Jesus conosco. É sempre Ele que nos cura, mas ordinariamente quer fazê-lo por meio dos Seus ministros. Algumas almas não têm fé suficiente na palavra e na obra do ministro de Deus, não acreditam bastante na eficácia dos sacramentos, da absolvição sacramental e vivem por isso em contínuas angústias. Quando uma alma expôs com sinceridade o estado da sua consciência sem intenção alguma de enganar, deve ficar tranqüila e confiar plenamente no juízo do sacerdote. Neste caso, pôr em dúvida a palavra do ministro de Deus, duvidar da absolvição recebida equivale a duvidar do próprio Jesus, visto que Ele decidiu agir em nós por meio da ação dos Seus representantes.
Dos dez leprosos curados só um sentiu o dever de voltar atrás a fim de exprimir o seu reconhecimento ao Senhor. « Feliz a alma — comenta S. Bernardo — que a cada dom da graça de Deus se volta para Aquele que, à nossa gratidão pelos benefícios recebidos, responde com novos benefícios. O que nos impede de progredir na vida cristã, é a ingratidão, porque Deus considera como perdido aquilo que recebemos sem reconhecimento e abstém-Se de nos conceder novas graças ».
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967
ORAÇÃO DO DIZIMISTA
Recebei, Senhor, a minha oferta!
Não é uma esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma contribuição a Vós, porque não precisais.
Não é o resto que me sobra que vos ofereço.
Esta importância representa, Senhor,
MEU RECONHECIMENTO, MEU AMOR,
Pois, se tenho, é porque me destes. Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário