sábado, 9 de abril de 2016

Edição nº 255

« Liturgia Dominical »
Ano 5 nº 255  10 de abril de 2016
X 2º DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA
Domingo do Bom Pastor
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" Eu sou o Bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. " Ev.


               Os cordeiros, embranquecidos ainda da água batismal, acorrem à fonte da salvação, que a cruz redentora faz brotar neste novo paraíso que é a Igreja, rebanho do Bom Pastor.


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Intróito / Misericordia Domini - Salmo 32. 5-6, 1
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Da misericórdia do Senhor está cheia a terra, aleluia. Pela palavra do Senhor foram criados os céus, aleluia, aleluia. Sl. Exultai, ó Justos, no Senhor. Os retos de coração devem louvá-Lo. ℣.Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
A humilhação do Filho de Deus eleva o mundo. Dando a vida pela salvação daqueles que o Pai lhe confiara, Jesus revelou-se o autentico Pastor, que Deus prometera a seu povo.
Ó Deus, que pela humilhação de vosso Filho levantastes o mundo do abatimento em que jazia, concedei a vossos fiéis a alegria perpétua, e, assim como os livrastes do perigo da morte eterna, fazei-os gozar as alegrias eternas. Pelo mesmo Jesus Cristo.
& Epístola de São Pedro Apóstolo 1 2. 21-25
S. Pedro aplica a Jesus, « em cujas feridas fomos curados », a profecia de Isaías, sobre o Messias sofredor.
Caríssimos: O Cristo padeceu por nós, e deixou-vos o exemplo, para que sigais as suas pegadas, Ele não cometeu pecado, nem engano foi achado em sua boca1. Quando O injuriavam, a ninguém injuriava; e quando maltratado, não ameaçava, mas entregava-se a quem injustamente O julgava. Foi Ele mesmo quem levou os nossos pecados em seu Corpo, sobre o madeiro [da cruz] para que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Por suas chagas fostes curados2, pois, vós éreis como ovelhas desgarradas; agora, porém, já vos convertestes ao Pastor e Bispo de vossas almas.
1 Isaías 53.9
2 Isaías 53.4-5
Alelúia / Lucas 24. 35; João 10. 14
Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Aleluia é um grito de júbilo, que significa: "louvai ao Senhor".
Aleluia, aleluia. ℣.Os discípulos conheceram o Senhor Jesus na fração do pão. Aleluia. ℣.Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. Aleluia.
& Evangelho segundo São João 10. 11-16
« Conheço as minhas ovelhas »; isto é, Jesus ama-as, precisa S. Gregório. « E as minhas ovelhas conhencem-Me » — amam-Me e seguem-Me!  Vede lá, irmãos, se sois, de fato, do número das suas ovelhas, se O amais, se O seguis! (Homilia de matinas).
 N aquele tempo, disse Jesus aos fariseus: Eu sou o bom Pastor3. O Bom Pastor dá a sua vida por suas ovelhas. O mercenário, porém, o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas, vendo chegar o lobo, deixa as ovelhas e foge; e o lobo rouba e dispersa as ovelhas. O mercenário foge, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem. Assim como o Pai me conhece, e eu conheço o Pai, eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Outras ovelhas tenho eu ainda que não são deste aprisco. É preciso que eu as chame também, e ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.
3. Ou melhor: « o verdadeiro e perfeito Pastor ».
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 62. 2 e 5
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Ó Deus, meu Deus, eu velo a invocar-Vos desde a aurora; e em vosso Nome levantarei as minhas mãos, aleluia.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Fazei, Senhor, que esta sagrada Oblação nos obtenha sempre a vossa bênção salutar, para que produza por sua força o que representa no Mistério. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Joao 10. 14
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Eu sou o bom Pastor, aleluia. E conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem, aleluia, aleluia.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, tendo alcançado a graça de uma vida nova, sempre nos gloriemos em vossas dádivas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Bom Pastor
Venho a Vós, ó Jesus, meu bom Pastor, conduzi-me às pastagens da vida eterna.
1 — Na doce figura do Bom Pastor, a liturgia de hoje resume tudo o que Jesus fez pelas nossas almas.
O Pastor é tudo para as suas ovelhas: a sua vida, o seu alimento, a sua guarda, estão inteiramente nas suas mãos e se o pastor é bom, sob a sua proteção nada tem a temer e nada lhes faltará.
Jesus é o Bom Pastor por excelência: Ele não só ama, alimenta e guarda as suas ovelhas, mas dá-lhes a sua própria vida e dá-lha à custa da Sua. Mediante a encarnação, o Filho de Deus veio à terra em busca dos homens que, semelhantes a ovelhas perdidas, se afastaram do redil e se perderam no vale tenebroso do pecado. Vem como pastor amantíssimo que, para melhor socorrer o Seu rebanho, não hesita em partilhar a sua sorte. A Epístola do dia (I Ped. 2, 21-25), apresenta-no-Lo assim, carregando os nossos pecados para nos curar pela Sua Paixão.   « Foi Ele mesmo que levou os nossos pecados em Seu corpo, sobre o madeiro da cruz a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; éreis como ovelhas desgarradas, mas agora vos convertestes ao Pastor e bispo das vossas almas ». « Eu sou o Bom Pastor — disse Jesus — e dou a vida pelas minhas ovelhas ». No ofício do tempo pascal a Igreja canta repetidas vezes: « Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ovelhas e se dignou morrer pelo seu rebanho ». Como poderia sintetizar-se melhor toda a obra da redenção? Esta surge ainda mais grandiosa quando da boca de Jesus ouvimos dizer: « Eu vim para que elas tenham vida e estejam na abundância » (Jo. 10,10). Na verdade Ele podia repetir a cada um de nós: « que coisa poderia Eu fazer por ti que não tivesse feito? » (cfr. Is. 5,4). Oh! se a nossa generosidade em nos darmos a Ele não tivesse limites, como não teve a Sua ao dar-Se a nós!
2 — Jesus diz ainda: « Eu conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, como o Pai me conhece, assim eu conheço o Pai » (Jo. 10, 11-16). Ainda que não se trate de igualdade, mas de simples semelhança, quão reconfortante e quão glorioso é para nós ver como Jesus gosta de comparar as sua relações conosco às Suas relações com o Pai! Na última ceia também disse: « Como o Pai me amou, assim eu vos amei », e ainda: « Como tu, Pai o és  em mim e eu em Ti , que também eles sejam um em nós » (Jo. 15,9; 17,21). Isto mostra-nos como, entre nós — as ovelhas — e Jesus — o Bom Pastor — não existe só uma relação de conhecimento, mas também de amor, de comunidade de vida, semelhante à que existe entre o Pai e o Filho. Chegamos a estas relações com o nosso Deus — tão profundas que nos fazem participar da Sua própria vida íntima — mediante a graça, a fé e a caridade que o Bom Pastor nos mereceu, dando a Sua vida por nós.
Entre o Bom Pastor e as Suas ovelhas estabelece-se assim uma íntima relação de conhecimento amoroso, tão íntima, que o Pastor conhece uma a uma as Suas ovelhas e as chama pelo nome e elas conhecem a Sua voz e seguem-No docilmente. Cada alma pode dizer: Jesus conhece-me e ama-me, não de um modo genérico e abstrato, mas concreto, nas minhas necessidades, nos meus desejos, na minha vida. Para Ele, conhecer-me significa fazer-me bem, envolver-me cada vez mais com a Sua graça, santificar-me. Porque me ama, Jesus chama-me pelo meu nome. Chama-me quando, na oração, me abre novos horizontes de vida espiritual, ou me faz conhecer melhor os meus defeitos, a minha miséria. Chama-me quando me repreende ou me purifica por meio da aridez e quando me consola e encoraja, infundindo-me novo fervor. Chama-me, quando me faz sentir a necessidade de maior generosidade, quando me pede sacrifícios ou me concede alegrias e, mais ainda, quando desperta em mim um amor mais profundo por Ele. Perante os seus apelos, a minha atitude deve ser a da ovelha dedicada que reconhece a voz do seu Pastor e O segue sempre.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967
ORAÇÃO DO DIZIMISTA
Recebei, Senhor, a minha oferta!
Não é uma esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma contribuição a Vós, porque não precisais.
Não é o resto que me sobra que vos ofereço.
Esta importância representa, Senhor,
MEU RECONHECIMENTO, MEU AMOR,
Pois, se tenho, é porque me destes. Amém.

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