sábado, 5 de setembro de 2015

Dóminus 222

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 4 - Edição nº 222
X 15º Domingo depois de Pentecostes
6 de setembro de 2015.
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Então, Jesus, disse: Jovem, eu te digo, levanta-te. E o que estava morto se sentou, e começou a falar. Ev.
Nesta semana teremos duas festas para Nossa Senhora:
Dia 8, terça-feira, NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA e
dia 12 sábado, Festa do Santo Nome de Maria 
Intróito / Salmo 85. 1-4
        O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
         Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
     Inclinai, Senhor, os vossos ouvidos para mim, e atendei-me. Meu Deus, salvai o vosso servo que em Vós espera. Tende piedade de mim, Senhor, pois, eu clamo por Vós todo o dia. Sl. Alegrai a alma de vosso servo; porque, a Vós, Senhor, elevo a minha alma. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
        Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
            "Miseratio continuata mundet et muniat": uma misericórdia, cuja ação, sempre presente, dá incessantemente à Igreja a sua força e pureza.
     Vossa contínua misericórdia, Senhor, purifique e fortaleça a vossa Igreja, e, porque, sem Vós, ela não pode subsistir ilesa, dignai-Vos sempre governá-la com a vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Gálatas 5. 25-26; 6. 1-10
              É a continuação da epístola do último domingo sobre o programa duma vida cristã, vivida ao sopro do Espírito Santo: lembrar-se da fraqueza humana e estar vigilante, guardar-se do mal, fazer o bem a todos, na medida de suas forças.
     Irmãos: Se vivemos no Espírito, conduzamo-nos também pelo Espírito. Não cobicemos a vanglória, provocando-nos mutuamente e invejando uns aos outros. Meus irmãos, se um homem for surpreendido em algum pecado, vós que sois espirituais, instruí-o com espírito de mansidão, considerando a vós mesmos, para que não venhais também a ser tentados. Carregai o peso uns dos outros: assim, cumprireis a lei do Cristo. Porque, se alguém se julga alguma coisa, quando nada é, a si mesmo se engana. Examine cada um suas próprias ações e, então, terá sua glória somente em si mesmo, e não se compare com outro. Porque, cada um carregará o seu próprio peso. Aquele que é catequizado na palavra, reparta de todos os seus bens com aquele que o catequiza. Não vos enganeis; de Deus não se zomba. Pois, aquilo que o homem semear, isso também colherá. O que semear em sua carne, recolherá da carne corrupção, e o que semear no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos, pois, de fazer o bem, porque em tempo propício colheremos o fruto, se houvermos sido constantes. Portanto, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mormente aos companheiros de fé.
Gradual / Salmo 91. 2-3
           Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
     É bom louvar ao Senhor, e cantar em honra de vosso Nome, ó Altíssimo! . Para anunciar a vossa misericórdia desde a manhã, e a vossa fidelidade durante a noite.
Aleluia / Salmo 94. 3
     Aleluia, aleluia. . O Senhor é o grande Deus, o grande Rei sobre toda a terra. Aleluia.
& Evangelho segundo São Lucas 7. 11-16
         "Se todos têm olhos para verificar a ressureição dum morto, como no caso do filho da viúva de Naim, nem todos os têm para ver as ressureições dos mortos espiritualmente. Para isso, é preciso estar-se espiritualmente ressuscitado" (S. Agostinho, em matinas).
     N aquele tempo, ia Jesus para uma cidade chamada Naim. Iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. E quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade. Vendo-a, o Senhor moveu-se de compaixão para com ela, e disse-lhe: Não chores. Depois, aproximou-se e tocou no esquife. (E os que o levavam, pararam). Então, Jesus, disse: Jovem, eu te digo, levanta-te. E o que estava morto se sentou, e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos, porém, se encheram de temor; e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande Profeta surgiu entre nós; e Deus visitou o seu povo.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
      Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 39. 2-4
          Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
     Ansiosamente esperei no Senhor e Ele me atendeu; ouviu a minha súplica: pôs em minha boca um cântico novo, um hino de louvor a nosso Deus.
Secreta
               É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
     Fazei, Senhor, que os vossos Sacramentos nos guardem e nos defendam sempre de todos os ataques do demônio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / João 6. 52
              Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
              Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
     O Pão que eu dou é a minha carne [imolada] para a vida do mundo.
Postcommunio
             Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
     Fazei, Senhor, Vos rogamos, que nossos corpos e nossas almas sejam inteiramente submetidos à influência deste Dom celestial, de sorte que sempre em nós predominem os efeitos deste Sacramento e não o nosso próprio sentir. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Ó Jesus vida da minha alma, fazei-me ressuscitar cada dia para uma nova vida de caridade e de fervor.
        1 — Na Missa de hoje predomina um pensamento tantas vezes repetido na liturgia e tão querido ao nosso coração: Jesus é a nossa vida. Tudo o que de bom há em nós é fruto da Sua graça: pela Sua graça permanecemos firmes no bem (Colecta); pela Sua graça podemos viver segundo o espírito (Epístola); pela Sua graça ressuscitamos do pecado (Evangelho) e, alimentando-nos com a Sua carne, alimentamos em nós a Sua vida (Communio). Sem Jesus estaríamos na morte, sem Ele nunca poderíamos viver esta magnífica vida do espírito que S. Paulo nos descreve na Epístola de hoje. (Gal. 5, 25 e 26; 6, 1-10)
        Escolhamos nela alguns pensamentos. «Não nos façamos ávidos da vanglória, provocando-nos uns aos outros. Se alguém julga ser alguma coisa não sendo nada, a si mesmo se engana.» A humildade é apresentada aqui como o fundamento da concórdia fraterna: quem é soberbo leva consigo um foco de discórdia porque, preferindo-se aos outros, será muitas vezes provocador, invejoso, será altivo e desprezará aqueles que são inferiores a si.
        «Se algum homem for surpreendido em algum delito, vós, que sois espirituais, admoestai-o com o espírito de mansidão.» Quem procura escalar as alturas deve estar atento para não criticar quem caminha mais embaixo, para não se escandalizar com as fraquezas dos outros e se o dever lhe impõe admoestar alguém, deve fazê-lo com doçura e com bondade; doçura que é ainda fruto da humildade porque, ao corrigir os outros, é necessário sempre vigiar-se a si próprio: «não caias também em tentação».
        «Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos.» As dificuldades da vida espiritual não devem desanimar-nos, mesmo quando não conseguimos superá-las. Deus não nos exige o êxito, mas que renovemos continuamente os nossos esforços, ainda que não lhes vejamos os resultados. «A seu tempo», isto é, quando Deus quiser e do modo que Lhe agradar, colheremos os frutos com a condição, porém, de «não desfalecermos».
        2 — No Evangelho (Lc. 7, 11-16) o conceito de Jesus nossa vida é ainda mais claro. O Mestre encontra-Se com o triste cortejo que acompanha um jovem à sepultura; a sua mãe soluça junto dele e «o Senhor movido de compaixão para com ela, disse-lhe: 'Não chores'». Depois «aproximou-se e tocou no esquife. Então disse: 'Jovem, eu te digo, levanta-te!...' e entregou-o a sua mãe». Jesus é o Salvador que tem compaixão das nossas misérias e que usa da Sua onipotência divina para as aliviar; hoje vemo-lO operar um milagre para consolar uma mãe viúva, restituindo-lhe, cheio de vida, o filho já morto. É um rasgo da delicadeza do Seu amor por nós; mas quantos outros não brotaram do Seu coração, talvez menos visíveis, mas não menos amorosos e vivificantes! «Encontramos no Evangelho três mortos ressuscitados visivelmente pelo Senhor — comenta Santo Agostinho — mas Ele ressuscitou milhares de mortos invisíveis.» Escrevendo estas palavras, o Santo devia recordar-se com reconhecimento inefável do milagre imensamente maior que Jesus tinha realizado em seu favor, fazendo-o ressuscitar da morte do pecado.
        Sto. Agostinho, como tantos outros santos, é um ressuscitado. Se os santos que viveram na inocência exercem sobre nós uma grande fascinação, os ressuscitados do pecado têm ainda maior poder para nos encorajar na luta. Se vencer o orgulho, a sensualidade e todas as outras paixões é duro para nós, não o foi menos para eles; também eles conheceram as nossas tentações, as nossas lutas, as nossas quedas; e se ressuscitaram, por que não poderemos nós também ressuscitar?
        Nem sempre — graças a Deus — se trata de ter que ressuscitar do pecado grave, mas temos sempre de ressuscitar de pequeninas infidelidades diárias que, se não forem reparadas, pouco a pouco enfraquecem o fervor da vida espiritual. Neste sentido, todos os dias e a todas as horas temos necessidade de ressuscitar; no entanto, muitas vezes não temos força para isso. Mas se invocarmos Jesus, nossa vida, Ele nos tocará com a Sua graça, como tocou com a Sua mão o ataúde do jovem de Naim, derramará em nós novo vigor e voltará a pôr-nos, cheios de coragem, no caminho da perfeição. A ressurreição do jovem foi obtida pelas lágrimas da sua mãe; que a nossa seja impetrada, cada dia, pelas lágrimas do nosso coração, pela compunção, pela humildade, pela confiança.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.

Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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