sábado, 19 de setembro de 2015

Dóminus 224


Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 5 - Edição nº 224
X 17º Domingo depois de Pentecostes
20 de setembro de 2015.
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O segundo é semelhante a este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Ev.
          Ouça a Santa Missa todos os Domingos, às 06:50h da manhã, pela Rádio Bom Jesus AM, no link abaixo:
Intróito / Salmo 118. 137, 124, 1
        O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
            Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Justo sois, Senhor, e retos são os vossos juízos; agi com o vosso servo segundo a vossa misericórdia. Sl. Bem-aventurados os que são imaculados em seu caminho; os que andam na lei do Senhor. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
        Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
            O amor de Deus deve ser puro e sem cisões. Ele exclui tudo o que se opõe a Deus.
Concedei, Senhor, Vos rogamos, que o vosso povo evite as influências diabólicas, e a Vós somente, ó Deus, sirva com pureza de alma. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Efésios 4. 1-6
O fundamento da caridade fraterna reside nos laços que nos unem a Deus em Cristo. O Criador destes laços e a fonte viva da caridade é o Espírito Santo.
Irmãos: Eu, que me acho preso pelo amor do Senhor[1], vos rogo que andeis como é digno da vocação a que fostes chamados: em toda humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros na caridade e procurando guardar a união do Espírito, no vínculo da paz. Um só corpo e um só Espírito [sois vós], como também, sois chamados a uma só esperança por vossa vocação. Um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus e Pai de todos, que está acima de todos e age em tudo e em todos nós. Seja Ele bendito por todos os séculos dos séculos. Amém.
Gradual / Salmo 32. 12, 6
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Feliz a nação cujo Senhor é Deus; e o povo que o Senhor escolheu para sua herança. . Pela palavra do Senhor foram criados os céus; e do sopro de sua boca vem todo o exército das estrelas.
Aleluia / Salmo 101. 2
Aleluia, aleluia. . Senhor, atendei à minha oração, e chegue até Vós o meu clamor. Aleluia.
& Evangelho segundo São Mateus 22. 34-46
A propósito do 1.º mandamento, segue-se a afirmação solene da divindade de Cristo. Descendente de David como homem, é maior que David, pelo seu caráter divino, caráter que o próprio profeta pressentira.
     Naquele tempo, chegaram-se a Jesus os fariseus, e um deles, que era doutor da lei, perguntou-Lhe para O tentar: Mestre, qual é o mandamento da lei[2]? Disse-lhe Jesus: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo teu entendimento[3]. Este é o máximo e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo[4]. Destes dois mandamentos dependem toda a lei, e os profetas. E estando juntos os fariseus, interrogou-os Jesus, dizendo: Que vos parece do Cristo? De quem é Filho? Responderam-Lhe: de Davi. Jesus lhes disse: Como, pois, em espírito, Davi o chama Senhor, dizendo: O Senhor disse a meu Senhor: Senta-te à minha direita, até que ponha os teus inimigos como escabelo de teus pés?[5] Se, pois, Davi O chama Senhor, como é Ele o seu filho? E ninguém, pôde responder-Lhe uma só palavra; e desde aquele dia ninguém ousou mais fazer-Lhe perguntas.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Daniel 9. 17-19
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Eu, Daniel, orei a meu Deus, dizendo: Atendei, Senhor, às preces de vosso servo; fazei resplandecer a vossa face em vosso santuário, e olhai benigno para este povo sobre o qual, ó Deus, foi invocado o vosso Nome.

Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Senhor, humildemente suplicamos à vossa Majestade que estes santos Mistérios que celebramos nos livrem das culpas passadas e nos preservem das futuras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 75. 12-13
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Fazei votos ao Senhor, vosso Deus, e cumpri-os, Vós todos que em redor de seu altar apresentais oferendas a este Deus terrível, que dobra o orgulho dos príncipes e é tremendo para todos os reis da terra.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Ó Deus onipotente, fazei que por estes vossos Sacramentos sejam curados os nossos males, e nos venham também os remédios eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A União Fraterna
        Meu Deus, concedei-me a graça de conservar a união com o próximo pelo vínculo da caridade e da paz.
1 — Como Jesus, no curso da Sua vida terrena, não cessou de recomendar a caridade e a união fraterna, assim a Igreja, nas Missas dominicais, continua a inculcar-nos esta virtude. Hoje fá-lo servindo-se de um trecho da carta de S. Paulo aos Efésios (4, 1-6): «Rogo-vos que andeis dum modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros por caridade, solícitos em conservar a unidade do espírito pelo vínculo da paz». O chamamento que recebemos foi a vocação ao cristianismo, a vocação ao amor. Deus, caridade infinita, adota-nos como Seus filhos a fim de que rivalizemos com a Sua caridade a tal ponto que seja o amor o vínculo que nos una a todos num só coração, como o Pai e o Filho estão unidos numa só Divindade pelo vínculo do Espírito Santo. «Como Tu, Pai, o és em mim e eu em Ti, que também, eles sejam um em nós», pediu Jesus para nós (Jo. 17, 21).
        «Conservar a unidade pelo vínculo da paz»: eis uma coisa fácil e difícil ao mesmo tempo. Fácil porque, quando o coração é verdadeiramente humilde, manso e paciente, tudo suporta com amor, tendo maior cuidado em se adaptar à mentalidade e aos gostos alheios do que em fazer valer os seus. Difícil porque, enquanto estivermos no mundo, o amor próprio, apesar de mortificado, tenta sempre ressurgir e afirmar os seus direitos, criando constantes ocasiões de choques recíprocos. Para os evitar é preciso muita renúncia de si mesmo e muita delicadeza para com os outros. Devemos persuadir-nos de que tudo o que perturba, enfraquece ou, o que é pior, destrói a união, não pode agradar a Deus, mesmo que o façamos sob pretexto de zelo. Excetuando o cumprimento do dever e o respeito pela lei de Deus, devemos preferir sempre renunciar às nossas ideias, embora boas, a discutir com o próximo. Dá muito mais glória a Deus um ato de renúncia humilde a favor da união, dá muito mais glória a Deus a paz entre os irmãos, do que uma obra grandiosa que possa causar discórdia e desentendimento.
        2 — O excesso de personalismo, o grande desejo de agir cada um a seu modo são muitas vezes causa de divisões entre os bons. Dada a nossa limitação, as nossas ideias não podem ser de tal modo absolutas que não admitam as ideias dos outros. Se o nosso modo de ver é bom, reto, luminoso, pode haver outros igualmente bons e até melhores; por isso, em vez de o rejeitarmos por não sabermos renunciar a opiniões demasiado pessoais, é mais prudente, humilde e caritativo aceitar o modo de ver alheio, procurando conciliá-lo com o nosso. Este personalismo é inimigo da união, é um obstáculo para o maior êxito das obras e mesmo para o nosso progresso espiritual.
        Na Epístola de hoje S. Paulo apresenta-nos todos os motivos que temos para nos mantermos unidos: «[sede] um só corpo e um só espírito como fostes chamados a uma só esperança pela vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos». Se Deus quis salvar-nos e santificar-nos unidos a Cristo e formando com Ele um só corpo, dando-nos uma única vocação, uma única fé, uma única esperança e sendo Ele o Pai de todos, como pretenderemos salvar-nos e santificar-nos separando-nos uns dos outros? Se não queremos frustrar o plano de Deus e pôr em perigo a nossa santificação e salvação, temos de estar prontos para qualquer sacrifício pessoal a fim de mantermos e consolidarmos a união. Lembremo-nos de que Jesus pediu para nós não só a união, mas a união perfeita: «que sejam consumados na unidade» (Jo. 17, 23).
        Também o Evangelho de hoje (Mt. 22, 34-46) vem reforçar este incitamento à união, visto Jesus repetir que o mandamento do amor do próximo é, juntamente com o do amor de Deus, o fundamento de toda a lei, de todo o cristianismo. Não desprezemos estes chamamentos contínuos à caridade e à união; a Igreja insiste neste ponto, pois nele insistiu Jesus, porque a caridade «é o mandamento do Senhor e se ele é observado, basta» (S. João EV.).
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.

Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.


[1] Na ocasião em que escreve esta carta, S. Paulo está prisioneiro em Roma.
[2] Questão muito discutida nas escolas judaicas contemporâneas.
[3] Deuteronômio 6.5
[4] Levítico 19. 18
[5] Salmo 109. 1

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