sábado, 19 de julho de 2014

Dóminus 159

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 3 - Edição nº 159
X 6º Domingo depois de Pentecostes
20 de julho de 2014.
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Ó Jesus, meu Senhor e meu Pai, tende compaixão da minha pobre alma e sustentai-a com a Vossa graça.
Intróito / Salmo 27. 8-9, 1
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
O Senhor é a força de seu povo, e o guarda das bênçãos de seu Unigênito. Salvai o vosso povo, Senhor, e abençoai a vossa herança; regei-os até a eternidade. Sl. Por Vós, Senhor, eu clamo; não silencieis para comigo, meu Deus; pois, se não me responderdes, serei semelhante aos que descem ao túmulo. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Ó Deus dos exércitos, que sois o Autor de tudo o que é bom, infundi em nossos corações o amor de vosso Nome, e aumentai em nós a vida religiosa, alimentando em nós o que é bom, e com zelo de amor paternal, conservai o que alimentastes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 6. 3-11
Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.
Irmãos: Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo, batizados fomos em sua morte. E assim nós fomos sepultados com Ele, pelo batismo para a morte, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos em uma vida nova. Realmente se fomos plantados juntamente com Ele na semelhança de sua morte [pelo Batismo] também o seremos na semelhança de sua Ressurreição. Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele, para que seja destruído o corpo do pecado e ao pecado nunca mais sirvamos. O que está morto, desse modo, justificado está do pecado. Ora, se somos mortos com o Cristo, cremos que com o Cristo também viveremos, pois, sabemos que o Cristo, ressuscitado dentre os mortos, já não morre, nem a morte O dominará mais. Porque, a sua morte foi morte para o pecado uma só vez, mas o que diz respeito à sua vida, vive para Deus. Assim, tende-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, no Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Gradual / Salmo 89. 13,1
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Voltai-Vos um pouco para nós, Senhor, e atendei aos rogos de vossos servos. . Senhor, Vós sois o nosso refúgio, de geração em geração.
Aleluia / Salmo 30. 2-3
Aleluia, aleluia. . Em Vós espero, Senhor; não serei confundido eternamente. Por vossa justiça livrai-me e salvai-me; inclinai para mim os vossos ouvidos; apressai-Vos em livrar-me. Aleluia.
& Evangelho segundo São Marcos 8. 1-9
Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.
Nas Missas solenes, o livro é levado honorificamente em procissão. É incensado antes de começar a leitura; e, terminada ela, é reverentemente beijado pelo celebrante.
Naquele tempo, estava com Jesus uma grande multidão; e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e lhes disse: Tenho compaixão deste povo; porque, já estão comigo há três dias e não têm o que comer. Se eu os mandar em jejum para as suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns vieram de longe. Seus discípulos responderam-Lhe: De onde poderá alguém fartá-los de pão, aqui no deserto? Perguntou-lhes Jesus: Quantos pães tendes? Responderam: Sete. Então, Ele ordenou à multidão que se assentasse no chão. E tomando os sete pães, deu graças, partiu-os e deu-os a seus discípulos, para que os distribuíssem ao povo. Havia, também, alguns peixinhos, e Ele os abençoou e mandou que os distribuíssem. Comeram, pois, e ficaram fartos, e dos pedaços que tinham sobrado, levaram sete cestos. E os que comeram, eram perto de quatro mil. Depois, Jesus os despediu.
Pregação – Divulgação Blog: http://dominuseletronico.blogspot.com.br
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 16. 5-7
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Firmai meus passos em vossas veredas, para que meus pés não vacilem. Inclinai os vossos ouvidos, e atendei às minhas palavras. Fazei brilhar as vossas misericórdias, Vós que salvais os que esperam em Vós, Senhor.
Secreta
Senhor, atendei benigno às nossas súplicas e aceitai com benevolência estas oblações de vosso povo, e para que nenhum voto resulte estéril, ou vã nenhuma súplica, fazei que realmente consigamos o que com fé pedimos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 26. 6
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Ando em redor de seu altar e imolo em seu tabernáculo uma hóstia de louvor; canto e digo salmos ao Senhor.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Saciados com os vossos Dons, concedei, Senhor, Vos pedimos, que por seu efeito sejamos purificados e por seu poder protegidos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A Compaixão de Jesus
1 — Há na liturgia de hoje um pensamento totalmente predominante; o Senhor é o Pai misericordioso que tem compaixão de nós e alimenta as nossas almas. A nossa alma está sempre faminta. Tem sempre necessidade de alimentar e sustentar a sua vida sobrenatural; só Deus nos pode dar o alimento adequado e por isso a Igreja convida-nos hoje a dirigir-Lhe esta bela oração: «Deus todo poderoso, fonte de tudo quanto é perfeito, infundi em nossos corações o amor... aumentai em nós o espírito de religião... o bem que em nós há, fortalecei-o, e assim fortalecido, conservai-o» (Colecta). O Pai celeste acolhe benignamente a nossa súplica e responde-nos encaminhando-nos para o Seu divino Filho, o Seu Unigênito que enviou ao mundo a fim de que nEle tivéssemos a vida. Na Epístola (Rom. 6, 3-11), S. Paulo recorda-nos que «fomos batizados na morte de Cristo» para «vivermos uma vida nova» e nEle podermos «viver para Deus». Por conseguinte, em Jesus, na Sua Redenção, encontramos tudo aquilo de que temos necessidade para alimentar a vida das nossas almas; encontramos a graça, o amor, a fé, o amparo dos nossos bons propósitos, exatamente como pedimos na Colecta. É uma grande alegria para nós ouvir repetir que ressuscitamos em Cristo para «uma vida nova»; é um grande conforto para a nossa fraqueza. Contudo, há ainda um ponto obscuro: mas então, porque continuamos a cair e nos vemos sempre tão miseráveis? Uma leitura mais atenta da Epístola permiti-nos-á descobrir o motivo: não estamos totalmente «mortos» com Cristo, em nós «o homem velho» não foi ainda «crucificado» até ao ponto de «não servirmos jamais ao pecado». Numa palavra, se queremos viver plenamente a vida que Cristo nos conquistou com a Sua morte, devemos primeiro morrer com Ele. E como se trata não da morte material do corpo, mas duma morte espiritual aos nossos defeitos, às nossas paixões, esta morte deve renovar-se continuamente: «quotidie morior» (I Cor. 15, 31): todos os dias morro a mim mesmo. A fraqueza da nossa vida espiritual provém da insuficiência desta morte. 
2 — Ouçamos, no Evangelho (Mc. 8, 1-9), as palavras bondosas de Jesus: «Tenho compaixão deste povo». Jesus tem compaixão de nós, das nossas fraquezas, da nossa debilidade, da indecisão da nossa vontade. Vê as nossas almas cansadas, famintas, necessitadas de auxílio e, como outrora às turbas que vinham para ouvir, repete-nos também a nós: «Tenho compaixão». A compaixão de Jesus volta-se primeiro para as nossas necessidades espirituais; com a Sua Paixão e Morte já proveu com liberalidade a essas necessidades, mas deseja continuar a cuidar delas todos os dias de um modo mais pessoal e direto, oferecendo-Se como alimento às nossas almas. O Evangelho fala-nos da Segunda multiplicação dos pães, mas para nós, mais afortunados que as multidões da Palestina, Jesus reservou um pão infinitamente mais nutritivo e mais precioso: a Eucaristia.
Fascinadas pelas palavras de Jesus, as turbas haviam-no seguido, esquecendo até as próprias necessidades: andavam com Ele há três dias e não tinham nada para comer. Que lição para nós, muitas vezes mais solícitos pelo pão material do que pelo espiritual! E Jesus, depois de ter provido largamente às necessidades do espírito, pensa também nas do corpo. Os discípulos, por sua vez, ficam admirados: "como poderá alguém saciá-los de pão aqui no deserto?" Já tinham assistido à primeira multiplicação dos pães, mas agora parece não terem dela a menor lembrança e ficam desconfiados. Quantas vezes palpamos nós de igual modo os milagres da graça, os milagres da divina Providência! Porém, não é raro ficarmos perplexos em face de novos casos difíceis e obscuros, como se puséssemos em dúvida a onipotência de Deus. Pensemos, por exemplo, na nossa vida espiritual: existem ainda pontos por vencer, por superar... experimentamo-lo tantas vezes e talvez agora não tenhamos já coragem para recomeçar de novo. Oh! se tivéssemos mais fé, se nos lançássemos em Deus com maior confiança! Bastaria talvez um belo ato de confiança total para conseguir a vitória. Jesus olha-nos e repete-nos: «Tenho compaixão deste povo»; e a sua compaixão não é estéril. É ação vital, é auxilio e graça atual para a nossa alma; porque não temos, pois, mais confiança nEle?
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.

Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967

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