sábado, 5 de julho de 2014

Dóminus 157

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 3 - Edição nº 157
X 4º Domingo depois de Pentecostes
06 de julho de 2014.
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    Ó Senhor, fazei-me compreender que de mim nada sou e nada posso; e o que posso, unicamente o posso em Vós.
Intróito / Salmo 26. 1, 2, 3
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo
O Senhor é a minha Luz e a minha Salvação; a quem temerei? O Senhor é o defensor de minha vida; de que temerei? Os inimigos que me oprimem, caem eles mesmos, sem forças. Sl. Ainda que um exército se levante contra mim, meu coração não temerá.  . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Concedei, Senhor, Vos pedimos, que os acontecimentos deste mundo por vossa disposição corram tranqüilamente para nós e que a vossa Igreja se alegre em Vos servir em paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 8. 18-23
Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.
Irmãos: Tenho por certo que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória vindoura que se manifestará em nós. Também a criatura espera ansiosamente pela manifestação dos filhos de Deus. Porque a criatura está sujeita a perecer, não por seu querer, mas pelo d'Aquele que a sujeitou, na esperança, porém, de que também a criatura será livre da corrupção e alcançará a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Bem sabemos que todas as criaturas gemem e estão como em dores até agora. E não somente elas, mas também nós mesmos, que temos as primícias do Espírito. Também nós gememos dentro de nós mesmos, esperando a adoção de filhos de Deus, e a redenção de nosso corpo, no Cristo Jesus, Senhor Nosso.  
Gradual / Salmo 78. 9,10
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Perdoai, Senhor, os nossos pecados, para que não digam os pagãos: Onde está o Deus deles? . Ajudai-nos, ó Deus, Salvador nosso, e pela glória de vosso Nome, livrai-nos, Senhor.
Aleluia / Salmo 9. 5,10
Aleluia, aleluia. . Ó Deus, que em trono elevado Vos assentais para julgar com justiça, sede o refúgio dos pobres na tribulação. Aleluia.
& Evangelho segundo São Lucas 5. 1-11
Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.
Nas Missas solenes, o livro é levado honorificamente em procissão. É incensado antes de começar a leitura; e, terminada ela, é reverentemente beijado pelo celebrante.
Naquele tempo, cercado pela multidão que viera ouvir a palavra de Deus, viu Jesus, que estava nas margens do lago de Genezaré, duas barcas paradas à borda desse lago. Os pescadores haviam descido e lavavam as redes. Entrou [Jesus] em uma daquelas barcas, que era de Simão, e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Sentou-se, então, e da barca pôs-se a ensinar às turbas. Quando cessou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes [disse aos outros] para a pesca. Respondendo, Simão disse-Lhe: Mestre, trabalhamos toda a noite, e nada apanhamos; mas por vossa palavra, lançarei a rede. Feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que a rede se rompia. E acenaram aos companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram [estes] e encheram as duas barcas, de modo que estas submergiam. Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Afastai-Vos de mim, Senhor, que sou homem pecador. Porque estava atônito como todos os que com ele se achavam, pela pesca que haviam feito. E igualmente o estavam Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não temas; daqui em diante serás pescador de homens. E conduzidas as barcas para a terra, eles deixaram tudo e O seguiram.
Pregação – Divulgação Blog: http://dominuseletronico.blogspot.com.br
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 12. 4-5
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Iluminai os meus olhos, para que eu não adormeça na morte; para que o meu inimigo não diga, um dia: Prevaleci contra ele.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Nós Vos rogamos, Senhor, aplacai a vossa ira, aceitando as nossas oblações, e fazei, benigno, que por Vós sejam atraídas as nossas vontades rebeldes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 17. 3
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
O Senhor é a minha força, o meu refúgio e o meu libertador. Meu Deus, Vós sois meu auxílio.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Fazei, Senhor, Vos rogamos, que os Mistérios recebidos nos purifiquem, e com a sua força nos protejam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Confiança Inabalável
1 — Dois pensamentos dominam a liturgia da Missa de hoje: uma grande confiança em Deus e um vivo sentimento da miséria e insuficiência humanas. Dois sentimentos estreitamente unidos entre si, porque a consciência do nosso nada nos leva a pôr em Deus toda a confiança e porque esta confiança cresce em nós na medida em que mais estivermos convencidos da nossa pequenez.
A Missa começa com um grito de inabalável esperança: "O Senhor é a minha luz e salvação; de quem poderei ter medo?" (Intr.). O Senhor está comigo no Santíssimo Sacramento do altar, o Senhor vem a mim na Sagrada Comunhão: o que me poderá separar dEle? O que me poderá causar temor?
Por outro lado, conheço a minha fraqueza: as minhas quedas, as minhas infidelidades sempre me estão presentes. Como tenho necessidade, por isso, de repetir humildemente a bela oração do Gradual: "Perdoai, Senhor, os nossos pecados... Socorrei-nos, ó Deus, salvação nossa, pela glória do Vosso nome". Sim, apesar dos contínuos socorros da graça divina, das numerosas confissões e comunhões, tenho de constatar todos os dias novas faltas, tenho de recomeçar todos os dias. A luta é árdua e trabalhosa, mas hoje, na Epístola (Rom. 8, 18-23) São Paulo recordar-nos "que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória" que nos espera. Pensamento consolador, pensamento de esperança e confiança; todavia, isto não me impede de sentir o gemido da natureza que suspira pela libertação, pela total redenção.  Também o Apóstolo o experimentou e disse: "nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, gememos dentro de nós esperando e adoção de filhos de Deus, a redenção do nosso corpo" em Jesus Cristo. Quanto mais sofremos por causa da nossa miséria, tanto mais nos lançamos em Cristo com plena confiança na Sua Redenção.
2 — Pode dizer-se que o Evangelho de hoje (Lc. 5, 1-11) é a demonstração prática das palavras de Jesus: "Sem mim nada podeis fazer" (Jo. 15, 5). Simão e os seus companheiros tinham-se fatigado toda a noite sem pescar nada: eis o que conseguiram fazer sozinhos. Se tens um pouco de experiência da vida espiritual, reconhecerás que caíste também muitas vezes. Quantos esforços para te libertares de algum apego, para esquecer certas ofensas recebidas, para te adaptares ao modo de agir dos outros ou para sujeitares a tua vontade! E depois de te cansares tanto, ficaste com as mãos vazias, tal como Pedro encontrou inexoravelmente vazia a sua rede. Pois bem, não desanimes. Se em lugar de te irritares com o teu insucesso, souberes reconhecê-lo humildemente, ele tornar-se-á o princípio da tua vitória. Assim aconteceu também a Pedro depois de ter confessado em público que não apanhara nada. Sta. Teresa do Menino Jesus comenta: "É possível que se ele tivesse apanhado alguns peixinhos, Jesus não tivesse feito o milagre; mas ele não tinha nada, por isso Jesus encheu-lhe muito depressa a rede a ponto de quase se romper. Eis o caráter de Jesus: Ele dá como Deus, mas quer a humildade de coração" (Cart. 140).
Apesar da tua vontade de avançar na virtude, o Senhor não permite que obtenhas algum êxito enquanto não te vir completamente convencido da tua impotência, da tua incapacidade; para te convencer disto, deixa-te, como deixou Pedro, "trabalhar toda a noite sem apanhar nada". Depois, na medita em que te vir bem persuadido da tua indigência e disposto a confessá-la abertamente, virá em teu auxílio. Portanto, deves ter uma grande fé nEle e, sem te deixares desanimar pelos fracassos até agora sofridos, recomeçar de novo cada dia. Confiado "na Sua palavra". Se aprendestes a não confiar nas tuas forças, deves aprender também a ter plena confiança no auxílio divino. Se até hoje não pescaste nada, é porque te faltou esta confiança inabalável e esta falta, além de desagradar a Jesus, paralisa a tua vida espiritual. Repete, pois, com o mesmo ardor de Pedro: "in verbo tuo laxabo rete", Senhor, à Vossa palavra lançarei a rede. Mas repete-o em cada dia, em cada momento, sem nunca te cansares.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967

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