sábado, 28 de junho de 2014

Dóminus 156

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 3 - Edição nº 156
X 3º Domingo depois de Pentecostes
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Solenidade dos Ss. Apóstolos Pedro e Paulo.
29 de junho de 2014.
     Ó Senhor, fazei que a festa dos Vossos santos Apóstolos me fortaleça na fé e consolide a minha fidelidade à Igreja.
  Hoje em todas as Paróquias deve-se fazer a Solenidade de S. Pedro e S. Paulo, segundo determinação do Exmo. Sr. Bispo Administrador Apostólico.
Óbolo de S. Pedro
   Hoje, por determinação da VII Assembléia da CNBB, em todas as igrejas e oratórios, mesmo dos mosteiros, conventos e colégios, comemora-se o DIA DO PAPA, com pregações e orações que traduzam amor, veneração, respeito e obediência ao Vigário de Cristo na Terra, Cabeça da Santa Igreja universal, e com piedosas e generosas ofertas para o Óbolo de S. Pedro.
Intróito / Atos 12. 11; Salmo 138. 1-2
  O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
   Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
 Agora sei com certeza que o Senhor mandou seu Anjo; Ele me livrou das mãos de Herodes e de tudo que esperava o povo judaico. Sl. Senhor, Vós me provais e me conheceis. E sabeis a minha morte e a minha ressurreição. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
 Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
    Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
 Ó Deus, que santificastes o dia presente com o martírio de vossos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, concedei à vossa Igreja a graça de seguir em tudo os ensinamentos daqueles pelos quais a Religião começou a ser propagada. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola extraída dos Atos dos Apóstolos 12. 1-11
  Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.
  Naqueles dias, o rei Herodes prendeu alguns da Igreja para os castigar. Matou assim, à espada, Tiago, irmão de João. E vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender também a Pedro. Eram, então, os dias dos ázimos. Tendo-o mandado prender, meteu-o no cárcere, entregando-o à guarda de quatro piquetes, cada um de quatro soldados, por que tencionava apresentá-lo ao povo, depois da Páscoa. Enquanto Pedro estava no cárcere, a Igreja não cessava de orar a Deus por ele. Ora, na mesma noite em que Herodes estava para o apresentar ao povo, dormia Pedro entre dois soldados, preso com correntes duplas; os guardas, à porta, vigiavam o cárcere. E eis que veio um Anjo do Senhor e uma luz resplandeceu na prisão; tocando o lado de Pedro, o Anjo despertou-o dizendo: Levanta-te depressa. E caíram as cadeias das mãos de Pedro. Disse-lhe o Anjo: Toma a tua cinta e calça as tuas sandálias. E assim ele fez. E disse-lhe: Põe a tua capa e segue-me. E saindo, Pedro o seguia, sem compreender que era realidade o que fazia por intervenção do Anjo, pois, julgava ter uma visão. Passando a primeira guarda e a segunda, chegaram à porta de ferro que conduz à cidade, a qual se lhes abriu por si mesma. E saindo, passaram uma rua adiante e logo o Anjo se apartou dele. Então, Pedro tornando a si, disse: Agora sei verdadeiramente que o Senhor enviou o seu Anjo: Ele me livrou das mãos de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus.
Gradual / Salmo 44. 17-18
    Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
 Vós os estabeleceis príncipes sobre toda a terra; e eles, Senhor, se lembrarão de vosso Nome. . Em lugar de vossos pais vos nascerão filhos; por isso, os povos Vos louvarão.
Aleluia / Mateus 16. 18
 Aleluia, aleluia. . Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. Aleluia.
& Evangelho segundo São Mateus 16. 13-19
    Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.
    Nas Missas solenes, o livro é levado honorificamente em procissão. É incensado antes de começar a leitura; e, terminada ela, é reverentemente beijado pelo celebrante.
 Naquele tempo, veio Jesus para os lados de Cesaréia de Felipe, e interrogou os seus discípulos: Na opinião dos homens, quem é o Filho do homem? E eles responderam: uns dizem que é João Batista, outros que é Elias, outros que Jeremias ou alguns dos Profetas. Disse-lhes Jesus: E vós, quem julgais que eu sou? Tomando a palavra, Simão Pedro disse: Vós sois o Cristo, Filho de Deus vivo. E, respondendo, Jesus disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Bar Jonas (filho de Jonas), porque, não foi a carne e o sangue que te revelaram isso, mas, meu Pai que está nos céus. E eu te digo que és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus. E tudo que ligares sobre a terra será ligado nos céus; e tudo o que desligares sobre a terra, será desligado nos céus.
Pregação – Divulgação Blog: http://dominuseletronico.blogspot.com.br
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
     Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 44. 17-18
    Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
      Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
     Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
  Vós os estabeleceis príncipes sobre toda a terra, e eles, Senhor, se lembrarão de vosso Nome, de geração em geração.
Secreta
       É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
   Fazei, Senhor, que as orações de vossos Apóstolos acompanhem este Sacrifício que oferecemos ao vosso Nome, e que por ele protegidos, sejamos purificados de nossas culpas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Mateus 16. 18
    Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
      Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
   Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.
Postcommunio
       Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
  Senhor, por intercessão de vossos Apóstolos, preservai de todas as adversidades aqueles que saciastes com o Alimento celestial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Festa de São Pedro e São Paulo
      1 — A Festa dos Santos Apóstolos Príncipes da Igreja desperta na alma uma maior união à Igreja, a Roma, ao Papa.
     Hoje a liturgia põe Pedro, o chefe dos Apóstolos, em primeiro plano e amanhã falará de Paulo, o Apóstolo das gentes: apresenta-nos assim a figura daqueles que plantaram a Igreja não só com as suas fadigas, mas sobretudo com o seu sangue. O Evangelho (Mt. 16, 13-19) lembra-nos a grande jornada de Cesareia em que Jesus, pela primeira vez, proclamou Pedro fundamento da Igreja:«Eu digo-te que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»; palavras que tiveram uma repercussão grandiosa através dos séculos e que ainda hoje testemunham o primado de Pedro e de todos os seus sucessores sobre a cristandade inteira. Não sobre diferentes Igrejas, mas sobre uma única e grande Igreja, a Igreja católica, apostólica, romana. Uma única Igreja, cujo único fundador e cabeça é Cristo, o qual quis ter em São Pedro o seu representante. «Onde está Pedro aí está a Igreja» (Sto. Ambrósio), o que significa: onde está o Papa, sucessor de Pedro, aí está a Igreja. Muito justamente, portanto, a festa de São Pedro, deve ser considerada a festa da Igreja, a festa do Papa: a festa que deve despertar em toda alma cristã o sentimento profundo da sua pertença à Igreja e da sua devoção ao Sumo Pontífice. «Sou filha da Igreja», repetia Teresa de Jesus no momento da morte. Depois de ter trabalhado tanto por Deus e pelas almas, era este o único título que lhe dava a garantia da misericórdia divina. Sermos filhos da Igreja, eis o nosso título de salvação, eis a nossa glória, depois da de sermos filhos de Deus, ou melhor, não depois, mas ao mesmo tempo porque, como dizia os Santos Padres «não pode ter a Deus por Pai que não tem a Igreja por mãe» (S. Cipriano). Não é verdadeiro católico quem não sente a alegria de ser filho da Igreja, quem não vibra pela Igreja e pelo Papa, quem não está pronto a renunciar os seus pontos de vista pessoais para «sentire cum Ecclesia», sentir com a Igreja sempre e em tudo.
     2 — O Communio da Missa de hoje repete, pela segunda vez, as palavras solenes com que Jesus constituiu Pedro fundamento da Igreja: «Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»; é uma homenagem ao príncipe dos Apóstolos, mas é também para nós um chamamento. Com efeito, cada cristão deveria ser uma pedra firme e segura de que Jesus Se pudesse servir para sustentar a Sua Igreja. Evidentemente, a pedra viva, a pedra angular por excelência é Cristo e, junto a Si, pôs o Seu Vigário; depois seguem-se todos os fiéis, desde os bispos ao último batizado; todos — como diz S. Pedro — somos «pedras vivas edificadas sobre Ele [Cristo], para ser uma casa espiritual, um sacerdócio santo» (I, 2, 5).
    Também tu, quem quer que sejas, sacerdotes ou leigo, religioso ou pai de família, humilde monge ou simples cristão, és chamado a sustentar a Igreja, tal como num edifício material não só os grandes blocos graníticos, mas até os mais humildes tijolos contribuem para edificar a casa. Numa alma de vida interior não pode faltar aquele profundo sentimento apostólico que lhe faz sentir a sua parte de responsabilidade no bom andamento da Igreja, o que fará acima de tudo com a sua obediência e submissão às diretivas da hierarquia. Isto, porém, não basta. Se és verdadeiro filho da Igreja, não podes ficar indiferente perante as suas necessidades, os seus interesses, os seus sofrimentos. Hoje, mais do que nunca, a Igreja sofre: sofre no seu Vigário que, colocado como sentinela de toda a cristandade, conhece melhor que ninguém os perigos e as lutas que a assediam por todos os lados; a Igreja sofre nos seus bispos, nos seus sacerdotes perseguidos, martirizados, reduzidos à impotência; sofre nos seus fiéis abandonados e dispersos, como ovelhas sem pastor; sofre pelos erros, pelas calúnias contra ela desencadeadas. E tu, seu filho, poderás ficar indiferente? Sofre também tu com a tua mãe, ora, trabalha, dispende as tuas forças em servi-la e defendê-la. Põe de lado os teus pequenos interesses pessoais e dedica-te aos grandes interesses da Igreja: com a vida, com as obras, com a oração e com a imolação silenciosa e escondida.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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