sábado, 14 de junho de 2014

Dóminus 153


Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 3 - Edição nº 153
X 1º Domingo depois de Pentecostes
FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE
15 de junho de 2014.
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    "Eu Vos dou graças, ó Deus, Trindade una e verdadeira. Divindade una e suprema, santa e única Unidade" (BR).

     Quinta-feira, dia 19 de junho – FESTA DE CORPUS CHRISTI – É dia santo de guarda, de modo que há obrigação grave de assistir Missa.

Intróito / Tobias 12. 6; Salmo 8. 2

     O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.

      Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo

  Bendita seja a Trindade santa e a Unidade indivisa. Louvemo-la, porque foi misericordiosa para conosco. Sl. Ó Senhor, Senhor nosso, como é admirável o vosso Nome em toda a terra. V. Glória ao Pai

Oração (Colecta)

     Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.

      Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.

  Onipotente e eterno Deus, que concedestes a vossos servos conhecer na confissão da verdadeira fé a glória da eterna Trindade, e adorar a sua Unidade no poder da Majestade, fazei, Vos pedimos que, pela firmeza desta mesma fé, sejamos protegidos contra todas as adversidades. Por Nosso Senhor... que vive e reina em união com o mesmo Espírito Santo.

& Leitura de São Paulo Apóstolo aos Romanos 11. 33-36

      Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento.

      As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.

  Ó profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus! Como são incompreensíveis os seus juízos e imperscrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem Lhe deu primeiro alguma coisa para que tenha de receber em troca? Porque, d'Ele, e por Ele, e n'Ele, são todas as coisas. A Ele seja dada a glória por todos os séculos. Amém.  

Gradual / Daniel 3. 55-56

      Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.

  Bendito sois, Senhor, que sondais os abismos e Vos assentais acima dos Querubins. V. Bendito sois Vós, Senhor, no firmamento do céu e digno de louvor por todos os séculos.

Aleluia / Daniel 3. 52

  Aleluia, aleluia. V. Bendito sois, Senhor, Deus de nossos pais; e digno de louvor por todos os séculos. Aleluia.

& Evangelho segundo São Mateus 28. 18-20

      Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.

      Nas Missas solenes, o livro é levado honorificamente em procissão. É incensado antes de começar a leitura; e, terminada ela, é reverentemente beijado pelo celebrante.

 N aquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Todo o poder me foi dado no céu e na terra. Ide, pois, ensinai a todos os povos, e batizai-os em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; e ensinai-lhes a observar tudo o que vos mandei. E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.

Pregação – Divulgação Blog: http://dominuseletronico.blogspot.com.br

CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.

      Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

Ofertório / Tobias 12. 6

     Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.

      Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.

      Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.

  Bendito seja Deus, o Pai, e o Filho Unigênito de Deus, e também o Espírito Santo, pois, foi misericordioso para conosco.

Secreta

      É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.

      É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.

  Nós Vos rogamos, Senhor, nosso Deus, santificai pela invocação de vosso santo Nome esta hóstia que Vos oferecemos, e fazei que, por ela, sejamos nós mesmos para Vós uma oblação para a eternidade. Por Nosso Senhor... que vive e reina em união com o mesmo Espírito Santo.

Communio / Tobias 12. 6

      Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.

      Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.

  Bendizemos o Deus do céu, e O louvaremos perante todos os viventes, pois foi misericordioso para conosco.

Postcommunio

      Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.

  Fazei, Senhor, nosso Deus, que a recepção deste Sacramento e a confissão da eterna e Santa Trindade e de sua mesma indivisa Unidade, nos aproveitem para a salvação da alma e do corpo. Por Nosso Senhor... que vive e reina em união com o mesmo Espírito Santo.

Meditação

Festa da Santíssima Trindade.

     1 — Desde o Advento até hoje a Igreja levou-nos a considerar as magníficas manifestações da misericórdia de Deus para com os homens: a Encarnação, a Redenção e o Pentecostes; agora dirige os nossos olhares para a fonte de tais dons, a Ssma. Trindade, da qual tudo provém, de modo que brota espontaneamente dos lábios o hino de reconhecimento expresso no Intróito da Missa: "Bendita seja a Santíssima Trindade e a Sua indivisível Unidade. Cantemos-Lhe louvores pela sua misericórdia para conosco." Misericórdia de Deus Pai "que amou de tal maneira o mundo que lhe enviou o Seu Unigênito" (cfr. Jo. 3,16); misericórdia de Deus Filho que, para nossa redenção, encarnou e morreu na cruz; misericórdia do Espírito Santo que Se dignou descer aos nossos corações para nos comunicar a caridade de Deus, para nos tornar participantes da vida divina. Muito a propósito a Igreja inseriu no Ofício Divino de hoje a bela antífona de inspiração paulina: "Caritas Pater est, gratia Filius, communactio Spiritus Sanctus, o beata Trinitas!"; o Pai é caridade, o Filho é graça e o Espírito Santo é a comunicação, quer dizer, a caridade do Pai e a graça do Filho são-nos comunicadas pelo Espírito Santo que as derrama nos nossos corações. Não se poderia sintetizar melhor a maravilhosa obra da Trindade a favor das nossas almas. O Ofício Divino e a Missa do dia são, na verdade, um hino de louvor e de agradecimento à Ssma. Trindade, são como que um Gloria Patri e um Te Deum prolongados. E estes dois hinos, um na sua compêndiosa brevidade, e outro na sua majestosa sucessão de louvores, são verdadeiramente os hinos do dia destinados a despertar nos nossos corações um eco profundo de louvor, de ação de graças e de adoração.
     2 — A festa de hoje leva-nos a louvar e a engrandecer a Ssma. Trindade, não só pelas imensas misericórdias que tem concedido aos homens, mas também e sobretudo em Si mesma e por Si mesma. Pelo Seu Ser supremo que jamais teve princípio e jamais terá fim; pelas Suas perfeições infinitas, pela Sua majestade, beleza e bondade essenciais; pela sublime fecundidade de vida, pela qual o Pai incessantemente gera o Filho e do Pai e do Filho procede o Espírito Santo (todavia o Pai não é anterior nem superior ao Verbo, nem o Pai e o Verbo são anteriores ou superiores ao Espírito Santo, mas as três Pessoas divinas são coeternas e iguais entre si); pela divindade e por todas as perfeições e atributos divinos que são únicos e idênticos no Pai, no Filho e no Espírito Santo. O que pode dizer e compreender o homem em face de um tão sublime mistério? Nada! No entanto, aquilo que sabemos é certo, porque o mesmo Filho de Deus «o Unigênito que está no seio do Pai, Ele mesmo é que o deu a conhecer» (Jo. 1, 18); mas o mistério é tão sublime e superior à nossa compreensão que não podemos senão inclinar a cabeça e adorar em silêncio. «Ó profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus; quão incompreensíveis são os Seus juízos e imperscrutáveis os Seus caminhos!», exclama S. Paulo na Epístola do dia (Rom. 11, 33-36), ele que «tendo sido arrebatado ao terceiro céu» não soube nem pôde dizer outra coisa senão que ouviu « palavras inefáveis que não é lícito a um homem proferir» (II Cor. 12, 2-4). Em presença do altíssimo mistério da Trindade, sente-se realmente que o mais belo louvor é o silêncio da alma que adora, reconhecendo-se incapaz de exprimir um louvor adequado à Majestade divina.

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