Dóminus eletrônico - Ano 3 - Edição
nº 135
X 5º Domingo depois
da Epifania
9 de fevereiro de
2014.
Intróito / Salmo 96. 7-8*, 1
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de
entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do
dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por
inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Adorai a Deus, vos
todos os seus Anjos. Sião ouve e se alegra. Exultam as filhas de Judá. Ps. O
Senhor é Rei; exulte a terra e alegrem-se as muitas ilhas. ℣.Gloria ao Pai...
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor
aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração,
o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos
estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Nós Vos suplicamos,
Senhor, guardeis continuamente a vossa família com paternal bondade, para que,
esperançada somente em vossa graça celeste, seja sempre fortalecida com a vossa
proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Colossenses 3. 12-17
Leitura
ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.
Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano
litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.
Irmãos: como eleitos
de Deus, santos e diletos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de
benignidade, humildade, modéstia e paciência. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos
mutuamente, se um tiver motivo de queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou
assim fazei também vós. Acima de tudo isto, tende caridade, que é o vínculo da
perfeição. Triunfe em vossos corações a paz do Cristo, para a qual também fostes
chamados como sendo um só corpo; e sede agradecidos. A palavra do Cristo habite
em vós com abundancia; com toda a sabedoria, instrui-vos e exortai-vos uns aos
outros. Cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus,
com a gratidão em vossos corações. Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por
obra, seja tudo em nome do Senhor Jesus Cristo, rendendo por ele graças a Deus
Pai, por Jesus Cristo, Senhor nosso.
Gradual / Salmo 101. 16-17
Cantos, por via de
regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma
pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
As nações temem o
vosso Nome, Senhor, e todos os reis da terra, a vossa gloria. ℣. Porque o Senhor
edificou Sião e se manifesta em sua Majestade.
Aleluia / Salmo 96. 1
“Aleluia” é um
grito de júbilo, que significa: “louvai ao Senhor”.
Aleluia, Aleluia. ℣.O Senhor é Rei;
exulte a terra e alegrem-se as muitas ilhas. Aleluia.
& Evangelho segundo São Mateus 13. 24-30
Proclamação solene
da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura
ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com
ele, exige seja escutado de pé. Nas Missas solenes, o livro é levado
honorificamente em procissão. É incensado antes de começar a leitura; e,
terminada ela, é reverentemente beijado pelo celebrante.
N aquele tempo, disse
Jesus às turbas esta parábola: O Reino dos céus é semelhante a um homem que semeou
boa semente em seu campo. Enquanto, porém, os homens dormiam, veio o seu
inimigo, semeou o joio entre o trigo, e retirou-se. Quando a erva cresceu e deu
fruto, apareceu também o joio. Então os criados do pai de família foram ter com
ele e lhe disseram: Senhor, porventura não semeaste boa semente em teu campo?
Donde vem, pois, o joio? Respondeu-lhes ele: Algum homem inimigo fez isto! Perguntaram-lhe
os servos: Queres que vamos arranca-lo? Não, respondeu ele, para que não suceda
que tirando o joio, arranqueis juntamente com ele o trigo. Deixai crescer um e
outro até a ceifa; e no tempo da ceifa, direi aos segadores: Colhei primeiro o
joio e atai-o em feixes para o queimar; o trigo, porém, e recolhei-o em meu
celeiro.
Pregação Arquivo será
enviado posteriormente.
CREDO... Concluímos a
Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das
verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las
publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo
117. 16, 17
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Com o Ofertório,
começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos
o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão,
oração sobre as oblatas.
A Destra do Senhor
mostra o seu poder; a Destra do Senhor me exalta; não morrerei, mas viverei, e
cantarei as obras do Senhor.
Secreta
É a antiga “oração
sobre as oblatas”, ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último
que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Nós Vos oferecemos,
Senhor, estas hóstias de reconciliação, afim de que por vossa piedade nos
absolvais de nossas faltas e sustenteis os nossos corações inconstantes. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Lucas 4. 22
Alternando com o
canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos
fiéis.
Nas Missas
cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações
seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Todos se admiravam
das palavras que saiam da boca de Deus.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Dignai-Vos, ó Deus
onipotente, fazer que alcancemos o efeito da salvação eterna, cujo penhor já
recebemos nestes sagrados Mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Vínculo da
Perfeição
1 — A Epístola de
hoje (Col. 3, 12-17) chama a nossa atenção para o dever fundamental do cristão:
a caridade. Pouco valem todos os programas e propósitos de vida espiritual, se
não estão animados pelo amor e não conduzem à perfeição do amor. Pouco valem o
desprendimento, a mortificação, a humildade e todas as outras virtudes se não
dispõem o coração para uma caridade mais profunda, mais plena, mais expansiva.
«Sobretudo — recomenda S. Paulo — tende caridade que é o vínculo da perfeição».
Não somente amor
para com Deus, mas também amor para com o próximo; mais ainda, é propriamente sob
este aspecto que o Apóstolo, na Epístola do dia, fala da caridade, mostrando
com grande sutileza como todas as nossas relações com o próximo devem ser
inspiradas pelo amor. «Como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos de
misericórdia, de benignidade, de humildade, de modéstia, de paciência; sofrendo
uns aos outros e perdoando-Vos mutuamente se algum tem razão de queixa contra o
outro». A característica dos eleitos de Deus, dos Seus amados e santos, é
exatamente o amor fraterno; sem este distintivo Jesus não nos reconhece por
Seus discípulos, o Pai celeste não nos ama como a Seus filhos, nem nos introduzirá
no Seu reino. A vida espiritual requer o uso de muitos meios, comporta o
exercício de muitas virtudes, mas é preciso estarmos atentos para não nos
perdermos e não pararmos em particularidades, esquecendo o mais pelo menos,
isto é, esquecendo o amor que deve ser o fundamento e o fim de tudo. Para que
serviria a vida espiritual e a própria consagração a Deus, para que serviriam
os votos religiosos se não ajudassem as almas a tender ao amor perfeito?
Eis o amor perfeito
que o Apóstolo nos pede que tenhamos para com o próximo: misericórdia,
compaixão; perdão recíproco, cordial, que não dá lugar a divisões ou atritos,
que supera os contrastes e esquece as ofensas; caridade longânime que suporta
qualquer sacrifício e vence qualquer dificuldade para estar em paz com todos,
porque todos formamos em Cristo «um só corpo» porque todos somos filhos do
mesmo Pai celeste.
Uma semelhante
caridade fraterna é a garantia mais certa duma vida espiritual a caminho da
santidade.
2 — A Epístola
apresenta-nos o ideal da vida cristã, ideal de amor que deve unir todos os
fiéis num só coração; o Evangelho (Mt. 13, 24-30) mostra-nos o terreno prático
em que se há-de viver este ideal.
«O Reino dos céus é
semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas veio o seu
inimigo e semeou cizânia no meio do trigo». No mundo, que é o Seu campo, semeou
Deus o bem a mãos cheias, semeou graça e amor, semeou desejos de doação total,
ideais de vida apostólica, de vida religiosa, de vida santa. Mas no meio de
tanto bem veio o inimigo semear o mal. Porque permite Deus isto? Para joeirar
os Seus servos, tal como se joeira o grão, a fim de os por à prova.
Às vezes
escandalizamo-nos ao reparar que o mal se insinua até nos melhores ambientes,
vendo que até entre os amigos de Deus, entre os que deveriam servir de
edificação aos outros, há alguns que se comportam indignamente; então, cheios
de zelo, como os servos da parábola, quereríamos dar remédio e arrancar a cizânia:
«Queres que vamos e a arranquemos?» Porém Deus responde-nos: «Não, para que
talvez não suceda que, arrancando a cizânia, arranqueis juntamente com ela o
trigo».
A cizânia é poupada
não porque seja boa, mas em atenção ao trigo; assim Deus poupa os maus e não os
tira do meio de nós para o bem dos Seus escolhidos. Ao pedir-nos que suportemos
com paciência determinadas situações, tão inevitáveis quão deploráveis, Deus
pede-nos certamente um dos maiores atos de caridade, de compaixão, de
misericórdia. Deus não diz que pactuemos com o mal, com a cizânia, mas que a
suportemos com a paciência com que Ele mesmo a suporta. Porventura não houve um
traidor no colégio apostólico? E contudo, Jesus qui-lo entre os Seus íntimos e
com que amor o tratou! A maior caridade é a exercida em favor daqueles que,
pela sua má conduta nos proporcionam muitas ocasiões de perdoar, de pagar o
mal com o bem e de sofrer injustiças por amor de Deus. Além disso devemos
considerar que, se é impossível a cizânia converter-se em trigo, é sempre
possível, no entanto, que os maus se convertam em bons. Acaso não se
converteram a Madalena, o bom ladrão e o próprio Pedro que havia negado a
Jesus? Este é um dos motivos mais fortes que nos devem impelir à bondade para
com todos. O amor, quando é perfeito, permite-nos viver ao lado dos maus sem
asperezas, sem contendas, sem sofrer a sua influência, mas pelo contrário,
fazendo-lhes bem.
Extraído do Livro Intimidade Divina
— P. Gabriel de Santa Maria Madalena
O.C.D.
Calendário Semanal
10. segunda-feira – branco
– S. Escolástica, V. – 3a. classe.
11.
terça-feira – branco – Aparição de
Nossa Senhora em Lourdes – 3a. classe.
Missa: própria,
Pref.: “et te in Conceptione Immaculata”.
Hoje
celebra-se o Dia Mundial do Enfermo.
12. quarta-feira – branco
– Ss. Sete Fundadores dos Servitas, Conf. – 3a.
classe.
13. quinta-feira – verde
– Da féria – 4a. classe.
Missa: do 5o.
domingo depois da Epifania, sem Glória, pref. comum.
14. sexta-feira – verde – Da
féria – 4a. classe.
Como ontem. Comemoração de S. Valentim, M.,
ou missa de S. valentim, vermelho, Gloria.
15. sábado – branco – Sancta
Maria in Sabbato – 4a. classe.
Missa: Salve Sancta Parens (da
Purificação à Páscoa), Gl., com. dos Ss. Mm.,
pref. de Nossa Senhora.
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