«Liturgia
Dominical»
Ano 12 – nº 627 – 13 de
novembro de 2022
† 23º Domingo depois
de Pentecostes
Verde – 2a. classe.
Meus
pensamentos, diz o Senhor, são de paz (Intróito). Nossa paz é Jesus Cristo
(Epístola). Achá-la-emos seguindo o Apóstolo e afastando-nos do caminho dos
inimigos da Cruz do Cristo. Jesus Cristo
é a nossa paz, até mesmo ali onde a dor quer perturbá-la. Ele, o Salvador,
vence o sofrimento e a dor, e nos ensina também a vencê-los (Evangelho). Os
Cânticos neste e em todos os domingos seguintes, exprimem fé, confiança, desejo
e santa alegria pela próxima volta à casa paterna. Deus, no decorrer do Ano
eclesiástico (imagem de nossa vida) nos libertou da escravidão e dos males que
nos oprimiam. Nossa alma está livre do cativeiro e os nossos nomes estão
escritos no livro da vida.
«Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou». Ev.
Avisos ParoquiaisAtenção para os horários
das Santas Missas neste Domingo:
-
às 7h, 9h e 19h em nossa
igreja matriz;
-
às 10h na Capela de São
Brás, em Sesmaria;
-
às 17h na Capela de
Santo Antônio, em Córrego Seco;
-
às 17h na Capela de
Santa Isabel, em Usina Santa Isabel e
-
às 19h na Capela de São
José, em Serrinha.
Serão transmitidas pelas
redes sociais a Santa Missa das 7h (via Facebook, YouTube, Instagram e
Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook, YouTube e
Instagram).
Redes Sociais:
Site – http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa
Missa 7h e 19h)
Instagram – https://www.instagram.com/bomjesuscrucificado/
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito
/ DICIT DOMINUS –
Jeremias
29. 11-14; Salmo 84. 2
Canto
solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou
solenidade do dia.
O profeta Jeremias anuncia o fim de um cativeiro, de que o de Babilônia
foi apenas figura.
Dicit
Dóminus: Ego cógito cogitatiónes pacis, et non afflictiónis: invocábitis me, et
ego exáudiam vos: et redúcam captivitátem vestram de cunctis locis. Ps.
Benedixísti, Dómine, terram tuam: avertísti captivitátem Iacob. ℣. Glória Patri.
Assim diz o Senhor: Meus
pensamentos são de paz e não de aflição. Clamai por mim e eu vos ouvirei.
Reconduzir-vos-ei de vosso cativeiro, de todos os lugares. Sl. Abençoastes,
Senhor, a vossa terra; livrastes Jacó do cativeiro. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
O verdadeiro cativeiro da alma é o pecado. Só Deus nos pode livrar dele
e arrancar-nos à morte, punição do pecado.
Absólve,
quǽsumus, Dómine, tuórum delícta populórum: ut a peccatórum néxibus, quæ pro
nostra fraglitáte contráximus, tua benignitáte liberémur. Per Dominum nostrum
Iesum Christum.
Dignai-Vos, Senhor,
perdoar os delitos de vosso povo, a fim de que por vossa benignidade, sejamos
livres dos laços dos pecados que por nossa fraqueza contraímos. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo.
Epístola S. Paulo Apóstolo Filipenses 3. 17-21; 4. 1-3
Leitura
ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome.
Devemos desapegar-nos das coisas da terra e caminhar para as do Céu,
para onde Cristo nos chama a partilhar da sua glória, numa transformação
completa de todo o nosso ser.
Fratres:
Imitatóres mei estóte, et observáte eos, qui ita ámbulant, sicut habétis formam
nostram. Multi enim ámbulant, quos sæpe dicébam vobis - nunc autem et flens
dico - inimícos Crucis Christi: quorum finis intéritus: quorum Deus venter est:
et glória in confusióne ipsórum, qui terréna sápiunt. Nostra autem conversátio
in cælis est: unde etiam Salvatórem exspectámus, Dóminum nostrum Iesum
Christum, qui reformábit corpus humilitátis nostræ, configurátum córpori
claritátis suæ, secúndum operatiónem, qua étiam possit subiícere sibi ómnia.
Itaque, fratres mei caríssimi et desideratíssimi, gáudium meum et coróna mea:
sic state in Dómino, caríssimi. Evódiam rogo et Sýntychen déprecor idípsum
sápere in Dómino. Etiam rogo et te, germáne compar, ádiuva illas, quæ mecum
laboravérunt in Evangélio cum Cleménte et céteris adiutóribus meis, quorum
nómina sunt in libro vitæ.
Irmãos: 17Sede meus
imitadores e observai os que andam conforme o exemplo que tendes visto em mim. 18Pois muitos há,
de quem muitas vezes vos tenho falado (e ainda agora falo com lágrimas), que
procedem como inimigos da Cruz do Cristo. 19O fim deles é a perdição; tem por deus o
ventre; gloriam-se daquilo de que se deviam envergonhar, gostando somente das
coisas terrenas. 20Quanto
a nós, o nosso viver é nos céus, de onde também esperamos o Salvador, Nosso
Senhor Jesus Cristo. 21Ele
transformará nosso mísero corpo tornando-o semelhante a seu corpo glorificado,
pelo poder que tem de sujeitar a Si todas as coisas. 1Portanto, irmãos
meus, muito amados e queridos, alegria e coroa minha, permanecei assim firmes
no Senhor, caríssimos. 2Rogo
a Evódia e suplico a Síntiquem1,
sejam unidas no Senhor. 3E
peço também a ti, meu fiel companheiro, que as ajudes porque comigo trabalharam
em prol do Evangelho com Clemente2 e
meus outros colaboradores, cujos nomes estão no livro da vida.
1. Duas cristãs de
Filipos, que andavam a mal.
2. Um membro
influente da comunidade.
Gradual e
Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que
traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou
sugeridos pelo Mistério do dia.
Liberásti
nos, Dómine, ex affligéntibus nos: et eos, qui nos odérunt, confudísti. ℣. In Deo laudábimur tota die, et in nómine tuo confitébimur in sæcula.
Vós nos livrastes,
Senhor, dos que nos afligiam e confundistes os que nos odiavam. ℣. Em Deus nos gloriamos
todo o dia; e louvamos eternamente o vosso Nome.
Aleluia / Salmo
129.
1-2
Allelúia,
allelúia. ℣. De
profúndis
clamávi
ad te, Dómine:
Dómine,
exáudi
oratiónem
meam. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Das profundezas do
abismo, clamei a Vós,
Senhor! Senhor atendei à minha oração. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 9. 18-26
Proclamação
solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a
leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para
com ele, exige seja escutado de pé.
Símbolo da ressureição espiritual das almas, os milagres de cura e
ressureição, realizados por Jesus, são também o prenúncio da ressureição
corporal.
In
illo témpore: Loquénte Iesu ad turbas, ecce, princeps unus accéssit et adorábat
eum, dicens: Dómine, fília mea modo defúncta est: sed veni, impóne manum tuam
super eam, et vivet. Et surgens Iesus sequebátur eum et discípuli eius. Et ecce
múlier, quæ sánguinis fluxum patiebátur duódecim annis, accéssit retro et
tétigit fímbriam vestiménti eius. Dicébat enim intra se: Si tetígero tantum
vestiméntum eius, salva ero. At Iesus convérsus et videns eam, dixit: Confíde,
fília, fides tua te salvam fecit. Et salva facta est múlier ex illa hora. Et
cum venísset Iesus in domum príncipis, et vidísset tibícines et turbam
tumultuántem, dicebat: Recédite: non est enim mórtua puélla, sed dormit. Et
deridébant eum. Et cum eiécta esset turba, intrávit et ténuit manum eius. Et
surréxit puélla. Et éxiit fama hæc in univérsam terram illam.
Naquele tempo, 18falava Jesus ao
povo, quando se aproximou d’Ele um príncipe da sinagoga e O adorou, dizendo:
Senhor, agora mesmo faleceu a minha filha; mas vinde, imponde a vossa mão sobre
ela, e viverá. 19Jesus
levantou-se e seguiu-o com os seus discípulos. 20E eis que uma
mulher, que havia doze anos padecia de um fluxo de sangue, chegou-se por detrás
d’Ele e tocou-Lhe na orla do vestido. 21Porque dizia consigo: Se eu tão somente
tocar no seu vestido, ficarei curada. 22Voltou-se Jesus, e vendo-a disse: Tem
confiança, filha, tua fé te salvou. E naquela hora a mulher foi curada. 23Quando Jesus
chegou à casa do príncipe, e viu os tocadores de flauta e muita gente em
alarido, disse-lhes: 24Retirai-vos,
porque a menina não está morta, mas dorme. E riam-se d’Ele. 25Mas depois que
fez sair a gente, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26E divulgou-se a
notícia deste milagre por toda aquela região.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve
compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja,
afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 129. 1-2
Com o
Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
De
profúndis clamávi ad te, Dómine: Dómine, exáudi oratiónem meam: de profúndis
clamávi ad te, Dómine.
Das profundezas do
abismo, eu clamo a Vós, Senhor! Senhor, atendei à minha oração. Das profundezas
do abismo, eu clamo a Vós, Senhor.
Secreta
É a
antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Pro
nostræ servitútis augménto sacrifícium tibi, Dómine, laudis offérimus: ut, quod
imméritis contulísti, propítius exsequáris. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Para aumentar o nosso
zelo em Vos servir, nós Vos oferecemos, Senhor, este sacrifício de louvor, a
fim de que por vossa bondade completeis em nós o que sem merecimento nosso nos
confiastes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Marcos 11. 24
Alternando
com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão
dos fiéis.
Amen,
dico vobis, quidquid orántes pétitis, crédite, quia accipiétis, et fiet vobis.
Em verdade, vos digo:
tudo o que pedirdes em vossa oração, crede que o recebereis, e vos será feito.
Postcommunio
Súplica a
Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Quǽsumus,
omnípotens Deus: ut, quos divína tríbuis participatióne gaudére, humánis non
sinas subiacére perículis. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Nós Vos suplicamos, ó Deus onipotente, não permitais sucumbam aos perigos humanos aqueles a quem concedestes a alegria de participar dos divinos Mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Desígnios de Paz e de Amor
Senhor, cumpri em
mim os Vossos desígnios de paz e de amor, fazendo-me renascer para uma vida
plenamente fervorosa.
1
– Apesar dos altos ideais e do desejo de santidade, encontramo-nos sempre
cheios de misérias, sempre em dívida para com Deus e, ao aproximarmo-nos dEle,
a nossa alma treme com razão: como nos acolherá? Não nos afastará de Si? A
resposta, porém, é muito diferente da que nós merecíamos: «Os meus desígnios a
vosso respeito, diz o Senhor, são de paz e não de desgraça. Invocar-me-eis e
hei-de atender-vos. Hei-de reconduzir-vos de todos os países onde estáveis
cativos». Estas consoladoras palavras que lemos hoje no Intróito da Missa abrem
de par em par o nosso coração às mais doces esperanças: apesar de tudo, Deus
ama-nos, Deus é sempre o nosso Pai e quer libertar-nos da escravidão das nossas
paixões e das nossas fraquezas. Sobe então espontaneamente aos lábios a humilde
invocação da Colecta: «Perdoai, Senhor, as faltas do Vosso povo, para que, pela
Vossa bondade, sejamos livres dos laços dos pecados contraídos por nossa
fraqueza». A humildade, o reconhecimento sincero das próprias faltas, é sempre
o ponto de partida para a conversão.
S.
Paulo, na Epístola, fala-nos da conversão (Fil. 3, 17-21;
4, 1-3):
«Muitos, de quem muitas vezes vos falei e também agora falo com lágrimas,
procedem como inimigos da cruz de Cristo... gostando somente das coisas
terrenas». Praticamente, cada vez que fugimos do sacrifício, que protestamos
contra a dor ou buscamos satisfações egoístas, comportamo-nos como inimigos da
cruz de Jesus e assim a nossa vida torna-se muito terra a terra, muito presa às
criaturas, demasiado pesada para nos podermos elevar ao céu. Temos de nos
converter, de nos desprender, de nos recordar de que «somos cidadãos do céu» e
por isso, devemos abraçar de boa vontade as fadigas da viagem de regresso à
pátria bem-aventurada. Para nos animar, S. Paulo põe-nos diante dos olhos os
esplendores da vida eterna: «Jesus Cristo... transformará o nosso corpo de
miséria, fazendo-o semelhante ao Seu glorioso». Eis os «desígnios de paz», eis
os grandes desígnios de amor que o Pai celeste tem sobre nós: libertar-nos da
escravidão do pecado e conformar-nos com o Seu Filho até nos tornar
participantes da Sua gloriosa ressurreição. Desígnios maravilhosos, mas que não
se realizarão se os não secundarmos. «Portanto, meus muito amados e desejados
irmãos, minha alegria e minha coroa – suplica o Apóstolo – permanecei assim
firmes no Senhor». Firmes, quer dizer constantes na conversão; firmes na
humildade, na confiança, no amor à cruz.
2
– O Evangelho do dia (Mt. 9, 18-26)
é uma prova evidente desta transformação que Deus quer efetuar em nós, é um
exemplo do modo como Ele realiza os Seus desígnios de paz naqueles que recorrem
a Ele com um coração humilde e confiante. Em primeiro lugar a hemorroíssa3:
o seu mal é tenaz, há doze anos que resiste a todos os remédios; a pobre
mulher, humilhada e confusa, não ousa, como os outros doentes, apresentar-se
diretamente a Jesus, mas por outro lado a sua fé é tão grande que pensa: «Ainda
que eu toque somente o Seu vestido, serei curada»; aproxima-se furtivamente e
toca-Lhe ao de leve na orla do manto. Jesus adverte aquele leve toque e,
voltando-Se, diz: «Tem confiança, filha; a tua fé te salvou». Nenhum pedido,
nenhuma súplica externa, o que comove o Senhor é a prece daquele coração
humilde, confiante e cheio de fé.
Como
Jesus curou aquela mulher, quer curar as nossas almas, mas espera disposições
semelhantes às suas. Muito facilmente nos contentamos com orações vocais
enquanto o coração permanece frio e ausente; mas Jesus vê o coração e quer a
oração do coração: grito de humildade e confiança, grito que sobe direto ao
Coração divino. De resto, como somos mais afortunados do que a pobre doente!
Ela conseguiu uma só vez tocar na fímbria do manto de Jesus, ao passo que a
nossa alma todos os dias, na comunhão, está em contato com o Seu Corpo e o Seu
Sangue. Oh! se tivéssemos uma fé tão grande como um grão de mostarda!
O
Evangelho narra ainda um segundo milagre. A filha de Jairo não está doente,
está morta. Mas para Jesus não é mais difícil ressuscitar um morto do que curar
um doente. Como verdadeiro Senhor da vida e da morte, «tomou-a pela mão e a
menina levantou-se». Jesus é a nossa ressurreição não só para a vida eterna
quando, a um sinal Seu, o nosso corpo ressuscitar glorioso e de novo se unir à
alma, mas é também a nossa ressurreição nesta vida: ressurreição da morte do
pecado para a vida da graça, ressurreição de uma vida tíbia para uma vida
fervorosa, ou de uma vida fervorosa para uma vida santa.
Aproximemo-nos
de Jesus com a humildade e a confiança da hemorroíssa3 e
peçamos-Lhe, de todo o coração, que cumpra em nós os Seus desígnios de amor,
arrancando-nos da mediocridade duma vida espiritual embaraçada ainda nos laços
do egoísmo, para nos lançarmos decididamente no caminho da santidade.
3. Mulher que sofre de distúrbios relacionado a
fluxo sanguíneo contínuo.
MADALENA,
Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto:
Edições Carmelitanas, 1967, p. 1350-1353.
ORAÇÃO DO DIZIMISTA
Recebei, Senhor, a minha oferta!
Não é uma esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma contribuição a Vós, porque não precisais.
Não é o resto que me sobra que vos ofereço.
Esta importância representa, Senhor,
MEU RECONHECIMENTO, MEU AMOR,
Pois, se tenho, é porque me destes. Amém.
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