«Liturgia
Dominical»
Ano 11 – nº 609 – 24 de
julho de 2022
† 7º Domingo depois
de Pentecostes
verde – 2a. classe.
O Intróito é um alegre convite de louvor ao Senhor,
nosso Deus, que é o Rei supremo, Rex magnus, da terra. Este é o destino de cada
homem e mais particularmente o do Cristão. Nem todos, porém, compreendem a sua
missão. Vemos o mundo dividido em dois campos, e não só no mundo como em cada
indivíduo, existe um conflito perene entre o bem e o mal. S. Paulo, na
Epístola, fala-nos do escravo do pecado e do escravo de Deus e o Evangelho não
nos deixa em dúvida sobre o que nos importa escolher. Devemos, como as boas
árvores, produzir bons frutos. Só com a graça de Deus, o conseguiremos. Implorando
humildemente esta graça (Oração), alcançá-la-emos pela celebração dos santos
Mistérios (Postcommunio).
«Acautelai-vos dos falsos profetas» Ev.
Avisos Paroquiais
Atenção para os horários
das Santas Missas neste Domingo: às 7h, 9h e 19h em nossa igreja matriz; às 10h
na Capela de São Brás, em Sesmaria, às 16h na Capela de São José, em Serrinha (Haverá
Quermesse Julina após a Santa Missa) e às 17h na Capela de Santo Antônio, em
Córrego Seco.
Serão transmitidas pelas
redes sociais a Santa Missa das 7h (via Facebook, YouTube, Instagram e
Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook, YouTube e
Instagram).
Em tempo: no sábado,
dia 23, às 19h na Capela de São Pio de Pietrelcina e Santo Antônio, em
Carabuçu e às 19h na Capela de São João Batista, em São Roque.
Redes Sociais:
Site – http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa
Missa 7h e 19h)
Instagram – https://www.instagram.com/bomjesuscrucificado/
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
E-mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / OMNES GENTES – Salmo 46. 2-3
O Intróito como que enuncia o
tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da
Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um
salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só
versículo.
Omnes gentes, pláudite mánibus: iubiláte Deo
in voce exsultatiónis. Ps. Quóniam Dóminus excélsus, terríbilis: Rex magnus
super omnem terram. ℣. Glória
Patri.
Vós, povos todos, batei palmas, celebrai a
Deus com cânticos de júbilo. Sl. Porque, sublime é o Senhor e grande é o seu
poder: Rei supremo sobre toda a terra. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de
que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Entreguemo-nos totalmente nas mãos de Deus, que, em sua providência,
procura o nosso bem com mais segurança que nós mesmos o poderíamos fazer.
Deus, cuius providéntia in sui dispositióne
non fállitur: te súpplices exorámus; ut nóxia cuncta submóveas, et ómnia nobis
profutúra concédas. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, cuja Providência não falha em
suas disposições, humildemente Vos suplicamos afasteis de nós tudo quanto nos
prejudique, e nos concedais quanto possa ser proveitoso para a nossa vida. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo
Apóstolo aos Romanos 6. 19-23
A liberdade do cristão consiste na libertação da escravatura do pecado,
para se dar, sem reserva, à prática do bem. Estava condenado à morte, e agora
vai a caminho da vida eterna.
Fratres: Humánum dico, propter infirmitátem
carnis vestræ: sicut enim exhibuístis membra vestra servíre immundítiæ et
iniquitáti ad iniquitátem, ita nunc exhibéte membra vestra servíre iustítiæ in sanctificatiónem.
Cum enim servi essétis peccáti, líberi fuístis iustítiæ. Quem ergo fructum
habuístis tunc in illis, in quibus nunc erubéscitis? Nam finis illórum mors
est. Nunc vero liberáti a peccáto, servi autem facti Deo, habétis fructum
vestrum in sanctificatiónem, finem vero vitam ætérnam. Stipéndia enim peccáti
mors. Grátia autem Dei vita ætérna, in Christo Iesu, Dómino nostro.
Irmãos: 19Humanamente falo, atendendo à fraqueza de
vossa carne. Como oferecestes os vossos membros para servirem à impureza e à
malícia para a iniquidade, assim agora, fazei-os servir à justiça para a vossa
santificação. 20Pois,
quando éreis escravos do pecado, não servistes à justiça. 21E que frutos tivestes, então, daquelas coisas
de que agora vos envergonhais? O fim de tudo aquilo é a morte. 22Agora, porém, livres do pecado e feitos
servos de Deus, tendes por vosso fruto a santidade, e por fim, a vida
eterna. 23Porque
o soldo do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna no
Cristo Jesus, Senhor Nosso.
Gradual / Salmo 33. 12,6
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados
dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da
Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Veníte, fílii, audíte me: timórem Dómini
docébo vos. ℣. Accédite ad eum, et illuminámini: et fácies
vestræ non confundéntur.
Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o
temor do Senhor. ℣. Aproximai-vos
d'Ele: irradiai de alegria, e as vossas faces não se cobrirão de confusão.
Aleluia / Salmo 46. 2
Allelúia, allelúia. ℣. Omnes gentes, pláudite mánibus: iubiláte Deo in
voce exsultatiónis. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Vós, povos todos, batei palmas: glorificai a
Deus com cânticos de júbilo. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 7. 15-21
Falando dos falsos profetas, da árvore e seus frutos, o ensinamento de
Jesus envolve todo um ensinamento bíblico. Deus exige que O sirvam e amem com
sinceridade.
In illo témpore: Dixit Iesus discípulis suis:
Atténdite a falsis prophétis, qui véniunt ad vos in vestiméntis óvium,
intrínsecus autem sunt lupi rapáces: a frúctibus eórum cognoscétis eos. Numquid
cólligunt de spinis uvas, aut de tríbulis ficus? Sic omnis arbor bona fructus
bonos facit: mala autem arbor malos fructus facit. Non potest arbor bona malos
fructus fácere: neque arbor mala bonos fructus fácere. Omnis arbor, quæ non
facit fructum bonum, excidétur et in ignem mittétur. Igitur ex frúctibus eórum
cognoscétis eos. Non omnis, qui dicit mihi, Dómine, Dómine, intrábit in regnum
cælórum: sed qui facit voluntátem Patris mei, qui in cælis est, ipse intrábit
in regnum cælórum.
Naquele tempo, disse Jesus a seus
discípulos: 15Acautelai-vos
dos falsos profetas, que vêm a vós sob peles de ovelhas, mas, por dentro, são
lobos vorazes. 16Por
seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas, de espinhos, ou figos,
de cardos? 17Assim,
toda árvore boa dá bons frutos; e a árvore má dá frutos maus. 18Não pode a boa árvore dar maus frutos, nem a
árvore má dar frutos bons. 19Toda
árvore que não dá bom fruto, será cortada e lançada ao fogo. 20Portanto, por seus frutos é que conhecereis
os homens. 21Nem
todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, e sim, o que
faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é o que entrará no Reino dos
céus.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa
profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Daniel 3. 40
Com o Ofertório, começa a
segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas,
canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Sicut in holocáustis aríetum et taurórum, et
sicut in mílibus agnórum pínguium: sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu
tuo hódie, ut pláceat tibi: quia non est confúsio confidéntibus in te, Dómine.
Aos vossos olhos, Senhor, seja hoje nosso
sacrifício como os holocaustos de carneiros e touros, ou os de milhares de
gordas ovelhas, para que assim Vos agrade; pois, não há confusão para aqueles
que em Vós confiam.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Deus, qui legálium differéntiam hostiárum
unius sacrifícii perfectione sanxísti: accipe sacrifícium a devótis tibi
fámulis, et pari benedictióne, sicut múnera Abel, sanctífica; ut, quod sínguli
obtulérunt ad maiestátis tuæ honórem, cunctis profíciat ad salútem. Per Dominum
nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, que integrastes na perfeição de
um só sacrifício as diferentes vítimas da antiga lei, aceitai o Sacrifício que
Vos oferecem os vossos devotos servos e santificai-o, como santificastes o de
Abel; para que aproveite para a salvação de todos, o que cada um ofereceu em
honra de vossa Majestade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo
30. 3
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode
acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Inclína aurem tuam, accélera, ut erípias me.
Inclinai os vosso ouvidos; apressai-Vos em
livrar-me.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Tua nos, Dómine, medicinális operátio, et a
nostris perversitátibus cleménter expédiat, et ad ea, quæ sunt recta, perdúcat.
Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Fazei, Senhor, que os efeitos salutares de
vossa clemência nos afastem de nossas perversidades e nos encaminhem para o que
é justo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Frutos de vida
Ajudai-me, Senhor, a não me contentar com palavras, mas a produzir
frutos de santidade.
1
– Hoje a Epístola (Rom. 6, 19-23) e o Evangelho (Mt. 7, 15-21) falam-nos dos verdadeiros frutos da vida
cristã e convidam-nos a examinar quais os frutos que até agora produzimos.
Quando «éreis escravos do pecado» – afirma S. Paulo – produzíeis frutos de
morte, «mas agora que estais livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes
por vosso fruto a santificação». A nossa santificação deve ser o fruto da nossa
vida cristã e é sobre este ponto que nos devemos examinar: que progresso
fazemos na virtude? Somos fiéis aos nossos propósitos? Cada cristão pode
considerar-se uma árvore da vinha do Senhor: o próprio Jesus, Jardineiro
divino, a plantou em terra boa, fértil, fecunda, a terra do jardim da Igreja,
banhada com a água viva da graça; rodeou-a dos cuidados mais amorosos,
podando-lhe os ramos inúteis por meio de provações, curando-a dos males
mediante a Sua Paixão e Morte, regando-lhe as raízes com o Seu preciosíssimo
Sangue. De tal modo cuidou dela que pode dizer: «Que coisa há que eu devesse
fazer mais à minha vinha que lhe não tenha feito?» (Is. 5, 4). Mas depois de tantos cuidados, Jesus passa
um dia para ver que frutos produz esta árvore e pelos seus frutos, a julga,
porque «não pode uma árvore boa dar maus frutos nem uma árvore má dar bons
frutos». Se antes da Redenção a humanidade era semelhante a uma árvore bravia
somente capaz de dar frutos de morte, com a Redenção foi enxertada em Cristo e
Cristo, que nos alimenta com a Sua própria seiva, tem todo o direito a
encontrar em nós frutos de santidade e de vida eterna. Por isso, as palavras e
os suspiros não bastam; não basta sequer a fé, pois «a fé, se não tiver obras,
é morta» (Tgo. 2, 17);
são indispensáveis as obras e a prática da vontade de Deus, porque, «nem todo o
que me diz: 'Senhor! Senhor!' entrará no reino dos céus, mas o que faz a
vontade de meu Pai que está nos céus».
2
– No Evangelho de hoje, Jesus chama a nossa atenção para os «falsos profetas»
que se apresentam «vestidos de ovelhas e por dentro são lobos rapaces». Muitos
apresentam-se como mestres de moral ou mestres espirituais, porém são mestres
falsos porque as suas obras não correspondem às suas palavras; aliás, é fácil
falar bem, mas não é fácil viver bem. Às vezes as doutrinas propostas são
falsas em si mesmas, embora à primeira vista o não pareçam, visto que se
revestem de certos aspectos de verdade; é falsa a doutrina que, em nome de um
princípio evangélico, ofende um outro, por exemplo, que em nome da compaixão
para com uma pessoa lesa o bem comum, que em nome da caridade ofende a justiça
ou esquece a obediência aos legítimos superiores. É falsa a doutrina que é
causa de relaxamento, que perturba a paz e a união, que, sob pretexto de um bem
melhor, separa os súditos dos superiores, que não se subordina à voz da
autoridade. Jesus quer-nos «simples como as pombas», alheios à crítica e ao
juízo severo do próximo, mas quer-nos também «prudentes como as serpentes» (Mt.
10, 16),
a fim de nos não deixarmos enganar pelas falsas aparências do bem que escondem
perigosas insídias.
Porém,
ser mestre não é para todos, nem a todos se exige; mas a todos – sábios e
ignorantes, mestres e discípulos – pede o Senhor a prática concreta da vida
cristã. De que nos serviria possuir uma doutrina profunda e elevada, se depois
não vivêssemos segundo essa doutrina? Portanto, em vez de querermos ser mestres
dos outros, procuremos sê-lo de nós mesmos, empenhando-nos em viver
integralmente as lições do Evangelho, imitando Jesus que primeiro «começou a
fazer e depois a ensinar» (At. 1, 1). O fruto genuíno que há-de comprovar a bondade da nossa
doutrina e da nossa vida é sempre o que Jesus nos indicou: o cumprimento da Sua
vontade. Cumprimento que significa adesão plena às leis divinas e
eclesiásticas, obediência leal aos legítimos superiores, fidelidade aos deveres
de estado, e tudo isto em todas as circunstâncias, mesmo quando exige de nós a
renúncia à nossa maneira de ver e à nossa vontade.
MADALENA,
Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 919-922.
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