«Liturgia
Dominical»
Ano 9 – nº 495 – 19 de julho de 2020
Ano 9 – nº 495 – 19 de julho de 2020
† 7º Domingo depois
de Pentecostes
verde – 2a. classe.
O Introito é um alegre convite de louvor ao Senhor,
nosso Deus, que é o Rei supremo, Rex magnus, da terra. Este é o destino de cada
homem e mais particularmente o do Cristão. Nem todos, porém, compreendem a sua
missão. Vemos o mundo dividido em dois campos e não só no mundo como em cada
indivíduo, existe um conflito perene entre o bem e o mal. S. Paulo, na
Epístola, fala-nos do escravo do pecado e do escravo de Deus, e o Evangelho não
nos deixa em dúvida sobre o que nos importa escolher. Devemos, como as boas
árvores, produzir bons frutos. Só com a graça de Deus o conseguiremos. Implorando
humildemente esta graça (Oração), alcançá-la-emos pela celebração dos santos
Mistérios (Póscomunhão).
«Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós sob peles de ovelhas, mas, por dentro, são lobos vorazes.» Ev.
Avisos Paroquiais
Teremos 5
(cinco) Santas Missas para o cumprimento do preceito dominical: Sábado às 19h;
Domingo às 6h, 8h, 16h e 19h.
Enviamos
em anexo as recomendações do nosso pároco para evitar contaminação pelo coronavírus
na assistência à Santa Missa.
Serão
transmitidas pelas redes sociais, a Santa Missa das 8h (via Facebook, YouTube e
Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Divulgação:
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 8h e 19h)
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 8h e 19h)
Intróito / OMNES GENTES — Salmo 46. 2-3
O
Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da
Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um
salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só
versículo.
Omnes gentes, pláudite mánibus: iubiláte Deo
in voce exsultatiónis. Ps. Quóniam Dóminus excélsus, terríbilis: Rex magnus
super omnem terram. ℣. Glória Patri.
Vós, povos todos, batei palmas, celebrai a
Deus com cânticos de júbilo. Sl. Porque, sublime é o Senhor e grande é o seu
poder: Rei supremo sobre toda a terra. ℣.
Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Entreguemo-nos totalmente nas mãos de Deus, que, em sua providência,
procura o nosso bem com mais segurança que nós mesmos o poderíamos fazer.
Deus, cuius providéntia in sui dispositióne
non fállitur: te súpplices exorámus; ut nóxia cuncta submóveas, et ómnia nobis
profutúra concédas. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, cuja Providência não falha em
suas disposições, humildemente Vos suplicamos afasteis de nós tudo quanto nos
prejudique, e nos concedais quanto possa ser proveitoso para a nossa vida. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São Paulo Apóstolo aos
Romanos 6. 19-23
A liberdade do cristão consiste na libertação da escravatura do pecado,
para se dar, sem reserva, à prática do bem. Estava condenado à morte, e agora
vai a caminho da vida eterna.
Fratres: Humánum dico, propter infirmitátem
carnis vestræ: sicut enim exhibuístis membra vestra servíre immundítiæ et
iniquitáti ad iniquitátem, ita nunc exhibéte membra vestra servíre iustítiæ in
sanctificatiónem. Cum enim servi essétis peccáti, líberi fuístis iustítiæ. Quem
ergo fructum habuístis tunc in illis, in quibus nunc erubéscitis? Nam finis
illórum mors est. Nunc vero liberáti a peccáto, servi autem facti Deo, habétis
fructum vestrum in sanctificatiónem, finem vero vitam ætérnam. Stipéndia enim
peccáti mors. Grátia autem Dei vita ætérna, in Christo Iesu, Dómino nostro.
Irmãos: 19Humanamente falo,
atendendo à fraqueza de vossa carne. Como oferecestes os vossos membros para
servirem à impureza e à malícia para a iniquidade, assim agora, fazei-os servir
à justiça para a vossa santificação. 20Pois, quando éreis
escravos do pecado, não servistes à justiça. 21E que frutos
tivestes, então, daquelas coisas de que agora vos envergonhais? O fim de tudo
aquilo é a morte. 22Agora, porém, livres do pecado e feitos
servos de Deus, tendes por vosso fruto a santidade, e por fim, a vida
eterna. 23Porque o soldo do pecado é a morte; mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna no Cristo Jesus, Senhor Nosso.
Gradual / Salmo
33. 12,6
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados
dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da
Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Veníte, fílii, audíte me: timórem Dómini
docébo vos. ℣. Accédite ad eum, et
illuminámini: et fácies vestræ non confundéntur.
Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o
temor do Senhor. ℣. Aproximai-vos d'Ele: irradiai de alegria, e
as vossas faces não se cobrirão de confusão.
Aleluia / Salmo
46. 2
Allelúia, allelúia. ℣. Omnes gentes,
pláudite mánibus: iubiláte Deo in voce exsultatiónis. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Vós,
povos todos, batei palmas: glorificai a Deus com cânticos de júbilo. Aleluia.
Evangelho segundo São
Mateus 7. 15-21
Falando dos falsos profetas, da árvore e seus frutos, o ensinamento de
Jesus envolve todo um ensinamento bíblico. Deus exige que O sirvam e amem com
sinceridade.
In illo témpore: Dixit Iesus discípulis suis:
Atténdite a falsis prophétis, qui véniunt ad vos in vestiméntis óvium,
intrínsecus autem sunt lupi rapáces: a frúctibus eórum cognoscétis eos. Numquid
cólligunt de spinis uvas, aut de tríbulis ficus? Sic omnis arbor bona fructus
bonos facit: mala autem arbor malos fructus facit. Non potest arbor bona malos
fructus fácere: neque arbor mala bonos fructus fácere. Omnis arbor, quæ non
facit fructum bonum, excidétur et in ignem mittétur. Igitur ex frúctibus eórum
cognoscétis eos. Non omnis, qui dicit mihi, Dómine, Dómine, intrábit in regnum
cælórum: sed qui facit voluntátem Patris mei, qui in cælis est, ipse intrábit
in regnum cælórum.
Naquele tempo, disse Jesus a seus
discípulos: 15Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós
sob peles de ovelhas, mas, por dentro, são lobos vorazes. 16Por
seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas, de espinhos, ou figos,
de cardos? 17Assim, toda árvore boa dá bons frutos; e a árvore
má dá frutos maus. 18Não pode a boa árvore dar maus frutos, nem
a árvore má dar frutos bons. 19Toda árvore que não dá bom
fruto, será cortada e lançada ao fogo. 20Portanto, por seus
frutos é que conhecereis os homens. 21Nem todo aquele que me
diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, e sim, o que faz a vontade de
meu Pai que está nos céus, esse é o que entrará no Reino dos céus.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Daniel 3. 40
Com
o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas,
canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Sicut in holocáustis aríetum et taurórum, et
sicut in mílibus agnórum pínguium: sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu
tuo hódie, ut pláceat tibi: quia non est confúsio confidéntibus in te, Dómine.
Aos vossos olhos, Senhor, seja hoje nosso
sacrifício como os holocaustos de carneiros e touros, ou os de milhares de
gordas ovelhas, para que assim Vos agrade; pois, não há confusão para aqueles
que em Vós confiam.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Deus, qui legálium differéntiam hostiárum
unius sacrifícii perfectione sanxísti: accipe sacrifícium a devótis tibi
fámulis, et pari benedictióne, sicut múnera Abel, sanctífica; ut, quod sínguli
obtulérunt ad maiestátis tuæ honórem, cunctis profíciat ad salútem. Per Dominum
nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, que integrastes na perfeição de
um só sacrifício as diferentes vítimas da antiga lei, aceitai o Sacrifício que
Vos oferecem os vossos devotos servos e santificai-o, como santificastes o de
Abel; para que aproveite para a salvação de todos, o que cada um ofereceu em
honra de vossa Majestade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo
30. 3
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode
acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Inclína aurem tuam, accélera, ut erípias me.
Inclinai os vosso ouvidos; apressai-Vos em
livrar-me.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Tua nos, Dómine, medicinális operátio, et a
nostris perversitátibus cleménter expédiat, et ad ea, quæ sunt recta, perdúcat.
Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Fazei, Senhor, que os efeitos salutares de
vossa clemência nos afastem de nossas perversidades e nos encaminhem para o que
é justo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Frutos de vida
Ajudai-me, Senhor, a não me contentar com palavras, mas a produzir
frutos de santidade.
1
— Hoje a Epístola (Rom. 6, 19-23) e o Evangelho (Mt. 7, 15-21)
falam-nos dos verdadeiros frutos da vida cristã e convidam-nos a examinar quais
os frutos que até agora produzimos. Quando «éreis escravos do pecado» — afirma
S. Paulo — produzíeis frutos de morte, «mas agora que estais livres do pecado e
feitos servos de Deus, tendes por vosso fruto a santificação». A nossa
santificação deve ser o fruto da nossa vida cristã e é sobre este ponto que nos
devemos examinar: que progresso fazemos na virtude? Somos fiéis aos nossos
propósitos? Cada cristão pode considerar-se uma árvore da vinha do Senhor: o
próprio Jesus, Jardineiro divino, a plantou em terra boa, fértil, fecunda, a
terra do jardim da Igreja, banhada com a água viva da graça; rodeou-a dos
cuidados mais amorosos, podando-lhe os ramos inúteis por meio de provações,
curando-a dos males mediante a Sua Paixão e Morte, regando-lhe as raízes com o
Seu preciosíssimo Sangue. De tal modo cuidou dela que pode dizer: «Que coisa há
que eu devesse fazer mais à minha vinha que lhe não tenha feito?» (Is. 5, 4).
Mas depois de tantos cuidados, Jesus passa um dia para ver que frutos produz
esta árvore e pelos seus frutos, a julga, porque «não pode uma árvore boa dar
maus frutos nem uma árvore má dar bons frutos». Se antes da Redenção a
humanidade era semelhante a uma árvore bravia somente capaz de dar frutos de
morte, com a Redenção foi enxertada em Cristo e Cristo, que nos alimenta com a
Sua própria seiva, tem todo o direito a encontrar em nós frutos de santidade e
de vida eterna. Por isso, as palavras e os suspiros não bastam; não basta
sequer a fé, pois «a fé, se não tiver obras, é morta» (Tgo. 2, 17);
são indispensáveis as obras e a prática da vontade de Deus, porque, «nem todo o
que me diz: 'Senhor! Senhor!' entrará no reino dos céus, mas o que faz a
vontade de meu Pai que está nos céus».
2
— No Evangelho de hoje, Jesus chama a nossa atenção para os «falsos profetas»
que se apresentam «vestidos de ovelhas e por dentro são lobos rapaces». Muitos
apresentam-se como mestres de moral ou mestres espirituais, porém são mestres
falsos porque as suas obras não correspondem às suas palavras; aliás, é fácil
falar bem, mas não é fácil viver bem. Às vezes as doutrinas propostas são
falsas em si mesmas, embora à primeira vista o não pareçam, visto que se
revestem de certos aspectos de verdade; é falsa a doutrina que, em nome de um
princípio evangélico, ofende um outro, por exemplo, que em nome da compaixão
para com uma pessoa lesa o bem comum, que em nome da caridade ofende a justiça
ou esquece a obediência aos legítimos superiores. É falsa a doutrina que é
causa de relaxamento, que perturba a paz e a união, que, sob pretexto de um bem
melhor, separa os súditos dos superiores, que não se subordina à voz da
autoridade. Jesus quer-nos «simples como as pombas», alheios à crítica e ao
juízo severo do próximo, mas quer-nos também «prudentes como as serpentes» (Mt.
10, 16), a fim de nos não deixarmos enganar pelas
falsas aparências do bem que escondem perigosas insídias.
Porém,
ser mestre não é para todos, nem a todos se exige; mas a todos — sábios e
ignorantes, mestres e discípulos — pede o Senhor a prática concreta da vida
cristã. De que nos serviria possuir uma doutrina profunda e elevada, se depois
não vivêssemos segundo essa doutrina? Portanto, em vez de querermos ser mestres
dos outros, procuremos sê-lo de nós mesmos, empenhando-nos em viver
integralmente as lições do Evangelho, imitando Jesus que primeiro «começou a
fazer e depois a ensinar» (At. 1, 1). O fruto genuíno que há-de comprovar a
bondade da nossa doutrina e da nossa vida é sempre o que Jesus nos indicou: o
cumprimento da Sua vontade. Cumprimento que significa adesão plena às leis
divinas e eclesiásticas, obediência leal aos legítimos superiores, fidelidade
aos deveres de estado, e tudo isto em todas as circunstâncias, mesmo quando
exige de nós a renúncia à nossa maneira de ver e à nossa vontade.
Extraído
do Livro Intimidade Divina — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda
edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.
Nenhum comentário:
Postar um comentário