domingo, 18 de junho de 2017

Edição nº 322

« Liturgia Dominical »
Ano 6 – nº 322   18 de junho 2017
† 2º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES
verde – 2a. classe.
« Sai já pelas praças e ruas da cidade, traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos, e os coxos. » Ev.


Avisos Paroquiais
Assista a Santa Missa ao vivo direto da Igreja Matriz,
da Paróquia Pessoal do Senhor Bom Jesus Crucificado e do Imaculado Coração de Maria,
todos os Domingos, às 7h e 19h. Click link baixo.

Intróito / Factus est - Salmo 17. 19-20, 2-3
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Factus est Dóminus protéctor meus, et edúxit me in latitúdinem: salvum me fecit, quóniam vóluit me. Ps. Díligam te. Dómine, virtus mea: Dóminus firmaméntum meum et refúgium meum et liberátor meus. . Glória Patri.
O Senhor se fez o meu protetor e conduziu-me ao largo; salvou-me, porque me amava. Sl. Amar-Vos-ei, Senhor, que sois a minha força! O Senhor é o meu apoio, o meu refúgio e o meu libertador. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Sancti nóminis tui, Dómine, timórem páriter et amórem fac nos habére perpétuum: quia numquam tua gubernatióne destítuis, quos in soliditáte tuæ dilectiónis instítuis. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Fazei, Senhor, que temamos e igualmente amemos vosso santo Nome, porque nunca faltais com a vossa providência aos que firmastes em vosso Amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de São João 1. 3. 13-18
O amor a nossos irmãos, para ser eficaz e verdadeiro, deve crescer até à medida do que Jesus Cristo nos dedicou: Ele deu a vida por nós.
Caríssimi: Nolíte mirári, si odit vos mundus. Nos scimus, quóniam transláti sumus de morte ad vitam, quóniam dilígimus fratres. Qui non díligit, manet in morte: omnis, qui odit fratrem suum, homícida est. Et scitis, quóniam omnis homícida non habet vitam ætérnam in semetípso manéntem. In hoc cognóvimus caritátem Dei, quóniam ille ánimam suam pro nobis pósuit: et nos debémus pro frátribus ánimas pónere. Qui habúerit substántiam huius mundi, et víderit fratrem suum necessitátem habére, et cláuserit víscera sua ab eo: quómodo cáritas Dei manet in eo? Filíoli mei, non diligámus verbo neque lingua, sed ópere et veritáte.
Caríssimos: 13Não vos admireis, se o mundo vos odeia. 14Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os nossos irmãos. Aquele que não ama, permanece na morte. 15Todo aquele que odeia a seu irmão, é homicida. E bem sabeis que nenhum homicida tem permanente em si a vida eterna. 16Nisto conhecemos o amor de Deus: em ter Ele dado a sua vida por nós; e assim também devemos nós dar a vida por nossos irmãos. 17Se alguém possui bens deste mundo, e, vendo o seu irmão passar necessidade, lhe fecha o coração, como estará nele o amor de Deus? 18Meus filhinhos, não amemos somente em palavras, nem de língua, mas por ações e em verdade. 
Gradual / Salmo 119. 1-2
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Ad Dóminum, cum tribulárer, clamávi, et exaudívit me.. Dómine, libera ánimam meam a lábiis iníquis, et a lingua dolósa.
Em minha tribulação, clamo ao Senhor, e Ele me ouve. . Senhor, livrai a minha alma dos lábios iníquos e da língua mentirosa.
Aleluia / Salmo 7. 2
Allelúia, allelúia. . Dómine, Deus meus, in te sperávi: salvum me fac ex ómnibus persequéntibus me et líbera me. Allelúia.
Aleluia, aleluia. . Senhor, meu Deus, em Vós espero: salvai-me e de todos os que me perseguem, livrai-me. Aleluia.
Evangelho segundo São Lucas 14. 16-24
Para o banquete eucarístico ou para o festim messiânico todos estão convidados, ainda os mais miseráveis. Simplesmente se excluem aqueles que, satisfeitos com o que têm, pensam não ter necessidade de Deus.
In illo témpore: Dixit Iesus pharisaeis parábolam hanc: Homo quidam fecit coenam magnam, et vocávit multos. Et misit servum suum hora coenæ dícere invitátis, ut venírent, quia iam paráta sunt ómnia. Et coepérunt simul omnes excusáre. Primus dixit ei: Villam emi, et necésse hábeo exíre et vidére illam: rogo te, habe me excusátum. Et alter dixit: Iuga boum emi quinque et eo probáre illa: rogo te, habe me excusátum. Et álius dixit: Uxórem duxi, et ídeo non possum veníre. Et revérsus servus nuntiávit hæc dómino suo. Tunc irátus paterfamílias, dixit servo suo: Exi cito in pláteas et vicos civitátis: et páuperes ac débiles et coecos et claudos íntroduc huc. Et ait servus: Dómine, factum est, ut imperásti, et adhuc locus est. Et ait dóminus servo: Exi in vias et sepes: et compélle intrare, ut impleátur domus mea. Dico autem vobis, quod nemo virórum illórum, qui vocáti sunt, gustábit coenam meam.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus esta parábola: 16Um homem preparou um grande banquete, para o qual convidou muitas pessoas. 17E, à hora do banquete, mandou um de seus servos dizer aos convidados que viessem, porque já estava tudo pronto. 18Todos, porém, unanimemente começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei uma quinta e preciso ir vê-la; rogo-te que me dês por escusado. 19Um outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-los; peço-te que me dispenses. 20Disse um terceiro: Casei-me, e por isso não posso ir. 21Voltando o servo, referiu estas coisas a seu senhor. Então, indignado, o pai de família disse a seu servo: Sai já pelas praças e ruas da cidade, traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos, e os coxos. 22E disse o servo: Senhor, está feito o que mandaste, e ainda há lugar. 23Respondeu o senhor ao servo: Vai pelos caminhos e cercados, e obriga a gente a entrar para que se encha a minha casa. 24Eu vos digo, porém, que nenhum daqueles que foram convidados provará a minha ceia.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 6. 5
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Dómine, convértere, et éripe ánimam meam: salvum me fac propter misericórdiam tuam.
Senhor, voltai-Vos para mim e livrai a minha alma: salvai-me por vossa misericórdia.
Secreta
É a antiga « oração sobre as oblatas », ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Oblátio nos, Dómine, tuo nómini dicánda puríficet: et de die in diem ad coeléstis vitæ tránsferat actiónem. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Purifique-nos, Senhor, esta oblação que vai ser consagrada a vosso Nome, e dia a dia nos aperfeiçoe na prática de uma vida toda celestial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 12. 6
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Cantábo Dómino, qui bona tríbuit mihi: et psallam nómini Dómini altíssimi.
Cantarei hinos ao Senhor, que me cumulou de benefícios; e entoarei salmos ao Nome do Senhor, o Altíssimo.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Sumptis munéribus sacris, quaesumus, Dómine: ut cum frequentatióne mystérii, crescat nostræ salútis efféctus. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Tendo recebido estes Dons sagrados, nós Vos rogamos, Senhor, que com a frequente recepção deste Mistério, cresça em nós o fruto de nossa Redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Convite para o Banquete
Ó Jesus, concedei-me a graça de corresponder sempre ao Vosso convite e de participar dignamente no Vosso banquete.
1 — O Evangelho deste domingo (Lc. 14, 16-24) harmoniza-se perfeitamente com a festa do Corpo de Deus. « Um homem fez uma grande ceia e convidou muitos ». O homem que faz a ceia é Deus, e a grande ceia é o Seu reino onde as almas encontrarão na terra toda a abundância de bens espirituais e, na outra vida, a felicidade eterna. É este o sentido próprio da parábola, mas nada obsta a que também se possa entender num sentido mais particular, vendo na ceia o banquete eucarístico e no homem que o ofereceu, Jesus, que convida os homens a alimentarem-se da Sua carne e do Seu Sangue. « A mesa do Senhor está pronta para nós — canta a Igreja. — A Sabedoria (ou seja o Verbo Encarnado) preparou o vinho e pôs a mesa » (BR.). O próprio Jesus, ao anunciar a Eucaristia, dirige a todos o Seu convite: « Eu sou o pão da vida; o que vem a mim não terá jamais fome e o que crê em mim não terá jamais sede... Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que aquele que dele comer não morra » (Jo. 6, 35-50). Jesus não Se limita, como os outros homens a preparar-nos uma ceia, a fazer numerosos convites e a apresentar iguarias excelentes; mas o fato singularíssimo — que nenhum homem por mais rico e poderoso que seja poderá imitar — é que Ele próprio Se oferece como alimento. São João Crisóstomo a quem pretende ver Cristo na Eucaristia com os olhos do corpo, diz: « Pois bem, já O vês, tocas e comes. Tu queres ver as suas vestes e Ele, ao contrário, concede-te não só vê-Lo, mas até comê-Lo, tocá-Lo e recebê-Lo dentro de ti... Aquele a quem os anjos olham temerosos e não ousam contemplar livremente devido ao Seu deslumbrante esplendor, faz-Se nosso alimento; nós unimo-nos a Ele e formamos com Cristo um só corpo e uma só carne » (BR.).
2 — Jesus não podia oferecer ao homem uma mesa mais rica do que o banquete eucarístico. E de que modo correspondem os homens ao Seu convite para esta mesa? Muitos, como os judeus incrédulos, encolhem os ombros e retiram-se com um sorriso cético nos lábios: « Como pode este dar-nos a comer a sua carne? » (Jo. 6, 53). Mas o que afasta da Eucaristia não é só a falta de fé; esta é muitas vezes acompanhada e não raramente deriva das causas morais de que fala o Evangelho de hoje. « Comprei uma quinta e é-me necessário ir vê-la; rogo-te que me dês por escusado », respondeu um; e outro: « comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me dês por escusado ». A excessiva preocupação com os bens terrenos e o apego aos mesmos, o mergulhar-se totalmente nos negócios, são os motivos pelos quais tantos recusam o convite de Jesus. Porém, ainda não é tudo: « casei-me e por isso não posso ir », respondeu um terceiro. Este representa aqueles que, submersos nos prazeres dos sentidos, perderam a sensibilidade para as coisas do espírito e, em presença delas, continuam o seu caminho, não se lembrando sequer de se desculpar.
É impossível não estremecer em face da grande cegueira do homem que antepõe ao dom de Cristo, Pão dos anjos e penhor de vida eterna, os interesses terrenos, os vis prazeres dos sentidos, que muito depressa se dissipam como o nevoeiro aos raios do sol. E contudo, não é difícil que uma sombra desta cegueira vele também o olhar e o coração daqueles a quem Jesus chamou para O seguirem mais de perto e designou com o doce nome de amigos. Estes não recusam o convite, mas aceitam-no muitas vezes com frieza, quase por costume. Acaso não é verdade que, enquanto nos preocupamos com muitas coisas: trabalhos, negócios, família, amizades, etc., bem pouco nos preocupamos com dispor-nos cada dia mais dignamente para o Banquete eucarístico? Jesus vem a nós talvez cada manhã, mas encontrará sempre uma hospitalidade calorosa, delicada, solícita, cheia de amor? Oh! Muitas vezes encontra o coração dos Seus amigos ocupados com mil pensamentos, bagatelas e afetos terrenos ao passo que para Ele, Hóspede divino, muito pouco lugar fica, quando deveria pertencer-Lhe inteiramente! Todavia o pensamento do encontro diário com Jesus deveria dominar qualquer outro pensamento.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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