sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Edição nº 290

« Liturgia Dominical »
Ano 6 – nº 290  13 de novembro de 2016
†26º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES
(6ºdepois da Epifania transferido)
verde – 2ª classe.

« Trazida ao mundo por Cristo e propagada pela Igreja, a palavra de Deus comporta-se
como o fermento na massa, ou como a semente no solo: acolhida pelas almas abertas,
confere-lhes um espantoso poder de transformação. »

Novembro, mês das Almas.
« Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno.
E entre os esplendores da luz perpétua, descansem em paz. Amém. »

Intróito / Jeremias 29. 11-14; Salmo 84. 2;
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
O profeta Jeremias anuncia o fim dum cativeiro, de que o de Babilônia foi apenas figura.
Assim diz o Senhor: Meus pensamentos são de paz e não de aflição. Clamai por mim e eu vou ouvirei. Reconduzir-vos-ei de vosso cativeiro, de todos os lugares. Sl. Abençoastes, Senhor, a vossa terra; livrastes Jacó do cativeiro. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Tenhamos confiança na palavra divina e acolhamo-la na nossa vida; dará nela frutos abundantes.
Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, meditando sem cessar o que é espiritual, executemos sempre em palavras e obras o que é de vosso agrado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola S. Paulo Apóstolo aos Tessalonicessences 1. 1. 2-10
O termos sido objeto do chamamento divino, deve encher-nos de alegria e duma tranquila segurança, na expectativa da última vinda de Cristo.
Irmãos: 2Damos sempre graças a Deus por todos vós, fazendo continuamente menção de vós em nossas orações. 3Lembramo-nos diante de Deus, nosso Pai, da obra de vossa fé, dos trabalhos de vossa caridade e da firmeza de vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo. 4Sabemos, irmãos amados por Deus, que fostes escolhidos, 5porquanto o nosso Evangelho não vos foi pregado somente em palavras, mas na força do Espírito Santo e em grande plenitude, como sabeis que estivemos entre vós para o vosso bem. 6E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, recebendo a palavra no meio de muitas tribulações com a alegria do Espírito Santo, 7a tal ponto que servistes de modelo para todos os crentes, na Macedônia e na Acaia. 8Porque entre vós, não só a palavra do Senhor se divulgou na Macedônia e na Acaia, como ainda a vossa fé em Deus correu por toda a parte, de modo que não nos é necessário dizer coisa alguma, 9uma vez que eles mesmos contam qual o acolhimento que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos para Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, 10e para esperardes do Céu o seu Filho Jesus (a quem ressuscitou dentre os mortos) que nos livrou da ira futura.
Gradual / Salmo 43. 8-9
Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Vós nos livrastes, Senhor, dos que nos afligiam e confundistes os que nos odiavam. . Em Deus nos gloriamos todo o dia; e louvamos eternamente o vosso Nome.
Aleluia / Salmo 129. 1-2
« Aleluia » é um grito de júbilo, que significa: « louvai ao Senhor ».
Aleluia, aleluia. . Das profundezas do abismo, clamei a Vós, Senhor! Senhor atendei à minha oração. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 13. 31-35
Entre as parábolas do reino, a do grão de mostarda e a do fermento anunciam o maravilhoso progresso da Igreja, até ao fim dos tempos.
Naquele tempo, 31propôs Jesus ao povo esta parábola: « O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. 32Este grão é, em verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescida, é a maior de todas as hortaliças e chega a tornar-se uma árvore, de maneira que as aves do Céu se vêm aninhar entre os seus ramos ». 33Disse-lhes ainda outra parábola: « O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que toda ela fique levedada ». 34Todas estas coisas disse Jesus ao povo em parábolas; e não lhes falava senão em parábolas, 35para que se cumprisse o que estava escrito pelo Profeta: « Abrirei em parábolas os meus lábios e publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo ».
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 129. 1-2
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor! Senhor, atendei à minha oração. Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor.
Secreta
É a antiga « oração sobre as oblatas », ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta oferta nos purifique, renove, governe e proteja. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Marcos 11. 24
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Em verdade, vos digo: tudo o que pedirdes em vossa oração, crede que o recebereis, e vos será feito.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Nutridos, Senhor, com as celestes delícias, nós Vos pedimos que sempre desejemos o que em verdade nos comunica a Vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Grão de Mostarda
Ó Senhor, que o Vosso reino venha a toda terra e ao meu coração.
1 — Entre os textos da Missa de hoje, sobressai a parábola do grão de mostarda, tão breve, mas tão rica de significado: « O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo; é a menor das sementes, mas depois de ter crescido, a maior de todas as hortaliças e faz-se árvore de sorte que as aves do céu vêm repousar sob os seus ramos » (Mt. 13, 31-32). Nada de menor e de mais humilde que o « Reino dos Céus », isto é, a Igreja nas suas origens; Jesus, sua Cabeça e seu Fundador, nasce numa gruta de animais, vive durante trinta anos na oficina de um carpinteiro; e, apenas por três anos desenvolve a Sua atividade no meio de gente humilde, pregando uma doutrina tão simples que todos, mesmo os ignorantes, podem entender. Quando Jesus deixou a Terra, a Igreja era constituída por um exíguo grupo de doze homens, reunidos à volta de uma humilde mulher, Maria; mas este primeiro núcleo tem uma força tão vital e poderosa, que em poucos anos se difunde por todos os povos do vasto Império Romano. Progressivamente, através dos séculos, a Igreja, de minúsculo grão de mostarda semeado no coração de uma Virgem-Mãe e de uns pobres pescadores, transforma-se em árvore gigantesca que estende os seus ramos por todas as regiões do globo e a cuja sombra se acolhem gentes de todas as línguas e de todas as nações.
A Igreja não é só uma sociedade de homens, mas de homens que têm Jesus, o Filho de Deus, por Cabeça; a Igreja é o Cristo total, quer dizer, Jesus e os fiéis incorporados nEle e formando com Ele um só corpo; a Igreja é o Corpo místico de Cristo de que cada batizado é um membro. Amar a Igreja é amar Jesus; trabalhar pela difusão da Igreja é trabalhar pelo incremento do Corpo místico de Cristo, a fim de que seja completo o número dos seus membros e que cada membro coopere para o seu esplendor. A breve invocação: « adveniat regnum tuum » tudo isto resume e solicita do Pai celeste.
Será pouco o que podemos fazer pela difusão da Igreja? Façamo-lo ao menos com todo o coração, cooperemos também nós com o nosso pobre trabalho, verdadeiro grão de mostarda, para o desenvolvimento desta maravilhosa árvore na qual todos os homens devem encontrar salvação e repouso.
2 — A parábola do grão de mostarda leva-nos a pensar não só na expansão do reino de Deus no mundo, mas também no seu desenvolvimento no nosso coração. Porventura não disse Jesus: « O Reino de Deus está dentro de vós »? (Lc. 17, 21). Também em nós, este reino maravilhoso teve o seu início numa pequeníssima semente, a semente da graça: graça santificante que de um modo oculto e misterioso Deus semeou em nós no santo Batismo; graça atual das boas inspirações e da palavra divina — « semen est verbum Dei » (Lc. 8,11) — que Jesus, Semeador celeste, espalhou às mãos cheias nas nossas almas. Pouco a pouco, esta pequena semente germinou, lançou raízes cada vez mais profundas, e cresceu penetrando progressivamente em todo o nosso espírito, até que, tendo-nos conquistado inteiramente para Deus, sentimos a necessidade de exclamar: « Senhor tudo quanto tenho e sou, é Vosso; dou-me todo a Vós quero ser Vosso Reino ». Ser totalmente reino de Deus, de modo que Ele seja o único Soberano e Dominador do nosso coração e nada exista em nós que não Lhe pertença ou não esteja sujeito ao Seu império, é o ideal da alma que ama a Deus com um amor total. Mas como conseguir o pleno desenvolvimento deste reino de Deus em nós? A segunda parábola que lemos no Evangelho de hoje, dá-nos a resposta: « O reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que o todo fica fermentado ». Eis uma outra imagem belíssima do trabalho que a graça realiza na nossa alma: a graça foi posta em nós como um fermento que crescerá pouco a pouco até impregnar toda a nossa personalidade divinizando-a inteiramente. A graça, fermento divino, foi-nos dada para sarar, elevar, santificar o nosso ser com todas as suas potências e faculdades; só quando tiver completado este trabalho, seremos totalmente Reino de Deus.
Reflitamos uma vez mais sobre o grande problema da nossa correspondência à graça. Esta semente divina, este fermento sobrenatural está em nós; quem o poderá impedir de se tornar uma árvore gigantesca, capaz de abrigar outras almas? Quem o poderá impedir de levedar toda a massa, se removermos todos os obstáculos que se opõem ao seu desenvolvimento e secundarmos os seus impulsos e exigências?
« Adveniat regnum tuum! » Sim, peçamos a vinda total do reino de Deus também aos nossos corações.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

ORAÇÃO DO DIZIMISTA
Recebei, Senhor, a minha oferta!
Não é uma esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma contribuição a Vós, porque não precisais.
Não é o resto que me sobra que vos ofereço.
Esta importância representa, Senhor,
MEU RECONHECIMENTO, MEU AMOR,
Pois, se tenho, é porque me destes.
Amém.

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