sexta-feira, 6 de maio de 2016

Edição nº 259

« Liturgia Dominical »
Ano 5 nº 259 8 de maio de 2016
X DOMINGO DEPOIS DA ASCENSÃO
SOLENIDADE DA ASCENSÃO.
branco – 2a. classe.
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«  Depois de ter dito isto, elevou-se, à vista deles, e uma nuvem O ocultou aos seus olhos. » Ep.
     Nas missas com o povo: Solenidade da Ascensão: tudo como no dia da Ascensão, segundo determinação do Exmo. Sr. Bispo Administrador Apostólico.


Atravessando a nuvem, que O encobre aos olhares dos seus, Jesus sobe ao Céu, ao seio da Trindade eterna. A coroa da glória eterna cingirá para sempre a sua fronte divina.


Intróito / Atos dos Apóstolos, 1. 11 Salmo 46. 2
O Intróito como que enuncia  o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo
Homens da Galiléia, porque admirados olhais para o céu? Aleluia! Como o vistes subir para o céu, assim Ele virá: aleluia, aleluia, aleluia. Sl. Vós nações todas, batei palmas, celebrai a Deus, com voz de alegre canto. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
É "o nosso Redentor" que hoje subiu ao céu. Que maior motivo, para esperar, poderíamos ter? A Ascensão é a grande festa da esperança cristã.
Concedei-nos, ó Deus onipotente, que assim como cremos que o vosso Unigênito, nosso Redentor, subiu ao céu neste dia, assim também nós em espírito habitemos no céu. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Leitura dos Atos dos Apóstolos 1. 1-11
No Atos dos Apóstolos, a descrição da Ascensão é um anuncio da missão da Igreja, obra essencialmente divina, realizada inteiramente sob os auspícios do Espírito Santo.
1Em minha primeira narração, ó Teófilo, tratei de todas as coisas que Jesus fez e ensinou desde o princípio 2até o dia em que, tendo dado preceitos por meio do Espírito Santo, aos Apóstolos que tinha escolhido, foi arrebatado [ao céu]. 3A eles também, depois de sua Paixão, se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do Reino de Deus. 4E, comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai, que ouvistes (disse) da minha boca. 5João batizou com água, vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias. 6Então os que estavam reunidos assim o interrogavam: Senhor, será nesse tempo que estabelecereis o reino de Israel? 7Respondeu-lhes então: não vos cabe saber o tempo e a hora que o Pai em Seu poder determinou. 8Mas recebereis a força do Espírito Santo, que virá sobre vós, e me sereis testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e a Samaria, e até às extremidades da terra. 9Depois de ter dito isto, elevou-se, à vista deles, e uma nuvem O ocultou aos seus olhos. 10E como estivessem com os olhos fitos no céu, enquanto ele ia subindo, eis que dois varões vestidos de branco, surgiram junto a eles 11e lhe disseram: homens da Galileia por que estais olhando para o céu? Esse Jesus que do meio de vós se elevou ao céu virá do mesmo modo porque o vistes ir para o céu.
Alelúia / Salmos 46. 6; 67. 18-19
Cantos, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Aleluia, aleluia. . Deus subiu no meio de aclamações de júbilo, e O senhor, ao som da trombeta. Aleluia. O Senhor, em seu santuário, como no Sinai, subindo ao alto, levou os cativos como presas. Aleluia.
& Evangelho segundo São Marcos 16. 14-20
Como na epístola, também aqui se afirma a conexão entre a partida de Jesus e a missão da Igreja incipiente; é sempre a obra do Senhor.
Naquele tempo, 14estando à mesa os onze discípulos, apareceu-lhes Jesus e censurou-lhes a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem acreditado naqueles que O tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. 16O quer crer e for batizado, será salvo: porém o que não crer será condenado. 17E eis os milagres que seguirão aos que crerem: em meu Nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; 18levantarão as serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, esta não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e estes serão curados. 19E o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, elevou-se ao céu e está sentado à direita de Deus. 20Eles porém partiram e pregaram por toda a parte. E o Senhor operou com eles e confirmou a sua pregação com os milagres que a acompanhavam.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 46. 6
     Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Deus subiu entre aclamações de jubilo, e o Senhor, ao som da trombeta, aleluia.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Aceitai, Senhor, os dons que Vos apresentamos pela gloriosa Ascenção de Vosso Filho, e concedei, benigno, sejamos livres dos perigos deste tempo e alcancemos a vida eterna. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 67. 33-34
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Cantai salmos ao Senhor que sobe ao céu dos céus, para o Oriente, aleluia.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Nós Vos suplicamos, ó Deus onipotente e misericordioso, permiti alcancemos o fruto invisível destes visíveis mistérios que como Alimento acabamos de receber. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A Ascensão do Senhor
Ó Jesus que subis ao céu, fazei que pelo coração também eu habite no céu.
1 — A liturgia de hoje convida-nos a elevar os nossos corações ao céu para começarmos a habitar em espírito onde Jesus nos precedeu: « A Ascensão de Cristo — diz S. Leão — é a nossa elevação e o corpo tem a esperança de estar um dia onde o precedeu a sua gloriosa Cabeça » (BR.). De fato, já no discurso da última Ceia o Senhor tinha dito: « vou preparar o lugar para vós. E depois que eu tiver ido e vos tiver preparado o lugar, virei novamente, e tomar-vos-ei comigo, para que onde eu estou, estejais vós também » (Jo. 14, 2 e 3). A Ascensão é, portanto, uma festa de radiosa esperança, de suave antegozo do céu: ao entrar nele, Jesus, nossa Cabeça, deu-nos o direito de O seguirmos um dia; assim, podemos dizer com S. Leão, « que em Cristo nós mesmos penetramos no mais alto dos céus » (BR.). Como em Cristo crucificado morremos para o pecado e em Cristo ressuscitado ressuscitámos para a vida da graça, assim, pela Sua Ascensão, também nós subimos ao céu. Esta participação vital nos mistérios de Cristo é a grande consequência da nossa incorporação nEle; sendo Ele a nossa Cabeça, nós, os Seus membros, estamos totalmente dependentes dEle e intimamente ligados à Sua sorte. « Deus, que é rico em misericórdia — ensina S. Paulo — pela Sua extrema caridade com que nos amou... Convivificou-nos em Cristo... e com Ele nos ressuscitou e nos fez sentar nos céus » (Ef. 2, 4-6). O direito ao céu foi adquirido, o lugar está pronto, compete-nos agora viver de modo a merecermos ocupá-lo um dia. Entretanto na expectativa, devemos viver a bela prece que a liturgia nos põe nos lábios: « Deus todo-poderoso, concedei-nos a graça de também nós vivermos em espírito na morada celeste » (Colecta). « Onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração » (Mt. 6, 21), disse Jesus um dia. Se Jesus é verdadeiramente o nosso tesouro, o nosso coração não poderá estar senão no céu junto dEle. Este é o grande anseio da alma cristã, tão bem expresso no hino de Vésperas de hoje: « Ó Jesus, sede a meta dos nossos corações, sede o conforto das nossas lágrimas, sede o doce prêmio da nossa vida » (BR.).
2 — Mas a par da esperança e da alegre expectativa do céu, a festa da Ascensão tem a sua nota de melancolia. Perante a partida definitiva de Jesus, os Apóstolos sentem-se tomados por uma sensação de temor, o temor de quem vê afastar-se para sempre o amigo e protetor mais querido e se encontra só, em face das dificuldades da vida. O Senhor vê o estado de espírito dos Seus e mais uma vez os conforta, prometendo a vinda do Espírito Santo, o Espírito Consolador: « Ordenou-lhes — lemos na Epístola (At. 1, 1-11) — que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai... Vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias ». Ainda desta vez os Apóstolos não compreenderam. Como tinham necessidade de ser iluminados e transformados pelo Espírito Santo para ficarem aptos para a  grande missão que lhes seria confiada! E de fato Jesus repetiu: « Recebereis a virtude do Espírito Santo... e me sereis testemunhas... até às extremidades da terra ». De momento, porém, estão ali, junto do Mestre, Medrosos, atemorizados, tal como as crianças que vêem partir a mãe para um país longínquo e desconhecido. Efetivamente, enquanto os seus olhares estão dirigidos para Ele, Jesus eleva-Se para o alto e uma nuvem esconde-O aos seus olhos. Foi preciso virem dois Anjos para os tirarem daquele abatimento e para os chamarem à realidade do fato consumado. Então, confiando na palavra de Jesus, que é doravante o seu único apoio, voltam para Jerusalém e fecham-se no Cenáculo, esperando, em oração, o cumprimento da promessa. Foi a primeira novena de Pentecostes: « perseveraram unanimemente em oração... com Maria, Mãe de Jesus » (At. 1, 14).
Retiro, recolhimento, oração, concórdia com os irmãos, união com Maria SS.ma, eis as características da novena que nos deve preparar também a nós para a vinda do Espírito Santo.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967

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