sábado, 14 de novembro de 2015

Dóminus 231

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 5 - Edição nº 231
15 de novembro de 2015.
X 25º Domingo depois de Pentecostes
(6º depois da Epifania transferido)
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"O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. Ev.
Novembro, mês das Almas. " Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno.
E entre os esplendores da luz perpétua, descansem em paz. Amém. "
Intróito / Jeremias 29. 11-14; Salmo 84. 2;
     O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
       O profeta Jeremias anuncia o fim dum cativeiro, de que o de Babilônia foi apenas figura.
  Assim diz o Senhor: Meus pensamentos são de paz e não de aflição. Clamai por mim e eu vou ouvirei. Reconduzir-vos-ei de vosso cativeiro, de todos os lugares. Sl. Abençoastes, Senhor, a vossa terra; livrastes Jacó do cativeiro. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
     Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
       Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
  Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, meditando sem cessar o que é espiritual, executemos sempre em palavras e obras o que é de vosso agrado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola S. Paulo Apóstolo aos Tessalonicessences 1. 1. 2-10
       O termos sido objeto do chamamento divino, deve encher-nos de alegria e duma tranquila segurança, na expectativa da última vida de Cristo.
  Irmãos: Damos sempre graças a Deus por todos vós, fazendo continuamente menção de vós em nossas orações. Lembramo-nos diante de Deus, nosso Pai, da obra de vossa fé, dos trabalhos de vossa caridade e da firmeza de vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos, irmãos amados por Deus, que fostes escolhidos, porquanto o nosso Evangelho não vos foi pregado somente em palavras, mas na força do Espírito Santo e em grande plenitude, como sabeis que estivemos entre vós para o vosso bem. E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, recebendo a palavra no meio de muitas tribulações com a alegria do Espírito Santo, a tal ponto que servistes de modelo para todos os crentes, na Macedônia e na Acaia. Porque entre vós, não só a palavra do Senhor se divulgou na Macedônia e na Acaia, como ainda a vossa fé em Deus correu por toda a parte, de modo que não nos é necessário dizer coisa alguma, uma vez que eles mesmos contam qual o acolhimento que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos para Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, e para esperardes do Céu o seu Filho Jesus (a quem ressuscitou dentre os mortos) que nos livrou da ira futura.
Gradual / Salmo 43. 8-9
      Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
  Vós nos livrastes, Senhor, dos que nos afligiam e confundistes os que nos odiavam. ℣. Em Deus nos gloriamos todo o dia; e louvamos eternamente o vosso Nome.
Aleluia / Salmo 129. 1-2
       "Aleluia" é um grito de júbilo, que significa: "louvai ao Senhor".
  Aleluia, aleluia. ℣. Das profundezas do abismo, clamei a Vós, Senhor! Senhor atendei à minha oração. Aleluia.
& Evangelho segundo São Mateus 13. 31-35
      Entre as parábolas do reino, a do grão de mostarda e a do fermento anunciam o maravilhoso progresso da Igreja, até ao fim dos tempos.
  N aquele tempo, propôs Jesus ao povo esta parábola: "O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou em seu campo. Este grão é, em verdade, a menor de todas as sementes, mas depois de crescida, é a maior de todas as hortaliças e chega a tornar-se uma árvore, de maneira que as aves do Céu se vêm aninhar entre os seus ramos". Disse-lhes ainda outra parábola: "O Reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que toda ela fique levedada". Todas estas coisas disse Jesus ao povo em parábolas; e não lhes falava senão em parábolas, para que se cumprisse o que estava escrito pelo Profeta: "Abrirei em parábolas os meus lábios e publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo".
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
      Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 129. 1-2
    Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
    Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
  Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor! Senhor, atendei à minha oração. Das profundezas do abismo, eu clamo a Vós, Senhor.
Secreta
       É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
  Fazei, Senhor, que esta oblação nos limpe, nos renove, nos guie e nos ampare. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. Marcos 11. 24
      Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
    Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
  Em verdade, vos digo: tudo o que pedirdes em vossa oração, crede que o recebereis, e vos será feito.
Postcommunio
      Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.

  Nutridos, Senhor, com as celestes delícias, nós Vos pedimos que sempre desejemos o que em verdade nos comunica a Vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O Grão de Mostarda
Ó Senhor, que o Vosso reino venha a toda terra e ao meu coração.
    1 Entre os textos da Missa de hoje, sobressai a parábola do grão de mostarda, tão breve, mas tão rica de significado: «O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo; é a menor das sementes, mas depois de ter crescido, a maior de todas as hortaliças e faz-se árvore de sorte que as aves do céu vêm repousar sob os seus ramos» (Mt. 13, 31-32). Nada de menor e de mais humilde que o «Reino dos Céus», isto é, a Igreja nas suas origens; Jesus, sua Cabeça e seu Fundador, nasce numa gruta de animais, vive durante trinta anos na oficina de um carpinteiro; e, apenas por três anos desenvolve a Sua atividade no meio de gente humilde, pregando uma doutrina tão simples que todos, mesmo os ignorantes, podem entender. Quando Jesus deixou a Terra, a Igreja era constituída por um exíguo grupo de doze homens, reunidos à volta de uma humilde mulher, Maria; mas este primeiro núcleo tem uma força tão vital e poderosa, que em poucos anos se difunde por todos os povos do vasto Império Romano. Progressivamente, através dos séculos, a Igreja, de minúsculo grão de mostarda semeado no coração de uma Virgem-Mãe e de uns pobres pescadores, transforma-se em árvore gigantesca que estende os seus ramos por todas as regiões do globo e a cuja sombra se acolhem gentes de todas as línguas e de todas as nações.
     A Igreja não é só uma sociedade de homens, mas de homens que têm Jesus, o Filho de Deus, por Cabeça; a Igreja é o Cristo total, quer dizer, Jesus e os fiéis incorporados nEle e formando com Ele um só corpo; a Igreja é o Corpo místico de Cristo de que cada batizado é um membro. Amar a Igreja é amar Jesus; trabalhar pela difusão da Igreja é trabalhar pelo incremento do Corpo místico de Cristo, a fim de que seja completo o número dos seus membros e que cada membro coopere para o seu esplendor. A breve invocação: «adveniat regnum tuum» tudo isto resume e solicita do Pai celeste.
    Será pouco o que podemos fazer pela difusão da Igreja? Façamo-lo ao menos com todo o coração, cooperemos também nós com o nosso pobre trabalho, verdadeiro grão de mostarda, para o desenvolvimento desta maravilhosa árvore na qual todos os homens devem encontrar salvação e repouso.
    2 A parábola do grão de mostarda leva-nos a pensar não só na expansão do reino de Deus no mundo, mas também no seu desenvolvimento no nosso coração. Porventura não disse Jesus: «O Reino de Deus está dentro de vós»? (Lc. 17, 21). Também em nós, este reino maravilhoso teve o seu início numa pequeníssima semente, a semente da graça: graça santificante que de um modo oculto e misterioso Deus semeou em nós no santo Batismo; graça atual das boas inspirações e da palavra divina «semen est verbum Dei» (Lc. 8,11) que Jesus, Semeador celeste, espalhou às mãos cheias nas nossas almas. Pouco a pouco, esta pequena semente germinou, lançou raízes cada vez mais profundas, e cresceu penetrando progressivamente em todo o nosso espírito, até que, tendo-nos conquistado inteiramente para Deus, sentimos a necessidade de exclamar: "Senhor tudo quanto tenho e sou, é Vosso; dou-me todo a Vós quero ser Vosso Reino". Ser totalmente reino de Deus, de modo que Ele seja o único Soberano e Dominador do nosso coração e nada exista em nós que não Lhe pertença ou não esteja sujeito ao Seu império, é o ideal da alma que ama a Deus com um amor total. Mas como conseguir o pleno desenvolvimento deste reino de Deus em nós? A segunda parábola que lemos no Evangelho de hoje, dá-nos a resposta: «O reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até que o todo fica fermentado». Eis uma outra imagem belíssima do trabalho que a graça realiza na nossa alma: a graça foi posta em nós como um fermento que crescerá pouco a pouco até impregnar toda a nossa personalidade divinizando-a inteiramente. A graça, fermento divino, foi-nos dada para sarar, elevar, santificar o nosso ser com todas as suas potências e faculdades; só quando tiver completado este trabalho, seremos totalmente Reino de Deus.
    Reflitamos uma vez mais sobre o grande problema da nossa correspondência à graça. Esta semente divina, este fermento sobrenatural está em nós; quem o poderá impedir de se tornar uma árvore gigantesca, capaz de abrigar outras almas? Quem o poderá impedir de levedar toda a massa, se removermos todos os obstáculos que se opõem ao seu desenvolvimento e secundarmos os seus impulsos e exigências?
     «Adveniat regnum tuum!» Sim, peçamos a vinda total do reino de Deus também aos nossos corações.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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