sábado, 31 de outubro de 2015

Dóminus 229

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 5 - Edição nº 229
1º de novembro de 2015.
X 23º Domingo depois de Pentecostes
FESTA DE TODOS OS SANTOS
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Todos os Santos de Deus, rogais por nós.

Os SANTOS tinham fraquezas e defeitos contra os quais se bateram toda a vida.
      A Igreja vive de 1º a 8 de novembro a Semana das Almas. Nós podemos a cada dia ganhar para as almas a indulgência plenária – que é tirar almas do purgatório, pelos méritos de Cristo, e levá-las ao Céu.
     a) Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1.° ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. Nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Enchir. Indul., n. 13).
     b) Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai Nosso e o Credo, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e uma Ave Maria, ou qualquer outra oração ad libitum).
Intróito / Salmo 32. 1
   O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
   Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
 Alegremo-nos todos no Senhor, festejando este dia em honra de todos os Santos; por sua solenidade se regozijam os Anjos e glorificam o Filho de Deus. Sl. Exultai, ó justos, no Senhor; os retos de coração devem louvá-Lo. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
   Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
    Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
 Ó Deus onipotente e eterno, que nos concedestes a graça de venerar em uma solenidade os méritos de todos os vossos Santos, nós Vos pedimos que por tão grande número de intercessores, nos concedais a desejada abundância de vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Leitura extraída do Apocalipse de São João 7. 2-12
   O número de cento e quarenta e quatro mil (o quadrado de doze multiplicado por mil) simboliza o conjunto dos fiéis de Cristo; a multidão de que se fala a seguir, vestida com túnicas brancas e de palmas nas mãos, parece representar os mártires.
 Naqueles dias, eu, João, vi outro Anjo que subia do oriente, tendo na mão o selo do Deus vivo, e clamando em alta voz aos quatro Anjos que receberam o poder de danificar à terra e ao mar, dizendo: Não façais mal à terra nem ao mar, nem às árvores, enquanto não houvermos assinalado em suas frontes os servos de nosso Deus. E ouvi o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil1 assinalados de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, doze mil assinalados. Da tribo de Ruben, doze mil assinalados. Da tribo de Gad, doze mil assinalados. Da tribo de Aser, doze mil assinalados. Da tribo de Neftali, doze mil assinalados. Da tribo de Manassés, doze mil assinalados. Da tribo de Simeão, doze mil assinalados. Da tribo de Levi, doze mil assinalados. Da tribo de Issacar, doze mil assinalados. Da tribo de Zabulon, doze mil assinalados. Da tribo de José, doze mil assinalados. Da tribo de Benjamin, doze mil assinalados. Depois disto, vi uma grande multidão que ninguém pode contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Eles estavam de pé, diante do trono e em presença do Cordeiro, revestidos de túnicas brancas, segurando palmas em suas mãos e clamando com voz forte: Glória ao nosso Deus que está sentado sobre o trono, e ao Cordeiro. E todos os Anjos estavam de pé ao redor do trono, dos anciãos e dos quatro seres animados; e prostraram-se com as suas faces diante do trono e adoraram a Deus, dizendo: Amém. Louvor, glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força ao nosso Deus, por todos os séculos. Amém.
Gradual / Salmo 33. 10, 11
   Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
 Temei o Senhor, todos vós, os seus Santos, porque, de nada carecem os que O temem. ℣. Porque, os que procuram o Senhor, não serão privados de nenhum bem.
Aleluia / Mateus 11.28
 Aleluia, aleluia. ℣. Vinde a mim, vós todos, que estais fatigados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Aleluia.
& Evangelho segundo São Mateus 5. 1-12
   Eis aqui, traçado pelo próprio Cristo, o ideal da perfeição cristã. É agindo em conformidade com este ideal, e com a graça de Deus, que nos dirigimos para o Céu.
 N aquele tempo, vendo Jesus as multidões, subiu a um monte, e, tendo-se assentado, aproximaram-se d'Ele os seus discípulos. E, abrindo a sua boca, ensinava-lhes, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque, deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, falarem todo mal contra vós, por minha causa. Alegrai-vos, e exultai, porque a vossa recompensa será grande nos céus.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
   Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Sabedoria 3. 1-3
  Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
   Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
 As almas dos Justos estão nas mãos de Deus, e o tormento da morte não os atingirá. Aos olhos dos insensatos eles pareciam morrer; mas, repousam em paz, aleluia.
Secreta
   É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
 Nós Vos oferecemos, Senhor, os Dons de nossa devoção, que desejamos Vos agradem em honra de todos os Justos; por vossa misericórdia, fazei que nos sirvam para a nossa salvação. Por Nosso Senhor.
Communio / Mateus 5. 8-10
   Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
  Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
 Bem-aventurados os que têm o coração puro, porque, eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacíficos, porque, eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque, deles é o Reino dos céus.
Postcommunio
   Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
 Concedei, Senhor, aos povos fiéis, que sempre se alegrem com a veneração de todos os vossos Santos, e sejam sempre protegidos por sua intercessão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Festa de Todos os Santos
   Ó Senhor, que pela intercessão dos Vossos Santos, eu possa percorrer corajosamente o caminho da santidade.
   1 — A santa Igreja, sempre zelosa e solícita pela nossa salvação, exulta hoje de imensa alegria ao contemplar a glória dos seus filhos que, tendo chegado à pátria celeste, se encontram já seguros por toda a eternidade, para sempre livres dos embustes do demônio, para sempre porção escolhida e povo de Deus. Como uma mãe orgulhosa do triunfo de seus filhos, apresenta-os à cristandade, convidando todos os fiéis a partilhar o seu gozo maternal: «Alegremo-nos todos no Senhor, e celebremos festivamente este dia em honra de todos os Santos. Nesta solenidade se alegram os Anjos, e cantam louvores ao Filho de Deus ». (Intr.).
   A Epístola (Ap.7, 2-12) descreve-nos a visão apocalíptica da glória dos Santos: «Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações e tribos, povos e línguas que estavam de pé, diante do trono e diante do Cordeiro, revestidos de vestiduras brancas e com palmas nas suas mãos». Uma multidão de mártires, de apóstolos, de confessores, de virgens, falange luminosa que incessantemente se deleita na visão de Deus, O adora e O louva, dizendo: «Bênção, glória, sabedoria, ações de graças, honra, virtude e fortaleza ao nosso Deus em todos os séculos dos séculos. Amem! »
   Mas quem são estes Santos tão gloriosos? São homens que viveram como nós na terra, que conheceram as nossas misérias, as nossas dificuldades e as nossas lutas. Alguns deles são-nos bem conhecidos, tendo-os a Igreja elevado à honra dos altares; a maioria, porém, é-nos totalmente desconhecida. Gente humilde que viveu obscuramente no cumprimento do seu dever, sem esplendor, sem fama, de quem já ninguém se lembra na terra, mas a quem o Pai celeste viu e conheceu secretamente e introduziu na Sua glória, depois de ter posto à prova a sua fidelidade. E se entre esta multidão imensa se encontram personagens que na terra ocuparam postos honoríficos ou realizaram grandes obras, isso já não tem valor algum: a sua eterna bem-aventurança não tem relação nenhuma com as grandezas que possuíam. Dos humildes e dos grandes, dos pobres e dos poderosos uma só coisa permanece: o grau de amor por eles alcançado, ao qual corresponde o grau de glória que os faz eternamente felizes.
   2 — Enquanto a Epístola nos permite entrever alguma coisa da vida dos Santos na glória do céu, o Evangelho (Mt. 5, 1-12), citando uma passagem das bem-aventuranças, mostra-nos qual foi a sua vida na terra: «Bem-aventurados os pobres de espírito; bem-aventurados os mansos; bem-aventurados os que choram; bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça; bem-aventurados os misericordiosos; bem-aventurados os limpos de coração; bem-aventurados os pacíficos; bem-aventurados os que sofrem perseguição». Pobreza, humildade, desprendimento das coisas terrenas; mansidão de espírito, resignação e paciência na dor; retidão, fome de justiça, bondade e compreensão para com o próximo, pureza de alma e de coração, espírito pacífico e pacificador, fortaleza e generosidade que, por amor de Deus, abraça qualquer sofrimento e sofre qualquer injustiça: eis as características da vida levada no mundo pelos Santos, eis o programa da nossa vida, se quisermos chegar como eles à santidade.
   Nós queremos ser Santos, mas de um modo fácil, sem nos violentarmos, sem nos fatigarmos; queremos praticar a virtude, mas só até certo ponto só quando não nos impõe sacrifícios muito custosos, quando não nos contraria demasiadamente. E assim acontece que, em presença de atos de virtudes que exigem mais renúncia de nós mesmos ou que implicam a aceitação de coisas difíceis e repugnantes como, por exemplo, abafar os ressentimentos do amor próprio, renunciar a fazer valer as próprias razões, submeter-nos e condescender com quem nos é contrário, muitas vezes — para não dizer sempre — retrocedemos. Julgando não ser necessário ir tão longe.
   Contudo o nosso progresso no caminho da santidade depende justamente destes atos que recusamos praticar, sem os quais levaremos sempre uma vida medíocre. Estaremos sempre no mesmo nível, se é que não voltamos para trás. Supliquemos ao Santos que hoje honramos que nos ajudem a vencer a nossa preguiça, a nossa fraqueza, a nossa covardia; peçamos àqueles que nos precederam no duro caminho da santidade, a força de os seguir. «Se estes e aqueles [foram santos], porque não eu?» (Santo Agostinho). A graça que Deus concedeu aos Santos concede- a também a nós, mas o que infelizmente falta é a nossa correspondência.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

1. Tanto este número, como os doze mil de cada tribo, que o somam e perfazem, são números simbólicos e de plenitude...

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