sábado, 11 de julho de 2015

Dóminus 214

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 4 - Edição nº 214
12 de julho de 2015.
X 7º Domingo depois de Pentecostes
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Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós sob peles de ovelhas, mas, por dentro, são lobos vorazes. Ev.
Intróito / Salmo 46. 2-3
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Vós, povos todos, batei palmas, celebrai a Deus com cânticos de júbilo. Sl. Porque, sublime é o Senhor e grande é o seu poder: Rei supremo sobre toda a terra. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Entreguemo-nos totalmente nas mãos de Deus, que, em sua providência, procura o nosso bem com mais segurança que nós mesmos o poderíamos fazer.
Ó Deus, cuja Providência não falha em suas disposições, humildemente Vos suplicamos afasteis de nós tudo quanto nos prejudique, e nos concedais quanto possa ser proveitoso para a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 6. 19-23
A liberdade do cristão consiste na libertação da escravatura do pecado, para se dar, sem reserva, à prática do bem. Estava condenado à morte, e agora vai a caminho da vida eterna.
Irmãos: Humanamente falo, atendendo à fraqueza de vossa carne. Como oferecestes os vossos membros para servirem à impureza e à malícia para a iniquidade, assim agora, fazei-os servir à justiça para a vossa santificação. Pois, quando éreis escravos do pecado, não servistes à justiça. E que frutos tivestes, então, daquelas coisas de que agora vos envergonhais? O fim de tudo aquilo é a morte. Agora, porém, livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes por vosso fruto a santidade, e por fim, a vida eterna. Porque o soldo do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna no Cristo Jesus, Senhor Nosso.
Gradual / Salmo 33. 12,6
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Vinde, filhos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor. Aproximai-vos d'Ele: irradiai de alegria, e as vossas faces não se cobrirão de confusão.
Aleluia / Salmo 46. 2
Aleluia, aleluia. . Vós, povos todos, batei palmas: glorificai a Deus com cânticos de júbilo. Aleluia.
& Evangelho segundo São Mateus 7. 15-21
Falando dos falsos profetas, da árvore e seus frutos, o ensinamento de Jesus envolve todo um ensinamento bíblico. Deus exige que O sirvam e amem com sinceridade.
N aquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós sob peles de ovelhas, mas, por dentro, são lobos vorazes. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas, de espinhos, ou figos, de cardos? Assim, toda árvore boa dá bons frutos; e a árvore má dá frutos maus. Não pode a boa árvore dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto, será cortada e lançada ao fogo. Portanto, por seus frutos é que conhecereis os homens. Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, e sim, o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é o que entrará no Reino dos céus.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Daniel 3. 40
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Aos vossos olhos, Senhor, seja hoje nosso sacrifício como os holocaustos de carneiros e touros, ou os de milhares de gordas ovelhas, para que assim Vos agrade; pois, não há confusão para aqueles que em Vós confiam.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Ó Deus, que integrastes na perfeição de um só sacrifício as diferentes vítimas da antiga lei, aceitai o Sacrifício que Vos oferecem os vossos devotos servos e santificai-o, como santificastes o de Abel; para que aproveite para a salvação de todos, o que cada um ofereceu em honra de vossa Majestade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 30. 3
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Inclinai os vosso ouvidos; apressai-Vos em livrar-me.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Fazei, Senhor, que os efeitos salutares de vossa clemência nos afastem de nossas perversidades e nos encaminhem para o que é justo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Frutos de vida
1 — Hoje a Epístola (Rom. 6, 19-23) e o Evangelho (Mt. 7, 15-21) falam-nos dos verdadeiros frutos da vida cristã e convidam-nos a examinar quais os frutos que até agora produzimos. Quando "éreis escravos do pecado" — afirma S. Paulo — produzíeis frutos de morte, "mas agora que estais livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes por vosso fruto a santificação". A nossa santificação deve ser o fruto da nossa vida cristã e é sobre este ponto que nos devemos examinar: que progresso fazemos na virtude? Somos fiéis aos nossos propósitos? Cada cristão pode considerar-se uma árvore da vinha do Senhor: o próprio Jesus, Jardineiro divino, a plantou em terra boa, fértil, fecunda, a terra do jardim da Igreja, banhada com a água viva da graça; rodeou-a dos cuidados mais amorosos, podando-lhe os ramos inúteis por meio de provações, curando-a dos males mediante a Sua Paixão e Morte, regando-lhe as raízes com o Seu preciosíssimo Sangue. De tal modo cuidou dela que pode dizer: "Que coisa há que eu devesse fazer mais à minha vinha que lhe não tenha feito?" (Is. 5, 4). Mas depois de tantos cuidados, Jesus passa um dia para ver que frutos produz esta árvore e pelos seus frutos, a julga, porque "não pode uma árvore boa dar maus frutos nem uma árvore má dar bons frutos". Se antes da Redenção a humanidade era semelhante a uma árvore bravia somente capaz de dar frutos de morte, com a Redenção foi enxertada em Cristo e Cristo, que nos alimenta com a Sua própria seiva, tem todo o direito a encontrar em nós frutos de santidade e de vida eterna. Por isso, as palavras e os suspiros não bastam; não basta sequer a fé, pois "a fé, se não tiver obras, é morta" (Tgo. 2, 17); são indispensáveis as obras e a prática da vontade de Deus, porque, "nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus".
2 — No Evangelho de hoje, Jesus chama a nossa atenção para os "falsos profetas" que se apresentam "vestidos de ovelhas e por dentro são lobos rapaces". Muitos apresentam-se como mestres de moral ou mestres espirituais, porém são mestres falsos porque as suas obras não correspondem às suas palavras; aliás, é fácil falar bem, mas não é fácil viver bem. Às vezes as doutrinas propostas são falsas em si mesmas, embora à primeira vista o não pareçam, visto que se revestem de certos aspectos de verdade; é falsa a doutrina que, em nome de um princípio evangélico, ofende um outro, por exemplo, que em nome da compaixão para com uma pessoa lesa o bem comum, que em nome da caridade ofende a justiça ou esquece a obediência aos legítimos superiores. É falsa a doutrina que é causa de relaxamento, que perturba a paz e a união, que, sob pretexto de um bem melhor, separa os súditos dos superiores, que não se subordina à voz da autoridade. Jesus quer-nos "simples como as pombas", alheios à crítica e ao juízo severo do próximo, mas quer-nos também "prudentes como as serpentes" (Mt. 10, 16), a fim de nos não deixarmos enganar pelas falsas aparências do bem que escondem perigosas insídias.
Porém, ser mestre não é para todos, nem a todos se exige; mas a todos — sábios e ignorantes, mestres e discípulos — pede o Senhor a prática concreta da vida cristã. De que nos serviria possuir uma doutrina profunda e elevada, se depois não vivêssemos segundo essa doutrina? Portanto, em vez de querermos ser mestres dos outros, procuremos sê-lo de nós mesmos, empenhando-nos em viver integralmente as lições do Evangelho, imitando Jesus que primeiro "começou a fazer e depois a ensinar" (at. 1, 1). O fruto genuíno que há-de comprovar a bondade da nossa doutrina e da nossa vida é sempre o que Jesus nos indicou: o cumprimento da Sua vontade. Cumprimento que significa adesão plena às leis divinas e eclesiásticas, obediência leal aos legítimos superiores, fidelidade aos deveres de estado, e tudo isto em todas as circunstâncias, mesmo quando exige de nós a renúncia à nossa maneira de ver e à nossa vontade.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967

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