sábado, 6 de junho de 2015

Dóminus 209

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 4 - Edição nº 209
7 de junho de 2015
X 2º Domingo depois de Pentecostes
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    Ó Jesus, concedei-me a graça de corresponder sempre ao Vosso convite e de participar dignamente no Vosso banquete.
Intróito / Salmo 17. 19-20, 2-3
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo
O Senhor se fez o meu protetor e conduziu-me ao largo; salvou-me, porque me amava. Sl. Amar-Vos-ei, Senhor, que sois a minha força! O Senhor é o meu apoio, o meu refúgio e o meu libertador. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Fazei, Senhor, que temamos e igualmente amemos vosso santo Nome, porque nunca faltais com a vossa providência aos que firmastes em vosso Amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São João 1. 3. 13-18
O amor a nossos irmãos, para ser eficaz e verdadeiro, deve crescer até à medida do que Jesus Cristo nos dedicou: Ele deu a vida por nós.
Caríssimos: Não vos admireis, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os nossos irmãos. Aquele que não ama, permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão, é homicida. E bem sabeis que nenhum homicida tem permanente em si a vida eterna. Nisto conhecemos o amor de Deus: em ter Ele dado a sua vida por nós; e assim também devemos nós dar a vida por nossos irmãos. Se alguém possui bens deste mundo, e, vendo o seu irmão passar necessidade, lhe fecha o coração, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos somente em palavras, nem de língua, mas por ações e em verdade.  
Gradual / Salmo 119. 1-2
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Em minha tribulação, clamo ao Senhor, e Ele me ouve. . Senhor, livrai a minha alma dos lábios iníquos e da língua mentirosa.
Aleluia / Salmo 7. 2
Aleluia, aleluia. . Senhor, meu Deus, em Vós espero: salvai-me e de todos os que me perseguem, livrai-me. Aleluia.
& Evangelho segundo São Lucas 14. 16-24
Para o banquete eucarístico ou para o festim messiânico todos estão convidados, ainda os mais miseráveis. Simplesmente se excluem aqueles que, satisfeitos com o que têm, pensam não ter necessidade de Deus.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus esta parábola: Um homem preparou um grande banquete, para o qual convidou muitas pessoas. E, à hora do banquete, mandou um de seus servos dizer aos convidados que viessem, porque já estava tudo pronto. Todos, porém, unanimemente começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei uma quinta e preciso ir vê-la; rogo-te que me dês por escusado. Um outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-los; peço-te que me dispenses. Disse um terceiro: Casei-me, e por isso não posso ir. Voltando o servo, referiu estas coisas a seu senhor. Então, indignado, o pai de família disse a seu servo: Sai já pelas praças e ruas da cidade, traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos, e os coxos. E disse o servo: Senhor, está feito o que mandaste, e ainda há lugar. Respondeu o senhor ao servo: Vai pelos caminhos e cercados, e obriga a gente a entrar para que se encha a minha casa. Eu vos digo, porém, que nenhum daqueles que foram convidados provará a minha ceia.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 6. 5
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Senhor, voltai-Vos para mim e livrai a minha alma: salvai-me por vossa misericórdia.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Purifique-nos, Senhor, esta oblação que vai ser consagrada a vosso Nome, e dia a dia nos aperfeiçoe na prática de uma vida toda celestial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 12. 6
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Cantarei hinos ao Senhor, que me cumulou de benefícios; e entoarei salmos ao Nome do Senhor, o Altíssimo.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Tendo recebido estes Dons sagrados, nós Vos rogamos, Senhor, que com a freqüente recepção deste Mistério, cresça em nós o fruto de nossa Redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Convite para o Banquete
1 — O Evangelho deste domingo (Lc. 14, 16-24) harmoniza-se perfeitamente com a festa do Corpo de Deus. "Um homem fez uma grande ceia e convidou muitos". O homem que faz a ceia é Deus, e a grande ceia é o Seu reino onde as almas encontrarão na terra toda a abundância de bens espirituais e, na outra vida, a felicidade eterna. É este o sentido próprio da parábola, mas nada obsta a que também se possa entender num sentido mais particular, vendo na ceia o banquete eucarístico e no homem que o ofereceu, Jesus, que convida os homens a alimentarem-se da Sua carne e do Seu Sangue. "A mesa do Senhor está pronta para nós — canta a Igreja. — A Sabedoria (ou seja o Verbo Encarnado) preparou o vinho e pôs a mesa" (BR.). O próprio Jesus, ao anunciar a Eucaristia, dirige a todos o Seu convite: "Eu sou o pão da vida; o que vem a mim não terá jamais fome e o que crê em mim não terá jamais sede... Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que aquele que dele comer não morra" (Jo. 6, 35-50). Jesus não Se limita, como os outros homens a preparar-nos uma ceia, a fazer numerosos convites e a apresentar iguarias excelentes; mas o fato singularíssimo — que nenhum homem por mais rico e poderoso que seja poderá imitar — é que Ele próprio Se oferece como alimento. São João Crisóstomo a quem pretende ver Cristo na Eucaristia com os olhos do corpo, diz: "Pois bem, já O vês, tocas e comes. Tu queres ver as suas vestes e Ele, ao contrário, concede-te não só vê-Lo, mas até comê-Lo, tocá-Lo e recebê-Lo dentro de ti... Aquele a quem os anjos olham temerosos e não ousam contemplar livremente devido ao Seu deslumbrante esplendor, faz-Se nosso alimento; nós unimo-nos a Ele e formamos com Cristo um só corpo e uma só carne" (BR.).
2 — Jesus não podia oferecer ao homem uma mesa mais rica do que o banquete eucarístico. E de que modo correspondem os homens ao Seu convite para esta mesa? Muitos, como os judeus incrédulos, encolhem os ombros e retiram-se com um sorriso cético nos lábios: "Como pode este dar-nos a comer a sua carne?" (Jo. 6, 53). Mas o que afasta da Eucaristia não é só a falta de fé; esta é muitas vezes acompanhada e não raramente deriva das causas morais de que fala o Evangelho de hoje. "Comprei uma quinta e é-me necessário ir vê-la; rogo-te que me dês por escusado", respondeu um; e outro: comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me dês por escusado". A excessiva preocupação com os bens terrenos e o apego aos mesmos, o mergulhar-se totalmente nos negócios, são os motivos pelos quais tantos recusam o convite de Jesus. Porém, ainda não é tudo: "casei-me e por isso não posso ir", respondeu um terceiro. Este representa aqueles que, submersos nos prazeres dos sentidos, perderam a sensibilidade para as coisas do espírito e, em presença delas, continuam o seu caminho, não se lembrando sequer de se desculpar.
É impossível não estremecer em face da grande cegueira do homem que antepõe ao dom de Cristo, Pão dos anjos e penhor de vida eterna, os interesses terrenos, os vis prazeres dos sentidos, que muito depressa se dissipam como o nevoeiro aos raios do sol. E contudo, não é difícil que uma sombra desta cegueira vele também o olhar e o coração daqueles a quem Jesus chamou para O seguirem mais de perto e designou com o doce nome de amigos. Estes não recusam o convite, mas aceitam-no muitas vezes com frieza, quase por costume. Acaso não é verdade que, enquanto nos preocupamos com muitas coisas: trabalhos, negócios, família, amizades, etc., bem pouco nos preocupamos com dispor-nos cada dia mais dignamente para o Banquete eucarístico? Jesus vem a nós talvez cada manhã, mas encontrará sempre uma hospitalidade calorosa, delicada, solícita, cheia de amor? Oh! Muitas vezes encontra o coração dos Seus amigos ocupados com mil pensamentos, bagatelas e afetos terrenos ao passo que para Ele, Hóspede divino, muito pouco lugar fica, quando deveria pertencer-Lhe inteiramente! Todavia o pensamento do encontro diário com Jesus deveria dominar qualquer outro pensamento.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967

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