sábado, 2 de maio de 2015

Dóminus 204

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 4 - Edição nº 204
3 de maio de 2015.
X 4º DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA
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Ó Jesus, disponde o meu coração para receber o Espírito Santo que nos prometestes e merecestes.
Intróito / Cantáte Dómino Salmo 97, 1, 2, 1
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo
Cantai ao Senhor, um cântico novo, aleluia, porque o Senhor operou maravilhas, aleluia. Perante as nações todas revelou a sua justiça, aleluia, aleluia, aleluia. Sl. Sua Destra e seu braço santo lhe alcançaram a salvação. ℣.Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Ó Deus, que unis as almas dos fiéis em uma só vontade, concedei aos vossos povos que amem o que ordenais e desejem o que prometeis, a fim de que, por entre as inconstâncias deste mundo, se fixem nossos corações onde estão as verdadeiras alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
& Epístola de São Tiago Apóstolo 1. 17-21
O melhor que o homem poderá fazer, é deixar-se modelar por Deus, que nele empreendeu e prossegue esta obra magnífica. Depois da criação, a Redenção. Resta-nos, apenas, purificar a nossa vida e acolher a palavra divina, no mais íntimo da alma.
Caríssimos: Toda dádiva excelente e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes no qual não há mudança, nem sombra de vicissitude. De livre vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade, para que sejamos como que primícias de suas criaturas. Vós o sabeis, irmãos meus diletíssimos. Assim seja todo homem, pronto para ouvir, ponderado para falar e custoso para enraivecer. Porque a ira do homem não opera o que seja justo diante de Deus. Pelo que, rejeitai toda impureza e excesso de malícia, e recebei com docilidade a palavra em vós implantada, que pode salvar as vossas almas.
Alelúia / Salmo117, 16; Romanos 6. 9
Cantos, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.

Aleluia, aleluia. ℣.A Destra do Senhor mostra o seu poder; a Destra do Senhor me exalta. Aleluia. ℣.O Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; nunca mais a morte O dominará. Aleluia.
& Evangelho segundo São João 16. 5-14
O Espírito vai revelar aos fiéis a autenticidade da missão de Cristo e o sentido da sua morte redentora, denunciando o pecado do mundo, que não acreditou n'Ele, mostrando que Jesus era o Justo por excelência, o único justo, que, ressuscitado por Deus, voltou ao Céu, donde viera; garantindo, finalmente, a ruina de Satanás, que, tentando perder o Autor da vida, a si mesmo se condenou.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Eu vou Àquele que me enviou e nenhum de vós me pergunta: Para onde ides? Mas porque vos disse estas coisas, o vosso coração se encheu de tristeza. Digo-vos, porém, a verdade: é bom para vós que eu vá; porque se eu não for, não virá a vós o Consolador; mas, se for, eu vo-lo enviarei. E, quando Ele vier, convencerá o mundo que existe o pecado, a justiça, e o juízo. Quanto ao pecado, porque não creram em mim. Quanto a justiça, porque eu vou ao Pai, e já não me vereis. E também quanto ao juízo, porque o príncipe deste mundo já foi julgado. Ainda tenho muitas coisas a dizer-vos; mas agora ainda não as podeis compreender. Quando vier, porém, aquele Espírito de verdade, ensinar-vos-á toda a verdade. De si mesmo não há de falar, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 65. 1-2, 16
     Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Ó terra inteira, aclamai a Deus; cantai salmos a seu Nome. Vinde e ouvi, todos vós que temeis a Deus e eu vos contarei quanto de grande o Senhor operou em minha alma, aleluia.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Ó Deus, que pelo inefável comércio deste Sacrifício nos fizestes participar de vossa una e suprema Divindade, fazei, Vos pedimos, que assim como já conhecemos a vossa verdade, também cheguemos a alcançá-la, por um digno procedimento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / S. João. 16. 8
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Quando vier o Consolador, o Espírito da verdade convencerá o mundo que existe o pecado, a justiça e o juízo, aleluia, aleluia.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Assisti-nos, ó Senhor, nosso Deus, e fazei que por estes Sacramentos que fielmente recebemos, sejamos purificados de nossos vícios e livres de todos os perigos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A Grande Promessa
1 — Desde o Domingo passado que a Igreja começou preparar-nos para a Ascensão do Senhor; hoje, retomando o assunto, dá um passo em frente, isto é, fala-nos da vinda do Espírito Santo e para isso serve-se ainda de uma passagem do discurso de Jesus depois da última Ceia. É sempre o Senhor que fala aos Apóstolos e continua a dispor as suas almas para a partida; eles escutam, tristes e pensativos, sem terem a coragem de O interrogar. E o Senhor, como uma boa mãe, quebra aquele penoso silêncio: «Vou para Aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: para onde vais? » Por isso apressa-se a consolá-los: «A vós convém que eu vá porque se eu não for, não virá a vós o Consolador; mas se eu for, eu vo-lO enviarei» (Jo. 16, 5-14). De fato, só a morte de Jesus nos pôde merecer este grande dom e só depois da Sua Ascensão ao céu, o Espírito Santo, o Enviado do Pai e do Filho, pôde descer efetivamente sobre a Igreja. Os Apóstolos estão quase a perder a presença sensível, física, do Mestre adorado, mas Ele não os deixará órfãos e continuará a assistir-lhes invisivelmente por meio do Seu Espírito que prosseguirá a Sua obra. Jesus trabalhou no meio deles de um modo visível, o Espírito Santo fá-lo-á de um modo secreto, e escondido, mas nem por isso menos eficaz e menos real. Assim, o próprio Jesus diz que a ação do divino Paráclito completará a Sua: «Tenho ainda muitas coisas a dizer-Vos, mas vós não as podeis compreender agora. Quando vier porém aquele Espírito de verdade, Ele vos ensinará toda a verdade... Ele receberá do que é meu, e vo-lo anunciará». O coração dos apóstolos, ainda endurecido pelo pecado, não pode entender as verdades mais profundas; será necessário que Jesus, morrendo na cruz, destrua o pecado, — o grande obstáculo à ação do Espírito Santo — e, depois de subir ao céu, nos envie o divino Paráclito, que nos mereceu pela Sua Paixão.
A descida do Espírito Santo às nossas almas é o maior fruto da Paixão de Jesus.
2 — Do Evangelho de hoje podemos tirar algumas conclusões práticas. Em primeiro lugar, devemos dispor-nos com ardor para o Pentecostes a fim de que se renove em nós, em toda a sua plenitude, a descida do Espírito Santo. E como o obstáculo à efusão do Espírito Santo é o pecado, a nossa preparação consiste numa particular pureza de consciência. O pecado deve ser destruído em nós, não só nas suas manifestações atuais, conquanto leves, mas também nas suas raízes mais profundas e ocultas.
Devemos além disso estar convencidos de que na alma em graça, e tanto mais quanto esta procura corresponder com fidelidade às moções divinas, nunca falta uma certa ação do Espírito Santo, porém não é necessário que esta ação seja sensível e consoladora. Na aridez e no desânimo o Espírito Santo trabalha também na alma fiel: é uma ação totalmente secreta e oculta, mas real e eficaz que tem por fim purificá-la e dispô-la para a união com Deus. A alma que está convencida disto mantém-se confiante, mesmo através das dificuldades e, se não compreende ou não vê o seu caminho, entrega-se ao Espírito Santo, que bem sabe e vê onde a quer conduzir.
Finalmente, o Evangelho de hoje convida-nos a invocar a ação do Espírito Santo sobre a Igreja e sobre todo o mundo. Sobre a Igreja, para que a governe e dirija no cumprimento da sua missão; sobre o mundo, para que o convença da verdade por ele rejeitada. "E Ele, quando vier – disse Jesus – convencerá o mundo quanto ao pecado, à justiça e ao juízo», ou seja, mostrar-lhe-á que é escravo do pecado por não ter acreditado em Cristo, far-lhe-á compreender como só nEle, o Redentor, está a justiça e a santidade e mostrar-lhe-á, por último, que o demônio, «o príncipe deste mundo», foi finalmente vencido e condenado.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.

Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967

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