«Liturgia
Dominical»
Ano 11 – nº 600 – 12 de
junho de 2022
† 1º Domingo depois
de Pentecostes
Festa da Santíssima Trindade
branco – 1ª classe.
A festa de hoje é uma
justa homenagem à SSma. Trindade, uma ação de graças ao Pai e à Sabedoria de
Deus e ao Divino Amor, o qual durante o Ano eclesiástico se manifestou
de um modo tão admirável na obra da Redenção. Por este motivo se celebra
esta solenidade no final da primeira parte do Ano eclesiástico. Não somente
neste dia como também em todas as Missas, devemo-nos lembrar de render graças à
SSma. Trindade. Sejam nossos cânticos de louvor o prelúdio do cântico perene:
Santo, Santo, Santo é o Senhor, Deus dos exércitos, que os Eleitos em
união com os Serafins cantam cheios de profunda reverência à Majestade de
Deus.
À glória da SSma. Trindade é oferecido o Santo Sacrifício. Unamo-nos à imolação da Vítima imaculada. Notemos na Santa Missa o Glória Patri, o Glória in excelsis Deo, o final das Orações, o Credo, o Súscipe, Sancta Trínitas, o Prefácio e o Pláceat tibi, Sancta Trínitas.
«A Ele seja dada a glória por todos os séculos. Amém.» Ep.
Avisos Paroquiais
Atenção para os horários das Santas Missas neste Domingo: às 7h, 9h e
19h em nossa igreja matriz; às 17h na Capela de Santo Antônio, em Córrego Seco,
Festa de Santo Antônio.
Serão transmitidas pelas redes sociais a Santa Missa das 7h (via Facebook,
YouTube e Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e
YouTube).
Redes Sociais:
Site – http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 7h e 19h)
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(Transmissão ao Vivo – Santa
Missa 7h e 19h)
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Intróito / Benedicta Sit – Tobias 12. 6; Salmo 8. 2
O Intróito como que enuncia o
tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito
como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se
antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o
salmo está reduzido a um só versículo
Benedícta sit sancta Trínitas atque indivísa Unitas:
confitébimur ei, quia fecit nobíscum misericórdiam suam. Ps. Dómine, Dóminus
noster, quam admirábile est nomen tuum in univérsa terra. ℣. Glória Patri.
Bendita seja a Trindade santa e a Unidade indivisa.
Louvemo-la, porque foi misericordiosa para conosco. Sl. Ó Senhor, Senhor nosso,
como é admirável o vosso Nome em toda a terra. ℣. Glória ao Pai
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de
que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante
resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos
pelo mistério ou solenidade do dia.
Omnípotens sempitérne Deus, qui dedísti fámulis tuis
in confessióne veræ fídei, ætérnæ Trinitátis glóriam agnóscere, et in poténtia
maiestátis adoráre Unitátem: quǽsumus; ut, eiúsdem fídei firmitáte, ab ómnibus
semper muniámur advérsis. Per Dominum nostrum.
Onipotente e eterno Deus, que concedestes a vossos
servos conhecer na confissão da verdadeira fé a glória da eterna Trindade, e
adorar a sua Unidade no poder da Majestade, fazei, Vos pedimos que, pela
firmeza desta mesma fé, sejamos protegidos contra todas as adversidades. Por
Nosso Senhor.
Leitura de São Paulo Apóstolo aos Romanos 11. 33-36
Os planos de Deus são impenetráveis e
muito acima dos nossos pensamentos. Mais impenetrável ainda é o mistério da
Santíssima Trindade, de que sabemos somente que, numa incomparável unidade,
Deus é simultaneamente Pai, Filho e Espírito Santo.
O altitúdo divitiárum sapiéntiæ et sciéntiæ Dei:
quam incomprehensibília sunt iudícia eius, et investigábiles viæ eius! Quis
enim cognovit sensum Dómini? Aut quis consiliárius eius fuit? Aut quis prior
dedit illi, et retribuétur ei? Quóniam ex ipso et per ipsum et in ipso sunt
ómnia: ipsi glória in sǽcula. Amen.
33Ó profundidade das riquezas da
sabedoria e da ciência de Deus! Como são incompreensíveis os seus juízos e
imperscrutáveis os seus caminhos! 34Quem
conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35Ou quem Lhe deu primeiro alguma coisa para que
tenha de receber em troca? 36Porque,
d’Ele, e por Ele, e n’Ele, são todas as coisas. A Ele seja dada a glória por
todos os séculos. Amém.
Gradual / Daniel 3. 55-56
Gradual e Aleluia, são cantos
intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos
afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério
do dia.
Benedíctus es, Dómine, qui intuéris abýssos, et
sedes super Chérubim, ℣.
Benedíctus es, Dómine, in firmaménto cæli, et laudábilis in sǽcula. Allelúia, allelúia.
Bendito sois, Senhor, que sondais os abismos e Vos
assentais acima dos Querubins. ℣. Bendito sois Vós,
Senhor, no firmamento do céu e digno de louvor por todos os séculos.
Aleluia / Daniel 3. 52
Allelúia, allelúia. ℣. Benedíctus es, Dómine, Deus patrum nostrórum, et
laudábilis in sǽcula. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Bendito sois, Senhor, Deus de nossos pais; e digno
de louvor por todos os séculos. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 28. 18-20
Incorporando-nos em Cristo, o batismo
torna-nos participantes da vida filial, que é a sua, no seio da Santíssima
Trindade. Consagra-nos às três Pessoas Divinas e transforma-nos, no mais íntimo
do ser, para, unidos a Cristo, nos associar ao mistério da sua vida.
In illo témpore: Dixit Iesus discípulis suis: Data
est mihi omnis potéstas in cælo et in terra. Eúntes ergo docéte omnes gentes,
baptizántes eos in nómine Patris, et Fílii, et Spíritus Sancti: docéntes eos
serváre ómnia, quæcúmque mandávi vobis. Et ecce, ego vobíscum sum ómnibus
diébus usque ad consummatiónem sǽculi.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 18Todo o poder me foi dado no céu e na terra. 19Ide, pois, ensinai a todos os povos, e batizai-os
em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20e ensinai-lhes a observar tudo o que vos mandei. E
eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs
e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a
profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Tobias 12. 6
Com o Ofertório, começa a
segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda
parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam
antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as
oblatas.
Benedíctus sit Deus Pater, unigenitúsque Dei Fílius,
Sanctus quoque Spíritus: quia fecit nobíscum misericórdiam suam.
Bendito seja Deus, o Pai, e o Filho Unigênito de
Deus, e também o Espírito Santo, pois, foi misericordioso para conosco.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas»,
ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
É neste último que se faz
propriamente a oblação do sacrifício.
Sanctífica, quǽsumus, Dómine, Deus noster, per tui
sancti nóminis invocatiónem, huius oblatiónis hóstiam: et per eam nosmetípsos
tibi pérfice munus ætérnum. Per Dominum nostrum.
Nós Vos rogamos, Senhor, nosso Deus, santificai pela
invocação de vosso santo Nome esta hóstia que Vos oferecemos, e fazei que, por
ela, sejamos nós mesmos para Vós uma oblação para a eternidade. Por Nosso
Senhor.
Communio / Tobias 12. 6
Alternando com o canto dum salmo,
acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta,
enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem
para a alma os frutos da Comunhão.
Benedícimus Deum cæli et coram ómnibus vivéntibus
confitébimur ei: quia fecit nobíscum misericórdiam suam.
Bendizemos o Deus do céu, e O louvaremos perante
todos os viventes, pois foi misericordioso para conosco.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda
os frutos do Sacrifício.
Profíciat nobis ad salútem córporis et ánimæ,
Dómine, Deus noster, huius sacraménti suscéptio: et sempitérnæ sanctæ
Trinitátis eiusdémque indivíduæ Unitátis conféssio. Per Dominum nostrum.
Fazei, Senhor, nosso Deus, que a recepção deste
Sacramento e a confissão da eterna e Santa Trindade e de sua mesma indivisa
Unidade, nos aproveitem para a salvação da alma e do corpo. Por Nosso Senhor.
Meditação
Festa da Santíssima Trindade.
1 – Desde o Advento até hoje a Igreja
levou-nos a considerar as magníficas manifestações da misericórdia de Deus para
com os homens: a Encarnação, a Redenção e o Pentecostes; agora dirige os nossos
olhares para a fonte de tais dons, a Ssma. Trindade, da qual tudo provém, de
modo que brota espontaneamente dos lábios o hino de reconhecimento expresso no
Intróito da Missa: «Bendita seja a Santíssima Trindade e a Sua indivisível
Unidade. Cantemos-Lhe louvores pela sua misericórdia para conosco.»
Misericórdia de Deus Pai «que amou de tal maneira o mundo que lhe enviou o Seu
Unigênito» (cfr. Jo. 3, 16); misericórdia de Deus Filho que, para
nossa redenção, encarnou e morreu na cruz; misericórdia do Espírito Santo que
Se dignou descer aos nossos corações para nos comunicar a caridade de Deus,
para nos tornar participantes da vida divina. Muito a propósito a Igreja
inseriu no Ofício Divino de hoje a bela antífona de inspiração paulina:
«Caritas Pater est, gratia Filius, communactio Spiritus Sanctus, o beata
Trinitas!»; o Pai é caridade, o Filho é graça e o Espírito Santo é a
comunicação, quer dizer, a caridade do Pai e a graça do Filho são-nos
comunicadas pelo Espírito Santo que as derrama nos nossos corações. Não se
poderia sintetizar melhor a maravilhosa obra da Trindade a favor das nossas
almas. O Ofício Divino e a Missa do dia são, na verdade, um hino de louvor e de
agradecimento à Ssma. Trindade, são como que um Gloria Patri e um Te Deum
prolongados. E estes dois hinos, um na sua compendiosa brevidade, e outro na
sua majestosa sucessão de louvores, são verdadeiramente os hinos do dia
destinados a despertar nos nossos corações um eco profundo de louvor, de ação
de graças e de adoração.
2 – A festa de hoje leva-nos a louvar
e a engrandecer a Ssma. Trindade, não só pelas imensas misericórdias que tem
concedido aos homens, mas também e sobretudo em Si mesma e por Si mesma. Pelo
Seu Ser supremo que jamais teve princípio e jamais terá fim; pelas Suas
perfeições infinitas, pela Sua majestade, beleza e bondade essenciais; pela
sublime fecundidade de vida, pela qual o Pai incessantemente gera o Filho e do
Pai e do Filho procede o Espírito Santo (todavia o Pai não é anterior nem
superior ao Verbo, nem o Pai e o Verbo são anteriores ou superiores ao Espírito
Santo, mas as três Pessoas divinas são coeternas e iguais entre si); pela
divindade e por todas as perfeições e atributos divinos que são únicos e
idênticos no Pai, no Filho e no Espírito Santo. O que pode dizer e compreender
o homem em face de um tão sublime mistério? Nada! No entanto, aquilo que
sabemos é certo, porque o mesmo Filho de Deus «o Unigênito que está no seio do
Pai, Ele mesmo é que o deu a conhecer» (Jo. 1, 18); mas o mistério é tão sublime e superior à nossa
compreensão que não podemos senão inclinar a cabeça e adorar em silêncio. «Ó
profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus; quão
incompreensíveis são os Seus juízos e imperscrutáveis os Seus caminhos!»,
exclama S. Paulo na Epístola do dia (Rom. 11, 33-36), ele que «tendo sido arrebatado ao terceiro céu»
não soube nem pôde dizer outra coisa senão que ouviu «palavras inefáveis que
não é lícito a um homem proferir» (II Cor. 12, 2-4). Em presença do altíssimo mistério da Trindade,
sente-se realmente que o mais belo louvor é o silêncio da alma que adora,
reconhecendo-se incapaz de exprimir um louvor adequado à Majestade divina.
MADALENA,
Padre Gabriel de Santa Maria. Intimidade Divina. 2. ed.
Porto: Edições Carmelitanas, 1967, p. 760-762.
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