«Liturgia Dominical»
Ano
10 – nº 545 – 06 de junho de 2021
† 2º Domingo
depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.
Amor e Eucaristia são os dois pensamentos principais da Missa deste dia (Evangelho). Devemos amar a Deus (Intróito) e ao próximo (Epístola), porque Deus nos convida para o seu Banquete – o Reino de Deus neste mundo e a felicidade no céu. A Igreja católica é a sala do festim, e a Sagrada Eucaristia, a mesa preparada. Os Cânticos respiram confiança na vitória, que é um fruto da santa Comunhão, ou imploram o auxílio contra os inimigos da salvação.
«Sai já pelas
praças e ruas da cidade, traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos, e os
coxos.» Ev.
Avisos Paroquiais
Teremos
8 (oito) Santas Missas para o cumprimento do preceito dominical: no sábado
às 19h, no Domingo às 6h, 8h, 16h e 19h em nossa Igreja Matriz, às 10h na
Capela de São Brás em Sesmaria, às 17h Capela de Santo Antônio, em Córrego Seco
e às 18h na Capela de São José, em Serrinha.
Serão
transmitidas pelas redes sociais, a Santa Missa das 8h (via Facebook, YouTube e
Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Redes Sociais:
Site – http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 8h e
19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 8h e 19h)
Instagram – https://instagram.com/bomjesuscrucificado?igshid=1qi1p1nq6q0j9
E–mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito
/ Factus est - Salmo 17. 19-20,
2-3
O
Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da
Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um
salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Factus est Dóminus protéctor meus, et edúxit me in
latitúdinem: salvum me fecit, quóniam vóluit me. Ps. Díligam te. Dómine, virtus
mea: Dóminus firmaméntum meum et refúgium meum et liberátor meus. ℣. Glória Patri.
O Senhor se fez o meu protetor e conduziu-me ao
largo; salvou-me, porque me amava. Sl. Amar-Vos-ei, Senhor, que sois a minha
força! O Senhor é o meu apoio, o meu refúgio e o meu libertador. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de
toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Sancti nóminis tui, Dómine, timórem páriter et
amórem fac nos habére perpétuum: quia numquam tua gubernatióne destítuis, quos
in soliditáte tuæ dilectiónis instítuis. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Fazei, Senhor, que temamos e igualmente amemos vosso
santo Nome, porque nunca faltais com a vossa providência aos que firmastes em
vosso Amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de
São João I. 3. 13-18
O amor a nossos irmãos, para ser eficaz e verdadeiro, deve crescer até à
medida do que Jesus Cristo nos dedicou: Ele deu a vida por nós.
Caríssimi: Nolíte mirári, si odit vos mundus. Nos
scimus, quóniam transláti sumus de morte ad vitam, quóniam dilígimus fratres.
Qui non díligit, manet in morte: omnis, qui odit fratrem suum, homícida est. Et
scitis, quóniam omnis homícida non habet vitam ætérnam in semetípso manéntem.
In hoc cognóvimus caritátem Dei, quóniam ille ánimam suam pro nobis pósuit: et
nos debémus pro frátribus ánimas pónere. Qui habúerit substántiam huius mundi,
et víderit fratrem suum necessitátem habére, et cláuserit víscera sua ab eo:
quómodo cáritas Dei manet in eo? Filíoli mei, non diligámus verbo neque lingua,
sed ópere et veritáte.
Caríssimos: 13Não vos admireis, se o mundo vos
odeia. 14Nós sabemos que passamos da morte para
a vida, porque amamos os nossos irmãos. Aquele que não ama, permanece na
morte. 15Todo aquele que odeia a seu irmão, é
homicida. E bem sabeis que nenhum homicida tem permanente em si a vida
eterna. 16Nisto conhecemos o amor de Deus: em ter
Ele dado a sua vida por nós; e assim também devemos nós dar a vida por nossos
irmãos. 17Se alguém possui bens deste mundo, e,
vendo o seu irmão passar necessidade, lhe fecha o coração, como estará nele o
amor de Deus? 18Meus filhinhos, não amemos somente em
palavras, nem de língua, mas por ações e em verdade.
Gradual
/ Salmo
119. 1-2
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados
dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da
Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Ad Dóminum, cum tribulárer, clamávi, et exaudívit
me. ℣. Dómine, libera ánimam meam a lábiis iníquis, et a
lingua dolosa.
Em minha tribulação, clamo ao Senhor, e Ele me
ouve. ℣. Senhor, livrai a minha alma dos lábios iníquos e da
língua mentirosa.
Aleluia
/ Salmo 7. 2
Allelúia, allelúia. ℣. Dómine, Deus meus, in te sperávi: salvum me fac ex
ómnibus persequéntibus me et líbera me. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Senhor, meu Deus, em Vós espero: salvai-me e de
todos os que me perseguem, livrai-me. Aleluia.
Evangelho segundo
São Lucas 14. 16-24
Para o banquete eucarístico ou para o festim messiânico todos estão
convidados, ainda os mais miseráveis. Simplesmente se excluem aqueles que,
satisfeitos com o que têm, pensam não ter necessidade de Deus.
In illo témpore: Dixit Iesus pharisǽis parábolam
hanc: Homo quidam fecit cenam magnam, et vocávit multos. Et misit servum suum
hora cenæ dícere invitátis, ut venírent, quia iam paráta sunt ómnia. Et
cœpérunt simul omnes excusáre. Primus dixit ei: Villam emi, et necésse hábeo
exíre et vidére illam: rogo te, habe me excusátum. Et alter dixit: Iuga boum
emi quinque et eo probáre illa: rogo te, habe me excusátum. Et álius dixit:
Uxórem duxi, et ídeo non possum veníre. Et revérsus servus nuntiávit hæc dómino
suo. Tunc irátus paterfamílias, dixit servo suo: Exi cito in pláteas et vicos
civitátis: et páuperes ac débiles et cæcos et claudos íntroduc huc. Et ait
servus: Dómine, factum est, ut imperásti, et adhuc locus est. Et ait dóminus
servo: Exi in vias et sepes: et compélle intrare, ut impleátur domus mea. Dico
autem vobis, quod nemo virórum illórum, qui vocáti sunt, gustábit cenam meam.
Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus esta
parábola: 16Um homem preparou um grande banquete,
para o qual convidou muitas pessoas. 17E, à hora do banquete, mandou um de
seus servos dizer aos convidados que viessem, porque já estava tudo
pronto. 18Todos, porém, unanimemente começaram a
escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei uma quinta e preciso ir vê-la;
rogo-te que me dês por escusado. 19Um outro disse: Comprei cinco juntas de
bois e vou experimentá-los; peço-te que me dispenses. 20Disse um terceiro: Casei-me, e por isso não posso
ir. 21Voltando o servo, referiu estas coisas
a seu senhor. Então, indignado, o pai de família disse a seu servo: Sai já
pelas praças e ruas da cidade, traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos, e
os coxos. 22E disse o servo: Senhor, está feito o
que mandaste, e ainda há lugar. 23Respondeu o senhor ao servo: Vai pelos
caminhos e cercados, e obriga a gente a entrar para que se encha a minha
casa. 24Eu vos digo, porém, que nenhum daqueles
que foram convidados provará a minha ceia.
CREDO... Concluímos a
Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Salmo
6. 5
Com
o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas,
canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Dómine, convértere, et éripe ánimam meam: salvum me
fac propter misericórdiam tuam.
Senhor, voltai-Vos para mim e livrai a minha alma:
salvai-me por vossa misericórdia.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Oblátio nos, Dómine, tuo nómini dicánda puríficet:
et de die in diem ad cæléstis vitæ tránsferat actiónem. Per Dominum nostrum
Iesum Christum.
Purifique-nos, Senhor, esta oblação que vai ser
consagrada a vosso Nome, e dia a dia nos aperfeiçoe na prática de uma vida toda
celestial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo
12. 6
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode
acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Cantábo Dómino, qui bona tríbuit mihi: et psallam
nómini Dómini altíssimi.
Cantarei hinos ao Senhor, que me cumulou de
benefícios; e entoarei salmos ao Nome do Senhor, o Altíssimo.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Sumptis munéribus sacris, quǽsumus, Dómine: ut cum
frequentatióne mystérii, crescat nostræ salútis efféctus. Per Dominum nostrum
Iesum Christum.
Tendo recebido estes Dons sagrados, nós Vos rogamos,
Senhor, que com a frequente recepção deste Mistério, cresça em nós o fruto de
nossa Redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Convite para
o Banquete
Ó Jesus, concedei-me a graça de corresponder sempre ao Vosso convite e
de participar dignamente no Vosso banquete.
1 – O Evangelho deste domingo (Lc.
14, 16-24) harmoniza-se perfeitamente com a festa do Corpo
de Deus. «Um homem fez uma grande ceia e convidou muitos». O homem que faz a
ceia é Deus, e a grande ceia é o Seu reino onde as almas encontrarão na terra
toda a abundância de bens espirituais e, na outra vida, a felicidade eterna. É
este o sentido próprio da parábola, mas nada obsta a que também se possa
entender num sentido mais particular, vendo na ceia o banquete eucarístico e no
homem que o ofereceu, Jesus, que convida os homens a alimentarem-se da Sua carne
e do Seu Sangue. «A mesa do Senhor está pronta para nós – canta a Igreja. – A
Sabedoria (ou seja o Verbo Encarnado) preparou o vinho e pôs a mesa» (BR.). O
próprio Jesus, ao anunciar a Eucaristia, dirige a todos o Seu convite: «Eu sou
o pão da vida; o que vem a mim não terá jamais fome e o que crê em mim não terá
jamais sede... Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão
que desceu do céu, para que aquele que dele comer não morra» (Jo. 6, 35-50). Jesus não Se limita, como os outros homens
a preparar-nos uma ceia, a fazer numerosos convites e a apresentar iguarias
excelentes; mas o fato singularíssimo – que nenhum homem por mais rico e
poderoso que seja poderá imitar – é que Ele próprio Se oferece como alimento.
São João Crisóstomo a quem pretende ver Cristo na Eucaristia com os olhos do
corpo, diz: «Pois bem, já O vês, tocas e comes. Tu queres ver as suas vestes e
Ele, ao contrário, concede-te não só vê-Lo, mas até comê-Lo, tocá-Lo e
recebê-Lo dentro de ti... Aquele a quem os anjos olham temerosos e não ousam
contemplar livremente devido ao Seu deslumbrante esplendor, faz-Se nosso
alimento; nós unimo-nos a Ele e formamos com Cristo um só corpo e uma só carne»
(BR.).
2 – Jesus não podia oferecer ao homem
uma mesa mais rica do que o banquete eucarístico. E de que modo correspondem os
homens ao Seu convite para esta mesa? Muitos, como os judeus incrédulos,
encolhem os ombros e retiram-se com um sorriso cético nos lábios: «Como pode
este dar-nos a comer a sua carne?» (Jo. 6, 53). Mas o que afasta da Eucaristia não é só a falta
de fé; esta é muitas vezes acompanhada e não raramente deriva das causas morais
de que fala o Evangelho de hoje. «Comprei uma quinta e é-me necessário ir
vê-la; rogo-te que me dês por escusado», respondeu um; e outro: «comprei cinco
juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me dês por escusado». A
excessiva preocupação com os bens terrenos e o apego aos mesmos, o mergulhar-se
totalmente nos negócios, são os motivos pelos quais tantos recusam o convite de
Jesus. Porém, ainda não é tudo: «casei-me e por isso não posso ir», respondeu
um terceiro. Este representa aqueles que, submersos nos prazeres dos sentidos,
perderam a sensibilidade para as coisas do espírito e, em presença delas,
continuam o seu caminho, não se lembrando sequer de se desculpar.
É impossível não estremecer em face da
grande cegueira do homem que antepõe ao dom de Cristo, Pão dos anjos e penhor
de vida eterna, os interesses terrenos, os vis prazeres dos sentidos, que muito
depressa se dissipam como o nevoeiro aos raios do sol. E contudo, não é difícil
que uma sombra desta cegueira vele também o olhar e o coração daqueles a quem
Jesus chamou para O seguirem mais de perto e designou com o doce nome de
amigos. Estes não recusam o convite, mas aceitam-no muitas vezes com frieza,
quase por costume. Acaso não é verdade que, enquanto nos preocupamos com muitas
coisas: trabalhos, negócios, família, amizades, etc., bem pouco nos preocupamos
com dispor-nos cada dia mais dignamente para o Banquete eucarístico? Jesus vem
a nós talvez cada manhã, mas encontrará sempre uma hospitalidade calorosa,
delicada, solícita, cheia de amor? Oh! Muitas vezes encontra o coração dos Seus
amigos ocupados com mil pensamentos, bagatelas e afetos terrenos ao passo que para
Ele, Hóspede divino, muito pouco lugar fica, quando deveria pertencer-Lhe
inteiramente! Todavia o pensamento do encontro diário com Jesus deveria dominar
qualquer outro pensamento.
Extraído
do Livro Intimidade Divina – P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda
edição (Traduzida da 12ª edição italiana) – 1967.
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