sábado, 9 de fevereiro de 2019

Edição nº 415

«Liturgia Dominical»
Ano 8 – nº 415  10 de fevereiro de 2019

5º Domingo depois da Epifania
verde – 2ª classe.



«Colhei primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar;
o trigo, porém, e recolhei-o em meu celeiro.» Ev.



Aviso Paroquial
Hoje é o dia da entrega do dízimo 
Dia 11, segunda-feira, a Igreja celebra a Aparição de Nossa Senhora em Lourdes e o Dia Mundial do Enfermo. Haverá Terço contínuo durante o dia na Matriz, Bênção dos Doentes às 11 h e Santa Missa às 6h no convento e 19h na Matriz.

Divulgação:
Intróito / ADORÁTE DEUM — Salmo 96. 7-8, 1
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Adoráte Deum, omnes Angeli eius: audívit, et lætáta est Sion: et exsultavérunt fíliæ Iudæ. Ps. Dóminus regnávit, exsúltet terra: læténtur ínsulæ multæ. . Glória Patri.
Adorai a Deus1, vós todos os seus Anjos. Sião ouve e se alegra. Exultam as filhas de Judá. Sl. O Senhor é Rei: exulte a terra e alegrem-se as muitas ilhas. . Glória ao Pai.
1 A epístola aos Hebreus (1.6) interpreta estas palavras como ordem, dada aos anjos, de adorar o Verbo Encarnado afirmação da transcendência divina de Jesus.

Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Famíliam tuam, quǽsumus, Dómine, contínua pietáte custódi: ut, quæ in sola spe grátiæ cœléstis innítitur, tua semper protectióne muniátur. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Nós Vos suplicamos, Senhor, guardeis continuamente a vossa família com paternal bondade, para que, esperançada somente em vossa graça celeste, seja sempre fortalecida com a vossa proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Epístola de São Paulo Apóstolo aos Colossenses 3. 12-17
«Assim como Deus vos perdoou, assim deveis perdoar também aos outros.» Eis a grande lei da caridade. Pode haver outros motivos, mas não mais essenciais nem mais convincentes.
Fratres: Indúite vos sicut electi Dei, sancti et dilecti, víscera misericórdiæ, benignitátem, humilitátem, modéstiam, patiéntiam: supportántes ínvicem, et donántes vobismetípsis, si quis advérsus áliquem habet querélam: sicut et Dóminus donávit vobis, ita et vos. Super ómnia autem hæc caritátem habéte, quod est vínculum perfectionis: et pax Christi exsúltet in córdibus vestris, in qua et vocáti estis in uno córpore: et grati estóte. Verbum Christi hábitet in vobis abundánter, in omni sapiéntia, docéntes et commonéntes vosmetípsos psalmis, hymnis et cánticis spirituálibus, in grátia cantántes in córdibus vestris Deo. Omne, quodcúmque fácitis in verbo aut in ópere, ómnia in nómine Dómini Iesu Christi, grátias agéntes Deo et Patri per Iesum Christum, Dóminum nostrum.
Irmãos: 12como eleitos de Deus, santos e diletos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de benignidade, humildade, modéstia e paciência. 13Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, se um tiver motivo de queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou assim fazei também vós. 14Acima de tudo isto, tende caridade, que é o vínculo da perfeição. 15Triunfe em vossos corações a paz do Cristo, para a qual também fostes chamados como sendo um só corpo; e sede agradecidos. 16A palavra do Cristo habite em vós com abundancia; com toda a sabedoria, instrui-vos e exortai-vos uns aos outros. Cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus, com a gratidão em vossos corações. 17Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, seja tudo em nome do Senhor Jesus Cristo, rendendo por ele graças a Deus Pai, por Jesus Cristo, Senhor nosso.

Gradual / Salmo 101. 16-17
Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Timébunt gentes nomen tuum, Dómine, et omnes reges terræ glóriam tuam. . Quóniam ædificávit Dóminus Sion, et vidébitur in maiestáte sua.
As nações temem o vosso Nome, Senhor, e todos os reis da terra, a vossa gloria. . Porque o Senhor edificou Sião e se manifesta em sua Majestade.

Aleluia / Salmo 96. 1
«Aleluia» é um grito de júbilo, que significa: «louvai ao Senhor».
Allelúia, allelúia. Ps. . Dóminus regnávit, exsúltet terra: læténtur ínsulæ multæ. Allelúia.
Aleluia, Aleluia. . O Senhor é Rei; exulte a terra e alegrem-se as muitas ilhas. Aleluia.

Evangelho segundo São Mateus 13. 24-30
No campo das almas, o próprio joio é suscetível de se mudar em trigo, sob o influxo da graça de Deus. A paciência divina espera a conversão do pecador.
In illo témpore: Dixit Iesus turbis parábolam hanc: Símile factum est regnum cœlórum hómini, qui seminávit bonum semen in agro suo. Cum autem dormírent hómines, venit inimícus eius, et superseminávit zizánia in médio trítici, et ábiit. Cum autem crevísset herba et fructum fecísset, tunc apparuérunt et zizánia. Accedéntes autem servi patrisfamílias, dixérunt ei: Dómine, nonne bonum semen seminásti in agro tuo? Unde ergo habet zizánia? Et ait illis: Inimícus homo hoc fecit. Servi autem dixérunt ei: Vis, imus, et collígimus ea? Et ait: Non: ne forte colligéntes zizánia eradicétis simul cum eis et tríticum. Sínite utráque créscere usque ad messem, et in témpore messis dicam messóribus: Collígite primum zizáania, et alligáte ea in fascículos ad comburéndum, tríticum autem congregáta in hórreum meum.
Naquele tempo, 24disse Jesus às turbas esta parábola: O Reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente em seu campo. 25Enquanto, porém, os homens dormiam, veio o seu inimigo, semeou o joio entre o trigo, e retirou-se. 26Quando a erva cresceu e deu fruto, apareceu também o joio. 27Então os criados do pai de família foram ter com ele e lhe disseram: Senhor, porventura não semeaste boa semente em teu campo? Donde vem, pois, o joio? 28Respondeu-lhes ele: Algum homem inimigo fez isto! Perguntaram-lhe os servos: Queres que vamos arranca-lo? 29Não, respondeu ele, para que não suceda que tirando o joio, arranqueis juntamente com ele o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a ceifa; e no tempo da ceifa, direi aos segadores: Colhei primeiro o joio e atai-o em feixes para o queimar; o trigo, porém, e recolhei-o em meu celeiro.

CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

Ofertório / Salmo 117. 16-17
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Déxtera Dómini fecit virtutem, déxtera Dómini exaltávit me: non móriar, sed vivam, et narrábo ópera Dómini.
A Destra do Senhor mostra o seu poder; a Destra do Senhor me exalta; não morrerei, mas viverei, e cantarei as obras do Senhor.

Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon. É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Hóstias tibi, Dómine, placatiónis offérimus: ut et delícta nostra miserátus absólvas, et nutántia corda tu dírigas. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Nós Vos oferecemos, Senhor, estas hóstias de reconciliação, afim de que por vossa piedade nos absolvais de nossas faltas e sustenteis os nossos corações inconstantes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Communio / S. Lucas 4. 22
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Mirabántur omnes de his, quæ procedébant de ore Dei.
Todos se admiravam das palavras que saiam da boca de Deus.

Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Quǽsumus, omnípotens Deus: ut illíus salutáris capiámus efféctum, cuius per hæc mystéria pignus accépimus. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Dignai-Vos, ó Deus onipotente, fazer que alcancemos o efeito da salvação eterna, cujo penhor já recebemos nestes sagrados Mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Meditação

O Vínculo da Perfeição
Deus meu, fazei que acima de tudo eu deseje e busque a perfeição do amor.

1 — A Epístola de hoje (Col. 3, 12-17) chama a nossa atenção para o dever fundamental do cristão: a caridade. Pouco valem todos os programas e propósitos de vida espiritual, se não estão animados pelo amor e não conduzem à perfeição do amor. Pouco valem o desprendimento, a mortificação, a humildade e todas as outras virtudes se não dispõem o coração para uma caridade mais profunda, mais plena, mais expansiva. «Sobretudo — recomenda S. Paulo — tende caridade que é o vínculo da perfeição».
Não somente amor para com Deus, mas também amor para com o próximo; mais ainda, é propriamente sob este aspecto que o Apóstolo, na Epístola do dia, fala da caridade, mostrando com grande sutileza como todas as nossas relações com o próximo devem ser inspiradas pelo amor. «Como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos de misericórdia, de benignidade, de humildade, de modéstia, de paciência; sofrendo uns aos outros e perdoando-Vos mutuamente se algum tem razão de queixa contra o outro». A característica dos elei­tos de Deus, dos Seus amados e santos, é exatamente o amor fraterno; sem este distintivo Jesus não nos reconhece por Seus discípulos, o Pai celeste não nos ama como a Seus filhos, nem nos introduzirá no Seu reino. A vida espiritual requer o uso de muitos meios, comporta o exercício de muitas virtudes, mas é preciso estarmos atentos para não nos perdermos e não pararmos em particularidades, esquecendo o mais pelo menos, isto é, esquecendo o amor que deve ser o fundamento e o fim de tudo. Para que serviria a vida espiritual e a própria consagração a Deus, para que serviriam os votos religio­sos se não ajudassem as almas a tender ao amor perfeito?
Eis o amor perfeito que o Apóstolo nos pede que tenhamos para com o próximo: misericórdia, compaixão; perdão recíproco, cordial, que não dá lugar a divisões ou atritos, que supera os contrastes e esquece as ofensas; caridade longânime que suporta qualquer sacrifício e vence qualquer dificuldade para estar em paz com todos, porque todos formamos em Cristo «um só corpo» porque todos somos filhos do mesmo Pai celeste.
Uma semelhante caridade fraterna é a garantia mais certa duma vida espiritual a caminho da santidade.
2 — A Epístola apresenta-nos o ideal da vida cristã, ideal de amor que deve unir todos os fiéis num só coração; o Evangelho (Mt. 13, 24-30) mostra-nos o terreno prático em que se há-de viver este ideal.
«O Reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas veio o seu inimigo e semeou cizânia no meio do trigo». No mundo, que é o Seu campo, semeou Deus o bem a mãos cheias, semeou graça e amor, semeou desejos de doação total, ideais de vida apostólica, de vida religiosa, de vida santa. Mas no meio de tanto bem veio o inimigo semear o mal. Porque permite Deus isto? Para joeirar os Seus servos, tal como se joeira o grão, a fim de os por à prova.
Às vezes escandalizamo-nos ao reparar que o mal se insinua até nos melhores ambientes, vendo que até entre os amigos de Deus, entre os que deveriam servir de edificação aos outros, há alguns que se comportam indignamente; então, cheios de zelo, como os servos da parábola, quereríamos dar remédio e arrancar a ci­zânia: «Queres que vamos e a arranquemos?» Porém Deus responde-nos: «Não, para que talvez não suceda que, arrancando a cizânia, arranqueis juntamente com ela o trigo».
A cizânia é poupada não porque seja boa, mas em atenção ao trigo; assim Deus poupa os maus e não os tira do meio de nós para o bem dos Seus escolhidos. Ao pedir-nos que suportemos com paciência determinadas situações, tão inevitáveis quão deploráveis, Deus pede-nos certamente um dos maiores atos de caridade, de compaixão, de misericórdia. Deus não diz que pactuemos com o mal, com a cizânia, mas que a suportemos com a paciência com que Ele mesmo a suporta. Porventura não houve um traidor no colégio apostólico? E contudo, Jesus qui-lo entre os Seus íntimos e com que amor o tratou! A maior caridade é a exercida em favor daqueles que, pela sua má conduta nos proporcio­nam muitas ocasiões de perdoar, de pagar o mal com o bem e de sofrer injustiças por amor de Deus. Além disso devemos considerar que, se é impossível a cizânia converter-se em trigo, é sempre possível, no entanto, que os maus se convertam em bons. Acaso não se converteram a Madalena, o bom ladrão e o próprio Pedro que havia negado a Jesus? Este é um dos motivos mais fortes que nos devem impelir à bondade para com todos. O amor, quando é perfeito, permite-nos viver ao lado dos maus sem asperezas, sem contendas, sem sofrer a sua influência, mas pelo contrário, fazendo-lhes bem.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.
ORAÇÃO DO DIZIMISTA
Recebei, Senhor, a minha oferta!
Não é uma esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma contribuição a Vós, porque não precisais.
Não é o resto que me sobra que vos ofereço.
Esta importância representa, Senhor,
MEU RECONHECIMENTO, MEU AMOR,
Pois, se tenho, é porque me destes. Amém.

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